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Cocada Music e o seu papel na propagação da Disco Music brasileira

Selo promove também novo lançamento de seu head label, Leo Janeiro

Rodrigo Airaf

 

Regras podem ajudar a manter ordem em determinados contextos, mas quando falamos de música, raramente as regras são fatores positivos. Afinal, se pensássemos que a única forma de se fazer House e Disco seria dentro dos moldes americanos e europeus, jamais encontraríamos a criatividade e a diversidade que é promovida por labels como a COCADA Music.

Iniciativa criada por Leo Janeiro e Roland Leesker, a COCADA saiu do papel como uma irmã da icônica gravadora alemã Get Physical e logo veio a apresentar as sonoridades trópico-dançantes de nomes como L_cio, Nu Azeite, Mezomo, Mary Olivetti, Kair, Carrot Green, Seed Selector e Vini Pistori. Tudo isso gera a oportunidade de mostrar ao mundo que de superficial o som brasileiro não tem nada.

Assim, se confirma a relevância de um projeto criado para o intercâmbio sonoro entre o Brasil e o resto do cenário, fazendo artistas do porte de Ricardo Vilallobos e Floyd Lavine remixarem os nossos sons. Outro fator evidente é a identidade bem definida da label, que provoca os artistas a se desafiarem nos estúdios e criarem club music com cara de Brasil.

Com essa clareza em mente, o head label Leo Janeiro retorna à sua COCADA para lançar “Marambaia/Uncle Silva“, seu novo EP. E o termo “tropical” aqui tem vários significados, já que o EP se inspirou nas próprias vivências do produtor, mescladas à sua aptidão inata para o House e para a Disco.

Abrindo o EP está “Marambaia“, que traduz em sua percussividade e elementos old school a memória de um passeio do artista pela restinga de Marambaia, região protegida no Rio de Janeiro com uma visão natural de tirar o fôlego. Imagine ouvir esta faixa em uma road trip com os seus melhores amigos e entenderá o sentimento.

Em seguida, “Uncle Silva” caminha para um arranjo groovy bem elegante, que mistura o clubber com o jazzy de forma maestral e ativa o nosso “gatilho de Carnaval”. A track dá o brilho necessário para um EP que recebeu feedbacks positivos de nomes como DJ Seinfeld, DJ Sneak, Dorfmeister, Horse Meat Disco, Alinka, Joyce Muniz, Seed Selector, Ella, Benjamin Ferreira e Fran Bortolossi.

 

Ouça “Marambaia/Uncle Silva” abaixo e apoie o EP no Beatport.

Encontre COCADA e Leo Janeiro no Instagram.

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Cardume apresenta o Baile das Piranhas no RJ com a Cocada Music

Fazendo sua estreia no Rio de Janeiro, o Cardume apresenta seu evento de Carnaval, o Baile das Piranhas, ao lado da Cocada Music. Confira!

Após ocupar o centro histórico de São Paulo em sua última edição – completamente sold out – o Cardume não tirou tempo pra descansar e já anunciou sua próxima onda, dessa vez na festa mais popular do país e em um dos destinos carnavalescos preferidos de todos: o Rio de Janeiro.

No próximo dia 01 de março, terça-feira, o Cardume desembarca na Cidade Maravilhosa para sua estreia em terras cariocas com seu evento inédito de Carnaval: o Baile das Piranhas. A festa da label paulistana encerra as atividades do carnaval na cidade, com o seu maior evento já produzido até hoje.

Além do palco do próprio Cardume, a Cocada Music assina o Garden. A label, que surgiu em 2019, serve como uma plataforma para novos artistas e veteranos brazucas trazerem seu trabalho, além de espalhar o sabor da Cocada ao redor do mundo – e também no Cardume.

Como de costume, um line-up especial foi cuidadosamente projetado. Roland Leeker, um dos nomes à frente da renomada Get Physical, é um dos convidados especiais, ao lado outros grandes nomes da cena eletrônica nacional, como Leo Janeiro (Warung), Trepanado (Selvagem) e Bernardo Campos (RARA).

E pra completar as pratas da casa, Pedro Gariani e Dion (Cardume DJs), além de From House to Disco, Seed Selector, Etcetera e Lysia Vani. Completamente diverso, o line promete uma onda forte, cheia de emoções e música boa. 

