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Entrevista

Entrevistamos: FUGAZ

Eles começaram o projeto durante a pandemia e hoje viajam o país levando sua sonoridade plural. Conversamos com o duo Fugaz.

De frequentadores do Club 88 a parceiros da vida pessoal e profissional. De performes de festas digitais na pandemia, a uma agenda com tour passando por diversas cidades do Brasil. Rafael e Rica são as pessoas por trás do projeto Fugaz. Com sua sonoridade passeando por diversas vertentes e carregando a imagem queer com muito orgulho, conversamos com a dupla de Campinas, que alcança cada vez mais, lugares de destaque na cena underground.

Beat for Beat – Olá, meninos, tudo bem? Obrigado por conversarem com a gente. Para começar, queremos saber: como vocês se conheceram? Sabemos que foi no Club 88, mas como foi o primeiro encontro? Quem deu o primeiro passo? Nos deem detalhes sórdidos.

Rafael – Em 2018, a gente trocou olhares no Club 88, nos apresentamos por meio de amigos e ficou por isso mesmo. Na época, eu namorava. Daí depois, a gente se encontrou no Carnaval em São Paulo e acabou dando um beijo triplo no bloquinho com meu ex. Mais sórdido que isso? Impossível! (risos).

Rica – Um tempo depois, o Rafa terminou o namoro e eu mandei mensagem assim que fiquei sabendo. Daí, a gente começou a sair, mas acabamos ficando amigos por um tempão ainda. Só começamos a namorar mesmo no final de 2020. O engraçado é que o ex dele, o Pedro Camargo, hoje em dia é nosso melhor amigo e já curtiu a maioria das gigs do Fugaz com a gente. Ele até aprendeu a tocar com a gente nesse meio tempo!

B4B – Vocês iniciaram a carreira em meio ao caos de 2020 e a pandemia. Como fizeram para serem vistos, num momento de isolamento total? Como era tentar fazer todos entenderem, apenas de forma virtual, a ideia que queriam transmitir?

Rafael – Na minha opinião, se não fosse a pandemia, o Fugaz não existiria. Foi nesse momento de isolamento que a gente se pegou pensando: meu Deus, o que estou fazendo da minha vida? A gente saiu do automático ali. A pandemia despertou uma necessidade tremenda da gente se comunicar com o mundo e levar nossa mensagem de liberdade, amor, pertencimento e poder de diversidade para a nossa comunidade. A gente começou a fazer fotografias, vídeos artísticos, crônicas e até podcasts nas nossas redes.

Rica – Depois, tivemos a oportunidade de expressar nossa visão artística durante o auge das festas virtuais. Nosso maior parceiro criativo, o Fujimiro, observou nosso movimento nas redes sociais e nos convidou para performar na festa virtual do Club 88. Investimos muita energia neste projeto, criando apresentações que mesclavam figurinos marcantes com projeções criativas sob uma seleção de músicas emocionantes pra gente. Depois disso, o projeto só cresceu: começamos a estudar discotecagem, produção musical, performance e a produzir novos tipos de conteúdos para as redes sociais.

Rafael – E se você parar para pensar: a gente apenas continuou a fazer tudo isso até hoje.

B4B – Vocês citam um estilo que incorpora diversos gêneros, como disco, acid, house e suas nuances. Como funciona o processo criativo de vocês na hora de construir um set? Como vocês definem o mood que dará o tom das suas apresentações?

Rafael – A gente busca visitar uma série de referências nossas, tanto do passado quanto do presente. Fazemos muitas temporadas de pesquisas nos estilos em que queremos trabalhar, principalmente diante de gigs importantes. Depois, apresentamos essas pesquisas um para o outro e decidimos o que faz sentido ou o que ficará para uma próxima. A gente gosta de levar mais de 300 tracks por gig e construímos essa apresentação para o público numa progressão melódica com mixagem harmônica iniciando em Abm e terminando em E.

Rica – O clima das apresentações varia de acordo com as circunstâncias da pista e as propostas espontâneas de cada evento, mas sempre preservamos nossa essência como prioridade.

B4B – Outra coisa que vocês carregam, é a identidade queer. Sendo um casal de homens gays, isso já dificultou que fossem contratados por alguma festa, causou desconforto ou até mesmo preconceito na nossa cena?

Rafael – Diretamente, não. Indiretamente, sim, principalmente quando pensamos em diversidade na música eletrônica e do que realmente é urgente. Muitos produtores são excludentes ao determinar os line ups. Não se importam com a composição final. Infelizmente, é comum nos depararmos com line ups 100% brancos, ou 100% masculino, ou 100% cis, ou 100% hétero, principalmente em eventos mainstream.

Rica – É muito contraditória essa situação de desigualdade nos line ups já que a história da música eletrônica sempre foi pautada na diversidade. Este espaço nasceu na comunidade LGBTQIAP+, na comunidade preta e na resistência dos corpos positivos.

Queremos ver mais artistas como estes explodindo, tendo sucesso, alcançando espaços cada vez maiores na cena que sempre pertenceu a eles/elas/elus.

B4B – Vocês já passaram por diversas cidades do país, o que para uma carreira tão nova, é algo louvável. Vocês esperavam que tudo acontecesse de forma tão rápida? Como vocês fazem para manter a cabeça no lugar e não se deixarem levar por esse momento de ascensão? 

Rafael – Só de ler essa pergunta minha cabeça já saiu do lugar (risos). São quase 3 anos em que nos dedicamos todos os dias para o Fugaz. Nossas conquistas são frutos disso. A gente perdeu um pouco a dimensão do que é rápido ou devagar, principalmente numa cultura imediatista como a que vivemos hoje. Pensamos que estamos no tempo certo. E tomamos muito cuidado para não dar o passo maior que a perna.

Rica – Queremos entrar nas festas que estamos prontos para participar. Não queremos tocar num lugar apenas para contar a história. Queremos tocar nos lugares para voltar para eles e tocar lá muitas vezes. Esse sim é o maior indicador de sucesso pra gente, ser convidado novamente é a maior métrica de que estamos no caminho certo. A consistência do nosso projeto e a satisfação do público é a nossa maior motivação.

