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CH&R, Vitor Bueno, REDÜKT e Bruno Arj misturam Funk e Tech House em novo single

Hit “Puta Mexicana”, de MC Menor MT, ganha nova versão pelas mãos de CH&R, Vitor Bueno, REDÜKT e Bruno Arj. Escute!

Não é de hoje que diferentes setores da indústria musical se unem para criar algo novo para as pistas e com o Funk não é diferente. O Funk é um fenômeno sonoro de origem periférica, nascido no Rio de Janeiro entre o final da década de 80 e início dos anos 90 e, além das batidas de origem semelhante ao house, também é comparado com o estilo estadunidense pela origem, nascido por e para os jovens marginalizados — e é aí que a cena underground se comunica com a vertente. 

CH&R, juntou o bonde de produtores Vitor Bueno, REDÜKT e Bruno Arj para compor batidas potentes de Tech House para o hit ‘Puta Mexicana’, do MC Menor Mt, levando a obra a um novo patamar. A faixa que conquistou as pistas nacionais é grande promessa para as pistas internacionais este ano, tendo recebido suportes de nomes importantes como Marco Carola, Loulou Players, Inndrive, Mojjo, Ishimaru, Feelgood e outros. 

“Puta Mexicana” já entrou para os charts mais importantes do Beatport, conquistando as posições de número 16# no Hype Tech House e 55# no Hype Picks, revelando o dado mais relevante, o gosto do público, que foi conquistado pela faixa. A obra é carregada de drops groovados e batidas dignas do Peak Time das pistas, além de claro, o vocal bem trabalhado que entrega a expertise técnica e feeling de vibe dos produtores, prometendo retomar o fervo dançante das melhores pistas.

Apoie comprando ‘Puta Mexicana’ no Beatport.

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Via UnderGROUND

Donos do Mescla falam sobre os acertos e erros do social club

O club Mescla segue com a agenda lotada entregando diversidade na música em Concórdia. Confira nosso papo.

Mateus Spricigo, Janival Sartoretto e Rodolpho Neto

por Mia Lunis 

O Mescla Social Club inaugurou no final de 2022 em Concórdia, no Oeste Catarinense, e foi um sucesso. O espaço conta com uma paisagem que tira o público da zona de conforto dos clubes da cidade e traz uma nova perspectiva quando o assunto é entretenimento de qualidade. O hub artístico para conexões de todos os tipos, foi idealizado por Mateus Spricigo, Janival Sartoretto e Rodolpho Neto, sócios-fundadores do projeto, que entregaram vida para a vista exuberante do clube. 

Desde sua inauguração, o espaço foi contemplado por diversos eventos que entregaram música eletrônica, samba, rock, entre outras vertentes, oferecendo ao público uma mescla democrática que diverte, emociona e conecta a todos. Pelos decks e palco já passaram nomes como Blancah, Gromma, Fuscarini, Ziembik servindo graves potentes no soundsystem, DJ King Jay, com o melhor do Hip Hop, recentemente receberam Dazaranha agitando a noite com Rock N Roll, entre muitos outros artistas que entregaram ao público a trilha sonora perfeita para curtir uma noite no Mescla. 

Mas claro, isso não resume o esforço e trabalho de toda uma equipe que faz o sonho acontecer durante o funcionamento do local. Produção, curadoria, gerenciamento, equipe técnica, staff, são muitas mãos à obra para entregar o que o público espera de um espaço com esse conceito. Falamos com os fundadores para saber mais sobre os erros e acertos do Mescla desde sua inauguração, acompanhe: 

B4B – Olá! É um prazer recebê-los para esta entrevista! Ter um projeto no papel traz uma expectativa imensa até que se realize, o Mescla supriu as expectativas de vocês na inauguração?

Foi muito além da expectativa, realmente pra nós foi algo surpreendente ver a entrega da galera e a aceitação do público. Em menos de 30 dias movimentamos cerca de 4 mil pessoas e todas com certeza saíram do mescla com um sorrisão no rosto.

Erros e acertos fazem parte do pacote de qualquer projeto, no caso do Mescla, o que conseguiram identificar que funciona e não funcionou para o espaço?

