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Cardume apresenta o Baile das Piranhas no RJ com a Cocada Music

Fazendo sua estreia no Rio de Janeiro, o Cardume apresenta seu evento de Carnaval, o Baile das Piranhas, ao lado da Cocada Music. Confira!

Após ocupar o centro histórico de São Paulo em sua última edição – completamente sold out – o Cardume não tirou tempo pra descansar e já anunciou sua próxima onda, dessa vez na festa mais popular do país e em um dos destinos carnavalescos preferidos de todos: o Rio de Janeiro.

No próximo dia 01 de março, terça-feira, o Cardume desembarca na Cidade Maravilhosa para sua estreia em terras cariocas com seu evento inédito de Carnaval: o Baile das Piranhas. A festa da label paulistana encerra as atividades do carnaval na cidade, com o seu maior evento já produzido até hoje.

Além do palco do próprio Cardume, a Cocada Music assina o Garden. A label, que surgiu em 2019, serve como uma plataforma para novos artistas e veteranos brazucas trazerem seu trabalho, além de espalhar o sabor da Cocada ao redor do mundo – e também no Cardume.

Como de costume, um line-up especial foi cuidadosamente projetado. Roland Leeker, um dos nomes à frente da renomada Get Physical, é um dos convidados especiais, ao lado outros grandes nomes da cena eletrônica nacional, como Leo Janeiro (Warung), Trepanado (Selvagem) e Bernardo Campos (RARA).

E pra completar as pratas da casa, Pedro Gariani e Dion (Cardume DJs), além de From House to Disco, Seed Selector, Etcetera e Lysia Vani. Completamente diverso, o line promete uma onda forte, cheia de emoções e música boa. 

Os ingressos já estão esgotados. Acompanhe a label no Instagram pra nadar com eles nessa onda!

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Via UnderGROUND

Bernardo Campos apresenta seus projetos e iniciativas como multiartista

Multiartista, Bernardo Campos nos apresenta todos os seus projetos e iniciativas, que o transformam numa peça fundamental da cena carioca.

Bernardo Campos é peça fundamental na construção da cena eletrônica do Rio de Janeiro, e nem é exagero. Além de, claro, entusiasta da música e suas infinitas possibilidades, Bernardo é DJ, produtor de música e eventos, curador, e ainda deu pinta na criação de coletivos ativos na busca de fomentar a cultura da música eletrônica nacional, como a Underdogs e a gravadora Molotov21.

O carioca é residente e cuida da seleção de DJs para o gastrobar Pato com Laranja, em sua cidade natal, lá consegue desenvolver uma curadoria com tons de música de brasileira a jazz a eletrônica, dependendo do momento. Onde ele consegue explorar outras  vertentes, como Afro House e Minimal é na label/party Underdogs, com foco em sons tribais, por onde inclusive lançou seu EP ‘Desejo‘.

Fora o bar, Bernardo é residente de três outras festas, a Água Viva, a Rara e a Festa do Bbzão, um rolê LGBTQIA+ que, segundo ele, é um dos mais divertidos que já foi na vida. Todos os projetos do artista tem uma coisa em comum: música boa! Sua iniciativa no Rio, a Rara, já recebeu nomes como Miss Kittin, Moodymann, Laurent Garnier e no último carnaval lotou o Circo Voador com Seth Troxler.

O DJ e produtor transita entre os estilos e vertentes como ninguém. Bernardo prefere não colocar muitos rótulos em suas produções e estar livre para experimentar. É o caso de seu duo com o conterrâneo Fábio Santanna, Nu Azeite, que mistura música eletrônica, brasileira, disco-funk e soul com uma pitada de boogie que basta ouvir para notar a assinatura carioca: música que combina com sol e praia.

