Categorias
Mainstage

Daft Punk anuncia Random Access Memories (Drumless Edition)

Com uma versão sem baterias e percussão, o Daft Punk lança o ‘Random Access Memories (Drumless Edition)’ em novembro deste ano.

A celebração do 10º aniversário do álbum ‘Random Access Memories’ do Daft Punk continua com o lançamento do pre-save, disponível hoje, para a versão “Random Access Memories (Drumless Edition)”. Faça o seu pre-save aqui.

Após o lançamento da edição ‘Random Access Memories 10th Anniversary‘ no início deste ano, chega agora uma nova versão do álbum vencedor do prêmio GRAMMY. O novo lançamento elimina todos os elementos de bateria e percussão do álbum. Essa dinâmica traz uma qualidade atemporal ao álbum, dando aos ouvintes a capacidade de mergulhar mais profundamente nas camadas de cada faixa.

A versão do álbum sem bateria cria uma experiência totalmente nova e as faixas são transformadas. ‘Within (Drumless Edition)‘ é a primeira faixa do álbum disponível hoje. Despojada de percussão, esta nova versão destaca a estrutura atemporal da faixa, e o piano de Chilly Gonzales ganha uma qualidade ainda mais pensativa e autorreflexiva.

Como parte do aniversário de 10 anos de “Random Access Memories”, Daft Punk lançou também o “Memory Tapes”, uma retrospectiva da criação do álbum por colaboradores como Julian Casablancas, Chilly Gonzales, DJ Falcon e Todd Edwards. Os episódios com Pharrell Williams, Nile Rodgers e Paul Williams e Chris Caswell estão por vir. As entrevistas para o “Memory Tapes” foram realizadas nos Henson Studios em Los Angeles e Gang Studios em Paris, em espaços onde grande parte de “Random Access Memories” foi gravado e onde os colaboradores trabalharam. Cada episódio inclui uma nova entrevista, bem como imagens de arquivo e de estúdio do Daft Punk, nunca antes vistas, enquanto eles criavam o que se tornou seu último álbum.

“Random Access Memories 10th Anniversary Edition” estreou em 8º lugar na parada de álbuns da Billboard 200 no início deste ano e foi aclamado pela crítica. A VARIETY saudou o lançamento, dizendo: “A genialidade do álbum brilha agora mais do que nunca… é inquestionavelmente brilhante e repleto de algumas das músicas mais belas, emocionantes e emocionais de seu tempo.” “Random Access Memories” é álbum do Ano 2x Platina e ganhador do prêmio GRAMMY. “Get Lucky” é 8x Platinum, single número 1 no Reino Unido.

“Random Access Memories (Drumless Edition)” está disponível para pré-save agora e será lançado em 17 de novembro de 2023 nos formatos digitais, incluindo uma versão de áudio espacial Dolby Atmos.

Escute ‘Within (Drumless Edition)‘:

Categorias
Mainstage

Daft Punk revela ‘Memory Tapes’, sobre o aclamado álbum ‘RAM’

Mostrando um novo olhar sobre a criação de seu álbum final, ‘Random Access Memories’, Daft Punk revela a série ‘Memory Tapes’. Assista!

Como continuação da comemoração do 10º aniversário de seu último álbum, ‘Random Access Memories’, o Daft Punk revelou ‘Memory Tapes’, uma nova série de entrevistas com os principais artistas que colaboraram com a criação do álbum.

Antes do lançamento de ‘Random Access Memories’, há dez anos, Daft Punk trabalhou no projeto “The Creators Project” com o objetivo de capturar uma série de entrevistas chamadas de The Collaborators, na qual os colaboradores do álbum falaram sobre suas experiências criando a música que se tornou um álbum inovador. Memory Tapes é uma continuação, uma década depois, para os colaboradores do álbum revisitarem “Random Access Memories”, compartilharem suas memórias do processo de gravação e examinarem o impacto que o álbum, e o Daft Punk, tiveram em suas próprias carreiras e na cultura em geral.

As entrevistas para “Memory Tapes” foram realizadas no Henson Studios em Los Angeles e no Gang Studios em Paris, em espaços onde grande parte do “Random Access Memories” foi gravado e onde os colaboradores trabalharam. Junto com cada entrevista, os episódios contêm imagens de arquivos e imagens de estúdio nunca antes vistas do Daft Punk enquanto eles elaboravam o que se tornou seu álbum final.

primeiro episódio da série ‘Memory Tapes’ lançado com Julian Casablancas foi lançado para coincidir com a edição do 10º aniversário de Random Access Memories, e agora ‘Memory Tapes – Episode 2’, com Chilly Gonazales, é revelado. Os próximos episódios contarão com Panda Bear, DJ Falcon, Todd Edwards, Pharell Williams, Nile Rodgers e Paul Williams & Chris Caswell.