Rafael – E ah, para manter a cabeça no lugar: terapia, exercícios físicos e cuidados com a saúde são prioridades na nossa rotina.

B4B – Vocês recentemente começaram a trilhar o caminho da produção musical e em seu EP ‘Me Gusta’, possuem um remix de L_cio e Érica. Contem pra gente um pouco do processo criativo desse material e o motivo da escolha desses dois nomes para fazerem suas versões para ‘Morfina’.

Rica – O EP nasceu em uma fase em que eu estava surtado com meu trabalho formal. Eu me sentia preso, tendo que me encaixar num espaço em que eu não cabia, extremamente retrógrado e conservador. A única forma de me tirar daquele estresse era produzir no Ableton, criar as tracks. Foi aí que uma das tracks do EP Calabouço ganhou força e nasceu então a Morfina. Esse nome nasce como válvula de escape para “esquecer” as dores e ansiedades geradas pelo sistema capitalista, em que o lucro está acima da vida.

Rafael – Conhecemos o L_cio num dia incrível: foi no boiler room da Valentina Luz. A gente comentou com ele que ele era uma baita referência para nossas produções e ele ficou mega curioso para escutar nosso projeto. Naturalmente a coisa fluiu: ele animou de fazer um remix pra gente e deu a ideia da Érica compor os vocais. A gente já tocava as músicas dela e adoramos a ideia. E o resultado tá aí nas pistas!

B4B – Vocês estão preparando o lançamento de ‘Suit Vit’, que celebrará a individualidade, diversidade e o poder de se expressar por meio da arte. O que podemos esperar da sonoridade dessa música? Como foi todo o processo de criação?

Rica – A sonoridade dessa faixa é uma fusão de elementos de techno, electro house e tribal house dos anos 90. Ela busca recriar a atmosfera musical daquela época a partir do ponto de vista do pioneiro produtor musical londrino Tony de Vit.

Rafael – Nós escolhemos retratar a visão dele pois ele simboliza muito para nós, com seu estilo de house reto e marcante, Tony foi um representante da comunidade Queer que lutou contra o vírus do HIV e acabou falecendo devido à complicações da Aids. Nossa música tem a missão de tornar o espírito de Tony vivo até hoje, como um necessário símbolo de resistência artística na nossa comunidade, principalmente nas pistas de dança.

B4B – Além de um duo no palco, vocês são um casal na vida real. Como é viver ao lado da pessoa que também é seu companheiro de trabalho? Vocês divergem muito na hora de produzir e pensar no projeto? Como separam a vida profissional da pessoal?

Rica – Buscamos ter nosso momento de casal, mas as vezes é inevitável. O curtir um festival, por exemplo, de repente vira um trabalho: quando você percebe já está encontrando vários colegas de trabalho e até conversando a respeito. Vivenciamos outras atividades e ambientes, como viajar, sair para jantar, beber vinho com os amigos, conhecer novas pessoas, novos boys, por aí vai… Fugaz faz parte do nosso romance e afinal, ele está com a gente sempre, a todo o momento.

Rafael – A noite mudou para sempre pra gente. Sair para relaxar é uma coisa de outra vida, parece. É difícil fazer estas distinções todas porque somos um todo. Hoje em dia temos sempre uma pressão para se relacionar ou para demonstrar uma imagem positiva. Nesse sentido, é ótimo ter alguém ao lado para compartilhar tudo isso pois a gente se ajuda muito com essas responsabilidades (e nos ajudamos quando precisamos ser irresponsáveis também)! Inclusive, esta parceria reverbera muito nas nossas decisões artísticas: a gente costuma concordar em boa parte do direcionamento do nosso projeto.

B4B – Por fim, queremos saber do futuro. Além do single que já está encaminhado, o que vocês possuem na manga do FUGAZ? Que surpresas podem nos adiantar? Obrigado pela entrevista!

Fugaz – A gente pode revelar pouquíssima coisa por enquanto! Mas podemos adiantar: datas em festas incríveis e que amamos no Rio de Janeiro, Brasília e Curitiba. E também nossas curadorias em Campinas estão finalmente pegando fogo. Quem estiver por perto, verá!

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Techno na Quebrada levará L_cio para a periferia da ZS de SP

Projeto sem fins lucrativos, o Techno na Quebrada leva o som de Detroit para as periferias de São Paulo. L_cio é o próximo convidado.

L_cio

É muito comum falarmos por aqui de grandiosos festivais, alguns até internacionais, mas é preciso também falar dos eventos que acontecem nas periferias das cidades e que levam cultura a uma população mais carente. Foi pensando em usar a música para um bem maior que surgiu o coletivo Techno na Quebrada. Fundado em 2021, o projeto pretendia gravar sets em lugares periféricos, para mostrar a realidade do nosso país, que vai além das paisagens naturais. Hoje, o Techno na Quebrada vai para a 5ª edição de sua festa.

A ideia do projeto começou a tomar forma quando Felipe Simioni, também conhecido como Moon K, recebeu um convite do DJ Jeff, para fazer um evento no Transmita Bar, um bar de música eletrônica no Capão Redondo, localizado na zona sul de São Paulo. Lá ele conheceu um dos donos do projeto Transmita, Duchase, e daí surgiu o Techno na Quebrada. O retorno desse primeiro evento foi muito positivo, sendo abraçado pelas pessoas e logo na segunda edição, as ações sociais começaram a acontecer. “Desde então, começamos estruturar melhor as ideias e entender o verdadeiro papel do projeto na música e na sociedade”, diz Moon K.

“O objetivo do Techno na Quebrada é utilizar a música eletrônica como meio de minimizar os impactos causados pelo sistema capitalista na sociedade, mas principalmente nas regiões periféricas”, completa Moon K.

Em sua quinta edição, o Techno na Quebrada retorna para onde tudo começou, o Capão Redondo, no próximo dia 03 de junho, bem no estilo festa na laje, faça chuva ou sol. O grande convidado para essa edição é um dos maiores nomes da cena underground brasileira, L_cio e sua flauta mágica. Ao lado dele, tocarão DJ Layon, DJ Ruero, Lattari, Duchase, GKD, Daves Groover e Grave Urbano, que apresentarão, além do techno, tracks de hip hop/rap e dancehall. Um verdadeiro Baile na Quebrada e com música de altíssima qualidade, como todos merecem.

