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Playground Festival invade o El Fortin com Prototype na Origins

Selo de Techno, Prototype Music, apresenta line-up surpreendente para o Playground Festival com destaque à L_cio, ID ID e mais.

Mais uma edição inesquecível do Playground Festival está chegando! Este ano, o festival comemora 20 anos de trajetória dedicados à música eletrônica e diversão. Para uma comemoração à altura apresentam uma turnê especial, que inicia em um dos clubes mais respeitados do país, com quem já possui uma parceria frutífera de longa data: o El Fortin.

A edição, que acontece neste sábado (24), promete gratas surpresas, apresentando nada menos que três palcos e 25 atrações. Para o Mainstage, a curadoria cuidadosa seleciona alguns dos grandes nomes do cenário nacional: Brisotti, Dann, Ellectra, Gabe, Roddy Lima, Vitor Vinter e Volkoder. Enquanto isso, a Blacktarj fica sob o comando de Azzura, Eargbug, Earthspace, Ekanta, Kova, Nezio, Nothern Lights, Sighter, Trampsta, Trindade e Zahar.

E aqui queremos destacar que quem é amante de Techno também será agraciado, com mais um showcase da Prototype Music na pista Origins. O selo possui uma trajetória já bem consolidada na cena do Techno nacional, desenvolvendo um forte trabalho na fomentação do estilo. Uma das ações de destaque nos últimos anos é justamente sua parceria com o El Fortin, desenvolvendo em collab uma série de eventos, levando ao #trevas de expoentes regionais à nomes consagrados no país.

No último ano a label já foi a responsável por assinar uma das pistas do festival e neste ano não será diferente. Quem encabeça o line-up da Origins nesta edição é ninguém menos que L_cio, um dos mais fascinantes nomes do cenário nacional. O artista personifica a fusão entre sensibilidade e potência na criação artística, incorporando sua domínio como música instrumentista e flautista em seu live set, a fim de compor em uma performance sublime, emocional e intensa, marcada por texturas sonoras complexas, ritmos hipnóticas e melodias cativantes.

ID ID também marca presença na noite. Com mais de uma década de experiência, Zim tem se consolidado como um artista em constante ascensão e, sob o pseudônimo ID ID, mergulha na fusão de estilos, combinando elementos do Indie Dance e do Techno para produções e sets inovadores e pulsantes. Sua performance costuma ser uma experiência sonora envolvente, que transcende fronteiras e gêneros.

Outra atração que nos salta os olhos dentro do line-up é o b2b entre Colussi, headlabel da Prototype, e HNGT, um dos expoentes do Techno nacional. Colussi traz consigo uma experiência e visão musical singular, que tem resultado em apresentações marcantes que misturam beats e linhas dançantes, capazes de prender o público do início ao fim. Por outro lado, Ricardo Hingst traz a vitalidade de um nome que, apesar da recente trajetória, já tem conquistado seu lugar ao sol. Assim a dupla promete entregar um set imersivo e dinâmico, onde os ritmos pulsantes do Techno se entrelaçam às emoções da pista de dança.

O line-up da Origins ainda conta com outros nomes de destaque como Bez, Dogues e Refell que agregam ao clima intenso e energético de mais uma edição da Playground Festival no El Fortin que promete marcar a memória dos clubbers catarinenses.

Mais informações e ingressos no link.

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Kommodo e a Prototype Music têm ótima sinergia e grandes faixas

Produtor Kommodo lança pela terceira vez no selo, a Prototype Music e mostra que conquistou a confiança da curadoria. Escute agora ‘Oda’.

intonia, consonância, afinidade… qualquer um desses sinônimos parece fazer bastante sentido quando comparamos a identidade sonora do brasileiro Kommodo com a proposta musical da Prototype Music, tanto que a relação entre artista e label parece melhorar a cada novo lançamento. Ambos apostam no peso emocional do Techno Melódico e em suas camadas mais profundas, dando origem a tracks que liberam altas doses de dopamina em nosso cérebro.

Tudo isso começou em 2021, quando Kommodo enviou para a label a demo de sua música ‘Choices’, que foi aprovada e assinada junto a outras 25 faixas no VA Patterns II, lançado em agosto daquele ano. Alguns meses depois, em fevereiro de 2022, o produtor voltou a figurar no catálogo da gravadora, desta vez na posição de remixer, dando uma nova roupagem a ‘Light of Life’, produção de Tavaresgui.

