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Entrevistamos: Cat Dealers no Rock in Rio

Retornando de uma bem sucedida tour europeia, a dupla Cat Dealers se apresentou no Rock in Rio e conversou com a gente. Confira!

Foto: Matheus Coutinho

Irmãos, parceiros de produção, representantes brasileiros que viajam o mundo levando seu som. Pedrão e Lugui, também conhecidos como Cat Dealers, são hoje um dos maiores nomes da cena eletrônica mainstream nacional. Após tour pela Europa, a dupla esteve presente no Rock in Rio, onde conversou com nossa redação. Confira!

Beat for Beat – Vocês estão voando, literalmente e acabaram de voltar de uma super gig no Tomorrowland. O que se passa na cabeça de vocês, ao verem onde chegaram e o que estão conquistando?

Cat Dealers – É um filme. Desde sempre nós sonhamos com isso. Mesmo parecendo clichê, um dos nossos maiores sonhos era tocar no Tomorrowland e realizar isso, relativamente cedo, afinal o Cat Dealers existe há apenas 6 anos, nos deixa muito felizes, em vermos todas essas coisas acontecendo e que estamos chegando onde sempre sonhamos. Ver que o futuro está tomando cada vez mais forma, tornando-se mais promissor, só nos dá mais vontade de continuar.

E como foi no Tomorrowland?

Cat Dealers – Foi incrível! Difícil até de descrever. É viver um sonho. Nós ainda não tínhamos ido para a edição da Bélgica, nem para visitar. Fomos na edição do Tomorrowland Brasil e eu, Pedrão, até passei muito mal no dia, então não tive uma experiência muito boa. Podemos dizer que foi meu primeiro Tomorrowland de todos os tempos e já tocando. Lá é algo surreal, inacreditável, que você muitas vezes acha que nunca mais vai ver de novo.

Cat Dealers no Tomorrowland

Duas cabeças pensam melhor que uma, mas sabemos quão conflitante a relação entre irmãos pode ser. Rola alguma treta na hora de produzir ou vocês conseguem separar bem as relações irmãos/profissionais?

Cat Dealers – É complicado às vezes, mas a maneira como a gente faz, nem parece que temos uma relação tão profissional assim. Nós crescemos juntos e pensamos muito parecidos, além de termos começado a tocar desde muito cedo também. Nós crescemos com a ideia de sermos DJs. Antigamente usávamos o nome de Moshe, depois viramos Cat Dealers e literalmente faz parte da nossa vida, do nosso dia a dia. Não precisamos separar o trabalho, é só mais um dia sendo irmãos.

Acho que só separamos a vida pessoal do profissional, quando o Pedrão se mudou de casa e isso foi até bom, pois a gente passava tanto tempo junto, trabalhando, que quando chegava a noite um queria cobrar o outro durante o descanso. Agora, criamos uma rotina de trabalho. A gente ainda se fala o dia inteiro, só não moramos dentro da mesma casa mais.

As brigas acontecem, claro, mas a gente acaba de resolvendo muito rapidamente. A gente bate de frente, mas daqui 5 minutos a gente já resolve o problema e vida que segue.

Dos palcos do mundo, para o nosso gigante Rock in Rio. Como é tocar em casa?

Cat Dealers – Tocar no Rock in Rio é sempre muito especial. Eu (Pedrão), vim no Rock in Rio em 2001 e é muito bom poder fazer parte da história dele. O festival tem uma dimensão tão grande, que sempre que chegamos por aqui, todo mundo vem falar com a gente. Ele atinge um público que vai muito além da música eletrônica, que acabam chegando aqui para ouvir algo diferente e ouvir coisas novas.

Por sermos do Rio, nossa família estava toda com a gente. Nossos amigos e isso torna a ocasião ainda mais especial. Fora que nós participamos da transição dos palcos. Tocamos a primeira vez na aranha, que ela menor e em 2019 já viemos direto para esse palco surreal. Subiu ainda mais o patamar do festival, ainda mais pela estrutura do palco.

Cat Dealers em visita técnica no Rock in Rio

A última música de vocês, ‘Hey Hey’, já é um sucesso e usa vocais icônicos. Como foi o processo de construção dela e como surgiu a ideia de usar esse vocal?

Cat Dealers – Existem vários fatores e um deles é que ‘Hey Hey‘ é uma música que sempre gostamos muito. Nós sempre encaixávamos ela em nossos sets, em diferentes versões, e tínhamos vontade de criar uma versão nossa, já que as que tocávamos, nem sempre eram tão fáceis de colocar num set, principalmente em apresentações menores. A música sempre combinou com nosso set e então, decidimos pegar e fazer algo com nossa cara.