Para ficar ainda melhor e poder receber a comunidade do Capão e redondezas, não há cobrança monetária de ingresso, mas uma doação obrigatória de 3kg de alimentos não perecíveis que serão doados para a ONG Interferência, também do Capão Redondo e região. O evento acontecerá das 11h às 22h e está sujeito a lotação. Não haverá estacionamento no local.

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Via UnderGROUND

3 anos da Prototype Music: um breve passeio pela história da label

Uma das referências do Techno Melódico nacional, a Prototype Music assinou recentemente a Pista Playtech no Playground Festival.

Protótipo. Substantivo masculino. Primeiro tipo criado. Original. Algo feito pela primeira vez. Modelo. Esses são alguns dos significados deste termo, que além de nomear a label, também traz sentido a todo o trabalho que ela tem feito em seus três anos de trajetória. Estamos falando da Prototype Music, gravadora fundada por Colussi e R4ne, em meio a pandemia e que, desde então, tem sido referência quando o assunto é promover as linhas profundas e melódicas do Techno.

Tudo começou com a união de Diego Colussi e Ranieri Ferrari, que já eram amigos de longa data, mas se reconectaram musicalmente em um b2b, que resultou na parceria sinérgica que vemos em Innure, e claro, na Prototype, que une os interesses pessoais e profissionais dos artistas. A proposta da label é de inovar e difundir o Techno, através de produções inovadoras que emanam sentimentos profundos e intensos, além de claro, ser um espaço onde novos artistas possam iniciar sua jornada musical.

Seguindo esta proposta, mais de 50 lançamentos já chegaram ao público, trazendo as harmônicas emotivas e elementos melódicos cativantes que viraram marcas registradas da label. Tudo isso mesclando em seu catálogo novos talentos que foram revelados ao público, a exemplo de HNGT e Copini, e produtores consolidados da cena, como Binaryh, Renato Cohen, L_cio, Dizharmonia e BLANCAh que integraram a lista ainda no início – para se ter uma ideia do renome que a Prototype criou desde os seus primeiros passos.

Nesta jornada, os compilados também ganharam vida, ampliando ainda mais este propósito de conectar novatos com artistas consolidados, além de reforçar a identidade sonora e a curadoria refinada da label. Desde então, três volumes da “Patterns” foram lançados, além de uma compilação do “Hidden Talents”, que como o próprio nome sugere é focado em revelar talentos.

Isso sem falar nos showcases especiais, que reuniam artistas do catálogo para performar ao vivo suas produções, proporcionando uma experiência completa aos ouvintes e admiradores do Techno, além do papel de fomentar a cena do gênero que foi impactada com esses projetos. D-Edge e El Fortin foram os clubes que receberam a label e seus artistas para noites memoráveis, celebrando a música.

“A consistência e solidez nos nossos lançamentos nos levaram a sermos considerados uma das principais labels do gênero do país. Não é à toa que já fizemos esses showcases em big clubs como D-EDGE e El Fortin, além de ter feito até mesmo na Europa, em Amsterdam, Holanda. Fora que já lançamos artistas da nova geração que já estão despontando no mercado como Waltervelt, HNGT, Vini Pistori, CRUXZ, Copini, Ortus, entre outros”, analisa Colussi sobre a trajetória do selo, que completou três anos de atuação no mês de abri.

E, uma jornada e data como essas não podem passar em branco, mas sim, merecem uma comemoração a altura. Dito e feito. A Prototype realizou uma comemoração no último sábado, dia 20 de maio, no El Fortin Club. Na ocasião, a casa recebeu um dos maiores festivais de música eletrônica do Brasil, o Playground Festival, e o selo teve a oportunidade de fazer uma festa de aniversário assinando a pista Playtech, trazendo uma super produção com conexão audiovisual entre cenografia e som. “O festival estava contagiante, eram 4 pistas, cada uma com sua proposta musical. A nossa superou todas as expectativas, esteve cheia do começo ao fim”, comenta.

Compondo o line-up estiveram alguns dos maiores nomes do Techno nacional, como Binaryh, Tarter, Waltervelt, Colussi, Fabrício Peçanha, HNGT, Reffel e Chaiben, que incendiaram a cabine, além de uma atração especial, que veio do outro lado do oceano. Estamos falando de Khainz, DJ e produtor suíço com mais de 20 anos de carreira, que se tornou o primeiro artista internacional a se apresentar com a Prototype, sendo um marco na trajetória do selo, além de transparecer os resultados do trabalho duro destes três anos.

“Levamos sempre em conta mostrar o line-up com artistas que já lançaram conosco. Mas não podemos sempre nos prender a apenas isso. Pois como por exemplo o gringo Khainz, ele nunca lançou conosco, porém ele já estaria no Brasil nesse final de semana e foi uma ótima oportunidade para termos ele conosco”, explica o headlabel sobre a composição da programação da noite.

O resultado – tanto desta jornada, quanto da noite – pode ser definido como brilhante. Como o nome da label sugere, a Prototype vem se tornando um modelo de referência na cena, engajando e difundindo a cultura do Dance Music através de lançamentos e festas que esbanjam qualidade. Se em três anos, há tanto a ser destacado, mal podemos esperar para o que o futuro do selo nos trará.

“Para o futuro almejamos continuar firme e forte realizando o mesmo trabalho, dando oportunidades a novos artistas, conseguindo mais showcases, alcançando suportes de big artists, charts no Beatport e até mesmo abrir uma store da Prototype, com camisetas e bonés da label, a princípio”

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Time Warp Brasil divulga divisão dos palcos para edição 2023

Festival alemão que retorna ao Brasil, dessa vez em novo local, Time Warp divulgou como será a divisão dos artistas por palco. Confira!

Foto: Thiago Xavier

Se existe uma festa de House e Techno que todos esperam ansiosamente durante meses, com toda certeza é o Time Warp Brasil. Prestes a retornar ao solo brasileiro, dessa vez ocupando o Autódromo de Interlagos, zona sul de São Paulo, o festival trará grandes nomes da cena eletrônica nacional e internacional, apresentando sets grandiosos e que prometem ficar para sempre em nossas memórias.