Para reforçar ainda mais esse laço e manter a constância de lançamentos anuais junto à Prototype, Kommodo mostrou novamente sua habilidade em remodelar faixas melódicas no seu mais novo remix para o produtor russo Uzun, lançado dia 26 de maio. Na sua versão de ‘Oda’, as linhas progressivas se fundem a uma atmosfera espacial que resulta em uma track bastante viajante, características que estão frequentemente presentes nas suas produções.

Confira o EP completo abaixo:

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3 anos da Prototype Music: um breve passeio pela história da label

Uma das referências do Techno Melódico nacional, a Prototype Music assinou recentemente a Pista Playtech no Playground Festival.

Protótipo. Substantivo masculino. Primeiro tipo criado. Original. Algo feito pela primeira vez. Modelo. Esses são alguns dos significados deste termo, que além de nomear a label, também traz sentido a todo o trabalho que ela tem feito em seus três anos de trajetória. Estamos falando da Prototype Music, gravadora fundada por Colussi e R4ne, em meio a pandemia e que, desde então, tem sido referência quando o assunto é promover as linhas profundas e melódicas do Techno.

Tudo começou com a união de Diego Colussi e Ranieri Ferrari, que já eram amigos de longa data, mas se reconectaram musicalmente em um b2b, que resultou na parceria sinérgica que vemos em Innure, e claro, na Prototype, que une os interesses pessoais e profissionais dos artistas. A proposta da label é de inovar e difundir o Techno, através de produções inovadoras que emanam sentimentos profundos e intensos, além de claro, ser um espaço onde novos artistas possam iniciar sua jornada musical.

Seguindo esta proposta, mais de 50 lançamentos já chegaram ao público, trazendo as harmônicas emotivas e elementos melódicos cativantes que viraram marcas registradas da label. Tudo isso mesclando em seu catálogo novos talentos que foram revelados ao público, a exemplo de HNGT e Copini, e produtores consolidados da cena, como Binaryh, Renato Cohen, L_cio, Dizharmonia e BLANCAh que integraram a lista ainda no início – para se ter uma ideia do renome que a Prototype criou desde os seus primeiros passos.

Nesta jornada, os compilados também ganharam vida, ampliando ainda mais este propósito de conectar novatos com artistas consolidados, além de reforçar a identidade sonora e a curadoria refinada da label. Desde então, três volumes da “Patterns” foram lançados, além de uma compilação do “Hidden Talents”, que como o próprio nome sugere é focado em revelar talentos.

Isso sem falar nos showcases especiais, que reuniam artistas do catálogo para performar ao vivo suas produções, proporcionando uma experiência completa aos ouvintes e admiradores do Techno, além do papel de fomentar a cena do gênero que foi impactada com esses projetos. D-Edge e El Fortin foram os clubes que receberam a label e seus artistas para noites memoráveis, celebrando a música.

“A consistência e solidez nos nossos lançamentos nos levaram a sermos considerados uma das principais labels do gênero do país. Não é à toa que já fizemos esses showcases em big clubs como D-EDGE e El Fortin, além de ter feito até mesmo na Europa, em Amsterdam, Holanda. Fora que já lançamos artistas da nova geração que já estão despontando no mercado como Waltervelt, HNGT, Vini Pistori, CRUXZ, Copini, Ortus, entre outros”, analisa Colussi sobre a trajetória do selo, que completou três anos de atuação no mês de abri.

E, uma jornada e data como essas não podem passar em branco, mas sim, merecem uma comemoração a altura. Dito e feito. A Prototype realizou uma comemoração no último sábado, dia 20 de maio, no El Fortin Club. Na ocasião, a casa recebeu um dos maiores festivais de música eletrônica do Brasil, o Playground Festival, e o selo teve a oportunidade de fazer uma festa de aniversário assinando a pista Playtech, trazendo uma super produção com conexão audiovisual entre cenografia e som. “O festival estava contagiante, eram 4 pistas, cada uma com sua proposta musical. A nossa superou todas as expectativas, esteve cheia do começo ao fim”, comenta.

