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Entrevista

Entrevistamos: Jessica Brankka no Ultra Brasil

De frequentadora do Warung ao Ultra Brasil, Jessica Brankka fechou um dos palcos do festival e ainda conversou com nossa equipe.

Jessica Brankka

Uma clubber raiz, que saiu das pistas de dança, até ir parar comandando várias delas. Natural de Curitiba, Jessica Brankka não projetava uma carreira artística, mas isso se desenvolveu de forma muito natural. Na ativa há poucos anos, hoje ela já pode ser considerada uma das grandes mulheres da cena eletrônica nacional e que no feriado de 21 de abril, fechou um dos palcos do Ultra Brasil. Foi lá que ela conversou com nossa equipe. Entrevistamos: Jessica Brankka.

Beat for Beat – Você era frequentadora assídua do Warung, até mesmo numa época em que nem sonhava em tocar. Você lembra quando e como aconteceu o seu despertar” pra vida artística?

Quando eu frequentava o Warung, eu morava do lado dele na verdade. Eu costumo dizer que o Warung foi e é o meu berço. Eu aprendi muita coisa ali. Quando eu frequentava, apenas como público, eu não tinha a mínima noção de que eu viria me tornar uma DJ, que eu tocaria lá. Hoje até faço essa análise quando eu estou lá, pois acho tudo muito louco, de como as coisas mudam e de uma forma rápida.

Tudo veio muito natural pra mim. Eu não nunca tive pretensão de ser artista, eu acho que aconteceu muito naturalmente. Eu comecei a tocar, eu sempre admirava, sempre gostei muito, sempre amei, sempre frequentei esses eventos e quando eu percebi, já estava recebendo convites pra tocar, estava andando com os artistas, as pessoas estavam me elogiando, os amigos me incentivando e fui me envolvendo cada vez mais.

Foi ai que tive o estalo de que eu já estava na cena e então, pensei: “cara eu acho que eu posso tentar, por que não?”. Então veio de maneira muito natural pra mim, não foi nada pensado, no sentido de “eu vou virar uma artista”. A música me fez sentir que isso era possível. O amor pela música me fez pensar que isso me moveria pra esse mundo artístico.

B4B – E você ter ser vizinha do Warung, como foi a primeira vez que você se apresentou lá?

Eu me sentia como uma criança num parque de diversões. Eu olhava aquilo e percebia ainda mais como é incrível aquele lugar. Mesmo hoje, sempre que chego lá, parece que é a mesma emoção. É um lugar que eu admiro muito, é um lugar que eu respeito, é um lugar que eu tenho um amor desde a primeira vez que eu estive lá, foi assim, amor à primeira vista. E é um dos meus clubs favoritos. Eu amo aquele lugar. Estou feliz que que estamos de volta. Está voltando.

Jessica Brankka no Warung

B4B – Inclusive, você é formada em Educação Física. Como foi essa transição do mundo “corporativo clt” pra algo totalmente diferente daquilo que você aprendeu na faculdade?

A música sempre esteve conectada com o meu esporte. A vida super saudável que eu tinha, que eu me dedicava, obviamente é difícil conciliar hoje ainda, mesmo ainda que eu pratique esportes e faça atividade física, foi uma virada de chave completamente. Eu não esperava. Eu amo muito praticar atividade física, esporte, tanto quanto eu amo a música, então foi tranquila pra mim essa transição e até hoje eu consigo ter uma vida saudável, consigo tocar e consigo ser artista, sem deixar algo totalmente de lado.

Eu costumo brincar com a galera de que eu sou a nova geração dos artistas, pois eu tenho impressão de que antes ou você tinha uma vida saudável, se cuidava ou você era artista e hoje mudou muito esse conceito. Você vê vários artistas que conseguem ter uma vida saudável, que conseguem tocar, que conseguem conciliar a rotina e então esse é o meu objetivo de conseguir sempre também me cuidar e ter a minha vida artística mais saudável.

B4B – E você tenta transmitir isso de alguma forma para os seus seguidores, seus ouvintes: vamos fazer as duas coisas, a gente consegue ir para uma rave, mas também consegue ser saudável ao mesmo tempo?

Eu consigo sim ter essa conversa as vezes, entro em debate com os meus amigos, pois as pessoas são muito oito ou oitenta. Eu não sou oito ou oitenta, eu consigo ter esse equilíbrio de que se exagerei, se eu passei do muito do horário, por conta de uma festa que toquei muito tarde, eu sempre busco fazer uma compensação. Quando eu extrapolo, eu tento me cuidar mais durante a semana, eu tenho sempre cuidar do sono, então acho que dá sim pra conciliar as coisas.

Eu pretendo cada vez mais trazer isso para as pessoas. É uma cultura muito errônea de achar que quem faz festa não se cuida, não consegue ter uma vida saudável, acho que dá pra ter um equilíbrio. Eu tenho esse equilíbrio e espero conseguir ter sempre.

B4B – Você tem cerca de 4 anos de carreira e já alcançou feitos importantes, como tocar hoje no Ultra. Como você vê essa ascensão meteórica?

Às vezes a gente não tem consciência, quem tá dentro não consegue ter essa visão tão ampla de que foi tão rápido. Quem está nos bastidores sabe o que aconteceu, o que passamos para chegar onde chegamos. Então, para mim, não parece que foi tão rápido. Mas se eu parar e analisar realmente em anos, pensando que eu comecei em 2019, onde eu estou e tudo que eu venho construindo, que eu construí até agora, de fato foi rápido sim, mas com muito trabalho, dedicação.

Muito depende de você, das suas metas, do quão você está disposto, a se dedicar para aquilo que você se dispõe. Não foi tão rápido, mas também não foi tão lento, eu acho que foi na medida certa. A gente vive num mundo muito acelerado, querendo as coisas pra ontem, a gente é muito imediatista e eu tenho um pouco disso, de querer tipo fazer as coisas rápido. Por que ser lenta, se eu posso ser rápida, se eu posso ser ágil no meu processo?

Jessica Brankka

Jessica Brankka no backstage do Ultra Brasil

B4B – E uma das coisas que você falava bastante no começo, é que você queria ser mais do que um rostinho bonito, para que a indústria não colocasse sua beleza em primeiro lugar. Você acha que conseguiu atingir seu objetivo?

Eu acredito que sim. Esse era meu maior desafio no inicio, pois as pessoas sempre acham que a beleza é sinônimo de não competência, que ser bonito basta ou não basta e na verdade eu não entrei para querer mostrar um rosto bonito, eu queria e quero até hoje, mostrar minha música. Eu quero que meu som venha a frente de qualquer coisa.

Hoje eu posso dizer que boa parte dessa barreira envolvendo beleza e musicalidade já foi quebrada, pois estou tocando cada vez mais, mostrando para as pessoas meu objetivo como artista, meu propósito.

E o reflexo disso, é você, por ser mulher, fechando um dos palcos do Ultra. Como foi sua apresentação? O que você sentiu?

Eu sempre sonhei tocar no Ultra, um dos maiores do mundo, mais respeitados e poder encerrar um dos palcos é uma felicidade imensa. Eu não esperava que fosse rápido dessa forma, esse lugar de destaque e poder tocar, representar meu país, no meu país, é algo ainda mais especial.

Eu estou muito grata, isso me faz ter a certeza de que estou no caminho certo, que estou de acordo com meu propósito, que as coisas estão acontecendo da forma como a gente esperava, desejava e trabalhou muito desde 2019.

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DJ, Produtor, Redator, Libriano e Sonhador. Trance para amar e Techno para dançar, com uma taça de Gin para acompanhar. Onde é o after?

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