“Random Access Memories 10th Anniversary Edition” estreou em 8º lugar na parada de álbuns da Billboard 200. O álbum original é 2x Platinum e Álbum do Ano premiado com o GRAMMY. “Get Lucky” é 8x Platinum, um single # 1 no Reino Unido. A edição do 10º aniversário já está disponível em vários formatos: 3 LPs, 2 CDs, streaming e download.

Assista ‘Memory Tapes – Episode 2’:

Categorias
Editorial

Top 10 Love Songs da dance music para o dia dos namorados

Para embalar o seu dia 12 de junho, separamos 10 Love Songs da nossa amada música eletrônica, que criarão aquele clima perfeito a dois.

Quando pensamos em Love Songs, literalmente aquelas músicas que falam sobre amor, logo associamos a Frank Sinatra, Etta James, The Beatles e diversos outros artistas, principalmente aqueles de pop, R&B ou country, que são de fato os estilos musicais que mais falam sobre o tema, mas quando pesquisamos um pouco mais, conseguimos perceber que as “love songs” vão além do que aqueles baladas sentimentais.

A música eletrônica é repleta de baixos pesados, sintetizadores ácidos, mas também consegue trazer letras emocionais em suas composições, o que transforma alguns dos hits que dançamos na pista, em verdadeiras love songs. As vezes não reparamos nisso, seja por conta das batidas que nos distraem, do sintético que tomamos e não nos deixa raciocinar ou até mesmo por não entendermos completamente o idioma, mas o amor está ali também.

Como sabemos que dizer “eu te amo” ou demonstrar sentimento de forma oral nem sempre é fácil, pegamos o TOP 10 da lista que a Billboard fez recentemente (onde eles selecionam 60 love songs da música eletrônica) e colocamos nesse post, pensando em ajudar na hora de se declarar ou quem sabe, usar as músicas como trilha sonora do programinha do dia dos namorados. Fizemos uma playlist também. Aproveite!

10 – Kaskade – ‘Eyes’

Letra: “You and I could paint the sky together. As the world goes by, we’ll go on forever. Look into my eyes.”
Tradução: “Você e eu poderíamos pintar o céu juntos. À medida que o mundo passa, nós continuaremos para sempre. Olhe em meus olhos.”

9 – Krewella – Alive

Letra: “All alone, just the beat inside my soul. Take me home, where my dreams are made of gold. In the zone where the beat is uncontrolled. I know what it feels like. Come on, make me feel alive.”
Tradução: “Totalmente sozinho, apenas a batida dentro da minha alma. Leve-me para casa, onde meus sonhos são feitos de ouro. Na zona onde a batida é descontrolada. Eu sei como é. Vamos, faça-me sentir vivo.”

8 – Rihanna ft. Calvin Harris – ‘We Found Love’

Letra: “Yellow diamonds in the light. Now we’re standing side by side. As your shadow crosses mine. What it takes to come alive.”
Tradução: “Diamantes amarelos na luz. Agora estamos lado a lado. Como sua sombra cruza a minha. O que é preciso para ganhar vida.”

7 – ODESZA feat. Leon Bridges – ‘Across The Room’

Letra: “The scent of your perfume has got me lost in a haze. And oh this moment depends on the records that the DJ plays. Baby move a lil bit closer ’cause I wanna feel you babe”
Tradução: “O cheiro do seu perfume me deixou perdido em uma névoa. E ai esse momento depende dos discos que o DJ toca. Querida, aproxime-se um pouco mais, porque eu quero sentir você, querida”

6 – OneRepublic vs. Alesso – ‘If I Lose Myself”

Letra: “If I lose myself tonight, it’ll be by your side. If I lose myself tonight, it’ll be you and I.”
Tradução: “Se eu me perder esta noite, será ao seu lado. Se eu me perder esta noite, seremos você e eu.”

5 – Disclosure ft. Sam Smith – ‘Latch’

Letra: “I feel we’re close enough, could I lock in your love? Now I’ve got you in my space, I won’t let go of you. Got you shackled in my embrace, I’m latching on to you.”
Tradução: “Sinto que estamos perto o suficiente, posso prender seu amor? Agora que tenho você no meu espaço, não vou desistir de você. Tenho você algemado em meu abraço, estou me agarrando a você.”

4 – Zedd ft. Foxes, – ‘Clarity’

Letra: “Cause you are the piece of me I wish I didn’t need. Chasing relentlessly, still fight and I don’t know why. If our love is tragedy, why are you my remedy? If our love’s insanity, why are you my clarity?”
Tradução: “Porque você é o pedaço de mim que eu gostaria de não precisar. Perseguindo incansavelmente, ainda luto e não sei por quê. Se nosso amor é uma tragédia, por que você é meu remédio? Se nosso amor é uma insanidade, por que você é minha clareza?”