Compondo o line-up estiveram alguns dos maiores nomes do Techno nacional, como Binaryh, Tarter, Waltervelt, Colussi, Fabrício Peçanha, HNGT, Reffel e Chaiben, que incendiaram a cabine, além de uma atração especial, que veio do outro lado do oceano. Estamos falando de Khainz, DJ e produtor suíço com mais de 20 anos de carreira, que se tornou o primeiro artista internacional a se apresentar com a Prototype, sendo um marco na trajetória do selo, além de transparecer os resultados do trabalho duro destes três anos.

“Levamos sempre em conta mostrar o line-up com artistas que já lançaram conosco. Mas não podemos sempre nos prender a apenas isso. Pois como por exemplo o gringo Khainz, ele nunca lançou conosco, porém ele já estaria no Brasil nesse final de semana e foi uma ótima oportunidade para termos ele conosco”, explica o headlabel sobre a composição da programação da noite.

O resultado – tanto desta jornada, quanto da noite – pode ser definido como brilhante. Como o nome da label sugere, a Prototype vem se tornando um modelo de referência na cena, engajando e difundindo a cultura do Dance Music através de lançamentos e festas que esbanjam qualidade. Se em três anos, há tanto a ser destacado, mal podemos esperar para o que o futuro do selo nos trará.

“Para o futuro almejamos continuar firme e forte realizando o mesmo trabalho, dando oportunidades a novos artistas, conseguindo mais showcases, alcançando suportes de big artists, charts no Beatport e até mesmo abrir uma store da Prototype, com camisetas e bonés da label, a princípio”

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Victim lança o EP ‘Truth’ pela Prototype Music. Conheça o duo

O duo sueco, Victim tem mostrado que domina muito bem as linhas melódicas do Techno. Escute agora o novo EP ‘Truth’:

Estamos sempre de olho em novos projetos da cena e um deles que nos chamou a atenção está há cerca de 10 mil quilômetros de distância, na Suécia. Estamos falando de Victim, duo formado por Victor Andersso e Joakim Alfvegren. Juntos eles estão construindo uma carreira que parece bastante promissora, já que seus primeiros lançamentos foram abraçados por labels como Trip Records, além das brasileiras Insight Waves, Real Supernova e, mais recentemente, Prototype Music.

Suas produções preenchem um amplo espectro de sons e sentimentos, indo desde uma linha sonora mais sutil e tranquila, até mais obscura e intensa. Tanto que em 2022 foram o “supporting act” em apresentações do Innellea e chegaram até mesmo nas mãos de Joris Voorn, que deu suporte para a faixa ‘Momentum’ no festival holandês Free Your Mind.

Neste EP de estreia pela Prototype Music, eles mostram novamente ao que vieram. ‘Truth’ abre o disco com uma atmosfera densa e uma bassline potente… Em seguida, ‘Origin’ desacelera alguns BPMs para criar uma track mais progressiva e sentimental. Por fim, ‘Goodbye’ traz alguns vocais delicados que ecoam ao fundo da melodia, uma combinação perfeita para encerrar o EP. Ouça:

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Prototype recebe o espanhol Sdietz com o EP ‘Echoes’

Sdietz já coleciona ótimos resultados em lançamentos pela Awen Tales e Sinedie e agora lança pelo selo brasileiro Prototype. Escute.

Sdietz

Por Nicolle Prado

Em 2020 quando a Prototype Music lançou seu primeiro EP ‘Synesthesia’, produzido por After Moments e Colussi, já era possível perceber os sinais que indicavam que a trajetória da label seria de sucesso. Dito e feito. Com uma coleção de lançamentos poderosos sendo presenteados ao público nestes quase três anos, a gravadora vem apresentando uma jornada brilhante dentro da cena do Melodic Techno, tendo em seu catálogo mais de 100 artistas de 12 países diferentes.

Em tão pouco tempo, a label construiu esse status de reverência, já que suas produções costumam surpreender pela curadoria afiada que revela ao mundo grandes talentos que esbanjam técnica e conhecimento musical. É o que se reforça em seu mais recente lançamento, o EP ‘Echoes’ do artista espanhol Sdietz.

Natural de Bilbao, o DJ e produtor vem se destacando na cena europeia por apresentar um estilo musical bem autêntico, o qual combina sons profundos, melodias envolventes e grooves fortes. Tudo isso em uma abordagem sonora cheia de emoção, ao mesmo tempo em que funciona perfeitamente nas pistas.