Chega a faltar fôlego para falar das multi-funções executadas por Bernardo, mas segundo ele o segredo é dedicação. Não é fácil viver de música, mas depois de tantos anos nessa indústria vital, ele chegou à uma equação: trabalho + disciplina + parceiros + saúde mental e física = sucesso! Para não perder nenhum lançamento do artista, fique de olho nas redes sociais:

Instagram | Soundcloud

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Descubra

Descubra: Bernardo Campos

Um artista carioca multifacetado, Bernardo Campos, já tocou ao lado de várias estrelas da cena underground e tá sempre em movimento.

Como resumir o perfil de um artista que já foi residente de clubs icônicos como Fosfobox, Dama de Ferro, Clandestino e é da festa RARA, que trouxe ao RJ nomes como Derrick Carter e Moodymann e que já tocou ao lado de Laurent Garnier, Tiga, Carl Craig e Solomun? Se você acha que é muito, calma que ainda tem mais.

Ele também idealizou o selo Molotov21 ao lado do DJ Pedro Mezzonato e Felipe Fella, é nome por trás da Festa Base, já teve suportes de Maya Jane Coles e Maceo Plex, recebeu em 2013 o Prêmio Noite Rio como melhor DJ de música eletrônica da cidade, é  metade do duo Nu Azeite que acabou de lançar seu debut álbum e também fez parte da crew Underdogs há algum tempo atrás! Ufffff… quase faltou fôlego por aqui.

Então, bom, se você ainda não ouviu o nome de Bernardo Campos antes, vai descobrir mais sobre ele agora, mas neste momento com um foco especial para seu trabalho de estúdio, sua parceria com o núcleo Underdogs, por onde irá lançar um release em breve, além de outras novidades.

Beat for Beat – E aí Bernardo, valeu por topar esse bate-papo. A gente já vai começar perguntando qual o segredo pra administrar/lidar com tantos projetos e iniciativas ao mesmo tempo… como é a sua rotina? Deve ser no mínimo maluca…

Bernardo Campos – Fala pessoal, valeu pelo espaço! O meu primeiro segredo é que eu trabalho exclusivamente com isso. Na verdade eu nunca tive outro emprego, comecei a trabalhar com música aos 20 anos e não olhei mais para trás. Acordo todo dia e o foco é sempre esse.

Um outro segredo é fazer parcerias, desde que comecei na música, percebi que a troca com outros artistas me enriquecia muito, então sempre procurei diferentes parceiros, mas que obviamente tinham alguma visão parecida comigo, pessoas que eu admirava de alguma forma.

O último segredo e talvez o mais importante: trabalhe muito! Seja disciplinado e se leve a sério. Já vi muitas pessoas se perdendo, pois à noite pode ser muito traiçoeira. É importante saber que você está ali trabalhando num ambiente que a grande maioria das pessoas está se divertindo. Mantenha sua saúde física e mental sempre em dia, talvez esse seja o maior dos segredos. 🙂

Imaginamos que pela pandemia ter congelado boa parte dos projetos que você faz parte, principalmente dos eventos, hoje, além do Nu Azeite, o trabalho de estúdio deve estar “à frente” dos demais… é mais ou menos isso?

Bernardo Campos – Com certeza, tenho focado muito no estúdio e no restaurante que trabalho que é o Pato com Laranja, único lugar que ainda posso discotecar. Aproveitei para fazer alguns cursos e ajeitar meu home studio. Tem saído umas coisas bem legais, diria que estou na minha melhor fase de produção até hoje.

Existe uma linha de som que você se familiariza ou prefere produzir? Seus próximos lançamentos abraçam o Chicago House, né? Fala um pouco mais sobre essa identidade e dos releases que vão chegar…

Bernardo Campos – Eu gosto do House em todas suas formas. Chicago é o berço e, inevitavelmente, sai uns sons assim porque eu amo esses timbres mais clássicos. Mas também tem umas coisas bem Afro que tenho produzido com meu amigo Icle. Nosso último release lançado pela WIRED em collab com Bruce Leroys e com os vocais da Bia Barros, ‘Dos Cuerpos‘, chegou ao top 4 de vendas do Beatport no gênero Afro House.