3 – Steve Angello & Laidback Luke ft. Robin S. – ‘Show Me Love’

Letra: “So baby if you want me, you’ve got to show me love. Words are so easy to say, oh ah yeah. You’ve got to show me love.”
Tradução: “Então baby, se você me quer, você tem que me mostrar amor. As palavras são tão fáceis de dizer, oh ah sim. Você tem que me mostrar amor.”

2 – Deadmau5 & Kaskade – ‘I Remember’

Letra: “Add to the memory you keep. Remember when you fall asleep. Hold to the love that you know. You don’t have to give up to let go.”
Tradução: “Adicione à memória que você mantém. Lembre-se quando você adormecer. Segure o amor que você conhece. Você não precisa desistir para deixar ir.”

1 – Daft Punk – ‘Digital Love’

Letra: “Oh, I don’t know what to do. About this dream and you. I wish this dream comes true.”
Tradução “Ai não sei o que fazer. Sobre esse sonho e você. Desejo que este sonho se torne realidade.”

Para facilitar ainda mais o trabalho, construímos uma playlist com essas 10 música. Play!

Categorias
Editorial

Lucas V. preparou uma linha do tempo especial sobre carreira do Daft Punk

Formado em 1993, o duo francês Daft Punk impactou e continua a exercer enorme influência na indústria da música eletrônica

Daft Punk

Introdução por Nicolle Prado
Texto por Lucas V.

A música vive em constante movimento. Sonoridades nascem, gêneros se ramificam, estéticas atingem o ápice, desaparecem e voltam repaginadas. No universo musical, tudo se recicla e nada se descarta, mas sim, se transforma. Neste ciclo infinito, algumas raridades surgem e mudam completamente o caminho da indústria, depois delas, nada é o que era antes. Um cometa que atinge o solo terrestre e modifica tudo ao seu redor é uma boa metáfora a todo o impacto causado por esses especiais acontecimentos, e bom, Daft Punk, com certeza, foi uma dessas estrelas. 

O duo francês formado por Thomas Bangalter e Guy-Manuel de Homem-Cristo surgiu em 1993, na França, e estes são os nomes responsáveis por massificar a cena eletrônica mundial, transformar conceitos e influenciar toda a indústria fonográfica. A trajetória da dupla é longa, e durante seus quase 30 anos de carreira, sempre foram conhecidos pela sonoridade revolucionária, que os tornou, com certeza, uma das principais referências para artistas de todos os gêneros.

Se fora do Dance Music, eles já possuem toda esta relevância, dentro do cenário eletrônico, eles são gigantes. Todos foram atingidos pela magnitude dos caras depois que eles apresentaram ao mundo o French House. Este gênero combina diferentes vertentes como House, Techno, Acid House, Electro, Rock, Pop e Funk de maneira singular e em uma estrutura inteligente e equilibrada, diferente de tudo que já tinha sido feito anteriormente. E assim, eles inspiraram milhares de pessoas pelos quatro cantos do planeta.

Lucas Vieira da Silva, ou melhor, Lucas V., é um desses artistas que sentiu sua vida mudar totalmente desde que conheceu o som da dupla francesa. Esta paixão surgiu em 2007, quando teve o encontro com o álbum “Discovery” – que hoje, leva tatuado na pele -, e então, após pesquisar toda a história do Daft Punk, decidiu mergulhar no universo da música eletrônica e se tornar DJ com o objetivo de levar os sentimentos e sensações que o duo despertou dentro de si. 

“Eu sempre falo que o Daft Punk me colocou neste universo de beats e melodias. Gostava de ficar em frente ao rádio ouvindo New Order, Pet Shop Boys, Queen, muito pela influência do meu pai. Mas quando eu ouvi e conheci o Daft Punk, foi algo diferente, senti como se tivesse descoberto ouro. Eles pautaram todo o meu gosto e identidade musical. Acredito que se não fosse por essa descoberta, eu não teria todo esse amor pela música. Eles me ensinaram a como respeitar a música e compartilhar o seu amor com quantas pessoas puder, independente da distância, idioma, classe, ou qualquer outro ponto de obstáculo. A música é democracia e precisa ser exaltada sempre”, comenta Lucas V.

Ele também se recorda de quando tinha seus 16 anos, época em que ia para Lan House procurar vídeos e matérias sobre a dupla. “Eu não tinha internet em casa e sempre pedia uns trocados pra minha mãe para ir até a lan house. Eu queria consumir tudo que fosse deles. Infelizmente não tive a sorte e a idade para vê-los ao vivo, mas ainda confio que esse dia chegará”.