Essa versatilidade, que já conquistou labels renomadas como Awen Tales e Sinedie, chega à Prototype traduzida em um trabalho amplo envolvendo influências de Electro, Melodic Techno e Progressive House. Com duas músicas, o EP proporciona uma verdadeira viagem sonora, iniciando com a faixa-título que faz imergir na ambiência estruturada entre tons graves e agudos, até que progressivamente a melodia vai se desenvolvendo, atingindo o ápice com a linha de baixo e o groove que envolve o ouvinte por completo.

A segunda produção é ‘Under the Shadow’, que traz uma presença marcante de beats, ainda que suaves, para construir uma energia dançante, intensificada pelos elementos melódicos.

‘Echoes’ é mais uma aposta certeira da Prototype Music, que atenta às movimentações da cena internacional e com uma curadoria fina, não deixa escapar nenhum expoente, revelando ao mundo seus talentos e habilidades. A estreia de Sdietz, certamente, veio para somar ao catálogo.

Ouça:

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MATAB LANÇA O EP “DREAMLAND” PELA PROTOTYPE MUSIC

Com influencias de diversos gêneros musicais o jovem dj e produtor visa traduzir uma dimensão de sonhos lucidos onde tudo pode acontecer.

por Mia Lunis

Produtor incansável na busca pela expressão de influências multiculturais e desapegada de padrões, Marcelo Tavares a.k.a Matab lança seu novo EP, “Dreamland”, pela gravadora Prototype Music. Em um processo de condução ao plano astral, o artista visa traduzir uma dimensão de sonhos lúcidos onde tudo pode acontecer. Matab gosta de brincar com sonoridades antigas sobrepondo arranjos atuais intercalando climas introspectivos e atmosféricos dentro do House, Techno e Indie Dance.

Nebula” introduz um passeio com uma entrada melódica, bem nebulosa que permite flutuar ao mesmo tempo que é possível correr exatamente como nos sonhos em que por vezes nos visualizamos tentando fugir de uma situação e a mente pede para correr o mais rápido possível, mas ao invés disso, você se vê flutuando e embarcando em outro território, outra história, uma nova possibilidade mas sem perder o foco do início da jornada tensa de kicks fortes mas que são compensados pelo clímax de elementos harmônicos.

Floating dá sequência a atmosfera da primeira faixa como se fosse possível extrair do som a gravidade que nos prende aqui, com uma harmonia de notas que desprende a mente do corpo e deixa flutuar na superfície vislumbrando os acontecimentos de cima. “Dreamland” faixa título do EP, muda a paisagem na velocidade do sonho e deixa uma expectativa constante da saída de um labirinto caminhando para o alívio de um refrão bem elaborado e muito bem orquestrado pelo artista.

 

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Falamos com r4ne, head da Prototype, que está mudando para Espanha

Um dos nomes responsáveis pela Prototype e do portal Alataj, o brasileiro r4ne conversou com a gente e falou sobre sua trajetória e mudança.

Apesar de uma jornada recente como r4ne e com seu “filho mais novo”, a Prototype Music, que tem pouco mais de um ano — comandada junto a Colussi — já é possível dizer que Ranieri Ferrari fez um trabalho exemplar nesta frente artística. Além das centenas de faixas que o selo já lançou, ele também reluziu seu trabalho através de algumas faixas autorais, como ‘Coder‘, ‘Foreach’, ‘Inner Space’ e seu EP Behind The Logic.

Mas a grande novidade é que, há alguns meses, ele se mudou de Curitiba para Barcelona em busca de novas oportunidades na carreira profissional e, também, mudanças na vida pessoal. Nós falamos com ele sobre tudo isso e mais um pouco nessa entrevista exclusiva:

Beat for Beat – Grande Ranieri, tudo bem? Você é um cara cheio de história. Então primeiro, vou pedir que conte, pro pessoal que não te conhece, como se deu a sua trajetória na música — da fundação do Alataj aos projetos formados em 2020.

r4ne – Bom a minha vida com a música eletrônica surgiu junto com o Alataj. Quando começamos a sair, ir para festas, decidimos criar uma festa para os nossos amigos e ali surgiu o Alataj. Como a maioria comecei ouvindo e curtindo sons mais comerciais, porém com o tempo fui entendendo pra qual lado eu queria ir e segui o mundo do underground.