Um fato curioso, é que estávamos produzindo uma outra música, com uma outra ideia, com outro vocal, mas o resultado não estava agradando tanto. Fomos procurar outro vocal e ‘Hey Hey’ brotou do nada. O vocal encaixou perfeitamente, na mesma tonalidade do projeto e então, redesenhamos ele inteiro, usando o vocal como base dessa vez. Após algumas versões, chegamos no resultado esperado.

O legal é que nessa era de retorno dos eventos, as pessoas estão fazendo muito remakes. O público tá curtindo ouvir músicas já conhecidas, que todos ouviam tempos atrás, mas repaginadas em novas versões. Reflexo disso, são as plataformas de streaming mostrando esses remakes nos topos das paradas e queríamos um remake nosso também.

E pra finalizar, o que podemos esperar o Cat Dealers para ainda esse ano?

Cat Dealers – Nós temos algumas música engatilhadas. Durante a pandemia, nós encontramos a linha sonora que realmente faz sentido para nós e os últimos lançamentos já refletem essa nova sonoridade e estamos muito felizes com o resultado.

Claro que ainda estamos testando coisas novas. Temos muitas demos que estamos tocando em alguns shows, mudando algumas coisas, mas tudo indica que nosso próximo lançamento seja ‘Hear You’ ou uma collab com o Moguai, que vai se chamar ‘How We Do It‘, mas não sabemos ao certo as datas, certeza que em Outubro tem novidade por ai, acompanhem!

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Entrevista

Entrevistamos: Öwnboss no Rock in Rio

Uma das atrações do Rock in Rio e dono do gigante hit ‘Move Your Boby’, Öwnboss conversou com nossa redação durante o RiR. Confira!

Se você acha que são poucos os artistas brasileiros que possuem uma forte presença na cena eletrônica nacional e internacional, está tremendamente enganado. Eduardo Zaniolo, nome por trás do projeto Öwnboss, saiu de Florianópolis para as pistas do mundo todo. Neste ano de 2022, marcou presença também no Rock in Rio, onde conversou com nossa redação. Confira!

Beat for Beat – Você já disse em entrevista que começou a frequentar raves aos 16 anos e se apaixonou por esse universo. Você lembra de alguma festa ou artista que marcou esse início?

ÖwnbossVários artistas me influenciaram lá no começo, como Tiësto, Steve Angelo, Kaskade, entre outros. Eu sou de Florianópolis, e quando comecei a sair, lá pelos 16 anos, um club da região começou a trazer esses grandes artistas internacionais, que certamente me marcaram.

Mas se eu for voltar um pouco mais no tempo, eu frequentava algumas raves também, com Raja Ram, Skazi e o todo o PLUR que faz parte do Psytrance. Era o que rolava no Brasil na minha época, até mesmo o Gabe veio do psytrance com o Wrecked Machines. Ali foi o começo de tudo.

E fazendo uma espécie de termômetro, como está a sua paixão com a música eletrônica? Como você define seu relacionamento com ela?

ÖwnbossA paixão pela música sempre existiu. Eu tive uma banda com meu irmão quando era mais novo, então sempre tive contato com a música como um todo, mas ai vem a música eletrônica. Ela me amparou em um momento delicado da minha vida, quando perdi minha mãe, entre outras situações delicadas que passei e a música eletrônica foi o que me segurou, minha válvula de escape.

Naturalmente toda minha relação com ela foi se desenvolvendo com o passar dos anos. Comecei lá no psytrance, fui conhecendo outras vertentes e até hoje estou estudando e aprendendo. Sei curtir diversos artistas de outros gêneros, não me prendendo a estilos musicais. Quando enjoo de um, passo a curtir outro e permito que tudo isso some. Música é sobre somar.

E isso também se reflete nas suas produções, você não vive dentro de uma caixinha, certo?

ÖwnbossQuando se trata do Öwnboss, eu levo para as minhas produções tudo o que sinto na minha pele. Quando toco num lugar e senti que algo do meu set funcionou bem ou que outro artista depois de mim também fez algo diferente, mas efetivo, eu vou juntando tudo para a minha realidade. Vou somando.

Já fora do Öwnboss, na minha vida pessoal, música é música, sem rótulos. São duas realidades diferentes e sei separar as duas coisas perfeitamente.

Muita coisa mudou dos seus 16 anos pra cá e você hoje, tem viajado não só o Brasil, como pelo mundo todo. O Eduardo lá de trás, imaginava tudo isso? Como você analisa sua história e tudo que construiu até hoje?

