Ícones do synth-pop e donos de um hit que atravessa gerações, o Soft Cell está prestes a fazer sua estreia no Brasil, no palco do C6 Fest.
Quando se fala em música eletrônica, nomes como Kraftwerk, Depeche Mode e Daft Punk vêm à mente. No entanto, há um duo que merece destaque especial: Soft Cell. Marc Almond e Dave Ball, os cérebros por trás desse projeto, não apenas criaram hits dançantes, mas também deixaram uma marca indelével na história da música.
Tainted Love e o Nascimento do Synth-Pop
Em 1981, o Soft Cell lançou seu álbum de estreia, “Non-Stop Erotic Cabaret”, e com ele veio o icônico single ‘Tainted Love’. Essa reinterpretação de uma canção soul obscura de Gloria Jones, originalmente lançada em 1964, tornou-se um hino para a comunidade LGBT nos anos 80. A busca pelo amor em meio a um cenário cinza, onde hedonismo e aceitação se entrelaçavam na pista de dança, encontrou sua voz na voz de Almond e nos sintetizadores de Ball.
‘Tainted Love’ não era apenas uma música; era um manifesto. Seu arranjo triste e dançante espremia o peito enquanto aliviava os quadris. O Soft Cell não apenas quebrou barreiras musicais, mas também desafiou o preconceito e a homofobia. Eles se tornaram almirantes do movimento synth-pop que varria a Inglaterra, abrindo caminho para outros artistas.
O Breque e a Resiliência
Apesar do sucesso inicial, o Soft Cell enfrentou desafios. O abuso de drogas, especialmente o speed, interrompeu abruptamente sua carreira. Mas eles não desistiram. O álbum “The Last Night In Sodom”, lançado em 1984, foi um testemunho de sua resiliência. Eles continuaram a criar, mesmo quando a bateria estava quase acabando.
Soft Cell no Brasil
Em maio de 2024, o Soft Cell finalmente se apresentará no Brasil, no C6 Fest. Marc Almond e Dave Ball, os pioneiros do synth-pop, trarão sua energia para o Parque do Ibirapuera. É uma oportunidade única para os brasileiros testemunharem a magia que eles trouxeram às pistas de dança em todo o mundo. Compre seu ingresso aqui.
Então, quando você ouvir ‘Tainted Love’ ou ‘Torch’, lembre-se do Soft Cell. Eles não apenas criaram músicas, mas também mudaram corações e mentes. E, como um celular velho com apenas um ponto na barra da bateria, eles continuam a nos inspirar com sua retrospectiva musical.
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