Os ingressos já estão esgotados. Acompanhe a label no Instagram pra nadar com eles nessa onda!

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Cocada Music agora é parte da programação da Rádio Veneno

Somando mais um conteúdo exclusivo, as iniciativas Cocada Music e Rádio Veneno somam forças para expandir as fronteiras da música boa.

por Ágatha Prado

Despontando como uma das principais rádios nacionais de conteúdos voltados à música eletrônica, a Rádio Veneno conecta os mais diversos cenários do underground brasileiro através de sua ampla grade de programação. Online e diverso, o projeto começou em 2018 em uma casa compartilhada na Vila Madalena, em São Paulo, e hoje abraça uma programação 24/7, unindo e fortalecendo iniciativas musicais de todo país.

Idealizada por Rico Jorge e Rafael Toledo, a rádio funciona de forma independente e proporciona uma conexão entre diversos núcleos, artistas e cenas, abrindo espaço para novos conteúdos que hoje somam mais de quarenta programas ao vivo diferentes, incluindo Tea With Friends apresentado por Phillipi do Fatnotronic, Alone Together comandado por Isadora Almeida, A.R.O por Luiz Bacchi, Iunes e Bruno Prada, Casting Call conectando artistas internacionais, entre muitos outros.

Agora a Rádio Veneno recebe mais um projeto recheado de novidades para incrementar ainda mais os conteúdos de sua grade. A partir do última dia 7 de maio (sexta), Leo Janeiro passou a comandar o programa especial da Cocada Music, que será exibido quinzenalmente na rádio sempre às 16h, contando com as atualizações do selo e participação de artistas convidados.

Anote na agenda e não perca o programa de estreia:

 

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Nu Azeite e seu álbum de disco-funk eletrônico repleto de referências

Apresentando um álbum de disco-funk eletrônico que nos faz viajar por diversas referências, Nu Azeite entra para a família Cocada Music.

Por Claudia Assef

Um rolê de bike com a brisa do mar batendo no rosto e aquele sol gostoso bronzeando a pele. É disso que a gente tá precisando agora, não é mesmo? E é isso que você vai ganhar por tabela, em forma de música, ao ouvir o som da dupla Nu Azeite, que acaba de chegar à família Cocada Music, braço latino-americano do selo alemão Get Physical, garantia de música de pista de qualidade desde 2002.

O som dos caras é um disco-funk que vai te fazer viajar com uma pegada setentista de Tim Maia e Lincoln Olivetti, mas que também tem um pé nas pistas atuais, de DJs houseiros fãs de disco music, como Todd Terje e Koze.

Formado pelo músico, DJ, cantor e produtor musical carioca Fabio Santanna e pelo DJ Bernardo Campos, um dos grandes agitadores da cena de house e disco underground do Rio de Janeiro, o duo Nu Azeite resume, musicalmente, o Brasil que a gente quer. A dupla somou grooves orgânicos com sabor de maresia a elementos que não podem faltar numa boa pista de house music; synths e batidas que se combinam criando uma trilha sonora que tem DNA tão carioca quanto mate gelado e biscoito globo.

Nu Azeite traz uma mistura feliz de música orgânica e eletrônica. Um blend equilibrado entre a doçura do açúcar e o azedo do limão, que, junto com a uma bela cachaça, compõem a caipirinha perfeita. De um lado, Fabio, um músico experiente, que já tocou teclado com medalhões da MPB como Marcos Valle, Elza Soares, João Bosco, Lenine, entre outros, além de ser dono do estúdio Nave, um dos mais bem-frequentados desta geração. Do outro, Bernardo Campos, residente da festa Rara, um carioca da gema, sim, mas que vira e mexe divide cabines com nomes como Moodymann, Laurent Garnier, Carl Craig, Kenny Dope, Derrick Carter, Detroit Swindle, Miss Kittin, entre outros.