ÖwnbossAs vezes eu preciso parar, fechar o olho e mentalizar “isso aqui está realmente acontecendo”. É muito comum entrarmos no piloto automático e as coisas vão acontecendo, passando e você nem percebe. É foda perceber que você está ganhando espaço, conhecendo aqueles artistas que sempre curtiu e se você não parar e se colocar naquele momento, você pode acabar perdendo tudo o que está acontecendo.

Todos esses universos que estou conhecendo, como tocar no Brasil todo, no Canadá ou Estados Unidos, são todos incríveis. É a realização de um grande sonho e estou vivendo ele cada vez mais.

Falando de tours e gigs, não podemos deixar o rock in rio de lado. Mesmo já tendo pisado nos maiores palcos lá de fora, a emoção de ter tocado em casa, no maior festival de música que temos, foi diferente?

ÖwnbossTocar no Rock in Rio foi muito especial. Tocar aqui tem sempre uma perspectiva diferente. Os meus dindos, por exemplo, que têm 80 anos de idade, não entendem muito bem o que é música eletrônica, mas quando eles ficam sabendo que vou tocar no Rock in Rio, eles conseguem perceber a dimensão que a música eletrônica está ganhando.

Eu toquei no Tomorrowland, em outros grandes festivais, dedicados à música eletrônica, mas tocar no RiR, onde pessoas de fora da cena podem te ouvir e reconhecer, principalmente num país onde a nossa cena ainda é considerada nova, é gratificante poder mostrar para essas pessoas um pouco da nossa realidade.

Öwnboss no Rock in Rio

Ano de copa do mundo e você emplacou logo uma música na trilha do FIFA 22. Como rolou esse convite?

ÖwnbossO engraçado disso é que quando me mandaram a proposta, não era para o FIFA, mas sim para o jogo da F1 e era algo que eu pagaria para fazer parte, mas ainda bem que quiseram me pagar para estar ali.

Eu cresci ouvindo várias bandas que faziam parte de trilhas sonoras de games que eu jogava e agora, minha música está lá e espero que esse feito possa influenciar toda uma geração, assim como eu fui influenciado.

E pra finalizar, o que podemos esperar o Öwnboss nesses últimos meses do ano? Novidades ainda pra 2022?

ÖwnbossCom a ‘Move Your Body‘, minha última música, eu subi a régua e o maior desafio é manter esse nível de produção, de músicas novas, novidades.

O complexo disso tudo é que a ‘Move Your Body’ já aconteceu. Eu posso fazer 5 músicas iguais a ela, que o impacto não será o mesmo. Eu preciso criar mais músicas, ter um pouco mais tempo de estúdio, já que estou viajando muito ultimamente, mas o foco para esse ano é cumprir o calendário de lançamentos, das minhas apresentações aqui e na Europa.

Já pensando em 2023, quero estar ainda maior e levar nosso Brasil para o mundo todo.

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Mainstage

Lyus conta a experiência de tocar os 7 dias do Rock in Rio na Praça TikTok

O DJ e produtor de 19 anos foi o artista de música eletrônica convidado para se apresentar na Praça do TikTok todos os dias do festival.

Mais de 2 milhões de seguidores é um número alto para um jovem de 19 anos. Mas imagina conquistar mais de 2 bilhões de streams em vídeos com sua faixa autoral? Foi o que ocorreu com o DJ e produtor Lyus, que mostrou seu talento e potencial no TikTok, teve grande destaque na plataforma e acabou sendo convidado para tocar todos os dias do Rock in Rio, maior festival de música e entretenimento do mundo, por onde passaram mais de 700 mil pessoas nas últimas semanas.

Ele foi o único artista de música eletrônica a se apresentar na Praça TikTok, aberta ao público e frequentada por diversos influenciadores, com sets de uma hora em horários alternados. Preparando os shows com um olhar especial, tanto por estar dentro de um festival de grande relevância quanto pelo cuidado de entender os públicos diferentes de cada data, Lyus descreve o feito como a maior realização de sua vida. “Foi uma honra! Além de tocar no Rock in Rio, que é o sonho de qualquer artista, ainda foi a convite do TikTok, que tem a música como essência e é tão importante hoje em dia na indústria musical para os novos artistas e até para os mais consagrados.”

Entre os momentos mais importantes dos sete shows, ele comenta: “O carinho e a receptividade do público foram incríveis. Todos aproveitaram muito, e o sentimento que tive é que nós estávamos compartilhando das mesmas sensações naquele mesmo instante. Mas dificilmente algo supera a emoção e a realização de quando toco minhas músicas autorais, que não havia apresentado antes ao vivo, e ouço as pessoas cantando e curtindo. Ainda estou em êxtase! Sabe quando parece um sonho e não caiu a ficha de tão surreal que foi? No último dia, pensei: ‘não quero que isso acabe’. Mas logo todos os sentimentos se misturaram com a gratidão, e só agradeci por estar no caminho certo. Isso é só o começo!”