E como foi esse período em que você ficou afastado da indústria da música eletrônica?

r4ne – Esse período foi de construção e amadurecimento, serviu pra chegar até aqui e conseguir fazer com liberdade e conhecimento o que estamos fazendo hoje em meus projetos. Por um lado foi ruim ficar distante da cena por um tempo, mas por outro lado, hoje me sinto mais confiante nesse meio.

Como tem sido a sua rotina desde que você virou DJ, produtor e label head?

r4ne – Bastante puxada na verdade, porque tenho as minhas obrigações semanais dos meus negócios e ainda levo em paralelo semanalmente a pesquisa de músicas, artistas e produzindo novas coisas para os projetos r4ne e Innure. Hoje o foco maior tem sido a Prototype, pra gente levar ao público o que sempre busca: trazer o novo.

E o que você faz exatamente no Alataj? Aliás, qual é o trabalho que te exige mais tempo e comprometimento, atualmente? 

r4ne – Eu sou sócio proprietário junto com o Alan, lá nós dividimos as operações e sempre estamos buscando nos ajudar e trazer novidades pro público e também à todos envolvidos da cena. Hoje o trabalho que me exige mais é o meu universo de programação. Sim, sou desenvolvedor também.

No caso é o lance de análise de sistemas, isso?

r4ne – Sim, é o meu principal trabalho hoje. Mas eu não trato como um trabalho ou algo do tipo, pra mim é como se fosse um hobby, porque virou uma rotina muito boa e também consigo me virar com vários universos ao mesmo tempo.

Então o que é mais difícil: comandar uma pista de dança, uma gravadora, fazer um hit ou desenvolver códigos?

r4ne – Cara, boa pergunta, o que torna difícil é manter tudo isso girando no mesmo ritmo. Acho que tudo que você faz com prazer não se torna difícil, pois os resultados vêm com o tempo depois de um trabalho contínuo, e é essa a minha filosofia, consistência.

É curioso como um estilo de música essencialmente feito pras pessoas dançarem, como é o techno, acabou ficando associado a uma aura científica, robótica, cósmica… Você diria que o techno é “coisa de nerd”?

r4ne – Acho que não, o techno não se enquadra em algo específico. Ele abrange qualquer público. Acho que podemos associar a “coisa de nerd” a produção de música em si, pois pra tudo que você vai fazer na produção você precisa ir além e fuçar como um nerd.

Além de techno e análise de sistemas, quais as outras “coisas de nerd” que você mais curte?

r4ne – Eu tento ficar fora de outras coisas, porque já é coisa de nerd demais, rs. Nunca gostei de jogos nem nada, sempre fui pro lado mais direto da coisa. Acho que por isso consigo levar esses universos em conjunto.

Fora do techno, costuma ouvir o quê? Quais seus estilos favoritos e principais referências?

r4ne – Curto de ouvir Hip Hop e também algo mais instrumental para me concentrar.

Procura se informar diariamente sobre algum tipo de assunto? Notícias gerais, política, esportes, música…? Por onde?

r4ne – Sempre busco ficar atento ao mundo da música, o que está sendo lançado, o que está acontecendo pra ficar por dentro sempre.

Falando em isolamento, como tem sido esse um ano e meio de pandemia na sua vida? Mudou muita coisa? Como você imagina que vai ser o mundo daqui pra frente?

r4ne – Pra mim não muito drasticamente, porque eu sempre fui de ficar em casa, trabalhar em casa. O que pesou mais foram os finais de semana, que não tinha lugar pra ir e ouvir música e desestressar.

E como vai ser o r4ne daqui pra frente? O que vem por aí? Soubemos que você está em processo de mudança pra Europa… conte um pouco mais sobre essa decisão.

r4ne – Essa mudança na verdade eu sempre planejei pra mim por boa parte da minha vida, e agora eu acho que chegou o momento de arriscar e viver isso. Por mais que eu sei que vai ser difícil mudar a vida inteira para lá, eu acho que esse esforço vai valer muito apena, não só para mim, mas pra tudo que tá em minha volta, vamos lá abrir caminho para novas oportunidades.

