Realizando uma edição histórica, o DGTL retornou ao Brasil e durante mais de 15h, apresentou o melhor da música eletrônica em seus palcos.
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São Paulo, Marginal Tietê, Pavilhão do Anhembi. Foi ali, naquele 09 de abril, que uma marca reestabeleceu sua presença e importância no cenário da música eletrônica nacional. Por mais de 15 horas, clubbers do Brasil e até mesmo de outros países, estiveram reunidos para celebrar o retorno triunfal de um dos maiores festivais do mundo. O DGTL mostrou-se mais vivo do que nunca.
A excitação presente em todos que chegavam ali, era apenas um dos inúmeros sentimentos ali vividos. Durante todo o evento, rostos felizes circularam pelo pavilhão. A vontade de dançar falava mais alto e em todas as pistas do DGTL, corpos suados e em completa harmonia se misturavam ao som do techno, house e disco. A música soava alto e a emoção vibrava em uníssono com a alma que era lavada. O estado era de contemplação total.
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O Frequency transformou-se num verdadeiro baile. Valentina Luz iluminou o espaço, que também foi palco da apresentação surreal de Denis Sulta. O titã brasileiro Mau Mau levou todo o seu conhecimento para o Frequency, que foi encerrado de forma brilhante por The Blessed Madonna. Transitando entre os gêneros, o palco agradou aos mais saudosistas e apresentou grandes clássicos para a nova geração. Uma aula musical.
Logo ao lado, os sons mais rápidos e industriais tomavam conta do Generator. O templo do techno no DGTL, cheio do começo ao fim, nos presentou com a apresentação impactante de Klangkuenstler, enquanto Murphy mostrava o motivo de ser uma das lendas brasileiras da dance music. SPFDJ fez o que melhor sabe fazer e preparou o terreno para I Hate Models, que de forma misteriosa e vibrante, encerrou a programação do lugar.
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No Modular foi aonde as melodias se encontravam. Melanie Ribbe nos transportou para Ibiza e nos mostrou toda sua bagagem musical. Jan Blomqvist foi capaz de arrancar lágrimas de muitos que ali estavam e o duo Binaryh sagrou-se como os embaixadores do techno melódico no Brasil. Innellea nos fez flutuar na mais alta nuvem, num set que precedeu a mudança de chave do palco. O que era bom, ficou ainda melhor.
Renato Ratier fez as honras e iniciou a transição perfeita. Len Faki deu sequência e trouxe uma potência que o Modular ainda não havia presenciado. Seus BPMs mais rápidos eram capazes de fazer qualquer um pular. Quando Amelie Lens subiu, o nível de euforia aumentou ainda mais e com toda a sua delicadeza, contrapondo sua música agressiva, ela fechou com chave de ouro aquela noite que poderia nunca ter fim.
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Após tantos anos de espera, o DGTL conseguiu cumprir sua missão. Num evento que beirou a perfeição, foi difícil encontrar algo que pudesse desabonar uma noite mágica daquelas. Da entrada até a saída, todos os detalhes foram pensados para a melhor experiência. A parte ruim de tudo isso, é ter que esperar um ano inteiro até nosso próximo encontro. Obrigado, DGTL, por ser e excelência em forma de festival.
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