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XXXPerience Festival e a sua revolução musical

A Arena Maeda, em Itu, foi palco de mais uma grande edição do XXXPerience, que igualou os palcos, gêneros e fez uma verdadeira revolução.

xxxperience

O calendário brasileiro eletrônico está cada vez mais diverso e rico. Mesmo com a saída de alguns eventos queridinhos do público, muitos outros estão vindo para nosso país, além de diversos artistas trazendo suas tours ou apresentações especiais, mas nem por isso eventos tradicionais são esquecidos. O Brasil conta com núcleos importantes e que estão na ativa há muito tempo e mesmo com toda a desestabilização do mercado ou invasão dos eventos internacionais, alguns continuam firmes, fortes e cada vez melhores, como o XXXPerience.

No último sábado, dia 22 de setembro, a Arena Maeda recebeu o XXX para sua edição especial de 22 anos. O tema Revolution foi levado a sério e desde a entrada no festival, percebíamos que ele havia passado por uma grande mudança, uma verdadeira revolução quando falamos de XXXPerience.

Pela primeira vez em anos, o festival mudou de novembro para setembro e coincidentemente caiu no primeiro dia da primavera. A nova estação nos presentou com um belo dia de sol, quente, uma noite com ventos frescos e céu estrelado, nada de chuva ou tempo fechado: o clima estava a nosso favor.

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xxx square, praça interativa do xxxperience festival

Logo na entrada do evento nos deparávamos com uma bela escultura em formato de cabeça, a mesma que estava no Love Stage do ano passado, mas dessa vez, no meio do gramado e rodeada pelas luminárias que fizeram sucesso no Joy Stage das últimas edições. Outras instalações, dessa vez dos patrocinadores Itaipava e TNT também faziam parte da decoração da fazenda, dando um ar diferenciado ao evento. O XXXPerience não é apenas música, agora é uma experiência artística completa.

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Instalação interativa da TNT, um dos patrocinadores do xxxperience

Uma grande surpresa foi repararmos que este ano, o XXX não fez diferenciação entre os gêneros e palcos, todos estavam do mesmo tamanho, seja em estrutura do palco e/ou potência de som . O Love Stage, que por muitos anos era grandioso e considerado o principal, este ano estava na mesma proporção que os outros, exceto a Pistinha, que carrega um conceito mais intimista em suas veias e por isso, seguiu os padrões habituais da festa.

No Love, nomes já esperados pelo público fizeram bonito: Cat Dealers emocionou muitos dos presentes com um set recheado de hits e ouvir “Oração”, cantada a plenos pulmões por todos os presentes, arrancou lágrimas de muitos ravers. Já Vini Vici mostrou toda sua potência e levou a galera a loucura com tracks como ‘Great Spirit’ e a nova ‘United’. Entre as surpresas do Love Stage, Santii, que tem pouco tempo de carreira, fez uma bela mistura da EDM clássica com o Brazilian Bass e agradou a todos: ele é um nome que precisamos acompanhar de perto, com toda certeza fará grandes sets.

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Love Stage

A Pistinha, mesmo sendo o menor dos palcos em questão estrutural, não decepcionou. Uma área entre arvores, com bancos pra galera descansar e o DJ muito próximo ao seu público fizeram dela um sucesso. Soldera, o nome por trás do conceito da Pistinha, era um dos sets mais esperados e segurou a pista completamente cheia até o encerramento do evento, às 09h; O Joy Stage repetiu a fórmula do ano anterior e trouxe de volta a famosa árvore psicodélica e mesmo com o cancelamento de última hora de Guy Gerber e Gabe, que não conseguiu embarcar em Curitiba, o palco foi o queridinho dos amantes do tech-house.

O Union remodelou-se mais uma vez e do grande “iceberg” do ano passado, transformou-se num robô ao melhor estilo industrial. O som que surgiu entre as fábrias de Detroit foi celebrado em meio as ferragens do Union. Um dos grandes destaques da noite foi nossa querida ANNA, além de Len Faki, que literalmente, destruíram o palco. Aqui também rolou um cancelamento de última hora e Ben Klock não conseguiu vir de Curitiba junto com Gabe, sendo assim, Renato Ratier, mesmo após uma intoxicação alimentar, fez um long set e segurou a pista até o fim da festa.

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Union Stage

O Peace Stage, casa dos tranceiros, esteve completamente cheio do começo ao fim. Com cores neon, que brilharam muito durante a noite e um dragão no front, o palco recebeu grandes nomes do psytrance. Mesmo sem todos os efeitos do Love, como queima de fogos ou canhões de fumaça, a psicodelia começou solta. Neelix, que retornou ao XXXPerience depois de anos, foi um dos nomes mais elogiados da noite, seguido do queridinho Mandragora. Se para muitos, nos anos anteriores o trance era menosprezado pelo XXX, este ano ficou provado que ele é tão importante quanto qualquer outro gênero. XXXPerience nunca negará suas raízes.

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Peace Stage

O formato circular da disposição dos palcos ajudou muito. Era muito fácil andar de um palco para outro e mesmo com dois palcos um de frente pro outro, A Pistinha e o Joy, o som de nenhum interferiu no outro e todos os palcos soaram com muita clareza. Sem posições privilegiadas ou tamanhos fora do normal, o XXXPerience deu uma aula em como igualar todas as tribos da música eletrônica. A experiência musical foi descentralizada.

Sim, nós sabemos que nem tudo são flores e um dos pontos negativos do evento foram as filas e caixas desativados no começo da noite. Logo ao chegarmos, ainda cedo, por volta das 18h, os caixas do Love e Union estavam sem funcionários e não era possível fazer recarga de pulseiras. Já na Pistinha, notamos que um bar também não estava funcionando ainda, o que formou fila em outros próximos. Levamos cerca de 1h30 para conseguir carregar nossa pulseira e a demora era devido ao cadastro individual realizado na recarga, com nome e CPF e muitas vezes, o sistema era muito lento ou não funcionava. O lado positivo foi que no meio da noite, a produção adotou o bom e velho método de fichas, o que facilitou e muito na hora da compra.

Não presenciamos nenhum abuso dos seguranças, uso excessivo de drogas, brigas… do nosso ponto de vista, foi um evento bonito, com pessoas educadas e preocupadas apenas com a sua diversão. Funcionários da limpeza circulavam entre todos, recolhendo lixos do chão, deixando o evento limpo, dentro das possibilidades, o maior tempo possível.

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Peace Stage pela manhã

Com um sol lindo, uma noite refrescante, um público animado, DJs inspirados e uma vibe surreal, o XXXPerience provou que é o maior festival brasileiro de música eletrônica e que tem folego para muitos e muitos anos de festa. Obrigado, XXXPerience!

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DJ, Produtor, Redator, Libriano e Sonhador. Trance para amar e Techno para dançar, com uma taça de Gin para acompanhar. Onde é o after?

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