E o que levou a escolha de Barcelona? 

r4ne – Barcelona sempre foi uma das cidades que mais me chamou a atenção, mas o que mais se destaca é a questão do clima e da leveza da cidade, que encaixa bem com o que quero. E também lá temos um leque de oportunidades para o universo da música eletrônica, seja eu como DJ ou para a Prototype e até mesmo para o nosso Alataj começar a ganhar espaço por lá.

Por fim, como está sendo o período de adaptação? O que você tem sentido que é o mais importante nesse momento de mudança? 

r4ne – O mais importante sem dúvidas é o foco. Você tem que estar 100% focado na mudança e estar totalmente consciente, o que não é fácil. Valeu pelo papo! Em breve tem mais novidades.

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Descubra

Descubra: r4ne

Um dos responsáveis pela Prototype e integrante do duo Innure, Ranieri Ferrari apresenta seu novo projeto, r4ne, em nossa coluna Descubra.

Se no começo tocar era apenas um hobby, hoje essa tarefa tornou-se um compromisso. r4ne é o novo projeto musical de Ranieri Ferrari, DJ, headlabel da Prototype Music (junto com Colussi) e produtor brasileiro que encontrou seu espaço entre as camadas do techno melódico — ele também integra o duo Innure, ao lado de Colussi.

Com a experiência adquirida nos anos iniciais como DJ e atualmente dedicado 100% à música, ele percorre os caminhos da luz e da escuridão e através desta dualidade revela sua verdadeira identidade. Conversamos com o artista para te apresentar mais este novo nome da cena underground, vem com a gente:

Beat for Beat – Olá, r4ne. Tudo bem? Obrigada por trocar essa ideia com a gente. Vamos iniciar com uma pergunta um pouco trivial, mas que talvez muita gente ainda não saiba: como começou sua relação com a música? Já é algo que vinha antes mesmo da música eletrônica?

r4ne – Bom eu comecei na música eletrônica lá em 2011/2012 indo a festas mais comerciais e  frequentando isso eu e meus amigos começamos a fazer festas para a galera que conhecemos e com o tempo foi evoluindo a ideia de querer entender mais como a música em si funciona, a partir disso eu fiz um curso de Discotecagem na Aimec em Balneário Camboriú e também o meu gosto musical foi alterando, por que também comecei a evoluir o meu ouvido e frequentar festas mais undergrounds.

Sabemos que sua inclinação sonora pende para o Techno Peak Time e melódico com atmosferas mais obscuras. De onde vem essas referências que você absorve para sua assinatura? Tem alguns artistas que você gostaria de salientar aqui?

r4ne – Eu sempre tive como minha principal inspiração o Mano Le Tough, em todas as vezes que pude ver um set dele ao vivo eu realmente fiquei vidrado em como ele jogava aquele tipo de música naquele momento que a pista tava. Ele acaba não sendo um DJ de Peak Time, mas ele sabe acelerar a pista da mesma forma que uma música de Peak Time consegue fazer.

Você é radicado em Curitiba, certo? De alguma forma o cenário local influenciou na identidade do seu projeto? 

r4ne – Aqui em Curitiba eu vejo a cena do jeito que eu gosto, algo mais… vamos dizer assim… Europeu. Tudo aqui é um pouco mais underground e também as pessoas levam a música eletrônica de outra forma, acredito que segue a mesma ideia em São Paulo, é algo mais maduro. E claro, isso influencia em todo projeto do r4ne e nos projetos que são ligados a mim.

Além do r4ne, você também é parte do projeto Innure ao lado de Colussi. Como começou esta sintonia musical e o que motivou a formação?

r4ne – Nós somos amigos de longa data, acho isso ajudou pra fluir e ser algo bem natural. Temos um gosto musical parecido e isso influencia muito em um duo, ainda mais tocando uma gravadora em conjunto.

Agora falando um pouco mais sobre produção musical: você tem mantido uma rotina de estúdio, produzindo diariamente? O que desperta sua inspiração na hora de começar um novo trabalho?

r4ne – Pra ser sincero, não. Eu não sou um daqueles produtores que produz todos os dias, eu sempre que tenho uma ideia, abro o ableton e começo ela, mas é difícil terminar algo de cara, no primeiro momento apenas crio uma ideia base de baterias e synths, e depois de alguns dias quando bate a inspiração de novo, volto a mexer e finalizo ela.

