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Warung Day Festival chega à nona edição anual com 21 atrações

O Warung Day Festival destaca em sua programação os DJs Black Coffee, Chris Stussy, Maceo Plex,  Since 82 e Whomadewho.

Warung Day Festival (Divulgação)

O Warung Day Festival (@warung_dayfestival) desembarca dia 4 de maio na cidade de Curitiba para mais uma edição do evento que une música, entretenimento e lifestyle. Neste ano, o festival recebe 21 atrações, entre elas, nomes de peso da cena eletrônica internacional como Black Coffee, Chris Stussy, Maceo Plex, Hot Since 82 e Whomadewho.

O festival, que é um case de sucesso do Warung – club sediado em Itajaí (SC), com mais de duas décadas, referência no cenário nacional e internacional e considerado o templo da música eletrônica – chega à nona edição anual.  Entre as três pistas – Warung Stage, Ópera Stage e Pedreira Stage – irão se dividir as 21 atrações,  nacionais e internacionais, durante 12 horas de evento.

As principais apresentações são:

Black Coffee –  o DJ e produtor sul-africano é um fenômeno musical e se consagrou como um dos maiores nomes da atualidade na cena da música eletrônica, tendo já colaborado com trabalhos de David Guetta, Drake e Alicia Keys;

Chris Stussy – o DJ e produtor holandês é um dos principais inovadores da house music e sua ascensão o colocou no centro das atenções por entregar faixas de alto nível e qualidade única e original; ele está à frente da Up The Stuss, gravadora consolidada como uma das mais relevantes e vanguardistas da cena, onde lançou em 2023 “All Night Long”, faixa que acumulou mais de um milhão de reproduções antes mesmo de ser lançada.

Hot Since 82: o DJ e produtor britânico tem mais de 20 anos de carreira e é conhecido pela mistura única de deep house, techno e sons minimalistas. Em 2012 lançou o próprio selo, Knee Deep In Sound, e também projetou mais de 200 discos com diferentes pseudônimos. Já colaborou com grandes nomes da indústria musical como Sasha e Laurent Garnier e seus sets são sempre cheios de pura energia.

Maceo Plex: o  DJ e produtor americano de descendência cubana tem sido um dos artistas mais consistentes nos festivais mais aclamados da atualidade. Lembrado por rodar o mundo com projetos de festas itinerantes, o artista se destaca pela versatilidade de gêneros que compõem os repertórios de suas apresentações.

Whomadewho: a banda eletrônica dinamarquesa, formada por Tomas Hoffding, Tomas Barford e Jeppe Kjellberg, é sinônimo de performances eletrizantes. Já passaram por festivais como Sonar e Burning Man, além de diversos sets nos clubs mais prestigiados do mundo. O trio se apresenta no formato Hybrid DJ Set, onde Barford se apresenta como DJ enquanto um dos companheiros complementa a música com cantos, tons e efeitos improvisados e, o outro, cuida da programação e mixagem.

Completam o time de DJs internacionais: D-Nox – o DJ alemão, que completou 30 anos de carreira em 2023, tem destaque no Brasil, onde concentra sua maior comunidade de fãs. Considerado uma lenda da música eletrônica underground, ele costuma apresentar sets longos, elevando a arte de mixar as músicas ao vivo para entregar uma verdadeira jornada sensorial; e TSHA – a DJ britânica entrou rápido  para o hall de destaques e despontou como uma das artistas da dance music contemporânea. DJ de Hip Hop e R&B no início de carreira, ela costuma trazer uma mistura de gêneros para seus sets de house music.

Warung Day Festival (Divulgação)

A cena eletrônica nacional chega representada por importantes nomes:

Mochakk: uma das grandes revelações brasileiras,  já se apresentou em festivais como Coachella e em destinos badalados como Ibiza e Londres;

Eli Iwasa: uma das figuras mais respeitadas no circuito da dance music no Brasil. Com 25 anos de carreira, ela é a primeira mulher a se destacar na cena eletrônica nacional;

Gabe: é um dos pioneiros do cenário nacional e é reconhecido internacionalmente desde 2006. Suas músicas já chamaram a atenção de artistas como Sasha e Solomun.

Ratier: um dos responsáveis por revolucionar a cena eletrônica brasileira nos anos 90. Fundou em 2000 o respeitado club D-Edge, em São Paulo, e já fez um B2B de 12 horas com o DJ bósnio-alemão Solomun.

Sarah Stenzel: a DJ é conhecida por explorar ritmos e sonoridades tribais de diferentes cantos do mundo. Os sets dela são a harmonização dessas melodias que proporcionam uma experiência singular.

Também se apresentam no festival os DJs brasileiros Albuquerque, Antdot, Blancah, Curol, Edu Schwartz, Enrico & Carmo, Leoz & P.A, Maz e Zac.

O Warung Day Festival tem crescido 30% a cada ano e em 2023 recebeu um público recorde de 17 mil pessoas, sendo 60% delas de fora da capital paranaense; também estão entre elas, 2.500 turistas estrangeiros, de 12 países diferentes, que vieram ao Brasil exclusivamente por conta do evento.

Desde a primeira edição, a Pedreira Paulo Leminski, em Curitiba, tem sido a segunda casa do Warung. “Não existe um lugar, com natureza em volta, que represente tanto a atmosfera e energia do club“, diz Luis Gustavo Zagonel, sócio-diretor do festival. A Heineken é a marca patrocinadora do Warung Day Festival 2024.

SERVIÇO:
Warung Day Festival 9ª edição
Data: 04 de maio de 2024.
Horário: abertura dos portões às 12h. Início do evento: às 13h e  término à 1h.
Local: Pedreira Paulo Leminski – Rua João Gava, 970, Abranches, Curitiba.
Ingressos: WDF – Feminino (meia-entrada = R$245 + taxa de R$ 29,40; e inteira = R$490 + taxa de R$58,80) e Masculino (meia-entrada = 305 + taxa de R$36,60 e inteira = R$610 + taxa de R$73,20); VIP (meia-entrada = R$ 390 + taxa de R$46,80 e inteira = R$780 + taxa de R$93,60) e Masculino (meia-entrada = R$490 + taxa de R$58,80 e inteira = R$980 + taxa de R$117,60); e WDF Experience – Feminino (R$730 + taxa de R$87,60) e Masculino (R$910 + taxa de R$109,20).
Site de vendas: www.warungdayfestival.com.br
Informações e reservas sobre camarotes:  (47) 99610-8880 e (48) 98816-595

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Entrevista

Entrevistamos: ZOMERO

De residência em festas digitais a uma gig no Warung, o Templo da música eletrônica. Hoje, conversamos com o DJ e Produtor ZOMERO. Confira!