Hoje, DJ há 08 anos, convidamos Lucas, um expert quando o assunto é Daft Punk, para relembrar a trajetória do duo que revolucionou o Dance Music. Confira:

De Darlin à Daft Punk 

Guy-Manuel e Thomas começaram a ser amigos ainda na escola, quando se uniram pelos gostos em comum por música e filmes da década de 60 e 70. Com a aspiração para se tornarem artistas, iniciaram a banda de rock Darlin, junto a outro colega Lauren Brancowits, e até chegaram a tocar em alguns clubes da região. Mas, o som não foi bem recebido pela crítica que os chamou de “um bando de punks estúpidos”, ou melhor “daft punky”. A banda acabou, mas eles aproveitaram a crítica para formar o duo. 

Na época, eles tinham começado a frequentar raves, e como já eram apaixonados pelos sintetizadores dos anos 70, decidiram reinventar o seu som e criar algo totalmente novo. A nova empreitada deu certo, o que levou eles ao estrelato logo no segundo single, o hit “Da Funk” em 1995. 

A faixa faz parte do primeiro disco, “Homework” que combina elementos do Techno e House com muito groove, baterias eletrônicas arrojadas, synths vibrantes, toques de rock e letras chiclete como em “Around The World” que virou o principal single do trabalho: 

O álbum foi sucesso de vendas e críticas, e além de surpreenderem pela sonoridade, o trabalho do duo chamava a atenção pelo visual artístico, desde os videoclipes conceituais, que formavam uma série chamada de “D.A.F.T. – A Story about Dogs, Androids, Firemen and Tomatoes” dirigida por cineastas renomados, até o modo de vestir (os famosos capacetes).

“É engraçado que 90% dos fãs que eu converso tem o Homework como o seu álbum preferido. Não é o meu caso, apesar de amar Homework e também sei a disrupção que o álbum causou no cenário da música eletrônica. Faixas como Revolution 909, Around The World, Fresh, Phoenix e Burnin são as minhas preferidas — na verdade, todas são as minhas preferidas, rs”.

Discovery

“Discovery” chegou em 2001 reafirmando toda a potência musical da dupla. O trabalho apresentava uma atmosfera mais descontraída e alegre que o anterior, com uma estética mais vibrante e colorida. O objetivo era alcançar novos públicos, o que foi atingido com êxito e fez a E-Music atingir um novo patamar de difusão. Para o visual deste álbum, eles seguiram a ideia de uma coletânea de clipes, dessa vez projetados por Leiji Matsumoto, que criou o longa-metragem “Interstella 5555: The 5tory of the 5ecret 5tar 5ystem” em uma animação estilo anime. 

Faixas como como “One More Time”, “Aerodynamic”, “Digital Love”, “Harder, Batter, Faster, Stronger” e “Face to Face” se tornaram hits. 

Para Lucas, foi aqui que tudo mudou. “Quando estava no sofá assistindo MTV e vi o clipe de ‘One More Time’, sabia que ali não era uma música qualquer, então nascia um amor que dura até hoje. O clipe, a história, a estética sonora, a melodia, o vocal do Romanthony… foi uma explosão na minha mente e também ali nascia uma curiosidade para conhecer mais sobre essa dupla. Depois descobri que a faixa fazia parte do álbum Discovery, que pra mim é o melhor álbum que já ouvi na minha vida, é a essência do French House! E ainda tinha a animação em parceria com Leiji Matsumoto, que arrebatou diversos fãs e é a minha preferida”.

Ele ainda complementa e descreve o álbum como o significado de perfeição. “Você tem a impactante ‘One More Time’ e ‘Short Circuit’, as lindas e sensíveis ‘Nightvision’ e ‘Veridis Quo’, a calma e doce ‘Something About Us’ e ‘Digital Love’, as viciantes e hipnóticas ‘Superheroes’, ‘Too Long’ e ‘Voyager’… é maravilhoso! Cada música tem um significado muito forte na minha vida e ainda quero tatuar o nome de cada faixa”.

Tattoo by Hugo Trajano

Human After All

O terceiro LP, “Human After All”, foi lançado em 2004 e é o trabalho mais controverso do duo. O álbum é considerado repetitivo, mas mesmo assim, não deixou de apresentar boas músicas como “Technologic”, uma das faixas que mais utilizam samples até hoje, além de “Robot Rock” e “The Prime Time of Your Life” que atingiram um sucesso moderado. 

O Human After All é polêmico entre os fãs, mas fã é fã e sempre vai encontrar elogios nas obras de seus ídolos. “Technologic, Emotion, Make Love, Robot Rock e The Prime Time Of Your Life” são as minhas preferidas. As faixas do álbum podem não ser tão impactantes como as faixas dos álbuns Homework e Discovery, porém quando você assiste elas na turnê Alive 2007 são super enérgicas e combinam bem com as outras faixas.