Repetindo a dose dos anos anteriores, o Time Warp trará dois palcos para o Brasil. O Cave Stage será iluminado pelas luzes sincronizadas e diversos efeitos visuais, enquanto o Outdoor Stage receberá a benção da luz do sol e das estrelas, criando uma atmosfera completamente única e deslumbrante. Durante dois dias, nos revezaremos entre as melhores pistas de dança.

Para facilitar ainda mais a vida do clubber que irá ao evento, o Time Warp divulgou a divisão final dos palcos para cada dia de festival. No Cave, veremos sets de Adam Beyer, Paula Temple, VTSS, Amelie Lens, Anna, Sama’ Abdulhadi, Tessuto, entre outros, enquanto no Outdoor assistiremos Bonobo, Honey Dijon, Valentina Luz, Adriatique, Camelphat, L_cio, só para citar alguns.

Os ingressos para o Time Warp Brasil ainda estão disponível e você pode comprar o seu clicando aqui. Abaixo, confira a divisão completa dos palcos.

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Unidos do BPM retorna ao carnaval paulistano e desfila em 2023

Bloco pioneiro de música eletrônica na cidade de São Paulo, o Unidos do BPM retorna ao centro velho da capital paulistana, para desfile 2023.

Ella De Vuono tocando no Unidos do BPM 2019

Parece que foi ontem que a música eletrônica invadiu o carnaval de rua de São Paulo, mas desde 2020, nosso amado gênero musical não ecoa por uma das festas mais populares do nosso país. Retornando após o hiato forçado e pronto para ocupar seu espaço de direito, o Unidos do BPM, bloco pioneiro de dance music na capital paulistana, anuncia seu grande desfile para o carnaval 2023, no dia 18 de fevereiro.

O trajeto, já conhecido de seu público, mantem-se o mesmo: a concentração será no Pátio do Colégio, um dos cartões postais da cidade de São Paulo, próximo ao Marco Zero da cidade, às 14h e dali, seguirá sentido Viaduto do Chá, Praça do Patriarca e Prefeitura. No som, a boa e velha e house music, acompanhada daquele techno de altíssima qualidade, ambos conduzidos por artistas proeminentes da cena underground brasileira.

O Unidos do BPM, que foi responsável por apresentar a música eletrônica ao carnaval de rua de São Paulo, pretende manter sua tradição e realizar um desfile minimalista, respeitando corpos, gêneros e identidades, sem distinção de cores, credos ou preferências. Pensando sempre na inclusão, será com respeito e amor que o bloco cruzará o centro velho da cidade, embalados por muita música e um povo dançante.

Comandando o desfile 2023 do Unidos do BPM, teremos Calcinha Rosa, Bruno Matos B2B Fernando Moreno, Transvegana B2B PR.A.DO, Dany Bany B2B Angelica Moller e Pleasure B2B Joy. Já o tradicional after, que se tornou uma marca registrada e parada garantida para os foliões que são inimigos do fim, também está confirmadíssimo e o endereço é secreto. Os ingressos para o after podem ser comprados através do link.

Este ano, o Unidos do BPM contará com o apoio do coletivo Sento Mesmo, que mantém um diálogo aberto sobre educação e redução de danos. Sem pudores, estigmas e preconceitos, o coletivo aborda assuntos que são tabus, de forma educacional e sem apologias, buscando informar e dar apoio, principalmente em situações mais delicadas. Além do Sento Mesmo, mais uma vez, o Unidos do BPM tem o patrocínio da rede Giraffas e apoio da Ksa da Árvore.

Para saber mais informações e ficar por dentro do desfile deste ano, siga o Unidos do BPM no Instagram. Temos certeza de que a folia estará mais do que garantida. A cobertura completa, ficará por conta do B4B.

Sobre o Bloco:

Fundado em 2016, o Unidos do BPM é pioneiro no carnaval paulistano, sendo o primeiro dedicado aos sons eletrônicos que desfilou oficialmente no carnaval de São Paulo. Reunindo cerca de 30 mil foliões por ano, o bloco ocupa as ruas do centro velho da cidade desde seu primeiro desfile, com muito house e techno, vertentes mais underground da música eletrônica. Nomes consagrados do cenário eletrônico nacional, como L_cio, Tessuto, Ella De Vuono, Dany Bany, Leonardo Ruas e Bruno Matos, só para citar alguns, já passaram pelo bloco

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Agenda

CAOS celebra 5 anos em dezembro com Marcel Dettmann

Casa noturna de Campinas, Caos, traz Marcel Dettmann, Red Axes, Echonomist e expoentes nacionais.

Marcel Dettmann agradecendo ao carinho do Pistão, em 2018.. Foto: Recreio Clubber/Divulgação

Inaugurado em dezembro de 2017, o CAOS está muito perto de completar meia década de existência — e a celebração já tem data e hora pra rolar: no próximo dia 09, uma sexta-feira, o clube campineiro vai abrir suas portas para comemorar o seu quinto ano de noites lendárias e manhãs inesquecíveis com um lineup digno dos maiores festivais do mundo.

Pelo lado dos headliners internacionais, temos nada menos que uma sumidade do techno alemão, Marcel Dettmann; uma eclética e criativa dupla israelense, Red Axes; e um expoente do techno melódico internacional, Echonomist — os três projetos retornando à casa pela segunda vez.

Já pelo lado das atrações nacionais, os 5 anos de CAOS apresentam três dos maiores expoentes da cena house/techno do país — ​o fundador da ODD, Davis, e o craque L_cio, visto por muitos como o maior artista do cenário —, a ascendente Due (residente da Capslock) e, claro, a hostess Eli Iwasa: cofundadora do clube, que está sempre pronta a entregar a melhor experiência aos amantes da boa pista.

Com 45 anos de idade e 28 de carreira, Dettmann é um dos personagens centrais do desenvolvimento da cultura clubber berlinense. Residente do Berghain e dono das gravadoras MDR e BAD MANNERS, tem uma discografia invejável, com colaborações com personagens como Ben Klock, Âme, DJ Hell, Levon Vincent e Ellen Allien — além de ter integrado a trilha sonora oficial do filme “Matrix Res​​urrections”. Nesta sexta, aliás, chegou pela Dekmantel Records o seu terceiro álbum solo (o primeiro em nove anos), “Fear Of Programming“.