Foto: Fernando Sigma

Ele começou sua carreira em meio ao caos da pandemia, foi residente de festas digitais, participou do Warung School, tocou no Templo da música eletrônica, além de já ter transitado entre diversos gêneros musicais, até encontrar o seu. ZOMERO é um daqueles artistas que traz em sua essência, a vontade de vencer, sem deixar de lado seu orgulho, que ele traz para mais uma entrevista especial do Pride Month. Entrevistamos: ZOMERO

Beat for Beat – Obrigado por conversar com a gente! Você é um arquiteto que em 2019, realizou seu sonho de 20 anos. O que causou essa mudança de chave depois de tanto tempo? O que impedia que o ZOMERO de surgir?

ZOMERO – Primeiramente, eu quem agradeço o convite ! Acredito que um pouco de auto-confiança/conhecimento, e pessoas próximas apoiando uma mudança grande na vida. Em 2019 comecei um novo ciclo que queria tudo novo para minha vida e isso incluía começar uma carreira de DJ que sempre tinha imaginado. Naquele momento, por mais que eu frequentasse diversas festas e festivais, eu mal sabia as nuances do mercado musical. Hoje tenho diversas pessoas ao meu lado me apoiando e a cada dia aprendendo e trabalhando para a cena.

B4B – Você fala sobre um sonho antigo. Lembra como esse sonho começou? Quais suas primeiras lembranças quando falamos de música eletrônica?

ZOMERO – Por volta dos ano 2000, assim que entrei no colégio comecei a ouvir música eletrônica. Na época o que tocava na rádio e em diversos lugares eram as músicas – DJ Sammy – ‘Heaven’, Gigi D´Agostini – ‘L’Amour Toujours’, Square Heads – ‘Happy’, e Lasgo. Já dá para entender qual era o cenário na epóca. A partir deste ponto, comecei a ouvir muito mais, incluindo na faculdade, a partir de 2003, onde também um pouco do Drum’n’Bass já fazia parte da cena brasileira. Lembro dos festivais “Skol Beats” no Anhembi, e hoje conheço diversos daqueles DJs que se apresentaram, que na época eram desconhecidos para mim. Fico feliz de saber que a maioria continua com uma carreria sólida e que já troquei ideias com alguns deles.

 B4B – Você também é um artista que viu o começo da carreira afetado pela pandemia? Como foi para você, tentar reconhecimento num momento em que as pistas estavam fechadas? Quais foram suas táticas usadas durante a pandemia, para ter seu nome conhecido?

Durante a pandemia aproveitei o isolamento, e a falta de projetos de arquitetura, para focar na carreira. Transmiti diversas lives na Twitch, onde conheci diversos artistas e amigos, aprendi muito sobre tecnologia, pesquisa musical e sem dúvida me ajudou na desenvoltura em apresentações. Ganhei residência em festas digitais do Núcleo Big Fish do Ilan Kriger e promovia entrevistas e apresentações de outros DJs pela Cultura Cosmo. Neste momento também ingressei em cursos de Planejamento e Marketing pela Boreal Agency e também no Warung School onde consegui profissionalizar minha carreira.

B4B –  Suas produções transitam entre alguns gêneros. Você já lançou deep house e nu disco, house e tech house, assim como melodic house. Como é o seu processo criativo na hora de produzir e como determina que estilo irá seguir no próximo single? Como isso se reflete em seus djs set?

As produções transitaram entre gêneros pois eu estava me encontrando, onde de fato queria focar na produção e em qual gênero tocar. Hoje em dia minha pesquisa e produção está focada na House Music, e ela serve tanto para a criação dos meus DJs sets – descobrindo novos artistas e gravadoras – assim como usar algumas músicas de referência na minha produção – seja um timbre ou o arranjo.

B4B – Você já tocou naquele que é o templo da música eletrônica, o Warung. Conta pra gente como foi a sensação de estrear em um dos maiores clubs do mundo. Como surgiu o convite?

Foi um conjunto de emoções desde o anúncio até o fim daquele dia. Eu ingressei no Warung School e cada masterclass possuia um desafio, e os ganhadores tinham a possibilidade de lançar uma track, ou  tocar no templo. Eu ganhei um dos concursos e fiz uma apresentação B2B com a Dani Ebner, também ganhadora. Foi incrível mesmo, e ainda toquei uma track autoral, que será lançada pelo próprio selo do clube! Arrepio só de lembrar quando vi meu nome no flyer, e dos sentimentos ao subir no ‘inside’. Essas emoções aumentam ao lembrar do acidente que o clube sofreu esse ano, mas com confiança que o Templo logo retornará. E em toda essa emoção também está o cuidado e carinho de toda a equipe do clube, do começo ao fim.

O seu projeto, Zomero & Friends, está ganhando cada vez mais destaque. Quais são os próximos passos do projeto? O que pode nos adiantar entre atrações, locais e datas? 

A produção para a quarta edição da Z&F já começou. Estou muito feliz com este projeto que tem como objetivo unir amigos, amigos dos amigos, ouvindo muita música e aproveitando o espaço, mostrando que música eletrônica não precisar ser consumida apenas em grandes clubs ou festivais. O que posso adiantar para a próxima edição é que estou procurando um lugar para uma “sunset”, seguindo o pedido do público que quer aproveitar um pouco mais do dia para se divertir. A previsão é para o mês de setembro, então fiquem ligados nas redes sociais.

