Em mais uma grande edição, o Warung trouxe para a cidade de São Paulo toda a magia e atmosfera do club de Itajai e transformou o Canindé no Templo.
Um dos maiores e mais desejados clubs de música eletrônica do Brasil, o Warung, criou em torno do seu nome um grande misticismo. Apelidado carinhosamente como “Templo”, o club é envolto por uma magia única, que é reafirmada por cada DJ que se apresenta na casa e que a enche de elogios ou por pelas pessoa que conhece o club e frequentam o club assiduamente.
No último dia 14 de novembro, por mais uma vez, o Warung viajou até São Paulo para a realização de uma nova edição de sua tour que percorre o país. Dessa vez, o Estádio do Canindé foi o escolhido para receber a festa, uma mudança de última hora, já que o evento aconteceria inicialmente no Campo de Marte, mas nem um imprevisto tão grande como esse foi capaz de estragar a festa.
Um grande público atendeu ao “chamado do dragão” e compareceu em peso ao evento. Um pouco de confusão na portaria atrasou a entrada de muita gente, mas descer pela rampa que dava acesso ao gramado estádio e logo de cara visualizar a tenda com o dragão tão característico do Warung, já fazia a espera valer a pena. O gramado foi completamente tomado por techneros que estavam ali para ver grandes apresentações e o desejo de todos foi atendido.
Giorgia Angiuli e toda sua irreverência brindaram o público com um live de respeito. Sua roupa colorida destoava do preto predominante, mas sua música mostrava que sua personalidade meiga era compensada com uma sonoridade forte e de tirar o fôlego. Charlotte de Witte, por sua vez, transformou o Canindé num verdadeiro templo do techno e 1 ano após sua última passagem pela cidade, que inclusive foi no mesmo local, fez do nascer do sol, um evento a parte, dando mais força e brilho ao astro rei.
Logo ali, ao lado do gramado, um jardim com direito a um grande elefante, aguardava os fãs de tech house. Numa tenda menor do que a montada no gramado, o Garden Stage recebeu um público muito maior do que o esperado e por vezes, o espaço parecia bem pequeno, mas nada que atrapalhasse a noite dos presentes.
Gabe, um dos grandes nomes do underground nacional e que carrega uma legião de fãs por onde quer que vá, fez bonito e mostrou o porquê de ser um dos nomes mais influentes do cenário brasileiro. Patrick Topping fez aquilo que sabe fazer de melhor e colocou o Canindé pra dançar, com seus grandes hits e energia contagiante, porém, todas as atenções estavam voltadas para o cara que iria encerrar o Garden: D-Nox!
Conhecido por sets irreverentes e inesquecíveis, D-Nox é um queridinho do público brasileiro e mesmo com passagens constantes pelo país, ainda causa aquela emoção e proporciona experiências únicas. Com o sol já alto e brilhando, D-Nox fez do Garden a sala de sua casa e tocou como se estivesse entre amigos, num dos países em que mais sente-se a vontade. Foi uma verdadeira missa no templo da música eletrônica paulistano.
Mesmo com a mudança de local de última hora e com a montagem apressada do evento, o Warung fez bonito e marcou São Paulo com toda a sua personalidade tão característica. Fomos transportados para Itajaí e todos pudemos sentir um pouquinho o ar mágico que envolve o club lendário. Se Maomé não vai até o Templo, o Templo vem até Maomé!