A gente sabe que a caminhada é um pouco demorada, estamos cientes disso. Ainda queremos e estamos testando muita coisa no Mescla. O espaço proporciona isso, e é claro que algumas coisas funcionam mais que outras, legal que nunca foi a nossa ideia ser um local taxado por estilos ou modelos de festas e de trabalho. Mas complementando a resposta, essa pegada mais Club, trazendo grandes eventos e grandes artistas seja o caminho que sentimos ser o mais assertivo até agora pro espaço.

Vocês levaram eventos democráticos de música para o local, o que sentiram da resposta do público de cada vertente sobre o espaço?

Pela cultura do público local, pagode e sertanejo são eventos que fluem de certa forma melhor, a gama de público é maior, isso é indiscutível. Mas nos preocupamos muito na curadoria de outros estilos, como o eletrônico e o hip hop, focados em criar uma cultura mais sólida dentro desses estilos, explorando artistas de renome nacional e internacional, mostrando que por mais que Concórdia é uma cidade do interior de Santa Catarina a cena precisa ser forte e as pessoas merecem ver artistas que talvez elas só teriam acesso em grandes clubs do litoral ou Brasil a fora, se apresentando na ‘casa’ deles.

Qual é o posicionamento do clube em relação ao racismo, machismo e homofobia? 

Nosso nome está estampado: MESCLA. Esse é o nosso posicionamento, não compactuamos com nenhum tipo de preconceito. aqui a gente aceita as pessoas da forma que elas são. Importante é o respeito mútuo entre as partes, e se divertir, sorriso no rosto, ser astral, é isso que queremos!

Tendo em mente que o clube segue avançando rumo a consolidação em Concórdia, quais são os próximos planos para o Mescla?

Tem muita coisa boa pra rolar por aqui, festas e artistas que jamais estiveram na nossa região tão pouco em Concórdia. Muitos projetos legais que queremos tirar do papel também. Certeza que temos é que estamos só começando,  nossa caminhada ainda é muito recente. Galera pode ficar muito tranquila que vai rolar muita coisa legal no ‘Mesclinha’.

Muito obrigada por nos conceder esta entrevista! Vocês tem alguma mensagem para o público?

Agradecer. Temos que agradecer toda turma que nos acompanha e bota fé no que estamos fazendo. Não é fácil não, mas cabeça sempre erguida e com o foco lá na frente. Sentimento de que estamos cumprindo nosso dever, de trazer algo novo pra cidade. Nosso público é incrível, e pra nos esta sendo lindo acompanhar toda essa entrega! Obrigado, turma!

Acompanhe a programação do Mescla no Instagram

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LOthief lança o EP ‘Sounding Fresh, Again’ pela 2035 mood

DJ e produtor mineiro, LOthief, reafirma qualidade inovadora de seu trabalho em seu EP de estreia. Escute agora!

LOthief

Se a proposta de Malive para a sua label recém-inaugurada 2035 Mood é lançar sons que nos coloquem no futuro, então seria questão de tempo até que LOthief entrasse na onda. O novo lançamento do grandioso DJ e produtor mineiro traz uma redoma sonora especial, que trafega entre House classy, Tech House e experimentalismo em boa medida através de três faixas originais de peso. 

Começando pela faixa Sounding Fresh, Again’, LOthief chama a atenção com uma dosagem de Tech brasileiro por baixo de vocais classudos que nos remetem a Chicago. Em seguida, I Like It A Lot’ apresenta uma instrumentação detalhada e bem clubber, com vocais que ditam as camadas de sua música. Para finalizar, a mais criativa das três faixas, ‘Indian Humps’, aposta em percs gordos para nos fazer imaginar como seria uma rave indiana fora da caixa.

O artista foi até mesmo parar na capa de uma das maiores playlists oficiais do Spotify, a Dance Paradise. Tem dúvidas que vale a pena ouvir? Dá o play!

Ouça o EP completo abaixo e tire suas próprias conclusões:

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Tech

DJ e performer Live Act, Eliézr comenta a diferença entre Live DAW, Híbrido e DAWless

Artista curitibano se alia à tecnologia para manter autoralidade e criatividade

Eliézr

Por Rodrigo Airaf

Já faz um bom tempo que os olhos e ouvidos do cenário brasileiro de música eletrônica, em especial na região sul, se voltaram ao talento de Eliézr. Com um trabalho cheio de elasticidade e criatividade, o artista curitibano se desafia a cada batida para trazer ao público combinações e sensações únicas a cada apresentação no formato Live Act”. 