Com mais de uma década na música eletrônica, o DJ e produtor grego Echonomist começou a se destacar mundialmente nos últimos quatro anos. Suas melodias profundas e atmosféricas chamaram a atenção de nomes como Âme, Dixon, Tale of Us, Stephan Bodzin, Marc Romboy e Adana Twins, e conquistaram lançamentos por algumas das maiores gravadoras do mercado, como Afterlife, Innervisions, Kompakt e Watergate.

Formado por Dori Sadovnik e Niv Arzi, o Red Axes surgiu ao final da década retrasada, chamando a atenção rapidamente com sua mistura de house, techno, disco e rock — influenciada diretamente pelos anos de Red Cotton, grupo que integraram anteriormente. Pelos lados de cá, o duo chamou especialmente a atenção por suas letras em português, fruto da parceria com o cantor brasileiro Abrão. Seja como DJs ou em performances live, a dupla passou a ser requisitada nos quatro cantos do planeta, e segue em um caminho sólido desde então.

Pronta para receber esse timaço, Eli Iwasa falou sobre a representatividade do evento:

“Cinco anos é sempre um marco. No CAOS, a intensidade é tão grande que parece que foram dez — tantas noites especiais, tantos momentos marcantes que vivemos ali… O mais emocionante é saber que ele inspira tanta gente, que me fala que sua vida mudou de uma maneira muito profunda. Na minha, ele foi transformador: não só me motiva a me superar como profissional, mas a evoluir como pessoa. O mais gostoso de tudo é que o clube nos permitiu realizar muitos sonhos, movimentar a cena cultural de Campinas e, de alguma maneira, retribuir à cidade que me acolheu. E é só o começo”.

Serviço:

5 anos de CAOS

Local: CAOS – Rua Luiz Otávio, 2995, Parque Taquaral, Campinas, SP

Atrações: Marcel Dettmann, Red Axes, Echonomist, Davis, Due, Eli Iwasa e L_cio

Data: 09/12 (sexta-feira)

Horário: das 22h às 08h

Ingressos: A partir de R$ 35,00 via Sympla

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Carlos Capslock Festival libera fase 1 do line e vendas de tickets

Preparando-se para realizar seu primeiro festival, a Carlos Capslock divulgou recentemente a fase 1 do seu line e venda dos ingressos.

Não de hoje que enaltecemos por aqui o belíssimo trabalho que coletivos e festas independentes têm realizado, principalmente em São Paulo, onde é a base do Beat for Beat. Democratizando a música eletrônica, esses núcleos são responsáveis por eventos que estão se tornando cada vez mais grandiosos e a Carlos Capslock está se preparando para o seu próximo importante passo, seguindo essa mesma direção.

Em 21 janeiro de 2023, o Carlos Capslock Festival mudará o seu conceito de festas alternativas e te proporcionará uma experiência nunca antes vista ou vivida. Serão 19 horas de festa, com 3 pistas, Palco Drag Race e mais de 50 artistas entre DJs e Performers, oferecendo não só música, mas visuais e interações de altíssimo nível. Será um aniversário de 12 anos com muito estilo e irreverência.

Na fase 1 do line, foram confirmados: Curses, Eli Iwasa, Ellen Allien, L_cio, Leo Janeiro, Magal, Mama Snake, Prowler, Renato Cohen, Salata, Sebastian Voigt, Schu, Tessuto, Tigre Dente de Sabre, Transvegana e Cherolainne. Enaltecendo talentos nacionais e trazendo nomes importantes da cena internacional, a Capslock ainda prepara um novo anúncio, com novos nomes a serem divulgados em breve.

Os ingressos para o Carlos Capslock Festival estão disponíveis via Shotgun e você pode clicar aqui. Você também pode se inscrever para participar do Carlos Caps Drag Race através deste formulário aqui. Não perca tempo e compre seu ingresso, o sold out é mais do que garantido. Confira abaixo, o anúncio do line:

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Pitros indica 5 artistas que misturam MPB e Música Eletrônica

O jovem DJ e produtor musical “Pitros” vem conquistando espaço com suas misturas ecléticas em bases Tech

A nova geração de artistas de dance music está cada vez mais criativa e aberta à convergência de estilos. Não que no passado não houvesse DJs que seguissem, por exemplo, a MPB como um importante componente para seu trabalho. Entretanto, em determinados períodos de nossa história dançantes, por vezes nossas raízes musicais eram deixadas de lado em detrimento da hegemonia americana que dominou os charts musicais. Hoje, brasilidades no meio de dance music não é mais uma alternativa apenas, é preferência.

Se depender de Pitros, esse pensamento vai longe. O DJ e produtor com base na cidade mineira São João del Rei mescla samba, funk carioca, rock, dentre outras sonoridades que acabam dando um ar refrescante aos seus sets e edits de House Music. Tal posicionamento artístico o levou a mais pistas de sua região e a ganhar suporte de nomes como Gene Farris – que tocou sua “Welcome to the Jungle” no EDC Las Vegas – Gordo (Carnage), Mochakk, Dom Dolla e Deeft.

Enquanto curte a rebordose de seus vários lançamentos recentes – Price Incorrect, Taturana, Tropical Club e CLAB são alguns dos selos onde aterrissou – resolvemos chamar Pitros para nos mostrar alguns artistas (e faixas em especial) que sabem unir muito bem a música eletrônica com a suavidade da MPB.

1. : Duarte (BR)

Nessa lista, o primeiro nome que me veio em mente foi o do Duarte, segue uma linha de estilo semelhante a minha e está sempre presente em quase todos meus sets. Na minha visão o artista se consolidou no cenário fazendo músicas com muita brasilidade! Ritmo Ep, Stop Posing com Ragie Ban e Maracatu pra mim foram trabalhos excelentes que com diferentes propostas uniram o MPB ao House. Além do som é muito admirável o cuidado que ele tem em criar todo um ecossistema digital por volta do Lifestyle Carioca.