Pra mim o que faz eu ter a inspiração de produzir algo novo é quando ouço ou vejo algo que desperta o meu interesse e surge algum insight. Depois disso eu tento anotar ou falar pra alguém e com isso vão surgindo outros elementos ao longo da ideia original.

Sua faixa Inner Space acaba de ser lançada no Spotify. Conte-nos um pouco sobre a ideia por trás deste single.

r4ne – A Inner Space eu fiz há algum tempo em um momento que tava escutando coisas mais peak time e me bateu a ideia de montá-la. Eu gosto muito dessa união do acelerado do Peak Time com as Melodias do melodic Techno, então tentei juntar os dois e o resultado foi esse.

Falando um pouco sobre sua gravadora Prototype, como estão as expectativas para o label nesses próximos meses? Tem algum novo lançamento seu por lá na agenda? 

r4ne – A Prototype tem sido uns dos meus principais focos, conseguimos fechar o primeiro ano de gravadora muito melhor do que esperávamos. E estamos conseguindo manter bem o nosso calendário de lançamentos com toda a equipe que temos envolvida por trás.

Atualmente já temos o nosso calendário fechado até Abril de 2022 e no meio disso ainda temos um VA com várias faixas muitos artistas diferentes… estamos muito contentes com os resultado e com o envolvimento de todo público com a gravadora, isso que nos dá mais força de querer crescer e fazer um trabalho impecável cada vez mais.

Confira a Prototype no Beatport

Se é que podemos traçar algum plano futuro, em meio às incertezas da pandemia, o que podemos esperar do r4ne a seguir?

r4ne – No nosso cenário atual onde vivemos, Brasil, é muito difícil conseguir ter alguma esperança para o futuro da música/gigs. Eu acho que o momento é de plantar para poder colher depois, pois não temos nenhuma luz no fim do túnel no momento. Só não podemos jogar a toalha e desistir, devemos seguir fortes, sei que vamos poder voltar a viver o que já vivemos no passado, com festas e encontros na cena memoráveis.

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Digitus fala sobre início de carreira e seu primeiro EP ‘Just Starting’

O primeiro lançamento da dupla Digitus, com três faixas originais, saiu pela Prototype Music e é sobre isso que conversamos no papo abaixo:

Tem cara nova no cenário! Ou melhor, caras novas… Diego Vogt e Wagner Schuh é a dupla que forma o projeto de Techno Digitus, uma história que começou lá em 2018 e hoje dá início a mais um capítulo importante: o primeiro lançamento autoral. O EP ‘Just Starting‘ recebeu três faixas originais compostas pela dupla e foi abraçado pela Prototype Music, gravadora nacional que tem aberto portas para novos talentos, mas também lançado nomes de peso no catálogo como Binaryh, Renato Cohen, L_cio e BLANCAh.

Nós conversamos com o Digitus para saber mais detalhes não apenas deste EP, mas do projeto em si que será focado em apresentações no formato de live act.

Beat for Beat – Pessoal, tudo bem? Nos contem quando o projeto Digitus começou de fato? E o que motivou esse início?

Digitus – Tudo ótimo, obrigado! O projeto começou de fato no ano de 2020, no início da pandemia, onde surgiu o nome Digitus e tivemos a oportunidade de investir 100% do nosso tempo no projeto. Porém, antes disso, passamos cerca de dois anos estudando produção musical e aprimorando nossos conhecimentos na área. O que realmente motivou o início do projeto foi o nosso sonho de transmitir sentimentos e sensações através da nossa arte, e encontramos na música eletrônica um potencial de inovação muito grande.

Vocês já haviam tocado juntos no passado como banda, naquela época de colegial. Essa experiência de alguma forma influenciou a criação do Digitus?

Digitus – Com certeza! Essa experiência de banda foi um dos principais motivos que despertou essa conexão forte, tanto pelo lado pessoal, de amizade, tanto quanto pelo lado musical.

E como como essa transição até o Techno? Como vocês descobriram o estilo e tudo mais? 

Digitus – Digamos que foi gradativa. Passamos por muitos estilos dentro da música eletrônica, desde Psytrance ao French House,  mas o que mais chamou a nossa atenção foi a energia e as ondas graves, que nenhum estilo musical expressão tão bem quanto o Techno.