Isso se dá pelo seu compromisso de misturar em seu projeto autoral as referências que fizeram parte da sua vida nas últimas décadas. Indie Dance, Electro, Nu Disco, Techno, French House, Acid, Synthwave e Synthpop… tudo se conecta em um set de Eliézr, trabalho que já se mostrou tanto na sua própria festa, a FABRIK, quanto em rolês como Subtropikal, Discoteca Odara, Covil, Dhangai, Escucha (SP) e Comuna (RJ). 

Não é surpresa que um Live Act como o do Eliézr exige muita prática e dedicação para chegar ao público de maneira fluida. Além disso, é comum haver formatos diferentes desse tipo de performance – Live DAW, Híbrido e DAWless. Para elucidar os entusiastas produtores de plantão que nos leem, convidamos Eliézr para comentar as diferenças entre tais formatos.

ELIÉZR

Olá, pessoal! Primeiramente, queria agradecer pelo convite para poder falar sobre um assunto que desperta bastante curiosidade nos amantes de música eletrônica, mas raramente é debatido por aí. Antes de diferenciar os formatos de Live Act, acho importante falarmos um pouco sobre sua diferença com o DJ Set.

Em resumo, o DJ é o artista que mistura músicas prontas (seja dele ou de outros artistas) para contar uma história através do seu set. Pode usar recortes de uma música, tocar a música toda, aplicar efeitos, usar apenas o grave de uma música e o agudo de outra, enfim… vale a criatividade do artista para manipular músicas que já existem e entregar algo novo para o público a partir da sua interpretação, pesquisa e seleção musical.

Já no Live Act não existe uma música pronta. Apesar de haver a possibilidade de tudo ser previamente programado e timbrado, não existe um arquivo final de áudio. Isso permite que o artista tenha uma maior liberdade para criar ao vivo e trabalhar cada elemento no detalhe. A depender da sua interação com a pista, é possível tirar e adicionar instrumentos (como cortar o kick, aumentar o volume dos hats), alterar o arranjo (criando por exemplo um break a qualquer momento) ou até mesmo trocar a timbragem dos elementos (deixando a bateria mais orgânica e trocando o som de um synth por um piano se sentir que a pista reage melhor às referências de House, por exemplo).

Apesar das suas diferenças, é importante que uma coisa fique bem clara… Não existe melhor ou pior. Quando falamos de arte, o objetivo final é tocar o público de alguma forma, e isso é muito relativo. Essa subjetividade vale tanto para a distinção entre DJ Set e Live Act, quanto para os tipos de performance ao vivo.

Com isso em mente, vamos às diferenças e a recomendação de alguns artistas nacionais pra vocês acompanharem.

LIVE DAW

O Live DAW, como o nome já diz, é construído através de um programa sequenciador / editor de áudio digital, conhecido como DAW (Digital Audio Workstation), ou seja, o hardware principal é um computador/notebook que roda um software (o mais comum é o Ableton Live). Através deste programa, o artista dispara clipes de áudio, toca instrumentos virtuais, aplica efeitos e processa o resultado desta soma de elementos.

De um modo geral, o artista reproduz a bateria, sintetizadores e demais instrumentos a partir de uma série de áudios (samples/loops), que são sequenciados e manipulados com a ajuda de controladores para proporcionar uma maior tocabilidade e domínio das funções do programa. Alguns artistas também costumam cantar e tocar instrumentos orgânicos na apresentação ao vivo para dar sua identidade ao projeto.

A vantagem de adotar esta modalidade é que todo seu show cabe em um notebook, então a logística, o custo e o acesso ao próprio equipamento são simplificados. Em contrapartida, a apresentação fica completamente dependente de um computador, que é suscetível a falhas, superaquecimento e possui capacidade de processamento limitada.

Alguns artistas brasileiros que se apresentam desta forma: Dec90, L_cio, Meduna, Moozeic, Noporn.

Exemplo de setup DAW

LIVE DAWLESS

O Live DAWless é o modelo oposto da proposta anterior. Nele o artista deixa o computador de lado e produz sua apresentação apenas com equipamentos de hardware, como sintetizadores, máquinas de bateria, samplers e processadores de efeito.