Alive 2007

Mesmo não tendo o destaque esperado com o álbum de estúdio, o oposto aconteceu na turnê que recebeu uma megaprodução, se tornando referência para todos os artistas e até mesmo festivais por conta de sua estrutura gigantesca. 

A turnê Alive 2007 foi uma das coisas que mais me impressionou quando eu falo do duo.
Naquela época, artistas do cenário eletrônico não se preocupavam muito com experiências audiovisuais. A turnê foi um marco no cenário eletrônico e mudaria para sempre os rumos dos espetáculos. A turnê é até mencionada no documentário sobre a história do Coachella.

https://www.youtube.com/watch?v=fJFgYYfPhIs&

Recorte do documentário sobre a história do Coachella, lugar que recebeu um dos primeiros shows da turnê Alive 2007.

A integração entre laser, LED’s, a pirâmide, as faixas dos álbuns e as máscaras davam toda a atmosfera perfeita para um concerto de deixar qualquer pessoa assustada com tamanha estrutura. O storytelling do show é perfeito, onde eles “nascem” robôs e se tornam humanos no final através das projeções e mashups exclusivos criados para a turnê (Como esquecer a “Music Sounds Better With You” com “Together” e acapella da “One More Time”. Esse mashup entre as produções próprias é a cereja do bolo sobre um álbum que é praticamente perfeito!

Show realizado no Lollapalooza da Califórnia, em 2007

Tron, DJ Hero e outros trabalhos 

A relevância de Daft Punk vai além da música e afetou toda a indústria cultural e de entretenimento. O duo foi responsável por criar a trilha sonora do filme “Tron: O legado”, produzindo mais de 24 faixas que trazem uma estética futurista. Com este trabalho, chegaram a ganhar o Grammy como “Melhor Disco de Trilha Sonora para uma Mídia Visual”, em 2010.

Sobre o Tron, Lucas destaca: “Acho interessante a presença deles na cultura pop americana por fazer parte de um filme da Disney do que propriamente o álbum criado. Eu me lembro de ter ido no cinema APENAS para ver eles, foram 10 segundos de aparição e já posso dizer que foi a melhor aparição de um artista musical em um filme da Disney (sim, eu forcei, mas fã é fã rs). Daft Punk correu para que outros artistas pudessem andar e colocou a França e o French House no cenário global. Todas as homenagens são super merecidas pelo estrondoso impacto que o duo causou no universo da música, e não somente no cenário eletrônico”.

Depois disso, eles também foram convidados para participarem do DJ Hero. Nesta produção, Bangalter e Homem-Cristo apresentaram 11 tracks, além de cederem suas imagens como personagens para o jogo. Com estas composições, eles alcançaram novos públicos e foram extremamente elogiados.

Além disso, outro marco importante da carreira da dupla foi a admissão à Ordem de Arte e Literatura da França, onde receberam o prêmio de “Cavaleiros da Nação” pelo Ministério da Cultura do país. 

Random Access Memories e fim de Daft Punk 

Após quase 10 anos sem apresentar um álbum de estúdio, o duo apresentou seu quarto disco “Random Acess Memories” em maio de 2013. O lançamento fugiu um pouco das influências “rock” do trabalhos anteriores para seguir uma sonoridade mais voltada ao Pop, trazendo participações de Pharrell Williams, Nile Rodgers, o vocalista do The Strokes Julian Casablancas, Panda Bear, do Animal Collective, Paul Williams e Todd Edwards

O álbum se tornou um grande sucesso, reafirmou a excelência do duo e ainda lhes garantiu os Grammys de “Álbum do Ano”, “Melhor Álbum de Dance/Eletrônica” e “Melhor engenharia de som de álbum”.

“O álbum Random Access Memories foi um sopro de inovação e criatividade dentro de um cenário cada vez mais igual e chato. Apesar de não ter aquele IMPACTO de outros álbuns, esse álbum colocou o Daft Punk na calçada da fama arrebatando diversos Grammys. Lembro que nesse ano o termo Daft Punk foi um dos mais buscados, pois todo mundo ficou curioso de saber quem eram aqueles robôs que estavam levando todos os prêmios. No Grammy o duo chegou no ápice da carreira deles, mas pra mim era um lugar que eles já deveriam fazer parte desde o lançamento do Discovery, foi a exaltação e homenagem merecida que eu tanto pedia”.

Desde então, a dupla participou da música “Starboy” e “I Feel It Coming” de The Weeknd, e logo em seguida, em 2016, entrou em hiato, dando uma pausa na agenda de shows. Em 2021, – infelizmente – publicaram um vídeo nas redes sociais anunciando o fim do projeto. 

