Dando a volta por cima em toda onda de pessimismo, o Ultra Brasil realizou um retorno digno, apresentando um evento perfeito.
Após anos de espera, um velho conhecido retornou ao nosso país. Coberto de dúvidas e pessimismo por parte de muitos, foi colocando a cara a tapa e mostrando sua força, que ele se reergueu soberano sob os arranha-céus da cidade de São Paulo. O Ultra Brasil está de volta, sim senhor e mais imponente do que nunca.
O sol brilhava forte quando as atividades começaram em pleno feriado de 21 de abril. Dezenas de milhares de pessoas ocuparam, lentamente, um dos locais mais emblemáticos da história da capital paulistana, o Vale do Anhangabaú. Mesmo quando a noite entrou e o vento gelado circulou entre os corpos, o público manteve-se firme, tirando o atraso de tanto tempo longe do Ultra.
Os quatro palcos que ocuparam o Vale conseguiram transmitir perfeitamente a vibe que somente o Ultra é capaz de proporcionar. A música eletrônica, na selva de pedra, foi capaz de reunir pessoas do Brasil e até mesmo do mundo, em perfeita harmonia. Foram dois dias onde o público dançou, sem se preocupar com brigas ou segurança, um dos quesitos que mais foram questionado antes do evento. A organização estava impecável.
Fica difícil tentar escolher as melhores atrações de ambas noites. O Mainstage nos apresentou o melhor da cena mainstream, com Axwell e Marshmello como grandes destaques; o UMF Radio nos trouxe os grandes talentos brasileiros, entre eles Groove Delight e Volkoder; o palco Worldwide soube captar a essência plural do festival, enquanto o Resistance nos presentou com o melhor do techno, com Kölsch e Reinier Zonneveld, para citar alguns. De tudo, para todos, o festival mostrou diversidade, sem perder sua identidade.
Desde os bares espalhados por todo o espaço, aos caixas em grande número. Com dois acessos principais, para facilitar quem chegasse e saísse, alimentação e até ponto de hidratação com água gratuita, o Ultra deu uma aula sobre como fazer um retorno triunfal. Se pudermos pontuar aqui, apenas o número de banheiros, em alguns momentos, mostrou-se abaixo do necessário. Um detalhe em meio ao número de acertos incontáveis.
A volta do Ultra abre inúmeras portas para tantos outros eventos que estavam longe ou que ainda não pisaram por aqui e principalmente pelo uso do Vale do Anhangabaú como locação. A excelência como foi realizado, mostra que podemos sim, organizar grandes eventos e que quem gosta de falar mal, tem apenas inveja do sucesso que os outros podem ter.
Obrigado, Ultra e nos vemos em 2023. A cobertura completa está nos destaques do nosso Instagram.