Categorias
Via UnderGROUND

Bruce Zalcer: como mesclar o orgânico com elementos eletrônicos

Bruce Zalcer compartilha dicas de como combinar sintetizadores e drum machines com sons cotidianos para criação de faixas Techno. Confira!

Nunca é tarde demais para ingressar no universo da música, muito menos quando falamos da eletrônica, onde você pode criar uma música do zero apenas com um computador e uma boa dose criativa. O artista panamenho Bruce Zalcer é uma prova disso. Apesar de ter tido contato muito cedo com instrumentos musicais, como piano, guitarra e baixo — inclusive formando banda logo aos 12 anos — ele nunca tinha feito música de forma profissional, foi só aos 38, durante a pandemia, que ele de fato resolveu mergulhar de cabeça nisso. E que bela escolha, já que hoje, pouco tempo depois, ele é dono de uma identidade sonora pesada dentro do Techno, mixando um lado mais cru e hipnótico da vertente, com lançamento que já receberam o carimbo de grandes labels como Terminal M, 1605, KD RAW, Set About, Codex, IAMT, Odd Recordings, JAM e Suara.

Muitos desses seus lançamentos, inclusive, ainda são criados no modo “velha guarda”, captando sons do seu cotidiano para moldá-los de forma que soem mais orgânicos e autênticos. Assim, ele mistura suas próprias captações com as sonoridades experimentais de seus sintetizadores e drum machines, já que ele ostenta um estúdio super equipado com equipamentos como Elektron A4, Moog Sub 37 e synths modulares. A nosso convite, ele falou um pouco mais sobre essa forma híbrida de produzir música, as vantagens desse formato e, claro, deu algumas dicas para quem também deseja se aventurar e fazer música com um tempero a mais.

Beat for Beat – Qual gravador você utiliza para fazer as captações do mundo externo?

Bruce Zalcer – Meu celular na maioria das vezes.

B4B – Em quais lugares você já gravou? E quais foram os sons mais inusitados que você já utilizou nas suas produções?

Bruce Zalcer – Muitos lugares, incluindo o oceano, parques de diversões, a cozinha. Acho que o mais inusitado foi um ventilador elétrico que se movia e fazia barulhos malucos. Eu nunca esperei samplear um ventilador (risos).

B4B – Sabemos que você tem experiência com instrumentos também, guitarra, baixo, piano, bandolim… você também busca tocá-los e gravá-los de vez em quando?

Bruce Zalcer – Às vezes, eu tenho que estar no clima para isso. Talvez eu não faça isso por um longo tempo, e então coloque algumas guitarras e baixos em 3 faixas seguidas. Eu gosto de fazer, mas também tento ser muito eficiente, pois não tenho muito tempo de sobra e incluir instrumentos nas produções é um fluxo de trabalho totalmente diferente.

B4B – Você acredita que essa sua experiência de anos com bandas e instrumentos te ajuda a se diferenciar dos demais produtores?

Bruce Zalcer – Não tenho certeza… Talvez tenha cortado minha curva de aprendizado permitindo que eu foque mais nas técnicas de produção, pois já conheço teoria musical. Também não precisei aprender os diferentes efeitos, pois já estava familiarizado com isso.

B4B – Qual o segredo na hora da mixagem para conseguir utilizar estes sons captados junto com as sonoridades geradas digitalmente ou com seus equipamentos de estúdio?

Bruce Zalcer – O principal é garantir que o som soe bem e que combine com a faixa. O ouvinte realmente não se importa de o som veio se soar ruim. Assim, ter um som “especial” só faz sentido se contribuir para a faixa e não pelo que ela é.

B4B – Você tem um vídeo no Youtube onde mostra ‘How To make a simple Techno track in less than 3 minutes’. Na sua opinião, simplicidade é a chave na produção musical?

Bruce Zalcer – Definitivamente ajuda. Acho que o principal desafio é saber o que não colocar em uma pista e não o contrário.

Conecte-se com Bruce Zalcer no Instagram.

