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Dicas de ambiências com pads pelo duo Desthen? Temos!

Vem entender mais sobre os pads e seu poder de construir e complementar uma produção

Apesar de toda vertente e movimento musicais serem espaços para criatividade, a força voraz com que o Melodic Techno e Melodic House dominaram o cenário certamente coloca, como é natural em qualquer trend, as sonoridades em platô. Significa que muitos artistas, e talvez por serem tantos, acabam caindo em um lugar comum e protocolar na hora de produzir. Se depender do duo brasileiro Desthen, isso não vai rolar e pode-se dizer que Antonio e Caique querem separar o joio do trigo. 

Como dá para perceber em seu novo lançamento, Odysee EP – já em pré-venda no Beatport pelo selo alemão Deep Tales – Desthen pode tanto explorar um groove mais ágil e fluido (“Odysee”) quanto um Techno melódico mais enigmático (“Maya”). Independente do rumo sonoro, o que mais vai chamar a atenção é o cuidado que o duo tem de incorporar camadas de pads que fazem toda a diferença no resultado final, pois cria uma aura etérea e astral, em detrimento da pura crueza de synths em reverb. 

Essa característica de qualidade na produção, é claro, tem sido essencial na ascensão da dupla. Hertz, Samauma Festival e D-Edge são cabines onde subiram, além de passagens por labels como SMTC Underground, Eye and EyE e Prototype. Pads, para quem não compreende ainda, são acordes ou notas progressivas e tonais que carregam em si o poder de “colar”, “preencher”, complementar uma construção musical ou até serem os elementos primários de uma track. 

Pensando neste tópico, e sabendo que alguns dos nossos leitores são aspirantes a produção de música eletrônica, nada mais justo do que aproveitar esta autoridade em produção do Desthen para dar uma mini-aula de como manipular os pads – sejam eles kicks, basslines, leady synths e afins – para criar uma faixa viva, profissional e imersiva. Vamos lá:

“Oi, pessoal! Resolvemos passar algumas dicas de como criamos ambiências com pads em algumas tracks, incluindo “Aureus”, lançada pela Eye and Eye Records, e “Maya”, que será lançada em breve pelo selo também alemão Deep Tales”

 

DICA 01: Procuramos sempre criar uma ambiência dentro dos plugins utilizamos muito (Diva, Anna 2, Capsule), geralmente tentamos criar os timbres do zero, nos inspirando em sons etéreos e profundos, e às vezes buscamos nas bibliotecas dos próprios plugins alguns timbres que se encaixam na track.

DICA 02: Quando pegamos um preset, costumamos explorar ao máximo os envelopes e modular até chegar em uma sonoridade próxima da nossa, isso ajuda a criar cada vez mais uma identidade, pois a chance de ter outro igual é rara mesmo sendo um preset já existente.

DICA 03: Ao chegar em uma sonoridade que nos agrade, costumamos trabalhar bem a harmonia, sempre buscando fundamentos de teoria musical e deixar ela bem trabalhada e com o tipo de progressão que gostamos.

DICA 04: Utilizamos bastante reverbs em nossas ambiências, utilizamos geralmente o reverb nativo do próprio ableton live, mas também gostamos de explorar outros plugins como Raum (da Native Instruments) e o VerbSuite (da Slate). O Reverb é bastante necessário em timbres de ambiência para nossas tracks para dar a profundidade que sempre está presente nas tracks do Desthen.

DICA 05: Cortamos frequências que podem embolar ou até mesmo atrapalhar o bass line, e também utilizamos bastante side chain nesses elementos, para que cada elemento de nossa ambiência e pad possam contar sua história dentro da música, sem que um elemento atrapalhe o outro.

Isso foi um pouco só de como criamos nossas ambiências e pads de nossas tracks! Esperamos que vocês curtam!

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