Luis Felipe Miranda, nome por trás de Lyus, herdou dos pais a paixão pela música. Desde criança frequentava festivais e, aos 12 anos, descobriu a CDJ, passando a aprender sozinho a mixar e, desde então, entrando numa maratona de cursos de produção para evoluir ainda mais na carreira.

Esgotando ingressos em matinês, lançando por grandes gravadoras e se apresentando em vários outros locais – como no Hopi Hari, por exemplo, dividindo line-up com Alok -, o artista potencializou ainda mais sua carreira quando entrou para o TikTok.

O jovem prodígio começou mostrando sua rotina e criando conteúdos sobre música na plataforma. Com o tempo, ganhou destaque e amplitude,e com objetivo de divulgar seu projeto artístico, passou também a se apresentar ao vivo nas lives, atingindo 250 mil pessoas durante uma das performances. Entre seus números na plataforma, ele acumula 2 bilhões de streams em vídeos com sua faixa autoral “You and Me” e 117 milhões de streams em outra composição, “I Found You”, músicas que não tinham sido tocadas ao vivo antes do Rock in Rio. “O TikTok é uma plataforma que sempre me deixa tão próximo dos meus fãs e por lá novas pessoas descobrem meu projeto. Eu só tenho a agradecê-los por acreditarem e confiarem no meu trabalho. Com certeza dei o meu melhor nos shows e espero ter superado as expectativas de todos que viveram isso comigo de alguma forma”, comenta.

Inspirando-se em artistas de qualidade musical e identidade, como The Weeknd, Swedish House Mafia, David Guetta, Calvin Harris e Hardwell, ele garante que vem trabalhando ao máximo para que sua música impacte o maior número possível de pessoas. Então, fique de olho nas redes sociais de Lyus (@lyus) para conferir as novidades do DJ e produtor.

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Área 51

Blazy foi um dos destaques do NDO no Rock in Rio

O artista se apresentou no palco New Dance Order no ultimo final de semana do festival

Blazy é atualmente o artista brasileiro de Psytrance mais ouvido no Spotify, e o mais jovem a alcançar o topo dos rankings do Beatport, conceituada plataforma de música eletrônica.

Conhecido por produzir o que gosta, quer e sente, Blazy possui isso muito nítido em suas músicas hoje em dia. A track “Tandava” demonstra o quanto Blazy se tornou viral em questão de horas. Conhecida mundialmente, a música atravessou fronteiras e chegou à Índia. A música figurou no Top 50 Virais do Spotify. Após isso, diversos artistas começaram a conhecer o trabalho de Blazy e através disso veio a primeira tour internacional, na Austrália.

Recentemente ele passou por Israel e Alemanha, para quem não sabe, Israel é a meca do Psytrance, o país é o principal exportador de artista do gênero. Artistas como Astrix, Dekel, Infected Mushroom, Bliss, Vini Vici/Sesto Sento, Skazi, Ace Ventura, Blastoyz, Pixel e muitos outros fazem parte desse time.

Foi pensando em toda a trajetória do psytrance no Brasil e ao redor do mundo, que o Rock In Rio desde a edição de 2019 tem um dia dedicado aos artistas de Psy! O artista levou seus pais e atraiu um público bem diverso para assistir o seu show no New Dance Order. Blazy se apresentou após o Paranormal Attack e antes de Neelix!

O New Dance Order estava tomado de gente, muitas delas não conheciam o som de Blazy, mas permaneceram ali do mesmo jeito, de forma democrática! A apresentação do artista foi realmente emocionante, onde ele a finalizou com o remake de ‘Innerbloom’ do trio RÜFÜS DU SOL. Claudinho, Diretor Artístico do New Dance Order agradeceu o artista pelo seu empenho e dedicação na apresentação e por fazer a diferença na cena do psy trance!

Neste ano Blazy se apresentou no festival e realizou um set memorável no gigante New Dance Order. Depois de ter se apresentado no The Butterfly Effect e Voov, Blazy carrega não só experiência, mas uma bagagem musical bem vasta, com referências dos maiores artistas de psytrance do mundo.

Representando o nosso país, Blazy é um dos principais artistas que fomentam o psytrance dentro e fora do Brasil, tendo a marca de mais de 150 milhões de streams nas plataformas digitais.

Como foi a experiência de levar o seu som para um dos maiores palcos do mundo e ainda ser tão bem recebido pelo publico?

