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Indústria da música eletrônica perde 54% de valor em 2020

O índice de 54% é o menor registrado em 10 anos dentro da indústria da música eletrônica. Saiba mais detalhes no IMS Business Report 2021.

Foto: Michael Benz

Como esperado, a indústria da música eletrônica não foi muito bem em 2020. O valor da industria global da dance music atingiu o seu menor valor mais baixo em uma década, com queda de 54% no ano passado. O estudo foi divulgado pra conceituada conferência IMS, que aconteceu nesta semana, de forma online, em parceria com a Pioneer DJ, Billboard e Beatport. O relatório mostrou o quanto a pandemia atingiu o setor, que passou de  US$ 7,3 bilhões em 2019 para US$ 3,4 bilhões em 2020.

Obviamente que o principal fator foi a recessão de eventos por causa da pandemia. Embora o mundo esteja abrindo lentamente, esperasse que este ano ainda tenha um resultado muito menor que o esperado de anos como o de 2019, no entanto, ainda há esperanças de recuperação no setor. Os dados do relatório mostram que o valor de ingressos para festivais vendidos até março de 2021, foram maiores que todo o ano de 2020, aumentando cerca de 3999%, em relação ao mesmo período do ano passado.

Mas a falta de eventos não foi o único fator por trás da diminuição dos números. A receita das gravadoras atingiu cerca de US $ 1 bilhão no ano passado, mas a participação da música eletrônica nas receitas gerais das grandes labels caiu 11% nos Estados Unidos, mesmo com o crescimento do mercado no geral.

Ainda existem números positivos que foram divulgados. O livestreaming, por exemplo, permitiu com que a plataforma Twitch registrasse 1,2 milhão de novos usuários, enquanto o Beatport, maior loja de música online para DJs e produtores, crescesse cerca de 33% no ano passado. A receita das gravadoras de dance music ultrapassou US$ 1 bilhão em 2020, alavancando 7% em relação ao ano anterior. O vinil também teve um papel importante, com seu crescimento exponencial de 24% no mercado. Todos os dados sobre a indústria divulgados podem ser baixados no relatório completo, aqui.

Por Bruno Bellato

Pós graduado em comunicação e marketing digital pela Universidade Belas Artes de São Paulo. DJ, produtor de eventos, PR, poeta e workaholic. Amante de um bom som, um por do sol e uma boa taça de gin tônica.

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