ZOMERO no Warung

Recentemente vimos uma publicação sua, demonstrando amor ao seu parceiro, no dia dos namorados. Você se sente confortável em falar sobre um relacionamento homo afetivo? Já sentiu alguma forma de preconceito, por ser um artista gay? 

Por ele ser muito companheiro e apoiar toda minha trajetória, me sinto confortável sim e diretamente nunca senti algum preconceito, mas sabemos infelizmente que ele existe. É triste ver na cena eletrônica que surgiu entre a população queer, preta, latina. Não entra na minha cabeça o porquê de uma pessoa se preocupar com a a orientação sexual da outra, a ponto de cometer atos terríveis. 2023 ainda temos muito que conversar e ensinar sobre respeito, mas não podemos parar nem desistir.

– Para finalizar, o segundo semestre está começando. O que o ZOMERO tem preparado para o restante de 2023? Músicas? Gigs importantes? Obrigado

Estou planejando diversas novidades para o segundo semestre e que não poderei dar o spoiler agora, mas posso garantir que o foco na produção musical trará muita música para vocês. Um pequeno spoiler é que estou finalizando uma track, com a mixagem e masterização por Dudu Marote, com vocal autoral onde a mensagem diz muito sobre o meu projeto e minha forma de ver a vida. Muito obrigado pelo papo e nos vemos nas pistas!

Siga ZOMERO no Instagram.

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Mainstage

DJ Mag divulga o TOP 100 Clubs 2023 com 6 clubs brasileiros

Uma das famosas listas da DJ Mag, a que elenca os 100 melhores clubs do mundo, divulgou sua lista de 2023 com 6 representantes brasileiros.

Mais um ano, mais uma lista, mais um medidor de popularidade. Como já virou tradição no cenário da música eletrônica mundial, a DJ Mag, uma das maiores e mais influentes revistas de dance music de todo o mundo, divulgou recentemente uma de suas tão aguardadas listas, o TOP 100 Clubs 2023. Escolhidos através de voto popular, os estabelecimentos são elencados de acordo com o número de votos recebidos e então, divulgados em ordem decrescente nas redes sociais da revista. O resultado, que nem sempre é uma surpresa, já está entre nós.

Pelo ponto de vista macro do ranking, é interessante ver diversos países, como México, Colombia, África do Sul, Indonésia, Chipre, Libano, Tailândia, Bulgária, Nepal, Equador e claro, nosso Brasil. Já quando fazemos uma análise micro, podemos ver que o EUA é o país com mais representantes na lista, 20 ao todo, seguido da Espanha, com 9, o Reino Unido, com 8 representantes e então, Brasil e Croácia com 6 clubs no ranking, estando na frente até mesmo da Alemanha, país que é um dos berços da música eletrônica atual e que tem 4 nomes do TOP 100.

E como bons brasileiros que somos, é claro que aqui, destacamos nossos queridos e amados clubs. Mantendo-se firme entre os 100 melhores clubs do mundo, temos o paulistano D-Edge, ocupando a 75ª colocação, seguido de perto do El Fortin, de Porto Belo, na 73ª posição e do Surreal, o mais novo dos brasileiros na lista, na 71ª colocação. Já entre os 30 melhores, temos o tradicional Warung, que está começando seu processo de reestruturação, na posição de número 29, enquanto o paulista Laroc, de Valinhos, ficou na 12ª posição. O mais bem colocado e mantendo-se no pódio, segue sendo o Greenvalley, no 3º lugar.

Completando o pódio do TOP 100 Clubs 2023 da DJ Mag, estão o londrino Printworks, que encerrou suas atividades este ano, na 2ª colocação e o topo ficou para o queridinho da ilha espanhola, o Hï Ibiza, que manteve sua coroa pelo segundo ano consecutivo. Você pode ver todos os anúncios no Instagram oficial da DJ Mag, clicando aqui.

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Entrevista

Entrevistamos: Jessica Brankka no Ultra Brasil

De frequentadora do Warung ao Ultra Brasil, Jessica Brankka fechou um dos palcos do festival e ainda conversou com nossa equipe.

Uma clubber raiz, que saiu das pistas de dança, até ir parar comandando várias delas. Natural de Curitiba, Jessica Brankka não projetava uma carreira artística, mas isso se desenvolveu de forma muito natural. Na ativa há poucos anos, hoje ela já pode ser considerada uma das grandes mulheres da cena eletrônica nacional e que no feriado de 21 de abril, fechou um dos palcos do Ultra Brasil. Foi lá que ela conversou com nossa equipe. Entrevistamos: Jessica Brankka.

Beat for Beat – Você era frequentadora assídua do Warung, até mesmo numa época em que nem sonhava em tocar. Você lembra quando e como aconteceu o seu despertar” pra vida artística?

Quando eu frequentava o Warung, eu morava do lado dele na verdade. Eu costumo dizer que o Warung foi e é o meu berço. Eu aprendi muita coisa ali. Quando eu frequentava, apenas como público, eu não tinha a mínima noção de que eu viria me tornar uma DJ, que eu tocaria lá. Hoje até faço essa análise quando eu estou lá, pois acho tudo muito louco, de como as coisas mudam e de uma forma rápida.

Tudo veio muito natural pra mim. Eu não nunca tive pretensão de ser artista, eu acho que aconteceu muito naturalmente. Eu comecei a tocar, eu sempre admirava, sempre gostei muito, sempre amei, sempre frequentei esses eventos e quando eu percebi, já estava recebendo convites pra tocar, estava andando com os artistas, as pessoas estavam me elogiando, os amigos me incentivando e fui me envolvendo cada vez mais.

Foi ai que tive o estalo de que eu já estava na cena e então, pensei: “cara eu acho que eu posso tentar, por que não?”. Então veio de maneira muito natural pra mim, não foi nada pensado, no sentido de “eu vou virar uma artista”. A música me fez sentir que isso era possível. O amor pela música me fez pensar que isso me moveria pra esse mundo artístico.

B4B – E você ter ser vizinha do Warung, como foi a primeira vez que você se apresentou lá?