“Foi realizador, até porque uns meses atrás eu tinha dito que um dos meus maiores objetivos seria tocar no Rock in Rio e acabou acontecendo. Então foi muito realizador, é incrível conseguir representar um estilo musical um tanto quanto marginalizado que é o psytrance em um festival popular como esse.”

Se pudesse descrever em uma palavra o sentimento de ver seus pais presenciando esse grande momento na sua carreira, qual seria?

“Não da pra descrever em palavras, inclusive como eu venho de uma família roqueira, meus pais são roqueiros raiz, ter eles lá comigo foi especial demais, ver eles curtindo foi como ver de certa forma eles realizando um sonho também, vai ser um dia que vai ficar pra sempre marcado na minha memória.

Além dos meus pais eu levei 30 amigos em um ônibus pro festival, foram todos curtir e me apoiar lá, foi muito massa, a galera aparecceu na TV, todo mundo se divertiu pra caramba. Isso deixou tudo ainda mais especial, foi único, então foi disparado o momento mais feliz da minha vida, se não o mais.

Se eu pudesse descrever em uma palavra séria: VIDA”

 

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Via UnderGROUND

Atração do último dia de Rock in Rio, Eli Iwasa revela como o festival a transformou

Artista, que toca no New Dance Order neste domingo, fala da influência da edição de 1991 em sua formação musical

Atração do palco eletrônico do Rock in Rio, o New Dance Order, pela segunda edição consecutiva, Eli Iwasa nutre um vínculo antigo de afeto, carinho e nostalgia com o festival. Com mais de 20 anos de carreira sedimentados em pioneirismo, versatilidade, coragem e talento, a DJ, sócia do CAOS e da Galerìa 1212, cantora e modelo toca neste domingo, 11, a partir da meia-noite, antes de entregar o encerramento do NDO (e do RiR como um todo) a ANNA.

Antes de mais uma das apresentações mais especiais de sua trajetória, Eli falou brevemente sobre sua história com o evento desde a infância, como ele influenciou o seu caráter musical e o que espera para este final de semana. Leia abaixo:

​​A edição que marcou minha vida foi a de 1991, que assisti pela TV. Era uma menina começando a colecionar discos, a aprofundar meu gosto musical, e aos poucos, meus vinis do Michael Jackson dividiram lugar nas prateleiras com outros de rock e hard rock. O Rock in Rio me fez sonhar em ter uma banda e viver de música, e acho que influenciou minha vida de maneira transformadora. Foi um caminho sem volta. 

Tinha os discos de “Appetite for Destruction” e “Lies” (que guardo até hoje e posso provar!), do Guns N’ Roses, álbuns que ouvi sem parar. Lembro de esperá-los entrar — com atraso. Estavam no auge de sua carreira, talvez no auge de sua forma física e entrega, e chorei quando o show começou. Na tour seguinte do grupo no Brasil, divulgando o “Use Your Illusion”, que finalmente havia sido lançado, lá estava eu na primeira fileira do show, com o meu pai super paciente me levando e me buscando.

Nesse mesmo ano, rolaram shows do Prince, absolutamente genial. E de um grupo de São Francisco, com um frontman carismático e enérgico chamado Mike Patton. Era o Faith No More estreando no Brasil, banda que se tornou uma de minhas favoritas de todos os tempos, e que pude ver ao vivo algumas vezes anos depois.

Daquela menina de 1991 a 2022, tenho a honra de voltar ao festival depois de minha primeira apresentação em 2019. Naquele ano, não consegui ver nenhum show — decidi levar meu pai como acompanhante, e ele, vencido pelo sono e pela chuva, quis voltar pro hotel. Neste ano, vou chegar cedo para aproveitar o Rock in Rio o máximo que puder: quero assistir ao show da Liniker com a Luedji Luna, e ficar até o final para o encerramento com a ANNA. Vai ser inesquecível!

 

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Via UnderGROUND

Binaryh parte para tour internacional após estrear no Rock in Rio

Dupla se apresenta na label party do Tale of Us nesta quinta-feira, no Hï Ibiza, e segue na sequência para a capital argentina

Depois de estrear no Rock in Rio, quando tocou no primeiro dia do palco eletrônico, New Dance Order, o Binaryh segue seu grande momento de importantes conquistas, com mais um debut histórico nesta semana. Na quinta (08), o projeto formado pelo casal Rene e Camila se apresenta na gloriosa Afterlife Ibiza — label party do duo Tale of Us que se tornou a maior referência de techno melódico no planeta, e que pelo terceiro ano, é hospedada semanalmente no Hï Ibiza durante o verão europeu.