Quais são as principais referências do Digitus? Vocês somam sons diferentes ou compartilham dos mesmos gostos?

Digitus – Com toda certeza, uma das principais referências foi a dupla francesa Daft Punk. Ficamos apaixonados pela sonoridade e pela identidade única que eles criaram, que é algo totalmente inovador dentro do mercado musical. Porém, ao longo da nossa caminhada musical, tivemos muitas referências que ajudaram a modelar nossa identidade, tais como Justice, Jeff Mills, Deadmau5, Cirez D, Adam Beyer, I Hate Models, entre muitos outros.

Mas não vamos esquecer as nossas influências que nos acompanham desde os tempos de adolescentes, que são Led Zeppelin, Beatles, Guns n Roses, The Doors, Pink Floyd, etc. Nossos gostos são e sempre foram muito parecidos.

Entrando no estúdio: com quais equipamentos podemos nos deparar? O que vocês mais utilizam para fazer o som de vocês?

Digitus – Dentro do nosso estúdio, temos um piano Roland 300nx, que usamos para criação de ambiências, pads e timbres orgânicos. Temos também um microkorg xl, que dele sai a maioria das ideias principais e timbres das tracks. Para baterias temos a roland tr8, que é o carro-chefe da parte rítmica. Temos tambem violão, guitarra, acordeon e violino que são usados para criação e desenvolvimento das ideias.

Para executar nosso live act, utilizamos a Akai apc 40 mk2. Todos os equipamentos são sincronizados com o Ableton Live. O microkorg, a roland tr8 e a apc 40 são essenciais na execução de nossas tracks.

 

E sobre Just Starting: como foi o processo criativo das faixas? Algum detalhe especial para compartilhar?

Digitus – O processo criativo foi muito natural. Normalmente começamos com alguma ideia melódica, onde criamos o tema principal da track. A partir disso, desconstruirmos o tema para criar as passagens, variações, breaks e introduções. Mas o processo sempre varia de track para track. Em certos casos, criamos uma ideia no violão e passamos para o synth. Ou às vezes, a ideia vem do synth e passamos para outro timbre que se encaixe mais com a proposta.

O EP oscila bastante na questão dos BPMs, temos faixa com 127, 130 e outra com 132… essa diferença foi proposital ou algo natural?

Digitus – Foi proposital. Sempre tivemos a ideia de fazer um set que proporcione a sensação de crescimento, tanto de velocidade, quanto de intensidade e energia. O EP é uma versão resumida do nosso Set, que tem a mesma proposta, energizante, com crescimento constante do início ao fim.

Quais as principais características sonoras do som de vocês? A ideia é fazer sempre apresentações no formato de live act mesmo?

Digitus – Nós damos muita atenção a parte melódica e harmônica, criando camadas de timbres, sempre tentando passar diferentes sensações ao público. Gostamos muito de trabalhar nas passagens e brakes, criando a sensação de tensão e caos.

Por enquanto a ideia é seguir fazendo apresentações em formato de live act, principalmente pelo fato de que dessa forma conseguimos tornar cada apresentação única. Não dispensamos a ideia de tocar de CDJ, mas no momento estamos focando no live act.

E já possuem mais faixas finalizadas? Quais novidades podemos ver do Digitus de agora em diante? Valeu!

Digitus – Possuímos sim diversas tracks finalizadas, que compõem o nosso set, que será totalmente autoral. Teremos em Dezembro um lançamento no primeiro V.A. da Levels Records. Teremos também muito material em vídeo de agora em diante, executando as tracks que não estão lançadas, e futuramente o nosso live set completo.

Estamos também planejando collabs com artistas que tivemos o prazer de conhecer nessa época de pandemia. Temos também um apoio muito grande do nosso mentor Tarter, e com ele estamos planejando nossos futuros lançamentos e apresentações. Estamos muito gratos por todo suporte e apoio que estamos recebendo da equipe da Prototype, agradecemos muito a oportunidade de mostrar o nosso trabalho.

Abraços, Digitus.

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Binaryh está de volta com novo EP e Masterclass online

Novo lançamento do Binaryh, ‘Stellar Wind’, lançado pela Three Hands Records, tem música com suporte do duo Tale of Us. Escute:

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