Categorias
Lançamentos

Drelirium lança o novo EP ‘Horizonte’ pela Area Verde

As duas faixas do novo EP de Drelirium, ‘Horizonte’, chegam pela sub-label da gravadora espanhola IAMT, a Area Verde. Escute agora.

Foto: Fernando Sigma

Proporcionando um verdadeiro flow musical, Drelirium, projeto paralelo do renomado DJ e produtor Dre Guazzelli, entrega um EP de duas tracks pela Area Verde. ‘Horizonte’ entra para o catálogo da sub-label da icônica gravadora espanhola IAMT, reunindo diversos feedbacks positivos sobre seu poder na pista de dança, em um Progressive House de primeira.

Com melodias marcantes e um baixo bem progressivo e reto, as faixas do EP são fluídas e dinâmicas, levando o ouvinte a um estado de imersão, com muita energia e foco. De acordo com Drelirium, ‘Horizonte’ é um pouco mais progressiva e forte, tem um poder de pista maior. Já ‘Another Place’ passa uma vibe mais calma.

“Produzi uma série de músicas durante a pandemia, em meio a natureza, deixando florescer esse lado melódico que eu já tinha e a vontade progressiva de criar o projeto Drelirium, além de ampliar a gama de relacionamentos com as próprias gravadoras”, explica o artista. Sendo assim, lançar sob a faixa da IAMT era um dos desejos de Dre Guazzelli, e que foi realizado através de uma conexão importante entre o artista e a gravadora: o amor pela música. “Esse relacionamento está apenas no começo, e ele foi criado realmente através da música, isso é maravilhoso”, completa.

Com uma carreira de 20 anos na música eletrônica, Dre Guazzelli coleciona grandes apresentações pelo Brasil e mundo, sendo também responsável pela Sábado Dre Tarde, tradicional festa em São Paulo. Em seu projeto paralelo Drelirium, ele busca se conectar com suas raízes melódicas e progressivas, e tem alcançado ótimos resultados no Beatport. Para 2023, ele garante que há muitas novidades por vir, tendo no radar a ideia de criar uma label party para seu alias, uma festa intimista e voltada para o Organic e o Progressive House.

Ouça o EP ‘Horizonte’, de Dre Guazzelli como Drelirium, lançado pela Area Verde. em sua plataforma digital preferida.

Categorias
Lançamentos

Mary Mesk apresenta o EP ‘Resonance’ pela espanhola Pillar Records

Depois de alcançar Top 1 no Beatport, a DJ e Produtora, Mary Mesk, apresenta EP pela espanhola Pillar Records. Escute agora.

Obtendo reconhecimento internacional, Mary Mesk apresenta novo lançamento pela gravadora espanhola Pillar Records, sub-label da IAMT. O EP ‘Resonance chega com três faixas para brindar o momento de conquistas da DJ e produtora paulista. Escute aqui!

‘Resonance’, ‘Gallot’, ‘Sadhi’, bem como as recentes faixas de Mary Mesk, apresentam uma mistura de timbragens de Synth Wave, Indie Dance, Afro House e Techno Melódico. No caso do EP, ela usou elementos mais orgânicos, levando um ar dos anos 80 e 90 para a estrutura da bateria, e timbragens mais analógicas na parte harmônica e melódica.

“Com essa mistura de referências acaba sendo difícil rotular as músicas, mas têm encaixado bem nos sets que tenho trabalhado. Aliás, não gosto muito de usar rótulos nas produções, porque realmente acho que isso está cada vez menos relevante. O que realmente importa é a vibe da música e o sentimento que ela vai gerar, foco no que ela vai proporcionar para quem a ouvir”, declara.

Seu primeiro lançamento na Pillar foi a faixa Breeze, que chegou ao Top 1 no Beatport no chart de Progressive House. A partir disso, a DJ e produtora enviou outras produções para o selo, que curtiu diversas faixas e manifestou a vontade de lançar dois EPs. O primeiro é Resonance, de três faixas, que já está disponível nas plataformas digitais, e o segundo, com duas tracks, ainda sem título e data, está previsto para início de 2022.