O embaixador brasileiro do techno melódico é a única atração da data na peculiar pista Wild Corner. Já o Theatre recebe Massano, Mathame e os anfitriões italianos, enquanto Patrick Mason, Amelie Lens e Adiel discotecam no Club (ingressos e mais informações constam no site oficial).

“Após tantos anos recebendo suportes deles, numa troca constante de demos, estamos muito felizes de poder finalmente estrear no evento oficial da família Afterlife em Ibiza, principalmente agora que também temos uma track lançada pelo selo. É literalmente a realização de um dos nossos maiores sonhos”, conta Camila.

Vale lembrar que a relação do Binaryh com o Tale of Us vem se intensificando desde 2019, com suportes de mais de dez faixas e o lançamento recente de “Seyfert” na Afterlife Records, em coletânea que também trouxe faixas de ANNA, Recondite, Innellea, Agents of Time, Kevin de Vries e muitos outros gigantes da cena house/techno mundial.

Setembro ainda reserva outra gig internacional: no dia 23, uma sexta-feira, se apresentam no clube Black, em Buenos Aires, Argentina, que vem recebendo artistas como Dixon, Massano e Erly Tepshi, e terá nessa data o projeto de Camila e Rene como headliner, ao lado de DJs locais.

A gig é fruto do contrato assinado em junho com a agência de bookings internacional Bullitt Agency, que tem trabalhado para vender shows da dupla pelas Américas — e inclui nomes como Amelie Lens, Ben Klock, Dubfire, Juan Atkins e Kölsch em seu roster.

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Via UnderGROUND

Amanda Chang estreia Chang Rodrigues no Rock in Rio

Com mais de dez anos de carreira como DJ, a artista está prestes a inaugurar sua fase mais conceitual, baseada em sintetizadores modulares

Nome conhecido e conceituado dentro do cenário eletrônico brasileiro, Amanda Chang está prestes a topar com um dos maiores momentos de seus 14 anos de carreira. No dia 02 de setembro, às 16h, faz a estreia de seu novo projeto, Chang Rodrigues, no New Dance Order — o palco eletrônico do Rock in Rio. Atração da Tenda Eletrônica do mega festival brasileiro em 2015, a artista retorna mais madura, experiente e artística do que nunca, com a oportunidade de inaugurar oficialmente sua performance live baseada em sintetizadores analógicos modulares.

“Para mim é maravilhoso, uma grande realização. As expectativas de estrear o Chang Rodrigues são as maiores”, conta a carioca radicada em Juiz de Fora/MG, que executa um techno cru e reto, à lá Berlim, com pitadas de ambient, acid, funk e eletrônica experimental.

DJ desde 2009, Amanda foi residente da Privilège Brasil por sete anos, até que, em 2015, conheceu o techno em Berlim e se apaixonou, refinando sua sonoridade. Em 2016, entrou como residente do D-EDGE e fez mais uma viagem que mudaria sua vida: no Amsterdam Dance Event, conheceu o mestre argentino Ernesto Romeo, que apresentou a ela o universo dos sintetizadores modulares — outra paixão arrebatadora e revolucionária.

“Comprei meu primeiro synth e vi que eu poderia criar meus próprios timbres, o que ampliou muito minha criatividade. Eu não me sentia confortável em produzir usando samples no computador. O sintetizador modular expandiu minha mente de uma forma única e abriu possibilidades sonoras infinitas”, continua ela, que trará ao RiR sete peças de hardware: Sistema modular (módulos escolhidos por ela através de diferentes fabricantes de sintetizadores), ARP Sequencer, Arturia MiniBrute 2S, Moog DFAM, Vermona Retroverb, TC Electronic Delay e Digitakt.

“Se você me perguntar, não é nada prático viajar levando todos os equipamentos que tenho, mas é possível montar um setup que cabe na bagagem de mão. Posso ficar sem as roupas, mas não sem os equipamentos!”, brinca Amanda.

Depois de anos de estudo com o seu guru argentino, no famoso estúdio La Siesta del Fauno, em Buenos Aires, e de alguns ensaios em lugares como Warung, SESC e o próprio D-EDGE, o lançamento do projeto Chang Rodrigues foi ao mundo no célebre portal britânico FACT Mag em 2021, através de um documentário (assista aqui).

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Editorial

10 sets do NDO 2019, preparando para o Rock in Rio 2022

O nosso reencontro com o New Dance Order, palco de música eletrônica do Rock in Rio, está chegando e por isso, vamos de esquenta!