Eu me sentia como uma criança num parque de diversões. Eu olhava aquilo e percebia ainda mais como é incrível aquele lugar. Mesmo hoje, sempre que chego lá, parece que é a mesma emoção. É um lugar que eu admiro muito, é um lugar que eu respeito, é um lugar que eu tenho um amor desde a primeira vez que eu estive lá, foi assim, amor à primeira vista. E é um dos meus clubs favoritos. Eu amo aquele lugar. Estou feliz que que estamos de volta. Está voltando.

Jessica Brankka no Warung

B4B – Inclusive, você é formada em Educação Física. Como foi essa transição do mundo “corporativo clt” pra algo totalmente diferente daquilo que você aprendeu na faculdade?

A música sempre esteve conectada com o meu esporte. A vida super saudável que eu tinha, que eu me dedicava, obviamente é difícil conciliar hoje ainda, mesmo ainda que eu pratique esportes e faça atividade física, foi uma virada de chave completamente. Eu não esperava. Eu amo muito praticar atividade física, esporte, tanto quanto eu amo a música, então foi tranquila pra mim essa transição e até hoje eu consigo ter uma vida saudável, consigo tocar e consigo ser artista, sem deixar algo totalmente de lado.

Eu costumo brincar com a galera de que eu sou a nova geração dos artistas, pois eu tenho impressão de que antes ou você tinha uma vida saudável, se cuidava ou você era artista e hoje mudou muito esse conceito. Você vê vários artistas que conseguem ter uma vida saudável, que conseguem tocar, que conseguem conciliar a rotina e então esse é o meu objetivo de conseguir sempre também me cuidar e ter a minha vida artística mais saudável.

B4B – E você tenta transmitir isso de alguma forma para os seus seguidores, seus ouvintes: vamos fazer as duas coisas, a gente consegue ir para uma rave, mas também consegue ser saudável ao mesmo tempo?

Eu consigo sim ter essa conversa as vezes, entro em debate com os meus amigos, pois as pessoas são muito oito ou oitenta. Eu não sou oito ou oitenta, eu consigo ter esse equilíbrio de que se exagerei, se eu passei do muito do horário, por conta de uma festa que toquei muito tarde, eu sempre busco fazer uma compensação. Quando eu extrapolo, eu tento me cuidar mais durante a semana, eu tenho sempre cuidar do sono, então acho que dá sim pra conciliar as coisas.

Eu pretendo cada vez mais trazer isso para as pessoas. É uma cultura muito errônea de achar que quem faz festa não se cuida, não consegue ter uma vida saudável, acho que dá pra ter um equilíbrio. Eu tenho esse equilíbrio e espero conseguir ter sempre.

B4B – Você tem cerca de 4 anos de carreira e já alcançou feitos importantes, como tocar hoje no Ultra. Como você vê essa ascensão meteórica?

Às vezes a gente não tem consciência, quem tá dentro não consegue ter essa visão tão ampla de que foi tão rápido. Quem está nos bastidores sabe o que aconteceu, o que passamos para chegar onde chegamos. Então, para mim, não parece que foi tão rápido. Mas se eu parar e analisar realmente em anos, pensando que eu comecei em 2019, onde eu estou e tudo que eu venho construindo, que eu construí até agora, de fato foi rápido sim, mas com muito trabalho, dedicação.

Muito depende de você, das suas metas, do quão você está disposto, a se dedicar para aquilo que você se dispõe. Não foi tão rápido, mas também não foi tão lento, eu acho que foi na medida certa. A gente vive num mundo muito acelerado, querendo as coisas pra ontem, a gente é muito imediatista e eu tenho um pouco disso, de querer tipo fazer as coisas rápido. Por que ser lenta, se eu posso ser rápida, se eu posso ser ágil no meu processo?

Jessica Brankka no backstage do Ultra Brasil

B4B – E uma das coisas que você falava bastante no começo, é que você queria ser mais do que um rostinho bonito, para que a indústria não colocasse sua beleza em primeiro lugar. Você acha que conseguiu atingir seu objetivo?

Eu acredito que sim. Esse era meu maior desafio no inicio, pois as pessoas sempre acham que a beleza é sinônimo de não competência, que ser bonito basta ou não basta e na verdade eu não entrei para querer mostrar um rosto bonito, eu queria e quero até hoje, mostrar minha música. Eu quero que meu som venha a frente de qualquer coisa.

Hoje eu posso dizer que boa parte dessa barreira envolvendo beleza e musicalidade já foi quebrada, pois estou tocando cada vez mais, mostrando para as pessoas meu objetivo como artista, meu propósito.

E o reflexo disso, é você, por ser mulher, fechando um dos palcos do Ultra. Como foi sua apresentação? O que você sentiu?

Eu sempre sonhei tocar no Ultra, um dos maiores do mundo, mais respeitados e poder encerrar um dos palcos é uma felicidade imensa. Eu não esperava que fosse rápido dessa forma, esse lugar de destaque e poder tocar, representar meu país, no meu país, é algo ainda mais especial.

Eu estou muito grata, isso me faz ter a certeza de que estou no caminho certo, que estou de acordo com meu propósito, que as coisas estão acontecendo da forma como a gente esperava, desejava e trabalhou muito desde 2019.

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Warung Tour SP abre as vendas para edição com Adriatique e Innellea

Retornando para a capital paulistana, o Warung Tour SP trará a magia do Templo a cidade com um line-up que conta com Adriatique e Innellea.

A atmosfera do Templo da música eletrônica de Santa Catarina já tem data de retorno para São Paulo! No dia 10 de setembro, o Warung Tour desembarca no novo espaço de eventos do complexo Canindé para uma festa exclusiva para maiores de 18 anos. E a edição traz uma grande novidade:  desta vez a jornada começa no meio da tarde, a partir das 15h, para que os fãs curtam o dia e a noite com muita música boa.

A festa receberá o duo Adriatique, considerado um dos nomes mais consistentes da cena House e Techno. Os suíços já passaram pelo Warung Club em Itajaí lá em 2013, mas essa é a sua estreia na etapa paulista da turnê do Warung. Outra estreia é a DJ e produtora canadense BLOND:ISH, que espalha toda a energia do seu espírito inspirador com apresentações marcantes que vão desde big festivais como Burning Man e Coachella, aos badalados mercados de música eletrônica como Tulum no México e Mykonos na Grécia.