Para Lucas, o momento também resgata outra lembrança bastante delicada. “É sempre duro falar sobre isso, pois dois dias depois de ter perdido o meu filho em um acidente foi anunciado o fim da dupla, ali eu senti que estava recebendo um recado, de continuar em frente, e sempre vou ser grato por eles terem transformado a minha vida e fazerem parte da trilha sonora da minha jornada aqui na Terra. Pretendo lançar um set de French House para homenagear esse estilo e a dupla, é o estilo de som que mais gosto de ouvir e praticamente é o que me personifica como DJ”, finaliza.

Acompanhe Lucas V. no Instagram e Soundcloud.

Categorias
Via UnderGROUND

KAPP fala sobre a importância de receber um remix do duo Sphynx

O remix do duo Sphynx, para a track ‘Burning Lips’, do artista KAPP, já está disponível nas plataformas digitais. Escute agora.

Foto: Daniela Luquini

por Mia Lunis

KAPP, projeto de Brenno Balbino, aplica em sua sonoridade referências que marcaram toda uma geração, incluindo medalhões da indústria, como Jeff Mills, Daft Punk, Nine Inch Nails, Prodigy, dentre outros, tendo construído um caminho sólido que permeia sua identidade forte e marcante.

O artista, que já fez turnê pelo velho continente e na América do Sul como parte integrante de bandas de pós-punk e rock psicodélico, estudou na universidade Middlesex em Londres no curso de Sonic Arts & Music Composition e lançou a faixa ‘Burning Lips’ uma faixa coroada por uma atmosfera pós punk e darkwave com um vocal enigmático e uma melodia marcante.

A faixa acaba  de receber o remix arrasador de Sphynx, projeto assinado pelos produtores Vermelho e Zopelar, que corroboram para o conceito musical do artista, entregando um Indie Dance competente, pronto para as melhores pistas da cidade.

Já conheço o Vermelho há uns 10 anos. Ele tocou no Bunker 194 (minha festa de Londres) há muito tempo. Desde lá cultivamos uma amizade sadia e vim acompanhando o trabalho de produção dele por todo esse tempo. Quando precisei de um remix eu pensei nele na hora. Depois ele me apresentou o Zopelar que conhecia de nome por fazer parte do Teto Preto. Decidimos fazer com os dois assinando como Sphynx pois vi a importância de adicionar o Zopelar nesse trabalho pela experiência e talento que ele possui como produtor e instrumentista”, conta KAPP.

Para a releitura da faixa, o Sphynx soube muito bem pinçar os principais elementos da faixa, adicionando uma timbragem ácida que amplia ainda mais a atmosfera de pista. As faixas foram assinadas pela gravadora Bunker 194 Records e KAPP dá seus primeiros passos de forma absolutamente certeira. O artista se apresenta nas festas 4e20, Foda, Jerome e Superafter no D-Edge em Março, vale a pena conferir!

Categorias
Mainstage

Álbum de Daft Punk ganha versões com vocais de Michael Jackson

Ouça agora dois grandes álbuns do pop, ‘Thriller Acess Memories’, em um mix especial feito com mashups de Daft Punk e Michael Jackson.

Categorias
Descubra

Descubra: RoB

Música eletrônica tropical com doses homeopáticas de psicodelia: preparado para entrar nessa vibe? Descubra o talento de RoB.

Conhecer algo novo é sempre uma experiência que mexe com nossas emoções e sentidos, e com certeza o que trazemos aqui hoje cumprirá tal função. RoB é um novíssimo projeto musical de música eletrônica — não exatamente aquela voltada ao dancefloor, mas sim para curtir uma brisa nos fones de ouvido — que carrega um teor tropical e imprime, de certa forma, leve doses psicodélicas nas músicas.

A estreia oficial rolou no mês passado com o single ‘Nada Lá Fora, faixa que ganhou clipe e que, em pouco mais de um mês, já se aproxima da casa de 100 mil views no YouTube, acompanhado de dezenas de elogios dos ouvintes pela originalidade e criatividade do trabalho. Agora, dando sequência à apresentação de RoB ao mundo, a cantora e compositora pernambucana divulga ‘Outra‘, uma faixa que demonstra todo o poder feminino que ela carrega dentro de si.