Parece até um sonho, mas está cada vez mais próximo. Nesta próxima sexta-feira (2), os portões da Cidade do Rock vão se abrir para receber mais uma edição do aclamado Rock in Rio. Considerado um dos maiores festivais de música do mundo, o evento retornará para uma edição que promete ser histórica e com atrações que vão agradar a tudo e todos, todas e todes.

Como bons clubbers que somos, o palco New Dance Order é a menina dos nossos olhos. A casa da música eletrônica no Rock in Rio receberá artistas do mundo todo, que irão do techno ao house, passando pelo psytrance trance e tech house, mostrando todas as formas e sonoridades que permeiam nossa amada dance music.

Para já entrar no clima do evento e fazer aquele esquenta de respeito, pegamos 10 sets de artistas brasileiros que se apresentaram na edição 2019 do festival. Entre os nomes selecionados, trouxemos Dubdogz, Cat Dealers, Gabe, Illusionize, Liu, Claudinho Brasil, Make U Sweat, Santti, Felguk e Gostavo Mota. Grandes nomes da nossa cena, num dos palcos mais respeitados do mundo.

Afaste o sofá da sala, aumente o volume e dance com a gente, enquanto nos preparamos para o Rock in Rio, com cobertura exclusiva nos dias 3, 4, 10 e 11 no nosso Instagram.

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Lançamentos

Nu Azeite invoca o Rio de Janeiro dos bailes em ‘Vem pro Mar’

Nu Azeite traz em sua história de vida as décadas de baile no Rio de Janeiro e coloca todo mundo para dançar em seu segundo álbum.

O duo Nu Azeite traz em suas letras o lado mais solar de levar a vida no Rio de Janeiro: a forte relação com o sol e o mar, a leveza ao lidar com o dia a dia e o prazer em cumprir tarefas cotidianas tendo como pano de fundo as mais belas paisagens. Nas batidas, o duo não economiza na ótica do “melhor do Rio”, ao condensar a história da noite carioca em forma de músicas que transpiram baile e festa.

Mais do que isso, Nu Azeite é verdade. A dupla cresceu experimentando dois movimentos culturais de perto. Fabio Santanna conheceu a música através dos bailes black que pipocavam na periferia do Rio desde os anos 1970. Moleque, ouvia e dançava Tim Maia, Lincoln Olivetti, Sandra de Sá, Michael Jackson e outros ícones do boogie dançante que povoavam os cases dos DJs da época. Bernardo Campos é cria da geração eletrônica responsável por fazer do Rio uma das cenas mais divertidas do país. Ouviu DJs como Maurício Lopes, Leo Janeiro e Ricardinho NS, entrou de cabeça na discotecagem e hoje é um dos seletores mais solicitados da cidade.

Os bailes do Rio de Janeiro foram responsáveis por um “sincretismo” musical único, juntando os batuques dos morros e terreiros com o funk americano, criando uma identidade cultural única. De Elza Soares a Sandra de Sá, de Tim Maia a Jorge Ben.  O soul sempre esteve aliado à percussão africana presente no Rio. E, para seguir com esta tradição, temos agora o Nu Azeite.

Ao ouvi-los, reconhecemos com extrema facilidade as influências que trazem o DNA carioca. Sons como Lincoln Olivetti, Marcos Valle, Sandra de Sá e Azymuth, mesclados com o tempero moderno de AirYuksek, Thievery Corporation e Portishead. O resultado é um som dançante, divertido e sofisticado, unindo passado e futuro em um presente ensolarado, com brisa de praia.

Vem pro Mar é o segundo disco da dupla, lançado recentemente pelo selo Cocada Music. O primeiro álbum, homônimo, lançado em janeiro de 2021, já causou comoção e alegria mundo afora, com apoio apaixonado de nomes como Horse Meats Disco, Richard Dorfmeister e Fatnotronic.

Eles mostram no Rock in Rio, dia 8 de setembro, no palco New Dance Order, o quanto são bons de bola fazendo ao vivo. Somam a experiência de tocar em grandes shows (por parte de Fábio Santanna) com o calor das pistas suarentas de festas como a Rara (label carioca de day parties de Bernardo Campos).

Portanto chegou a hora do Nu Azeite assumir a condição de um dos protagonistas atuais do movimento que acompanha a noite da cidade desde o movimento Black Rio, nos anos 70.  Música de pista, boogie, sempre num mood alegre e leve, representando o jeito carioca de se levar a vida.

Nu Azeite não rompe, mas perpetua. A qualidade da produção absorve a nova música eletrônica feita no mundo, de forma que suas pedradas caibam nos sets de DJs de qualquer lugar do mundo, mas trazem consigo a tradição e o groove que fazem a cidade dançar desde sempre.