Ainda falando sobre estreias, Warung vai trazer pela primeira vez ao Brasil o alemão Stephan Jolk. Um dos nomes de vanguarda do movimento Techno Melódico, o DJ e produtor viu sua carreira alavancar após emplacar quatro lançamentos em apenas um ano na aclamada gravadora do duo Tale Of Us, a Afterlife. Com um uma sonoridade bastante envolvente, com um forte apelo emocional proporcionando uma experiência que promete levar o público em uma profunda viagem para ambientes densos e introspectivos.

Warung Tour trará de volta à São Paulo a sensação do Techno Melódico: Innellea! O alemão é conhecido por seus live sets cativantes, e comprovou todo seu talento com um set memorável no DGTL Festival São Paulo em abril deste ano e, apenas cinco meses depois, seus fãs vão ter o prazer de assisti-lo novamente.

Fechando os gringos do line-up temos o israelense Shai – T, um dos grandes representantes do Organic House, que foi responsável por uma apresentação memorável no Garden do Warung de Itajaí em janeiro deste ano. Com lançamentos em gravadoras como All Day I Dream, Anjunadeep, Lost Miracle e TRYBESof, o artista tem se mantido entre os cinco melhores artistas de Organic House do Beatport desde 2020 e tem tudo para entregar outra apresentação inesquecível cercado da atmosfera do templo.

Os representantes verde e amarelo do time de estrelas do Warung Tour SP é composto por Ricardo Albuquerque, residente do Warung e que carrega o DNA do club em suas produções; Jessika Brankka, curitibana radicada em São Paulo que já mostrou todo seu talento em apresentações inesquecíveis tanto no Warung em Itajaí quanto no Warung Day Festival em Curitiba; e Ricky Paes, que faz sua estreia no evento e que acumula lançamentos em grandes selos como Loulou Records, Happy Techno e Nervous.

O evento contará com uma área VIP, na qual o público terá acesso: entrada exclusiva, área elevada com vista privilegiada, banheiros premium e bares exclusivos.

As vendas abriram hoje (28) às 11h! Corra para o site ou app da Ingresse e garanta já sua presença clicando aqui! No sábado, 10 de setembro, todos os caminhos te levam ao templo!

Serviço
Warung Tour SP

Data: 10 de setembro de 2022
Horário: a partir das 15h
Local: Complexo Canindé – Rua Comendador Nestor Pereira, 33. São Paulo, SP
Line: Adriatique, Innellea, Blond:ish, Stephan Jolk, Shai-T, Albuquerque, Jessika Brankka, Ricky Paes.
Ingressos: sujeito à disponibilidade via Ingresse.
Evento exclusivo para maiores de 18 anos.

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Agenda

Boiando na Pista indica alguns dos principais rolês eletrônicos de Carnaval

Aos indecisos, Só Track Boa, Surreal e Tropkillaz estão entre os indicados do youtuber Luis Boia, do Boiando na Pista, para o carnaval.

Luis Boia encontrou na pesquisa, na comunicação e na sua paixão pela música a tríade vocacional ideal para trabalhar e, para o nosso deleite, informar. Conhecedor de curiosidades diversas sobre artistas, eventos e outros aspectos da música eletrônica mainstream, já possui quase 60 conteúdos produzidos de forma regular no seu canal de música eletrônica Boiando na Pista, no YouTube. 

Não é incomum, em seu canal, que você se depare com os mais diferentes tipos de tópicos curiosos, como fatos sobre cenas de dance music de diversos países, compilados de DJs que usam máscaras bizarras ou listas com as mulheres mais f*das do big room mundial. Tudo isso contado de maneira divertida e acessível, isto é, você não precisa ser um “arroz de festa” para perceber a relevância do conteúdo do Boiando na Pista.

Entretanto, como nem só de curiosidades vive o amante de dance music, o Boiando na Pista também faz questão de dar dicas (de utilidade pública, podemos dizer) sobre rolês imperdíveis a cada período do ano. Como já passamos há um tempo do Réveillon, chegou a hora de conferirmos as dicas do Boiando para os principais eventos do nosso querido período de Carnaval em 2022, que está logo ali!

Com a palavra, Luis Boia:

Surreal Park

1 – Surreal Carnaval (vai acontecer no Surreal Park nos dias 25 e 27/02)
Camboriú/SC – 25 e 27 de fevereiro

Novo complexo artístico de Santa Catarina, o Surreal chegou chegando e já proporcionou momentos inesquecíveis com suas aberturas no meio da natureza de Camboriú. Para o Carnaval, house e techno de primeira instância se distribuem entre seus palcos homéricos, apresentando atrações como Carl Craig, D-Nox, Paco Osuna, Roland Leesker e Apache. 

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2 – D.Rete
São Paulo/SP – 25, 26 e 27 de fevereiro

O bloco de música eletrônica paulistano que já virou tradição na cidade está de volta com três dias de programação para o nosso feriado, desta vez realizado dentro do próprio D.Edge. Várias atrações especiais e residentes da D.Agency estão escalados para tocar, a exemplo de Seth Troxler, Carl Craig, Binaryh, Renato Ratier, DJ Murphy, Valentina Luz, Tati Pimont e Marcio S. 

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3 – Bloco do Tropkillaz
São Paulo/SP: 26 de fevereiro
Rio de Janeiro/RJ: 01 de março

É bass que você quer? Se depender do Tropkillaz, é bass que vai ter e em pleno calor de Carnaval. Em duas datas e duas cidades diferentes, o Bloco do Tropkillaz vai movimentar artistas e público do cenário trap, rap e eletrônico nacional, tendo como convidados nomes como Rincon Sapiência, Vulgo FK, Heavy Baile, Bivolt e FBC. 

Saiba mais

Green Valley

4 – Carnaval Green Valley
Camboriú/SC – 26 e 28 de fevereiro

House e tech house pelas mãos de Black Coffee, Gabe, Gui Boratto, Volkoder e Touchtalk é a promessa do Green Valley para o feriado. Quem conferir o evento vai poder prestigiar a super reforma da pista principal do club #1 do mundo, uma floresta tecnológica bem bonita e imersiva no espaço que comporta milhares de pessoas.