Lançada oficialmente na última sexta (07), o single já está disponível nas principais plataformas digitais e chega novamente com um clipe que merece ser conferido nos mínimos detalhes. Embarque nessa vibe e conheça a identidade de RoB nesta nova coluna Descubra:

Beat for Beat – RoB! Obrigado por topar essa entrevista. Por aqui estamos bastante acostumados a falar sobre música eletrônica em seu formato mais “tradicional”, digamos assim, de músicas feitas para clubbers, com BPMs mais altos, pra cansar o corpo de tanto dançar em meio à multidão, mas essa pegada não é bem a sua. RoB é mais suave, radiofriendly, mas ainda assim música eletrônica. Como foi pra chegar nessa identidade?

RoB – Eu sempre gostei das músicas eletrônicas com BPMs mais baixos. Acho mais envolventes, deixam mais espaço para os efeitos, os reverbs e as sílabas longas, presentes na maioria das minhas melodias. A música passa a ser mais envolvente do que pulsante.

Você é nascida e crescida em Recife, mas morou 4 anos na Califórnia, certo? Isso também moldou sua personalidade musical, não foi?

RoB – Sim, certamente. Pernambuco tem uma identidade cultural e musical muito forte e muito própria. A vivência na California me mostrou muita coisa nova – especialmente no reggae e música eletrônica – e me trouxe mais liberdade e leveza na forma de enxergar as possibilidades musicais. Acho que a junção de tudo isso me levou musicalmente a um lugar onde me sinto confortável para misturar influências sem me ater a rótulos.

Se formos abrir suas playlists, o que podemos encontrar? Quais nomes estão constantemente rolando quando você está curtindo um som no seu próprio universo?

RoB – Nossa, gosto de tanta coisa e o que mais escuto é coisa antiga. Marvin Gaye, Donny Hathaway, Stevie Wonder, The skatalites, Radiohead, Depeche mode, The Spinners, Sly and the Family Stone, Gilberto Gil, Tim Maia, Little Dragon, Kraftwerk, Tame Impala, The Chemical Brothers, LCD Sound System, Daft Punk. E muita, muita música jamaicana.

Essa é um pouco clichê, mas sempre recebemos respostas diferentes: o que te inspira a produzir uma música?

RoB – Vou dar uma resposta mais clichê ainda, mas bem verdadeira, o amor me inspira. Um amor que se inicia, um amor que acaba, o amor que a gente inventa, o amor pela vida, o amor universal, aquele que pulsa lá dentro e lhe faz ter vontade de sair gritando, por que tanta guerra, por que tanta divisão? Isso verdadeiramente me inspira.

Seu novo single tem uma mensagem forte sobre a figura feminina, representa a força da mulher. Você já sofreu algum tipo de preconceito por ser mulher no meio artístico? Inclusive nesse meio de música eletrônica, que é predominantemente masculino…

RoB – Sim, um olharzinho aqui, outro ali de quem não está botando fé que você sabe o que está fazendo… algum comentário machista. Mas nunca dei muita importância a isso, cresci entre homens e aprendi a me posicionar desde cedo. Faço o que sinto ser a minha verdade. Vou lá e faço.

Sabemos também da ideia de um possível remixer para ‘Outra‘, correto? O que vocês estão buscando? Qual é a pegada que esse remix deve carregar?

RoB – Quero muito esse remix! Acredito que “Outra” pode quebrar barreiras, ampliar seu alcance e ser ouvida por outros públicos. A ideia do remix é levar a música para um lugar que ela não está: outras pistas, outras plataformas, outras playlists. Quero entregar “Outra” a um dj que a abrace, que vibre com a ideia tanto quanto nós e toque essa música cheio de orgulho.

E além desse segundo single, vem mais algum outro pela frente? Quando o álbum deve chegar oficialmente?

RoB – Planejamos o lançamento de mais um single antes do álbum, que deve estar chegando no começo do segundo semestre.

Para terminar, se você pudesse descrever RoB em poucas palavras para nossos leitores, quais seriam?

RoB – Teimosa, apaixonada, diversa e aversa a rótulos. E movida a música 🙂

Categorias
Mainstage

Vendas e streams de Daft Punk disparam após separação

Depois que a dupla Daft Punk decidiu finalizar o projeto, as vendas de álbuns digitais aumentaram 2650%. Saiba mais sobre o caso.

Categorias
Mainstage

Daft Punk anuncia o fim da dupla que revolucionou a música eletrônica

Uma das duplas mais importantes da música eletrônica mundial, o Daft Punk, anunciou neste segunda-feira (22) o fim da sua carreira.

Parem todas as máquinas! Uma notícia pegou a cena musical mundial de surpresa nesta segunda-feira (22): Guy-Manuel de Homem-Christo e Thomas Bangalter, membros do Daft Punk, anunciaram em vídeo o fim da dupla que revolucionou a música eletrônica. Responsáveis por músicas que atravessaram geração, Daft Punk encerra um ciclo de quase 30 anos.