Prepara-se para ouvir a trilha sonora de um dia de praia em Vem pro Mar.  Prepara-se para reconhecer a dance music de Lincoln Olivetti, para sentir o sal na pele de Fernanda Abreu, descer o morro ao som de Tim Maia ou tomar uma cerveja na Tijuca ao lado de Jorge Ben.

Escute agora ‘Vem pro Mar’ e faça um esquenta para o Nu Azeito no Rock in Rio:

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Mainstage

EUFORYA Store inaugura Showroom com coleção Rock in Rio

Com a proposta de “te fazer unicx o ano todo”, a EUFORYA Store lança Showroom em São Paulo e nova coleção inspirada no RiR.

Quem ai não sofre pré role, tentando decidir que roupa usar? Como libriano convicto, eu vos digo: sofro e muito. Que tal então, visitar uma loja que foi feita pensando exatamente nos festivais que tanto amamos? Ela já teve outro nome no passado (a gente inclusive falou dela aqui), mas agora volta repaginada, reinventada e o melhor de tudo isso, com um espaço físico, perfeito para vermos, provarmos e claro, comprarmos um lookinos: a EUFORYA Store.

Criada pela digital influencer Amanda Kassardjian, sua sócia Marina e agora, com Bruno Vini na equipe, a EUFORYA Store elevou ainda mais seu conceito de roupas para festivais e está se transformando em um das maiores referências de vestimenta para festas do país. Com a missão de “te fazer unicx o ano todo”, a marca lançou recentemente duas grandes novidades: a sua mais nova coleção e o tão esperado Showroom.

Inaugurado recentemente e aberto ao público mediante agendamento prévio, o Showroom da EUFORYA Store está localizado na região do Bom Retiro, centro de São Paulo. Lá, é possível conferir peças conhecidas da marca, assim como a novíssima coleção Rock in Rio, pensada para o grande retorno do evento carioca. Para todos os tipos e gostos, a colação vai de kimonos a harness, asas de led a tops cheios de brilhos e cores. Uma peça melhor que a outra.

Se você ainda não sabe o que vestir, seja para o Rock in Rio ou sua próxima festinha, corra agora no site da EUFORYA e garanta sua peça, clicando aqui. Para quem mora em São Paulo ou está de passagem pela região, agende sua visita ao Showroom, pelo Whatsapp da loja, clicando aqui.

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Mainstage

Rock in Rio libera horários de atrações no app do festival

Além dos horários das atrações, o novo app o Rock in Rio traz funcionalidades que auxiliam PCDs, agendamento de brinquedos e muito mais.

O público que irá ao Rock in Rio já pode começar a se planejar para curtir o maior festival de música e entretenimento do mundo — desde a chegada à saída, passando por cada uma das áreas do evento, que este ano terá mais de 500 horas de entretenimento e 20 espaços de atrações. A partir do aplicativo oficial do Rock in Rio, o festival abre um canal direto para que os fãs tenham acesso à programação do evento em primeira mão e atualizada.

Pelo aplicativo, disponível nos sistemas operacionais IOS e Android, é possível conferir os horários dos shows de cada palco, o mapa da Cidade do Rock, as opções de alimentação, o status do agendamento dos brinquedos, as experiências das marcas, além de solicitar auxílio para PCDs e ter na palma da mão todas as informações de serviços como, por exemplo, as melhores opções de transporte para chegar à Cidade do Rock.

Este será o maior e melhor Rock in Rio de todos os tempos e, para aproveitar ao máximo as atrações proporcionadas pelo festival, é preciso se planejar. Com o aplicativo, o público terá toda a programação no detalhe e com fácil acesso, podendo se organizar da forma que desejar. Lançamos a plataforma na última edição e foi um sucesso.”

Para 2022, o app chega mais robusto e aprimorado, além de ganhar novas funcionalidades inéditas entre os grandes festivais como, por exemplo, uma ferramenta exclusiva de uso para os PCDs, evoluindo o atendimento a esses fãs específicos e melhorando ainda mais a experiência do público geral na Cidade do Rock”, conta Luis Justo, CEO do Rock in Rio.

Entre as novas funcionalidades integradas ao app, está um serviço inovador em grandes festivais de auxílio para PCDs, com uma área exclusivamente dedicada a acessibilidade. Nela, os usuários que necessitarem, poderão solicitar ajuda à equipe de apoio do festival para quaisquer eventualidades que ocorrerem dentro da Cidade do Rock, como um pneu da cadeira de rodas furado e auxílio a deficientes visuais.

Baixe agora o app, para Android ou iOS e programa-se para o maior Rock in Rio de todos os tempos. Os horários do New Dance Order também já estão disponíveis.

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Editorial

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