Saiba mais

5 – Warung
Itajaí/SC – 26, 27 e 28 de fevereiro

Cada dia mais em renovação de relacionamento com as sonoridades underground, Vintage Culture estreia no Templo no dia 26 de fevereiro ao lado de Damian Lazarus. O rolezão prossegue nos próximos dias com atrações inconfundíveis: Bedouin e Guy J no dia 27, Seth Troxler, Patrice Bäumel e Acid Pauli no dia 28. 

Saiba mais

6 – Electro Carna
Rio de Janeiro/RJ – 01 de março

A terça de carnaval vai ser mais vibrante com a realização do Electro Carna. Marcado para rolar no anfiteatro do RioCentro, o lineup está cheio de expoentes do house brasileiro, como Barja, Bhaskar, Cat Dealers, Dubdogz, Gabe e Victor Lou.

Saiba mais

Só Track Boa no P12 Jurerê

7 – Só Track Boa P12
Florianópolis/SC – 28 de fevereiro

Quem é fã do Carnage já pode ir se preparando para conhecer seu novo projeto, GORDO, baseado nos grooves pisteiros do tech house, no meio das vibes veranis de Jurerê Internacional, em Floripa. A acontecer no dia 28 de fevereiro, o rolê está sendo promovido pela produtora Só Track Boa em parceria com o club P12 e conta também com Ashibah, Gabe e Chemical Surf no lineup. 

Saiba mais

8 – Só Track Boa Carnaval Rio de Janeiro
Rio de Janeiro/RJ – 27 de fevereiro

Seguindo os moldes da festa de SP, o público carioca poderá curtir um B2B inédito entre GORDO (novo codinome do Carnage) e Vintage Culture, além de, é claro, shows solo de cada um. Mais nomes em destaque na lista são Illusionize e Victor Lou. 

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9 – Carnaval na Cidade
São Paulo/SP – 26 de fevereiro a 01 de março

Há quem goste de variar um pouco e não se prender somente à música eletrônica. Para isto São Paulo já tem o evento ideal, previsto para rolar no Jockey Club e com direito a open bar. Alok e DJ Dennis estão no lineup, que traz ainda as artistas do pop brasileiro Ludmilla e Anitta. 

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10 – Café de La Musique Guarujá
27 de fevereiro 

Sonzeiras de graves fortes estão confirmadas na filial de Guarujá da tradicional marca Café de La Musique. Estampando o lineup do E-Music Carnaval 2022 estão os brasileiros Gabe, Fran Bortolossi, Subb e Petito, além do alemão D-Nox e do belga Kolombo. 

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Do Warung para o mundo: Bertoldi revela novidades após set no Templo

Relizando um grande sonho e fazendo sua estreia no Garden do Warung, Bertoldi faça sobre novidades de sua carreira após a apresentação.

04.01.2022 | Warung Beach Club • Sasha – Laolu | Fotógrafo: Diego Luis Jarschel

Por Rodrigo Airaf

Cada vez mais o Warung Beach Club se posiciona como um exemplo no sentido de ampliar seu espaço para novos talentos e ajudar a promover uma cena mais equilibrada, a exemplo do seu projeto Solitude, no Warung Recordings, reunindo produções de artistas que estão trilhando etapas diferentes de carreira. 

Neste contexto, e desta vez nos próprios palcos do templo catarinense, está o Bertoldi. Após pouco mais de um ano desenvolvendo seu poderoso live act, foi no palco Garden que este artista curitibano fez sua estreia em grande estima. 

Apresentando um ecossistema técnico direto e certo — uma controladora APC40, um teclado MIDI e o belíssimo instrumento handpan — Bertoldi foi, por duas horas, o “condutor de vibes” do público do Warung, atravessando o espaço com sonoridades melódicas em torno do techno e do house.

“Essa estreia foi muito especial para mim, depois de 1 ano compondo as músicas e preparando o live eu sinto como se tivesse dado vida ao projeto. A reação do público foi emocionante, confesso que estava um pouco nervoso e no começo só foquei na apresentação, mas quando consegui me soltar um pouco e interagir com o público, fiquei emocionado de ver as músicas que criei com tanto carinho, sendo tocadas em uma das pistas mais icônicas do mundo”, lembra.

O DJ e produtor de 24 anos, que teve ajuda do L_cio para planejar seu live e que, como produtor, já passou por selos como Levels Records, Prototype Records e Pour Tous Art, planeja seguir seu caminho prolífico em 2022, ampliando as novidades e deixando-nos curiosos pra conferir o que está por vir. 

“Esse ano promete demais. Já tenho 2 EPs encaminhados e uma novidade mais que especial que estou trabalhando para que se concretize… infelizmente não posso dar muito mais spoilers do que isso, mas com certeza podem esperar que vamos com tudo em 2022”, conclui, deixando um mistério no ar. 

Acompanhe Bertoldi no Instagram.

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Entrevista

Entrevistamos: Magdalena

Uma das mulheres mais importantes da música eletrônica, Magdalena, está de passagem pelo Brasil e conversou com nossa redação. Confira!

Se fossemos listar as grandes mulheres da música eletrônica mundial, com toda certeza Magladena estaria entre as citadas. A artista alemã, que faz parte do selo Diynamic, está de volta ao Brasil para uma apresentação em club que é sua paixão, o Warung. Vindo exclusivamente para essa apresentação, que promete muitas surpresas, Magdalena conversou com a gente, sobre o show, a carreira, a pandemia e até collabs que ainda pretende fazer.

Confira agora nosso papo com ela e prepare-se para um show apoteótico. Entrevistamos: Magdalena.

Beat for Beat – Olá Magdalena, primeiramente muito obrigado por nos receber. È um prazer entrevistar uma mulher tão importante não só para a Diynamic, mas para toda a cena underground da música eletrônica. Para começar, como surgiu a oportunidade em trabalhar com a label? Era muito difícil administrar o EGO Club?