A artista explica que aproveitou o tempo durante a pandemia para criar com calma e sem pressão de manter um calendário apertado de lançamentos. Entretanto, a partir de muita inspiração, diversas faixas foram produzidas e os fãs podem aguardar lançamentos pré-aprovados tanto em gravadoras da IAMT quanto na Mesk Records, label da própria artista.

“Esses EPs representam um reconhecimento internacional do meu trabalho. Estou recebendo suporte de artistas que sempre foram referências para mim. É um indicativo que estou seguindo o caminho certo nas produções e um momento de conquista em relação ao trabalho que estamos desenvolvendo desde o lançamento do álbum ‘Living Places’ no ano passado”, completa.

Categorias
Via UnderGROUND

Conheça MAUK e sua impressionante consistência de lançamentos

O jovem prodígio, MAUK, baterá a marca de 100 faixas lançadas apenas em 2020, todos lançamentos por gravadoras internacionais.

MAUK

Quando você pensa em 100 lançamentos em um ano, todos assinados por gravadoras internacionais, o que vem à sua mente? Difícil? Impossível? Pois é, avaliando pelo prisma da complexidade, parece algo bem improvável, mas sempre haverá exceções à regra. É o caso de Maurício Machado, que assina artisticamente como MAUK e que, em 2020, pretende lançar mais de 100 faixas.

O artista, como muitos na cartilha, começou cedo destrinchando instrumentos musicais, como violão, bateria e guitarra. Foi desse primeiro contato que a curiosidade para conhecer outros sons começou a surgir. Aos 13 anos ele já era promoter de matinês em São Paulo e foi naquela época que viu DJs tocando e decidiu aprender. Primeiro Hip Hop, depois Progressivo e Electro nas pequenas festas que ele mesmo promovia.

MAUK na infância

O ponto de convergência dele com o Techno acabou sendo natural, “acredito que não fui eu que cheguei ao Techno e sim ele que veio até mim. Senti que precisava me expressar melhor e mais verdadeiramente. A partir daí, foquei a minha atenção na produção”, comenta. Dentre suas inspirações estão estrelas nacionais como Victor Ruiz, ANNA, Wehbba e Murphy até medalhões com Carl Cox, Richie Hawtin, Jeff Mills e outros.

A partir daí, ele decidiu mergulhar nesse universo de criações. Para 2020, sua meta eram 10 faixas: “no meio de janeiro eu já tinha confirmado 8, com o lançamento do meu primeiro álbum, The 8 Planets. Depois de ter cumprido a minha promessa, eu não parei mais”. Para o artista, a auto-cobrança fez com que ele tivesse disciplina e foco para obter seus resultados, já a motivação, veio a cada lançamento.

MAUK tem projetos assinados por gravadoras como a Reload Records (Berlim), Barbecue (Melbourne), IAMT (Barcelona), Egothermia (Amsterdam), Archon (San Francisco), Bach (Londres), Oscuro (Leeds), Insectum (Veneza), Pure Dope (Frankfurt), além de dois álbuns autorais.

Quando perguntamos a ele sobre seus diferenciais para manter a qualidade sonora das produções, o artista comenta que deixa o processo criativo fluir livremente, sem receitas, sem referências para não cair em cópias. “Claro, sigo uma estética e prezo muito pela qualidade e inovação, mas no fim o meu objetivo é ser verdadeiro comigo mesmo, fazendo com que a música venha para me expressar de forma natural”, complementa ele.

O jovem prodígio ainda vai inaugurar seu próprio selo no final do ano, The Hidden Fox, e para a retomada dos eventos pretende atuar com seu projeto de live act, 100% com músicas autorais.

É fã de Techno e quer acompanhar os próximos passos de Mauk? Conecte-se com o artista abaixo porque tem lançamento novo a todo momento!

Facebook | Instagram | Soundcloud

Sair da versão mobile