Consagrado mundialmente e considerado o #01 diversas vezes pela Resident Advisor, Dixon, que dispensa apresentações, é um dos confirmados no DGTL São Paulo.
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Um DJ que não possui grandes sucessos, que evita as tendências mainstream, que não lança um álbum faz tempo e que mesmo assim, mantém-se no topo de rankings e favoritismo ao redor do mundo: estamos falando do lendário Dixon.
Ele começou lá atrás, nos início dos anos 90, em Berlim, onde seu reconhecimento como DJ surgiu (aquele trecho clichê de release de DJs até hoje), mas o sucesso não foi tão clichê assim. Quando Dixon começou, seus likes e seguidos, quantidade de plays em plataformas digitais não importavam muito, mas sim a sua experiência, qualidade e técnicas de discotecagem. Quanto melhor tocava, com um bom repertório, mais chances encontrava por ai e esse foi o caminho trilhado por Dixon.
Aprendendo de maneira eficaz como conduzir uma pista de dança, ele começou a ganhar suas residências, que ilustravam suas técnicas e versatilidade como artista. Começando baixo e subindo cada vez mais, passando por picos de instabilidade, até enfim, atingir aquela estabilidade desejada. Dixon era um perfeito maestro, que sabia conduzir a pista de dança como ninguém.
Muito mais que um DJ que almejava a fama, Dixon não quis crescer sozinho. Junto com ele, levou diversos nomes aos clubs e eventos em Berlim ou ao redor do mundo, aumentando cada vez mais a sua reputação e claro, a rede de contatos. Foi assim, entre um lugar e outro, conhecendo rostos diferentes, que Dixon voltou para casa com uma bagagem gigantesca, até que finalmente ele entrou em contato com a label Sonar Kollekti, da banda Jazzanova.
Os tempos iam se passando, novos gêneros começavam a surgir e tomar conta dos clubs, como o minimal, o que deixou Dixon com aquela dúvida: devo me render as novas tendências ou me reconstruir? Não havia dúvidas de a segunda opção era a mais plausível. Dixon se reconstruiu e foi assim que ele criou, junto com Âme, uma sublabel da Sonar Kollekti: Innervisions.
(IV71, uma compilação de vários artistas da Innervisions)
O house sempre esteve em sua essência e ser fiel a ele era primordial, porém, com todas as mudanças do cenário musical, Dixon trouxe uma nova vida ao gênero tão amado. Ele não só criou uma sublabel, como a viu tornar-se independente e uma das gravadoras mais influentes do cenário underground, que, sem querer, criou uma sonoridade e identidade próprias, que foi infiltrando-se em outros estilos, afetando totalmente o cenário musical. De influenciado, Dixon passou a ser o influente.
Dixon é aquele tipo de DJ que prepara suas apresentações com muito carinho, começando na seleção rigorosa das tracks que serão tocadas, atenção aos detalhes e qualidade sonora. Além disso, ele abusa do visual, com suas cores e florais teatrais, tanto que suas habilidades suas habilidades foram requisitadas pelo universo da moda… um artista nato!
Dixon no Boiler Room
A autenticidade é o objetivo final de Dixon e é isso que ele trará para o DGTL. Foi essa obsessão pelo único que levou o DJ a fazer edições em diversas tracks, pra que elas possam se encaixar perfeitamente em suas apresentações. Ele quer ir além de apenas um set, ele quer educar e entreter a pista ao mesmo tempo e assim será, quando ele assumir palco Modular do DGTL. De uma coisa temos certeza: será uma grande e agradável aula com o mestre.
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