2. Curol

Apesar de não ser uma artista que cabe na minha apresentação, é uma produtora que tem toda minha admiração. Une Brasilidades e conceito com muita maestria, através de suas melodias entrega um trabalho incrível. Fico muito feliz e adoro acompanhar de pertinho todo o espaço que ela tem conquistado no cenário atual

3. Bewav

Ultimamente tenho acompanhado muito o trabalho dele, achei muito interessante a forma que ele utilizou um Sample da Alcione trazendo uma roupagem legal em Miss Yall por Blaah Records. Além disso o Clubinho, sua label party, vem fazendo uma comunicação muito informativa sobre a cena e sobre brasilidades também…

4. Artista: Whighle

Artista que veste a camisa do “Tech Funk” e faz um movimento interessante no que diz respeito ao envolvimento do funk na música eletrônica.

5. L_cio

O Laércio tendo uma linha mais alternativa de techno desde que conheci o projeto, identifiquei muito MPB envolvido ali. Consagrou há um tempo “Construção” hit com vocais de Chico Buarque e recentemente lançou sons com Rita Lee e Pabllo Vittar.

Acompanhe Pitros no Instagram.

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Review

Adana Twins transita entre gêneros em set brilhante no Caos

Dupla Alemã estreia no Caos com maestria e proporciona uma set impressionante que percorreu por diversos estilos.

Fotos: @RECREIOclubber

Em um sábado quente, o Caos se preparava para mais uma estreia nesta temporada recheada de grandes nomes.
A abertura da casa ficou por conta de Suellen Melo. A DJ gaúcha tocou durante 3 horas, e por esse tempo proporcionou um warm-up de alta qualidade, que trouxe um afro-house com vocais de trap e funk brasileiro, fazendo aqueles que chegaram cedo dançarem bastante.

Fotos: @RECREIOclubber

A partir da uma hora da manha, Davis tomou conta da cdj. O DJ brasileiro trouxe um grande set onde aproveitou o warm-up dançante de Suellen e continuou com músicas com grooves cativantes, transitando bastante entre techno e indie dance. Enquanto isso no Beco, contamos com as apresentações de Arraya, Mary Roman e Artois, que proporcionaram uma grande sequência de house music, apresentando um belo contraste para a pista principal.

Fotos: @RECREIOclubber

A estreia aconteceu às quatro horas da manha. O duo alemão nos conduziu por uma verdadeira viagem na pista. Aproveitando o techno tocado por Davis, a dupla começou com uma pegada mais dark, com sons que proporcionavam uma vibe mais introspectiva e aos poucos foram acrescentando músicas mais puxadas para o indie dance, que foi o estilo que predominou na noite.

Chegando na metade do set, o duo tocou alguns de seus clássicos da época do deep house e foram evoluindo até chegarmos em algumas tracks de tech-house para incendiar a pista, como o remix de ben sterling para “mind dimension”. O set foi uma incrível jornada que resumiu bem a história da dupla, que nunca ficou preso em rótulos durante sua carreira.

Fotos: @RECREIOclubber

E para a finaleira da noite, tivemos o nosso querido L_cio, que se apresentou em grande estilo, trazendo sua sonoridade característica. O DJ brasileiro tocou seus principais clássicos e também as musicas de seu ultimo EP ( We Are Cats). Destaque também para o incrível remix de “Funky Green Dogs – Fired Up” que levantou o público as 10h da manha, mesmo após uma noite intensa que dificilmente será esquecida.

Fotos: @RECREIOclubber

O nosso próximo encontro com o Caos já tem data marcada. É no dia 05/08, na sexta feira com o retorno de Danny Daze. Para mais informações e ingressos você encontra aqui.

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Agenda

CAOS apresenta Adana Twins com retorno do Beco

A dupla alemã que ficou conhecida por grandes passagens pelo brasil, Adana Twins, agora desembarca no Caos.

Ainda estamos nos recuperando do incrível b2b entre DJ Tennis e Eli Iwasa, porém, a próxima data do CAOS já esta marcada para o dia 23 de julho, com o duo Adana Twins. A dupla, que conta com lançamentos pelas maiores labels do mundo como Diynamic, Watergate e TAU, estreia no club de campinas com altas expectativas do público após um incrível set realizado no EXIT FESTIVAL, onde mostraram toda sua versatilidade transitando entre house e Techno com muita maestria.

Caos Foto por: RECREIOclubber

Para completar o time de DJs, foram escalados os brasileiros L_cio, Davis e Suelen Mesmo. Enquanto Davis e L_cio já passaram diversas vezes pelo Caos (como esquecer do set do L_cio na edição de 24horas não é mesmo ?) Suelen Mesmo faz sua estreia em formato de público livre, já que sua primeira passagem pela casa aconteceu no formato “caos vai ao bar”. Outra novidade é a volta do beco, que conta com os nomes de Arraya, Artois e Mary Roman.

Beco Foto por: RECREIOclubber

Sobre o Caos:

Antes de tudo, vem o Caos. Presente na cena eletrônica desde Dezembro de 2017, o Caos, localizado no Taquaral, bairro industrial de Campinas, interior de São Paulo, aos poucos, se tornou um dos clubs mais renomados do circuito underground brasileiro. Sob curadoria musical da DJ e sócia da casa Eli Iwasa, o Caos já trouxe para sua pista a nata do techno e do house mundial, entre alguns nomes que já passaram pela casa estão os de Carl Craig, Laurent Garnier, Ben Klock, Dixon, Nina Kraviz, Marcel Dettmann, Adriatique, Marco Carola, Ellen Allien, DJ Tennis, entre tantos outros.

Com a recente inauguração do Beco, segunda pista do club, o Caos ainda movimenta a cena nacional, cedendo espaço para talentos em ascensão. Complementam a agenda da casa festas independentes como a Dale!, Wolf e Groove Urbano.

Serviço:

Caos apresenta Adana Twins
Rua Luiz Otávio, 2995, Parque Taquaral, Campinas, SP,
Atrações: Adana Twins, L_cio , Davis e Suelen Mesmo
Data: 23.07.2022
Horário: 22h às 08h
Ingressos: a partir de R$45 na Sympla.

