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Carola é a única artista nacional anunciada no Lollapalooza EUA

Edição principal do Lollapalooza, um dos maiores festivais do mundo, rola no Grant Park, em Chicago, entre 03 e 06 de agosto e possui Carola no lineup. Saiba os detalhes.

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Via UnderGROUND

Eli Iwasa realiza nova tour internacional com datas em 4 países

Após 3 anos desde sua última tour internacional, a brasileira Eli Iwasa possui datas na Espanha, Inglaterra, Portugal e Turquia.

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Editorial

08 de março, a magia, os prazeres e as dores de ser uma DJane no Brasil

Celebrando o Dia Internacional da Mulher, convidamos artistas nacionais, que nos contaram um pouco sobre ser uma DJane no Brasil.

Mary Mesk

Se existe uma figura que precisa ser homenageada sempre, dentro e fora da música eletrônica, com certeza são as mulheres. Mesmo que em menor número, as DJanes tem sido personagens importantes na evolução da cena dance music mundial, ocupando posições de destaque e mostrando para todos que lugar de mulher é sim, onde ela quiser, inclusive em cima do palco, produzindo, sendo artistas de renome.

Hoje, dia 08 de março de 2021, convidamos algumas artistas brasileiras para nos contarem as alegrias e até mesmo dores de serem mulheres, num ambiente ainda predominantemente masculino. Queríamos fazer um post enaltecendo apenas as partes boas, mas o preconceito e as dificuldades precisam também, serem discutidas num dia tão importante.

Que a cada novo dia e não só no dia 08 de março, nossas mulheres da música sejam mais e mais valorizadas, para que em anos futuros, este post seja apenas de celebração. Feliz Dia Internacional da Mulher a todos as DJanes do Brasil!

B4RBRA

“Muito se fala sobre as dificuldades e os enormes desafios de ser uma artista mulher e eu me considero até uma ativista em favor de uma cena mais feminina, mas acho que isso acaba nos tornando mais fortes. Temos que estudar mais, trabalhar mais pra fazer acontecer, provar o tempo todo que somos capazes… e isso tem sim um lado bom: nos transforma em profissionais melhores do que provavelmente seríamos se não tivéssemos toda essa luta por trás.

Nos desafiamos diariamente a aperfeiçoar nossa técnica, nossas produções, nossas estratégias de marketing, nosso approach com os fãs e com os players do mercado e a consequência disso é a entrega de um trabalho com cada vez mais qualidade. Queremos sempre ser melhores do que fomos no dia anterior, porque sabemos que não temos muito espaço pra errar. A nosso favor temos, claro, a intuição feminina, imbatível aliada no feeling de pista.

Sei que não é uma unanimidade, mas por isso me considero uma privilegiada por, até aqui, ter me sentido muito acolhida pela cena techno. É muito bom sentir que meu trabalho é respeitado, valorizado e admirado, porque me sinto mais à vontade para ser eu mesma e continuar me expressando por meio da música. Sinceramente torço para que isso continue sempre assim. Até porque a música eletrônica é, em sua essência, o respeito às diferenças, a democratização de espaços e expressões artísticas e a valorização do direito de ser quem você é.

Isso sem falar na felicidade que dá ver meninas querendo ser DJs. Eu mesma quando comecei logo busquei por mulheres como minhas referências e elas são minhas maiores inspirações. Ter uma mulher, a Charlotte de Witte, por exemplo, como DJ n.1 do mundo tem um impacto que vai muito além do que podemos tangibilizar. Quando uma sobe, puxa a outra. É sobre abrir caminhos, união e fortalecimento. Espero que um dia eu seja referência, inspiração e, principalmente, abra caminhos para outras mulheres”.

Carola

“Eu amo ser mulher, amo o mercado da música eletrônica, as mulheres em evidência no cenário nacional são poucas, mas acredito que eu compartilhe da mesma vontade de todas, que é a de que mais meninas queiram fazer parte disso e de que façam do jeito certo, se preocupando com a entrega de uma arte genuína para o público e buscando se aperfeiçoar cada vez mais artisticamente. Existe espaço, mas é preciso lutar para crescermos. Meu depoimento é muito mais sobre o que eu espero, do que sobre o eu vejo acontecer hoje!

Espero que em breve, a gente tenha um número muito maior de mulheres sendo valorizadas pelo talento real e pela música por que isso sim importa!

Espero que desde as dúvidas às cobranças, sejam iguais sobre todos os artistas, e não somente sobre uma classe que até hoje luta por espaço, e eu sei que esse espaço existe porque graças a muito trabalho, eu estou conquistando ele, mas eu também sei das dificuldades que eu enfrentei pra chegar até aqui!

Espero que em alguns anos eu consiga trazer um depoimento nessa mesma data que só pontue coisas boas, hoje feliz ou infelizmente, eu preciso usar esse espaço para trazer conscientização. Por aqui eu continuarei estudando e trabalhando para fazer com que mais meninas possam trilhar um caminho menos ardiloso, me colocando sempre a disposição de todas que queiram trocar ideia sobre a profissão e passando a minha visão do que eu acredite ser eficaz no mercado.”

Daphne

“Ser uma DJane é 3x mais desafiador por sermos mulheres, mas isso torna tudo 3x mais emocionante também! É comprovado cientificamente que nós mulheres temos mais sensibilidade ao áudio do que os homens, e sabemos que essa sensibilidade vai além disso. Nós sentimos e nos expressamos com mais facilidade e intensidade, quando a arte é sobre isso!

A energia que recebemos das pistas sempre foram nosso combustível, assim como a nossa energia é o combustível do público. E passamos ela não só através da música, mas também pela nossa expressão, como nossos movimentos em palco, nosso olhar, nossa fala e nossa dança! O fato de sermos tão intensas na forma de sentir e se expressar é o que nos torna tão capazes de romper todas as barreiras que nos são impostas à séculos, e alcançar nossos objetivos, obtendo nosso espaço. Isso para mim é muito mágico!”

Mary Mesk

Acho que nesse dia tão especial para nós mulheres, cabe reiterar o quanto estamos nos tornando importantes na sociedade. São anos e anos de luta e finalmente estamos sendo reconhecidas no meio profissional, estamos diante de um novo paradigma.

Encontrei na música uma forma de expressar e me comunicar, pois eu sei que as mulheres têm muito o que manifestar e optei pelo meio da arte. Afinal, queremos e temos que ser ouvidas.

Produzindo música é onde eu expresso todos meus sentimentos e ideais, um verdadeiro retrato de quem é Mary Mesk. Estar nos decks significa que as pessoas estão me ouvindo e dando atenção pra tudo aquilo que quero contar ao mundo.

É um prazer poder produzir e tocar minhas próprias músicas, saber que conquistei espaço na cena por meio do meu trabalho é muito gratificante.

Me inspiro em muitas mulheres que tiveram essa mesma jornada e gostaria que esse depoimento fosse um incentivo a todas que querem ser ouvidas.

Feliz dia das mulheres!”

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Editorial

O legado de Sonia Abreu: A primeira DJ brasileira

Sonia Abreu, a primeira DJ mulher brasileira, faleceu esta semana. Conheça um pouco de sua trajetória, que deixou história na cena nacional da dance music.

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