Mágico, o Surreal Park inaugura em Camboriú, Santa Catarina e surpreende o público presente com atrações emblemáticas.
Desde que foi anunciado oficialmente, há pouco mais de dois meses, o Surreal Park, novo complexo artístico encabeçado por Renato Ratier, direcionou muitos olhares para o projeto, já que a ideia desde o início é ser um espaço que vai muito além da música, abraçando arte, eventos sociais e corporativos, oferecendo algo inovador em termos de curadoria.
O primeiro (e importantíssimo) passo foi dado no domingo, 26, dia oficial da inauguração, que trouxe ao espaço mais de 16 DJs, incluindo Anderson Noise, Paul Ritch, Facundo Mohrr, Gui Boratto, Rebolledo, Sebastian Leger e, claro, seu frontman Renato Ratier.
De cara, quem chegava ao complexo, já dava de frente com a beleza do espaço verde e o letreiro RxR, indicando a primeira das três pistas: Raww Romm. Com deck de madeira e decoração rústica mais simplista, o palco não precisou de muito para cumprir o que prometia. Mark, Kuste, Aninha e Nezello foram os responsáveis por representar o showcase da Seas e agitaram a pista regando-a com muito House e Minimal até às 6h da manhã. A chuva forte ameaçou atrapalhar o início da noite, mas logo cessou.
Poucos passos à frente do Raw Room, adentrávamos no Bells Stage, palco voltado essencialmente para o Techno e suas vertentes. Um galpão escuro, amplo, com um grande sino em cima da cabine, excelente soundsystem, perfeito para receber os sons mais pesados do rolê. Por lá, tarter dava o start com BPMs por volta dos 123, entregando pouco depois com maestria a pista para a japonesa Hito, que aumentou o ritmo logo no começo do set.
Na sequência, Gui Boratto deixou sua marca com seu belo live act, sendo seguido pelo Techno do francês Paul Ritch e finalizando com um b2b pra ninguém botar defeito entre Anderson Noise e Renato Ratier, que se estendeu até as 7h e deu pontos finais naquela pista.
Mais à frente, o Nomad Stage. Sem dúvidas o palco que mais chama a atenção por conta da enorme tenda e das carruagens alocadas ao redor da pista, representando um pouco de toda a magia que ainda será vista no Surreal. O duo Hoo foi o responsável pelo warm up, ainda durante a luz do dia; Nicko Izzo chegou depois e preparou o terreno para a performance densa e hipnótica de BLANCAh.
Após, algumas das apresentações mais esperadas da noite começavam ali. Facundo Mohrr, um dos grandes nomes do Progressive House argentino, impressionou muitos dos que estavam presentes e esperavam um som mais “segurado”. Nada disso. Sébastien Léger seguiu o mesmo caminho, com seu arsenal musical poderoso e diversificado, mostrou porque é um dos DJs mais em alta do momento, levando o público a outros estados de consciência até às 5h. Neste horário, entregou o palco para a “season finale” do dia, comandada por Rebolledo, que fez um set bem pensado e construído, mas com BPMs já mais baixos, sinalizando ali o fim de um evento de estreia primoroso.
Se nesta primeira festa já fomos presenteados com tamanha qualidade sonora, não podemos esperar nada menos dos próximos. O público ainda tem a chance de prestigiar o Surreal em 2021 em duas datas: dias 30 e 31 de dezembro, com uma virada mágica se desenhando. Vale a pena se programar e conhecer o quanto antes.
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