Magdalena – Olá, muito obrigada pelas suas ​​palavras tão amáveis. Poucas pessoas sabem disso, mas estive envolvido com a Diynamic desde o início. Antes do Diynamic começar eu dirigia um clube chamado EGO, como você mencionou e fiz isso junto com Solomun, um dos fundadores da Dynamic e Adriano Trolio, o gerente do Solomun. Como éramos todos amigos muito próximos, tivemos a oportunidade de fazer algo juntos como uma ‘família’.

Você já trabalhou com grandes nomes do techno mundial, existe algum destes nomes com quem ainda não trabalhou, mas que certamente você desenvolveria uma grande colab?

Magdalena – Pensando nisso, há dois nomes que vêm à minha mente imediatamente. Carmine do Tale of Us e meus amigos de longa data, Kollektiv Turmstrasse, é claro.

Não é a primeira vez que você desembarca no Brasil, seu nome está sempre estampado na programação do Warung Beach Club, qual é a sensação em tocar neste club tão emblemático em nosso país? Como você visualiza o público brasileiro?

Magdalena – Durante minhas agendas lotadas de turnês, eu pude ver muitos clubes e festivais, mas tocar Warung é tão super especial para mim, e abrir o clube depois de quase 2 anos, que eu tinha 100% de certeza de que queria fazer esse show. Eu estou, inclusive, vindo diretamente da Alemanha, só para o Warung e já volto em seguida.

Serão mais de 24 horas de viagem, para cerca de 5 horas de set. É isso que significa tocar no Warung para mim. A vibração neste clube é tão super especial. E a vibração, claro, é criada pelas pessoas que vão para a festa. Vocês, os brasileiros, são um público mágico e fazer turnês neste lindo país está no topo da minha agenda.

Magdalena no Warung

Todo este tempo de isolamento durante a pandemia foi produtivo para você? Quais lições você tirou com este hiato forçado?

Magdalena – Quando o primeiro lockdown aconteceu, primeiro tirei um tempo para me recuperar de todo o estresse da turnê e, olhando para tudo isso, eu realmente precisava disso. Alguns meses depois do início da pandemia, comecei a me ocupar novamente com o trabalho no estúdio e também fazendo muita organização geral com minha equipe de gerenciamento. Sou uma pessoa muito ambiciosa e não posso simplesmente ficar parada. Eu tirei o melhor proveito da situação e agora estamos aqui, tocando no Warung. Eu não poderia estar mais animada!

Ser DJ, produtora e também trabalhar no backstage, em uma cena que nem sempre foi apta a receber as profissionais mulheres, com certeza não foi fácil. Qual conselho você deixaria para as suas colegas de profissão neste momento em que a luta pela igualdade de gênero finalmente se tornou tão necessária?

Magdalena – Os tempos têm sido difíceis, mas finalmente vejo algumas mudanças acontecendo. Como a cena era tão dominada por homens, poucas artistas mulheres tiveram a coragem de acreditar em sua capacidade de se tornarem boas DJs. Acho que para muitas DJs femininas em ascensão, esse ainda é o caso e incentivo a todos a irem lá e se esforçarem o máximo que puderem para que seja um sucesso.

Não tenham medo de aceitar o apoio de outros artistas e promotores. Muita coisa já mudou, mesmo quando ainda não chegamos onde queremos. Essa cena precisa de mais talento feminino que tenha coragem de experimentar.

O que poderemos ouvir de Magdalena em seu próximo set no Brasil? Muitas novidades? Obrigado pela entrevista!

Magdalena – Vocês ficarão surpresos. Definitivamente, muita música nova. E para aqueles que não podem estar lá: talvez a gente grave o set e faça o upload mais tarde, para que todos possam ter uma pequena porção deste momento mágico que está para acontecer. Fiquem de olho!

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Renato Ratier deixa oficialmente o Warung e anuncia o Surreal

Após desligamento oficial do Warung Beach Club, Renato Ratier anuncia seu novo projeto, o Surreal, em Camboriú. Leia a nota oficial:

Quem acompanha a evolução e as transformações do cenário eletrônico brasileiro há algum tempo, muito provavelmente já ouviu falar em um nome: Renato Ratier. Considerado um dos precursores do estilo aqui no Brasil, Ratier é o nome por trás do prestigiado D-Edge, que nasceu nos anos 2000 em Campo Grande e hoje enraizou-se em São Paulo, além de outras diversas iniciativas.

Por muito tempo, ele também foi sócio e DJ residente do Warung Beach Club, espaço localizado na Praia Brava de Itajaí/SC, conhecido como o templo da música eletrônica. Foram muitas apresentações e sets memoráveis por lá ao longo de 10 anos, mas essa conexão com o club, porém, encerrou-se no ano passado. A decisão foi tomada unilateralmente e o principal motivo se dá unicamente pela necessidade de focar em outros projetos pessoais. Renato, inclusive, escreveu uma nota oficializando o desligamento:

Como é do conhecimento de muitos, há alguns meses decidi encerrar minha parceria e me desligar do quadro societário do Warung Beach Club, casa que me proporcionou momentos de muita felicidade e orgulho. Foram 10 anos trabalhando de forma árdua e intensa, contribuindo para o crescimento do club com o fim de entregar a melhor experiência possível. Sendo assim, acredito que minha missão ao lado de toda a equipe foi cumprida. A decisão foi tomada unilateralmente e pensei longamente antes de anunciar aos meus colegas de trabalho, pois é realmente difícil o afastamento de uma parte tão importante da minha carreira. O carinho e a admiração que tenho pelo Warung continua, tenho certeza que ainda há muita história para ser escrita e eu continuarei fazendo parte dela como DJ e como clubber. Agradeço pela atenção e conto com a compreensão de todos que acompanham o meu trabalho.

Mas a participação deste personagem histórico pra cena eletrônica está longe de acabar. No momento, Renato Ratier está trabalhando em um novo complexo artístico localizado na cidade de Camboriú, batizado como Surreal. O objetivo é trazer uma experiência cultural inédita a Santa Catarina. Com 92 mil metros quadrados, o complexo abrigará uma diversidade de eventos, com foco na música contemporânea e nas mais diversas culturas artísticas. Totalmente modulável, poderá receber desde festas próprias a grandes shows e festivais, além de eventos sociais e corporativos.