Com uma história brilhante, de incontáveis hits e diversos Grammys, o duo oficializou o fim de sua história com um vídeo postado no Youtube, chamado ‘Epilogue’, com duração de 8 minutos e que mostra nossos robôs preferidos andando pelo deserto, com seus capacetes icônicos e jaquetas de couro. Então, eles olham um para o outro, até que um deles tira sua jaqueta e revela um dispositivo explosivo nas costas. O fim da dupla foi decretado. Além do vídeo, postado pela própria dupla em seu canal oficial, a informação foi confirmada também pelo empresário da banda a revista Variety.

É inegável que Daft Punk é um dos pilares da música eletrônica como conhecemos hoje e o legado deles será para sempre eterno. No vídeo ‘Epilogue’, um deles continua caminhando sozinho, o que pode ser indícios de uma carreira solo? Só o tempo irá dizer, mas enquanto isso, não deixaremos a memória do Daft Punk ser esquecida. Jamais!

Categorias
Mainstage

Show do Daft Punk no Lollapalooza de 2007 surge em HQ na internet

14 anos após a apresentação do Daft Punk no Lollapalooza Chicago, a apresentação surge na internet em alta qualidade e completo.

Não, você não está na coluna Tebetê! Mesmo que anteriormente, a gente tenha falado sobre um show do Daft Punk na nossa coluna que revisita o passado, essa matéria é sobre um outro e em melhor qualidade, afinal, Daft Punk nunca é demais, certo?

Em 2007, a dupla de robôs preferida da música eletrônica se apresentou no emblemático Lollapalooza Chicago e para nossa alegria, imagens que ainda não haviam sido divulgadas, foram finalmente colocadas na internet e o melhor de tudo, em alta qualidade. O show completo, com aproximadamente 1h30 de duração, traz imagens que foram transmitidas no telão do evento, o que garante a nitidez do conteúdo.

A apresentação fez parte da Alive Tour e que revolucionou a música eletrônica com uma super produção, abrindo as portas para tudo o que viria a ser feito a seguir. Na tracklist, é claro, grandes hits da dupla, entre eles ‘Around The World‘, ‘Harder Better Faster Stronger‘, ‘Technologic‘, ‘Human After All‘, isso só pra citar alguns. O vídeo é uma ótima pedida para quem nunca pode ver uma apresentação ao vivo do Daft Punk e para os sortudos que desejam relembrar algum desses espetáculos.

Como a internet é uma terra sem lei, não sabemos até quando o registro estará disponível por isso, corre agora no Youtube ou dê play logo abaixo. Divirta-se!

https://www.youtube.com/watch?v=udvYSd2TIkg

Categorias
Editorial

Tebetê #02: Daft Punk no Vegoose Festival 2007 [Vídeo]

Um dos maiores duos da música eletrônica, Daft Punk, num set especial feito em Las Vegas no Vegoose Festival, em 2007. Vamos de Tebetê!

Daft Punk no Vegoose 2007 | Foto: Ryan Olbrysh

Muitos artistas da cena eletrônica, conseguem atingir patamares de superstars, mas são poucos os nomes que transformam-se em verdadeiras lendas e o duo Daft Punk é um deles. A dupla, formada por Guy-Manuel de Homem-Christo e Thomas Bangalter, é conhecida por seus icônicos capacetes e acumula feitos em toda a sua história, dando-os o status de legendários.

Com hits que atravessam gerações, Daft Punk é um daqueles projetos que são o sonho de consumo de qualquer raver. Suas apresentações, completamente tecnológicas, são marcos na cena da música eletrônica, assim como a sonoridade própria, tão característica da dupla e é uma dessas apresentações, que reviveremos hoje.

O Vegoose Festival foi um evento de Halloween que aconteceu entre os anos de 2005, 2006 e 2007 em Las Vegas. Grandes nomes da música mundial como Rage Against the Machine, Muse, The Killers e Queens of the Stone Age passaram pelo evento, que em 2007, recebeu nossa dupla de robôs favoritas.

Num set de um pouco de 1h, o Daft Punk tocou tracks que são conhecidas até hoje, em mashups incríveis. ‘Around The World‘ com ‘Harder, Better, Faster, Stronger‘ e ‘One More Time‘ com ‘Aerodynamic‘ foram algumas das misturas, que você confere agora com a gente, nessa viagem ao passado. Hoje, o Tebetê é com Daft Punk!

https://www.youtube.com/watch?v=sQVqHD4L2tw

Categorias
Destaque Mainstage

‘Get Lucky’ de Daft Punk é a quarta música mais ouvida da última década

Os franceses do Daft Punk, desbancaram Justin Timberlake e Black Eyed Peas com ‘Get Lucky’ na quarta colocação do chart da inglesa BBC Radio 2.

Sair da versão mobile