Realizando mais uma grande edição, mas dessa vez em um novo espaço, o Time Warp Brasil mostrou novamente que sabe fazer um grande evento.
A noite do dia 04 de maio começava a tomar forma, quando os primeiros sons eram ouvidos no Autódromo de Interlagos. A ansiedade era tanta, que diversas pessoas fizeram questão de entrar no evento logo que os portões abriram, para não perderem um segundo do que estava por vir. Entre as curvas e o asfalto característicos da Fórmula 1, clubbers eram vistos chegando aos milhares. Roupas pretas, montações e disposição de sobra, faziam parte da massa de pessoas que chegavam para mais uma grande celebração: começava o Time Warp Brasil 2023.
Com uma nova estrutura, o Time Warp Brasil mostrou-se interativo desde o início. Um corredor de telas de led e lasers davam as boas vindas ao público, que já começava a encher a galeria do celular ali mesmo. A praça de alimentação, colocada logo na entrada do evento (que ao final, estaria localizada na saída do público), permitia aquela forrada no estômago para aguentar a maratona. Ali, já conseguíamos perceber a atenção que a produção teve com a distribuição de caixas e pontos de recarga ou retirada de itens antecipados. Muitos funcionários, todos preparados para a ocasião.
Começar o festival sendo recebidos pelo Outdoor Stage já virou tradição, que fica ainda melhor quando o palco ganha um upgrade à sua altura. Com uma estrutura maior do que os anos anteriores, além de um espaço mais amplo, lembrando uma arena, o palco cumpriu seu papel. Assistimos Mochakk fazer sua mágica; fomos transportados para a cena ballroom com Honey Dijon; Ben Bohmer tocou nossa alma de uma forma quase angelical; Adriatique não deixou ninguém ir embora e estendeu o set além do previsto, encerrando o palco com chave de ouro.
Já no Cave, a pancadaria rolou solta e capacetes foram quebrados (assim como pernas destruídas). Também numa estrutura maior do que os anos anteriores, que permitiu uma pista mais ampla, o techno e suas variantes ditou a regra. Paula Temple foi praticamente um trator, esmagando todos os presentes; Adam Beyer nos presentou com sua maestria e anos de experiência; Patrick Mason e sua irreverência conquistaram e martelaram nossa mente; Anna e Sama’ Abdulhadi uniram forças num set que entrou para a história do festival. Dois dias foram pouco.
Pensando sempre no bem estar de seu público, o Time Warp contou com diversos bares, evitando formação de filas. Áreas de descanso e uma tenda de redução de danos estava a disposição da galera, onde conseguiam até água de graça ou ajuda para uma possível bad. Tudo pensado minimamente, para proporcionar uma ótima experiência, afinal, nem só de palco se vive um festival. Se pudermos pontuar, apenas os banheiros tinham filas em determinados momentos da noite, mas algo totalmente compreensível.
É incrível ver como um evento do porte do Time Warp Brasil, consegue manter a excelência. Mesmo com o passar dos anos, a produção se prontifica a garantir um evento cada vez maior e melhor. Será que teremos um terceiro palco daqui uns anos? Só o tempo dirá. Vida longa ao Time Warp Brasil, nos vemos em 2024.
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