Gosto muito também de fazer Acid, Minimal, Disco, Edits e no Nu Azeite essa mistura de música brasileira com boogie. Eu vejo as minhas produções como extensão dos meus sets e como toco vários estilos acaba que isso transmuta pro estúdio também.

Essa linha mais houseira também tem um fit com o trabalho da galera do Underdogs, núcleo onde você é DJ residente e tá sempre em contato com eles. Como surgiu essa relação?

Bernardo Campos – Sim, o Underdogs foi um projeto que eu entrei tem uns 3 anos e foi justamente por essa afinidade musical com o Ricardo Salim e o Rodrigo Morgado. Lá a gente toca bastante House, Afro, Disco, edits…

E os planos também são promissores… você vai assinar o release de  estreia da gravadora deles, né? O que rola adiantar pra gente sobre isso?

Bernardo Campos – Exato! A faixa se chama Connected. Eu comecei ela no meu estúdio, gravei o vocal, fiz uma base e mandei pro Icle. Ele mexeu e terminamos ela em Niterói no estúdio dos amigos do Bruce Leroys. O resultado ficou bem bacana e a faixa vai ganhar remix de um grande artista que admiro muito mas ainda não posso falar muito sobre isso 🙂.

Pra fechar: quando bate aquela saturação de estúdio ou da música, qual é sua área de escape, pra esvaziar a cabeça, descansar um pouco e até respirar outros ares?

Bernardo Campos – Agora mesmo eu tive um block criativo de quase três meses. É uma coisa que vem e não tem como você lutar contra, tem que ter paciência que uma hora acaba voltando. O que eu gosto muito de fazer é pesquisar música, ver um tutorial, ouvir um set ou até ouvir minhas produções antigas, isso sempre me ajuda muito. Outra coisa que eu amo fazer é dar uma volta de Bike ouvindo playlists, sempre dá certo! Valeu turma!

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Nu Azeite e seu álbum de disco-funk eletrônico repleto de referências

Apresentando um álbum de disco-funk eletrônico que nos faz viajar por diversas referências, Nu Azeite entra para a família Cocada Music.

Por Claudia Assef

Um rolê de bike com a brisa do mar batendo no rosto e aquele sol gostoso bronzeando a pele. É disso que a gente tá precisando agora, não é mesmo? E é isso que você vai ganhar por tabela, em forma de música, ao ouvir o som da dupla Nu Azeite, que acaba de chegar à família Cocada Music, braço latino-americano do selo alemão Get Physical, garantia de música de pista de qualidade desde 2002.

O som dos caras é um disco-funk que vai te fazer viajar com uma pegada setentista de Tim Maia e Lincoln Olivetti, mas que também tem um pé nas pistas atuais, de DJs houseiros fãs de disco music, como Todd Terje e Koze.

Formado pelo músico, DJ, cantor e produtor musical carioca Fabio Santanna e pelo DJ Bernardo Campos, um dos grandes agitadores da cena de house e disco underground do Rio de Janeiro, o duo Nu Azeite resume, musicalmente, o Brasil que a gente quer. A dupla somou grooves orgânicos com sabor de maresia a elementos que não podem faltar numa boa pista de house music; synths e batidas que se combinam criando uma trilha sonora que tem DNA tão carioca quanto mate gelado e biscoito globo.

Nu Azeite traz uma mistura feliz de música orgânica e eletrônica. Um blend equilibrado entre a doçura do açúcar e o azedo do limão, que, junto com a uma bela cachaça, compõem a caipirinha perfeita. De um lado, Fabio, um músico experiente, que já tocou teclado com medalhões da MPB como Marcos Valle, Elza Soares, João Bosco, Lenine, entre outros, além de ser dono do estúdio Nave, um dos mais bem-frequentados desta geração. Do outro, Bernardo Campos, residente da festa Rara, um carioca da gema, sim, mas que vira e mexe divide cabines com nomes como Moodymann, Laurent Garnier, Carl Craig, Kenny Dope, Derrick Carter, Detroit Swindle, Miss Kittin, entre outros.