Nu Azeite no estúdio Nave

O encontro entre os dois surgiu de um booking fracassado, um cruzeiro para Fernando de Noronha que nunca aconteceu, para o qual ambos foram consultados para tocar. A viagem ao paraíso não rolou, mas conectou os dois. “O cruzeiro nunca aconteceu, mas continuamos nos falando. Até que um dia eu colei no estúdio do Fabio para fazermos um som. A sintonia foi muito boa e começamos a nos encontrar uma vez por semana para produzir. Logo vimos que tínhamos material suficiente para engatar num projeto. Nascia o Nu Azeite”, recorda Bernardo.

Músico por formação, Fabio já flertava há tempos com música eletrônica: “com a crise das grandes gravadoras, todo o setor musical sofreu um grande impacto, que afetou a todos do ramo. Percebi que para mim seria uma oportunidade para expandir, aprender um novo riscado. Comecei então a atuar como DJ, e a incorporar essa nova ferramenta nas gigs que já fazia como músico”.

Juntou-se, então, a fome com a vontade de comer. A goiabada com o queijo. Ou melhor, o mate gelado com o biscoito Globo. O estúdio estava lá, só esperando para ser azeitado. Assim como tantos outros DJs do mundo todo, Bernardo e Fabio também beberam na mesma fonte que tantos gringos adoram dar uma bicadinha: Brazilian Grooves e Boogie, o som que o país criou a partir da digestão da soul e da disco music americana, puxado no molho das particularidades da nossa problemática política, econômica e social.

Entre os nomes que vão saltar como referências quando se ouve o Nu Azeite vão surgir Tony Bizarro, Toni Tornado, Banda Black Rio, União Black, Som Nosso de Cada Dia, Marilene, Robson Jorge e Lincoln Olivetti, Os Diagonais, Marcos Valle, Junior Mendes, Márcia Maria, Azymuth, Gerson King Combo e outros nomes que estampam discos de vinil que hoje são disputados a tapas em sebos pelo Brasil e pelo mundo.

Mas não só de raridades vive o Nu Azeite. Fabio e Bernardo vivem no presente e trazem referências de pista atuais, que vão de Joey Negro a Crazy P, sempre mantendo os pés na house music, essa jovem senhora eletrônica descendente direta de sua matriz orgânica, a disco music.

“A nossa música (brasileira) é rica demais. A quantidade de edits de gringo que você encontra no Soundcloud é de espantar. Acho natural e justo termos esse reconhecimento e tomara que isso cresça cada vez mais”, diz a dupla criadora do Nu Azeite.

Como eles mesmo dizem, o Nu Azeite é uma junção da house de Bernardo com a brasilidade do Fabio e, no meio disso tudo, uma paixão comum por boogie e disco-funk. “Gilberto Gil e Tim Maia estão no topo da nossa lista, sempre! Também tem um lance muito carioca, uma coisa de quem foi nascido e criado no Rio de Janeiro como nós dois fomos. E, por fim, uma pitada de Bahia, já que temos uma relação muito especial com aquela terrinha mágica”, resume Bernardo.

O que esperar dessa mistura totalmente sangue bom? Cura para a retomada do alto astral, agora com um empurrãozinho amigo do Cocada, selo que quer descobrir novas “raridades” não apenas em solo brasileiro, como em toda a América Latina.

A história com o Cocada/Get Physical foi muito positiva porque tem tudo a ver com o projeto, já que o selo procura essa mistura de música eletrônica com música brasileira/latina. O mais legal foi saber que o pessoal da Get Physical ficou viciado nas faixas, volta e meia a gente recebe um áudio vindo da Alemanha deles tentando cantar as letras, rs”, conta Bernardo.

Com vocais de Fabio em quase todas as faixas, exceto por Chicago (que tem Bernardo cantando em inglês) e Me Deixa Louca (com voz de Bia Barros), o álbum autointitulado Nu Azeite foi mixado e masterizado  por Pedro Tie. Escute agora, também disponível em todas as plataformas digitais:

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‘Liberdade’ é o primeiro EP do Cocada como sublabel da Get Physical

Fazendo sua tão aguardada estreia como sublabel da Get Physical, a Cocada Music nos apresenta seu EP ‘Liberdade’. Escute:

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Projeto Cocada vai virar sublabel da Get Physical

Cocada Music, que fará parte da Get Physical, terá Leo Janeiro e Roland Leesker como A&R do selo e uma super estreia com Ricardo Villalobos e Trepanado.

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