Com a música correndo nas veias desde criança, Renato Ratier segue comprometido em continuar colaborando com o crescimento da música eletrônica em território nacional, e muito em breve, todos poderão experimentar as sensações surreais que o novo complexo irá oferecer ao público.

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Warung divulga programação de retomada para o verão 2021/2022

Um dos principais clubs do Brasil, o Warung, divulgou a programação de sua retomada, repleta de grandes artistas. Confira os nomes!

É real! Tá voltando! Assim como diversos clubs e eventos em todo o Brasil, o catarinense Warung, templo brasileiro da música eletrônica, anunciou recentemente sua retomada. Conhecido mundialmente por uma curadoria impecável, o club de Itajaí divulgou uma lista de atrações para o verão de 2021/2022 com grandes nomes e com direito a surpresas.

Iniciando no dia 03 de dezembro, já com Maceo Plex e Waltervelt, a extensa programação rola até fevereiro de forma quase ininterrupta e depois faz uma pausa, pelo menos por enquanto e retorna em maio. Entre os artistas selecionados para esse verão do Warung, estão também Jamie Jones, Monolink, Hernan Cattaneo, Sasha, Audiofly, Raxon, Guy J, Artbat, Folamour, entre outros gigantes.

Uma das grandes surpresas e incógnitas do line, com toda certeza é o brasileiro Vintage Culture. Grande sensação nos Estados Unidos e na Europa, emplacando diversos hits no topo do Beatport, Lukas Ruiz sempre teve uma sonoridade considerada mais mainstream, o que nos deixa curiosos por sua apresentação no Warung. O que será o que o artista apresentará no templo?

Outra novidade será o projeto Closer, assinado por Eli Iwasa, na pista Garden do Templo e sua estreia está marcada para o dia 28. A pré-venda dos ingressos para a temporada do Warung acontecerá no dia 05 de outubro e mais nomes serão adicionados ao line em breve. Estamos de olho por aqui e acompanhe o club no Instagram.

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Warung reafirma sua importância e mantém-se no TOP 100 Clubs 2021

Reafirmando sua importância no cenário da dance music mundial, o Warung Beach Club mantém-se entre os 20 melhores no TOP 100 Clubs.

São poucos os clubs de música eletrônica, que possuem uma trajetória tão sólida nosso país, a ponto de tornarem-se referência no Brasil e até mesmo no mundo, mas o Warung Beach Club é um deles. Com uma história repleta de grandes aberturas, o club catarinense está presente, mais uma vez, no TOP 100 Clubs da DJ Mag, reafirmando sua importância no cenário da dance music mundial.

Fundado em 2002, de frente para o mar, em Itajaí, Santa Catarina, o club é a combinação perfeita e harmônica entre música, integração com a natureza e uma conexão especial com seu público. O nome, a decoração do espaço e os projetos da casa possuem um forte elo com as Ilhas fa Indonésia, o que dão um ar de magia ao Warung. As noites nunca são iguais por lá!

O conceito do club, respeitado e reverenciado por todo o mundo, fez com que a marca viajasse não só pelo Brasil, mas pelo mundo com suas tours e desde 2006, ele é destaque na mídia internacional, o que nos leva de volta ao ranking citado no início deste texto. Mais uma vez, o Warung está entre os 20 melhores clubs do mundo, segundo a revista britânica DJ Mag. Quem é da realeza, jamais perderá a majestade.

Estamos todos muito ansiosos pelo retorno do Warung pós pandemia, para podermos curtir de perto, tudo aquilo que a casa é capaz de nos proporcionar e vivenciarmos as experiências que o fizeram continuar no ranking dos 100 melhores do mundo100 melhores do mundo. Parabéns e longa vida ao Warung!

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DJ Mag libera o TOP 100 Clubs 2021 e Brasil mantém 5 nomes na lista

A famosa lista TOP 100 Clubs, da DJ Mag, ganhou sua edição 2021 e trouxe novamente 5 clubs brasileiros entre os melhores do mundo.

Echostage, #1 do TOP 100 Clubs 2021 da DJ Mag

Os rankings sempre farão parte da nossa vida, incluindo o mundo da música eletrônica e um dos mais famosos, o TOP 100 Clubs, da revista britânica, DJ Mag, acabou de divulgar a sua lista de 2021. Escolhidos através de voto popular, estão diversas casas de todo mundo, incluindo, é claro, grandes representantes brasileiros. Neste ano, o topo que era verde e amarelo foi tomado pelo estadunidense Echostage, enquanto nosso Green Valley, que dominou o #1 por 3 anos, ficou com a medalha de prata.

Completando o pódio, temos o gigante Hï Ibiza, que vem seguido do seu irmão, o Ushuaïa. O alemão Boothaus fecha o TOP 5 da lista, que ainda traz o lendário Berghain (#6), o Printworks London (#7), Papaya Club (#8), The Warehouse Project (#9) e Exchange (#10), completando as 10 primeiras posições. Mesmo com todos eles fechados por conta da pandemia e alguns reabrindo nas últimas semanas, o público manteve-se fiel e fez de tudo para reconhecer os clubs que tanto amam e frequentam.

E claro, não podemos deixar de reverenciar os nossos brasileiros. Em uma ótima campanha, o paulista Laroc subiu 6 posições e chegou bem perto do TOP 10, assumindo a 12ª posição. O club, que também passou os últimos meses fechado, já tem seu retorno agendado em um gigantesco réveillon. Além dele, o catarinense Warung também figura no TOP 20, ocupando a 19ª posição. Outro sulista, o El Fortin, continua no ranking, dessa vez na 49ª posição, enquanto o paulistano D-EDGE ficou na posição de número 76.

Confira a lista completa do TOP 100 Clubs 2021 da DJ Mag no Instagram e não deixe de apoiar seu club na retomada dos eventos. Novos tempos estão surgindo e precisamos do seu apoio para manter viva a cena eletrônica clubber.

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