Muito mais que um show, muito mais que música, balada ou simples DJs. Armin van Buuren abraçou São Paulo no último dia 09 de dezembro.
São Paulo, 9 de dezembro. Poderia ser uma sexta-feira normal, uma noite normal, com uma balada normal, mas tudo estava longe de ser normal para todos os 10 mil presentes, amantes de música eletrônica e do Trance. Uma noite especial estava para acontecer.
O pavilhão do Anhembi recebia uma das maiores tours de um DJ solo. Uma estrutura impecável, que rodou o mundo, estava em solo brasileiro. São Paulo, naquele momento, nunca mais seria a mesma. Nem o singelo atraso de alguns minutos ou até mesmo filas, mesmo que rápidas, conseguiram tirar o brilho daquela noite que seria mágica. Uma noite onde apenas uma coisa importava: a música.
Armin van Buuren, para muitos, para mim, o melhor e maior DJ de música eletrônica. Um artista impecável e acima de tudo, ser humano, que provou que grandes DJs também são passíveis de erros, tudo, sem estragar o espetáculo que vivenciamos.
Armin mostrou que todo artista não está sozinho. Trouxe consigo seus cantores, bailarinos, instrumentistas, acrobatas, equipe técnica e fez questão de apresentar cada um, afinal, o show não foi feito só por ele. Sem o brilho dos potentes vocais de Betsie Larkin, Kensigton, Mr Probz e outros grandes artistas, todo o Only Embrace não seria tão lindo.
Uma noite onde a música foi a personagem principal. Música em sua mais pura essência, sem nome, sem rótulos, apenas música. Armin, que já foi tanto criticado por “se afastar do Trance”, mostrou que ser DJ é ir além de um gênero, é saber mesclar todos eles, criar, re-criar, é envolver o público com cada nota, cada drop, cada melodia e ele fez. Desde o Club Embrace, com um belo warm up, passando pelo Embrace, pincelando os 138 BPMs, nos apresentando o Old Skool e terminando com uma majestosa apresentação em Vinil, que até contou até com um disco riscado, Armin nos conduziu por uma sinfonia, de mais de 5 horas da mais pura pura e sincera, música eletrônica.
Além de um impecável show, Armin deu uma aula, ensinou para todos nós que a música tem alma, que vai além dos ouvidos. Precisamos sentir, perceber e entender que ela vem de dentro, lá do fundo, no compasso de cada batida do nossos corações. A música é que o nos move, nosso combustível, seja o nome que ela tenha: trance, house, techno… e ele mostrou isso, viajando entre diversos estilos e mantendo uma linha única, fazendo todos se moverem como um só.
Ano após ano, show após show, Armin nos presenteia não apenas com música de alta qualidade, mas com um sorriso, que não sai de seu rosto durante a noite toda. Seu carisma e simpatia, que somado ao seu altíssimo grau de profissionalismo, só deixam a noite ainda melhor, de uma forma que jamais poderemos esquecer.
No começo da noite, Armin convidou a todos os presentes, para abraçarem a música, mas no final, fomos nós, o público, que fomos abraçados por ele.
Obrigado pelo abraço, Armin van Buuren.