Festival Só Track Boa faz retorno à São Paulo, unindo diversas vertentes do house music e apresentando dois grandes shows de Vintage Culture.
Não é à toa que o selo Só Track Boa é a principal porta de entrada, atualmente, no Brasil, para que jovens adultos de todo o país possam conhecer a dance music sob diversas perspectivas. Após o hiato forçado pela pandemia, a label de Vintage Culture desembarcou no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, capital, para mais uma daquelas edições que ficarão para a história da marca.
Difícil imaginar como a house music pode ter tantas diferenças diante dos nossos ouvidos, mas ficou claro que o underground e o mainstream se separavam por uma tênue linha, ou até, uma rua, criada com o intuito de unir dois palcos, o que leva o nome da marca e o Garden 2.0, com uma sonoridade um pouco mais progressiva. Palcos estes, criados pela TWOFIFTYK, empresa holandesa por trás de festivais como o Awakenings e Sensation.
Logo chegando ao evento, fomos surpreendidos por tamanha organização e eficiência, que não deixaram nada a desejar diante de outros grandes festivais nacionais. Solardo, Ferreck Dawn e Korolova trataram de arrebentar de vez nossos corações com muito house de respeito. A ucraniana, por sinal, esbanjou carisma, respeito e admiração por todo aquele Garden cheio, estreando nova track e soltando alguns dos novos clássicos de seu gênero.
Mesmo com um pequeno atraso na programação, já na pista principal, Claptone tocou suas principais faixas, esquentando toda a galera com classic house para o que viria a seguir, o aguardado long set de Vintage Culture, que trouxe além de muita pirotecnia, desenhos sob o céu de São Paulo com drones programados, uma tecnologia já utilizada em mainstages de grandes festivais, como Ultra Music Festival e EDC Las Vegas, mas que chegava ao Brasil pela primeira vez.
Indiscutivelmente que Vintage Culture animou toda a galera, mas os destaques da noite ficaram por conta de toda a técnica e a exuberância de nomes que não chamavam tanta atenção na programação: Kasablanca e Eli Brown.
Kasablanca, dupla de produtores melodic e progressive house, montou um arsenal de instrumentos no palco do Garden, para mostrar ao público brasileiro, ao vivo, seus grandes sucessos como ‘Run‘, ‘Immunity‘, o cover de ‘Synthetic Blues‘, clássico do Moby e ‘Hold me Close’. Já Eli Brown, além de diversas track ID’s trouxe, logo após a dupla, a sua incrível e única sonoridade, que permeia entre o techno e o acid house, com os destaques para ‘Industria‘, ‘Moving‘ e ‘Believe‘.
Para finalizar esta incrível noite, nada como o retorno ao mainstage, com o anfitrião da noite, Lukas, celebrando todo o sucesso de seu festival, com sucessos de seu progressive house, em um morning set cheio de referências mundiais, passeando em faixas de Moby, Gordo, Kölsch e suas próprias tracks, como ‘Black Coffee’, parceria com Tiësto.
O Só Track Boa São Paulo mal terminou e já está nos deixando com aquela SAU-DA-DIS, além da promessa mais que certa, de que este festival já é o que mais cresce em nosso país. Até a próxima Só Track Boa!
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