Apresentando pela primeira vez um álbum autoral completo, Mary Mesk nos guia numa completa viagem por Ibiza durante 15 faixas. Confira nosso review:

A força feminina está cada vez maior na cena eletrônica nacional e uma das artistas que mais se destacam, é com toda certeza a paulistana Mary Mesk. Mariana Mesquita, o nome por trás do projeto, transformou o caótico ano de 2020 num verdadeiro divisor de águas em sua carreira e o resultado disso foram as realizações de dois grandes sonhos: o lançamento de sua própria gravadora, a Mesk Records e seu primeiro álbum autoral, o ‘Living Places‘.
Mary é uma artista relativamente nova na cena, com 5 anos de estrada, mas que foram intensos e cheios de aprendizado. Após 1 ano de produção, a artista entrega seu debut álbum, que é uma verdadeira viagem a Ibiza, um dos destinos mais cobiçados pelos amantes de música eletrônica de todo o mundo. Durante as 15 faixas, somos transportados para um mundo de sons e experimentações, que refletem as vivências da artista e sua paixão pela dance music.
“Ibiza sempre foi o destino que mais me atraiu, com a perfeita combinação entre música e natureza que faz meus olhos brilharem e meu coração bater mais forte. Resgatei minha essência sonora, que representa meu íntimo como artista. O álbum é a síntese de tudo que vivi e estudei, minha jornada como pessoa e profissional”, revela Mary Mesk.
Passeando entre o progressive house, o techno melódico e até mesmo o afro house, ‘Living Places’ traz uma gama de timbres bem trabalhados e que nos enchem de vontade de uma festa. “Quis trazer o máximo de referências das timbragens que mais gosto e acredito serem o que as pessoas querem escutar para dançar” diz Mary. A track de abertura, ‘Pacha‘, é uma belíssimo início de trabalhos. Linhas progressivas bem construídas e batuques africanos ditam o “feeling” do álbum que está por vir.

Já em ‘DC10‘ podemos já experimentar um lado mais obscuro da artista, que trabalha linhas mais profundas, com notas mais graves e uma textura envolvente. Em ‘És Vedra‘ somos hipnotizados pela energia magnética da ilha que dá o nome a música. Uma vibe esotérica, transformadora, preenche os ouvidos e nos fazem ter uma experiência quase mágica.
‘Ushuaïa‘ é a primeira das 4 músicas que nos levam direto para o after mais próximo, com aquela sonoridade perfeita para o nascer, elementos melódicos e afro house, caracterizados pelos tambores e percussões. Basta fechar para sentir a energia do astro rei aquecendo, envolvendo e o mesmo acontece nas tracks ‘Privilege‘, ‘Sankeys‘ e ‘Domenicus‘. O misticismo se faz presente em forma de canção.

Em ‘Hï Space‘ somos preenchidos pela mistura do techno melódico com progressive house, que resulta numa sonoridade única, assim como o club, que hoje é considerado um dos melhores do mundo. ‘For The Sun‘ segue pela linha mais densa do techno e nos leva para o pôr do sol mais próximo. É possível sentir a força dos últimos raios do dia percorrem seu corpo, dando boas-vindas a noite que está por vir. Uma experiência sensorial de tirar o fôlego.
O álbum, que conta ainda com as tracks ‘Dark Places‘, ‘Amnesia‘, ‘Empty Streets‘, ‘Marat‘ e ‘Take Away‘, encerra sua viagem pela ilha espanhola com ‘Cocoon‘. A track traz um estilo mais percussivo e faz referencias aos morados de Ibiza, que se encontram em praias locais para “batucar”. A música é perfeita para encerrar a viagem, diminuindo um pouco o ritmo e suavizando os timbres, perfeita para aquela despedida, mas que deixa um gostinho de quero mais. Muito mais!
Abaixo, escute o álbum na íntegra e siga Mary Mesk no Instagram.