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Via UnderGROUND

Tantša Festival realiza sua 1ª edição no Anhembi com House e Techno

Nascida da parceria entre o coletivo Tantša, Entourage e Radix, a 1º edição do Festival será no dia 18 de dezembro, no Anhembi. Saiba mais.

Sob a curadoria e produção a partir da parceria entre o coletivo Tantša, a agência Entourage e a produtora Radix, a 1º edição do Tantša Festival acontece no dia 18 de dezembro, no Pavilhão do Anhembi, na zona norte de São Paulo. No total serão 14 apresentações em um evento considerado um verdadeiro ritual, que têm seus DJs apelidados de Xamãs, e o público que constitui uma grande tribo, ou o encontro de todas as tribos.

O lineup com múltiplas sonoridades evidencia a pluralidade da música eletrônica e suas vertentes. Além disso, a ideia é criar um ecossistema colaborativo que floresça fora do entretenimento de massa e como forma de acolhimento ao público do DGTL SP 2020, não realizado por conta da pandemia. Todos aqueles com ingresso do evento receberão um crédito para adquirir a entrada no Tantša Festival.

Nomes como Rebekah, Lady Starlight, Anthony Parasole, Daria Kolosova, Ananda, Martinelli, KaioBarssalos são as atrações no Palco Techno, o The Cave, e no Palco House, chamado de The Jack, integram o lineup nomes como Ryan Elliott, L_Cio, DJ Hell, Spencer Parker, Ventura Profana, Vermelho e Kenya20hz .

O som da festa não é para bater papo, é para dançar e fazer suar. Afinal, Tantša significa Dança. Nossa proposta é de um novo começo, uma nova era na retomada de eventos. O objetivo é acolher diversos públicos da cena eletrônica e suas vertentes“, explica Marcelo Madueño.

Segundo detalhou Madueño – head de operações dos eventos da Entourage e cofundador da Tantša, a festa preza pela qualidade de atendimento, experiência e curadoria musical, “nosso foco é que o público tenha a melhor experiência, filas rápidas tanto para entrar na festa como no bar, estrutura de banheiros, áreas de descanso mobiliadas, e até mesmo um redário para descanso. Há também um serviço de massagem a preços acessíveis, no valor de R﹩10, por 10 minutos“.

Os ingressos do festival custam a partir de R$90, meia entrada, mediante a doação de 1kg de alimento não perecível ou 1 livro e para comprar, basta clicar aqui.

Foto: Image Dealers (@imagedealers)

Como Resgatar os Crédito da DGTL SP 2020?

Para adquirir o crédito, as pessoas que compraram ingressos para a DGTL SP 2020 receberão um cadastro enviado por e-mail, que deverá ser preenchido. Após a verificação de dados o ingresso será liberado e qualquer dúvida pode ser sanada no e-mail sac@therdxgroup.com. O prazo é de até 10 dias para realizar o resgate!

Caso não haja disponibilidade para participar do Festival, por qualquer motivo, os créditos dos ingressos do DGTL SP 2020 ainda poderão ser resgatados em até 1 (um) ano, ou utilizados em outros eventos promovidos pela RADIX. Caso o valor do crédito seja maior que o valor do ingresso, você continuará com o saldo restante em futuros eventos realizados pela RADIX. Não é necessário realizar o pré-registro.

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Descubra: Bruno Afterall

Com apenas dois lançamentos oficiais, artista mineiro, Bruno Afterall, surpreende pela qualidade, originalidade e riqueza musical.

Lançado recentemente pela Diversall Music, de Ella De Vuono, ‘Batuque Sideral‘ é o primeiro EP e o segundo lançamento oficial de Bruno Afterall — projeto do DJ, produtor e professor mineiro Bruno Amaral. Com duas músicas — ‘Sanfona Sideral‘ e ‘E-jexá‘ —, o disco mostra um artista de grande potencial, originalidade e riqueza musical, misturando estilos como house, trance, baião e o ritmo africano ijexá.

Para saber mais sobre a obra e seu criador, trocamos uma ideia com Bruno.

Beat for Beat – Bruno, queremos saber mais sobre sua história. Quem é Bruno Amaral, de onde veio, do que se alimenta? Qual sua história e trajetória na música? Quando e como o projeto Bruno Afterall foi criado?

Bruno Afterall – Bruno Amaral é um instrumento musical ambulante e de cores fluorescentes. É o conjunto das histórias e memórias que carrego comigo. Me alimento de sorrisos, alto astral, energia positiva e música eletrônica compromissada.

Minha história com a música é uma típica história de amor contemporâneo: eram os anos 2000. Caí de paraquedas em uma festa rave e me apaixonei. Tive um relacionamento sério com o psytrance por quase dez anos. Terminamos em 2014, depois de uma viagem para Europa. Eu estava cansado da mesmice. Estava tudo previsível demais. Os mesmos breaks, os mesmos drops, os mesmos vocais falando sobre LSD e viagens astrais, os mesmos baixos em triplets (SOS!).

Em Berlim, tive um affair com o techno, mas foi no retorno ao Brasil, nas festas da Masterplano, que reencontrei o amor, nos braços da house music. Hoje, temos um relacionamento aberto e saudável. Com o refinamento das pesquisas e o consequente amadurecimento musical, descobri sonoridades que me atraíam em diversos gêneros musicais.

Bruno Afterall existe, oficialmente, desde 2018. O nome Afterall, dentre outras subjetividades, faz referência aos after hours — meu momento favorito das festas. A vibe do after condensa a identidade desse projeto.

Quais você diria que foram os melhores momentos de sua carreira até aqui?

Bruno Afterall – Tocar na minha festa favorita — Masterplano — em um B2B no Carnaval com um dos meus maiores ídolos, o inigualável João Nogueira, foi, definitivamente, um dos momentos mais marcantes da minha jovem carreira.

Atualmente, vivo minha melhor fase. Muitas coisas plantadas ao longo do tempo de reclusão da pandemia estão começando a dar frutos: artistas que eu admiro reconhecendo o meu trabalho, lançamentos a todo vapor e meu coletivo de festas prestes a nascer para o mundo…

Bruno na Masterplano

Você também é cantor. Já chegou a se apresentar no formato live? Pretende seguir apenas com ele, ou intercalá-lo com os DJ sets? E qual sua expectativa para poder se apresentar ao público novamente?