Nu Azeite no estúdio Nave

O encontro entre os dois surgiu de um booking fracassado, um cruzeiro para Fernando de Noronha que nunca aconteceu, para o qual ambos foram consultados para tocar. A viagem ao paraíso não rolou, mas conectou os dois. “O cruzeiro nunca aconteceu, mas continuamos nos falando. Até que um dia eu colei no estúdio do Fabio para fazermos um som. A sintonia foi muito boa e começamos a nos encontrar uma vez por semana para produzir. Logo vimos que tínhamos material suficiente para engatar num projeto. Nascia o Nu Azeite”, recorda Bernardo.

Músico por formação, Fabio já flertava há tempos com música eletrônica: “com a crise das grandes gravadoras, todo o setor musical sofreu um grande impacto, que afetou a todos do ramo. Percebi que para mim seria uma oportunidade para expandir, aprender um novo riscado. Comecei então a atuar como DJ, e a incorporar essa nova ferramenta nas gigs que já fazia como músico”.

Juntou-se, então, a fome com a vontade de comer. A goiabada com o queijo. Ou melhor, o mate gelado com o biscoito Globo. O estúdio estava lá, só esperando para ser azeitado. Assim como tantos outros DJs do mundo todo, Bernardo e Fabio também beberam na mesma fonte que tantos gringos adoram dar uma bicadinha: Brazilian Grooves e Boogie, o som que o país criou a partir da digestão da soul e da disco music americana, puxado no molho das particularidades da nossa problemática política, econômica e social.

Entre os nomes que vão saltar como referências quando se ouve o Nu Azeite vão surgir Tony Bizarro, Toni Tornado, Banda Black Rio, União Black, Som Nosso de Cada Dia, Marilene, Robson Jorge e Lincoln Olivetti, Os Diagonais, Marcos Valle, Junior Mendes, Márcia Maria, Azymuth, Gerson King Combo e outros nomes que estampam discos de vinil que hoje são disputados a tapas em sebos pelo Brasil e pelo mundo.

Mas não só de raridades vive o Nu Azeite. Fabio e Bernardo vivem no presente e trazem referências de pista atuais, que vão de Joey Negro a Crazy P, sempre mantendo os pés na house music, essa jovem senhora eletrônica descendente direta de sua matriz orgânica, a disco music.

“A nossa música (brasileira) é rica demais. A quantidade de edits de gringo que você encontra no Soundcloud é de espantar. Acho natural e justo termos esse reconhecimento e tomara que isso cresça cada vez mais”, diz a dupla criadora do Nu Azeite.

Como eles mesmo dizem, o Nu Azeite é uma junção da house de Bernardo com a brasilidade do Fabio e, no meio disso tudo, uma paixão comum por boogie e disco-funk. “Gilberto Gil e Tim Maia estão no topo da nossa lista, sempre! Também tem um lance muito carioca, uma coisa de quem foi nascido e criado no Rio de Janeiro como nós dois fomos. E, por fim, uma pitada de Bahia, já que temos uma relação muito especial com aquela terrinha mágica”, resume Bernardo.

O que esperar dessa mistura totalmente sangue bom? Cura para a retomada do alto astral, agora com um empurrãozinho amigo do Cocada, selo que quer descobrir novas “raridades” não apenas em solo brasileiro, como em toda a América Latina.

A história com o Cocada/Get Physical foi muito positiva porque tem tudo a ver com o projeto, já que o selo procura essa mistura de música eletrônica com música brasileira/latina. O mais legal foi saber que o pessoal da Get Physical ficou viciado nas faixas, volta e meia a gente recebe um áudio vindo da Alemanha deles tentando cantar as letras, rs”, conta Bernardo.

Com vocais de Fabio em quase todas as faixas, exceto por Chicago (que tem Bernardo cantando em inglês) e Me Deixa Louca (com voz de Bia Barros), o álbum autointitulado Nu Azeite foi mixado e masterizado  por Pedro Tie. Escute agora, também disponível em todas as plataformas digitais:

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