Bruno Afterall – Tenho um fascínio enorme pela música de improviso e jam sessions. O engajamento e a interação proporcionados pelas sonoridades criadas no calor do momento têm uma magia diferente do DJ set. Portanto, existe, sim, uma vontade em trazer esse tempero da voz e outros instrumentos, não de maneira intercalada, mas sim interligada aos meus DJ sets. Me interesso pelo hibridismo das coisas. Venho, há algum tempo, aprimorando minhas habilidades com o live looping, utilizando uma loop station, e aos poucos vou encontrando esse caminho.

Além de tudo, você ainda dá aulas particulares de produção musical e discotecagem, e leciona para crianças, não é mesmo? Conte mais sobre isso, por favor.

Bruno Afterall – Lembra da sua professora da primeira série, que ficava o tempo todo com a turma, que ensinava o bê-á-bá, que contava histórias, que trabalhava a ideia de centena, dezena e unidade, que fazia roda e cantava parlendas? Eu sou essa professora. Risos!

Trocando em miúdos, sou professor de educação básica de uma turma de segundo ano do ensino fundamental, em uma escola renomada de Belo Horizonte. Sou formado em Pedagogia e Biologia. Ao longo da minha trajetória acadêmica, sempre estudei, paralelamente, a produção musical.

Nesse extenso percurso autônomo, pude identificar algumas lacunas em comum na metodologia e na didática das inúmeras aulas e cursos ministrados por muitos bons produtores e DJs. Para quem está no início do processo, ser apenas um bom produtor ou bom DJ, não basta. É preciso ser um bom professor!

Percebi, então, que era hora de oferecer a minha visão acerca do tema que eu mais amo nessa vida. Hoje eu ofereço, de forma divertida e entusiasmada, um percurso de introdução à produção musical e à discotecagem, destinado a quem tem pouca (ou nenhuma) experiência e muito interesse sobre esse universo!

Bruno durante uma contação de histórias

Por você dar aula de produção e pela qualidade e originalidade que podemos perceber nos seus primeiros lançamentos, é notável que você já tem um bom tempo de maturação nesse campo. Foi só em 2021 que você se sentiu confortável em lançar oficialmente suas primeiras músicas?

Bruno Afterall – Foi um processo lento. Muita auto sabotagem no meio do caminho. Eu não terminava as minhas músicas. Depois de avançar nos meus processos internos, de aceitar o fato que nem tudo vai sair perfeito e que algumas pessoas não vão gostar da minha música, eu virei a chave e comecei, finalmente, a terminar minhas tracks, e aí as coisas começaram a fluir. Hoje, eu já não vejo a hora de ganhar o meu primeiro hater. Risos!

Vi que você também fez um processo de mentoria com o onipresente L_cio para ‘Guarapan’. Como foi isso?

Bruno Afterall – Laércio passou o carnaval de 2020 em BH. Nos conhecemos por causa da Masterplano e desde então, trocamos algumas figurinhas. Com a pandemia, ele resolveu oferecer o trabalho de mentoria musical online para outros artistas, como alternativa às restrições impostas pelo isolamento.

Nesse trabalho, eu apresentei alguns projetos em desenvolvimento e ele escolheu ‘Guarapan‘. Na mentoria, L_cio te ajuda a lapidar e avançar em todas as etapas do processo para finalizar uma música com qualidade. Trabalhamos composição, arranjo e mixagem.

‘Guarapan’ saiu em abril, na coletânea mineira “CurraL 001”

Como rolaram os lançamentos pela CurraL e agora pela Diversall Music? Foi por iniciativa sua ou convite?

Bruno Afterall – A rainha Ella de Vuono estava com o radar ligado na busca de novos artistas. Ao consultar o L_cio, meu nome apareceu, graças ao trabalho de mentoria, que me deu a oportunidade de ter minhas músicas escutadas por ele. O resto é história…

Com a CurraL, Omoloko reuniu os produtores e produtoras de BH em um grupo de WhatsApp, de forma orgânica e despretensiosa, com a ideia de uma coletânea para fortalecer os laços entre a turma da produção musical mineira. Era aberto a quem quisesse participar. Toda essa projeção alcançada pela coletânea, bem como o patrocínio, vieram depois…

Suas músicas trazem uma mistura bastante plural de vertentes diversas da música eletrônica, como organic house, minimal, downtempo, trance e IDM, e ritmos étnicos do Brasil e da África. Você parece ter um profundo conhecimento musical e histórico das raízes do Brasil. Quais são suas principais referências?

Bruno Afterall – Quem me dera. Não sou tão erudito assim. Meu conhecimento é superficial nesse aspecto. No entanto, eu me interesso por ritmos. Gosto de destrinchar os ritmos musicais (brasileiros ou não) no software de produção musical. Analiso as células rítmicas e tento reproduzi-las na DAW. Foi de uma dessas brincadeiras que nasceu o “Batuque Sideral”.

Minhas referências brasileiras são as básicas, porém, fundamentais: Caetano Veloso, Gilberto Gil, Milton Nascimento e Luiz Gonzaga.

Você pode compartilhar conosco quais foram os samples de baião e ijexá utilizados para “Batuque Sideral”?

Bruno Afterall – Em termos de ritmo, tudo foi recriado do zero. Fiz uma análise da estrutura e dos instrumentos principais utilizados em cada um dos ritmos, e com a ajuda do YouTube, recriei a célula rítmica no programa de produção (DAW), utilizando meus samples de bateria e percussão.

Já na parte melódica, “Sanfona Sideral” utiliza de um sample da sanfona de Luiz Gonzaga na faixa “Sanfona Sentida”, composta por Dominguinhos.

Seus próximos lançamentos também devem vir nessa pegada? É possível dizermos que essa mistura sonora será a marca registrada de Bruno Afterall?

Bruno Afterall – O hibridismo é a minha praia. Nesse momento estou mergulhando de cabeça no tech house old school. Esperem por uma onda bem mais pra cima, energizante, com muito flanger e sem firulas.

Qual você diria que é o seu objetivo primordial enquanto artista?

Bruno Afterall – Irradiar, em forma de música, o alto astral que emana do meu ser.

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