Cada peça tem uma função definida e a seleção destes instrumentos é o fator elementar para a construção da identidade do projeto. Como a combinação dos equipamentos depende do workflow e do estilo musical de cada artista, é difícil eleger um setup padrão para este tipo de apresentação, mas geralmente o Live é composto de um cérebro (brain) que é responsável por enviar informações MIDI aos demais instrumentos para que tudo toque em sincronia.

Essa é a modalidade que eu me apresento e quem assume o papel de cérebro do meu setup é a Digitakt, da Elektron, que também funciona como um sampler. Os demais instrumentos dependem do tipo da apresentação que eu vou fazer, mas os que carrego na mala com mais frequência são a Elektron Syntakt (máquina de bateria e sintetizador), o Behringer Model-D (sintetizador), o Roland JD-Xi (sintetizador) e o Roland MX-1 (mixer e processador de efeitos).

O que leva o artista a se apresentar neste formato é a tocabilidade dos equipamentos de hardware e as características singulares de cada instrumento que compõem o setup, além do fato de não ficar refém das instabilidades geradas pelo computador. Os fatores contrários são a logística, com complicações no transporte e montagem para o show que variam de acordo com o tamanho e complexidade do setup; a curva de aprendizado relativa às funcionalidades de cada instrumento; e, infelizmente, a falta de acesso aqui no Brasil à grande parte dos equipamentos.

Por mais estranho que possa parecer, a limitação que os instrumentos de hardware impõem ao artista não são encarados como um ponto contrário. Quem opta por essa modalidade busca na própria escassez de recursos um fator positivo para explorar sua criatividade e aumentar sua agilidade na produção. Eu, por exemplo, me sinto muito indeciso quando tenho várias opções à minha disposição, então limitar meu setup a poucos instrumentos, com funções bem definidas, me obriga a conhecê-los melhor e extrair o máximo de cada equipamento. Como o pessoal do DAWless costuma dizer, “limitation breeds creativity”.

Alguns artistas brasileiros que se apresentam desta forma: Ale Reis, Ana Ritzz, Diogo Strausz, Eliézr. Entropia, Érica, Mister Maguila, Nelson D, Serra das Máquinas, Teto Preto, Wehbba e Zopelar.

Exemplo de setup DAWless, utilizado por Eliézr em sua apresentação no James Club

 

LIVE HÍBRIDO

O Live Híbrido é o que podemos considerar “o melhor dos dois mundos”. Nessa composição, o computador geralmente assume o papel de brain do setup e atua como master dos instrumentos eletrônicos. 

O ponto positivo é a junção da versatilidade da DAW com a tocabilidade e característica dos equipamentos de hardware, então o céu é o limite! Em contrapartida, os pontos contrários também são somados, uma vez que existe a dependência do computador; permanecem os problemas de logística, acesso e aprendizado dos hardwares; além de complicações adicionais como atrasos e falhas na sincronização entre o computador e as demais máquinas. Mas quem se importa quando você pode ter tantas possibilidades à sua disposição?

Alguns artistas brasileiros que se apresentam desta forma: Beat!Riz, Bry Ortega, Digitus, Elekfantz, Forró Redlight, Gui Boratto, Hanuman Kid e Live Motel.

Exemplo de setup híbrido

Eliézr está no Instagram, Soundcloud e no Spotify.

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Rodrigo Ferrari entrega mais um excelente EP pela D-EDGE Records; ouça “Mind Numbing”

Obra celebra o Deep Tech com peso e sofisticação na medida certa

Rodrigo Ferrari

por Mia Lunis

Com mais de 30 anos de carreira e uma jornada brilhante na música eletrônica, Rodrigo Ferrari é peça fundamental na cena nacional. DJ desde 1992 e produtor e engenheiro de áudio desde 2005, o paulistano é um ávido colecionador de discos de vinil. 

Apaixonado pelas bolachas desde criança, formou ao longo do tempo uma coleção de aproximadamente três mil singles e EPs, com pérolas de Soul, Funk, Disco, House, Rock, Rap e Synth Pop — influências que moldaram seu perfil como artista.

Rodrigo acaba de retornar ao catálogo da D-Edge Records com o EP Mind Numbing, uma obra composta por 4 faixas originais que explora o Deep Tech entregando sofisticação e peso na medida certa para sacudir as pistas. As faixas trazem uma atmosfera intrigante que empolga a audiência em suas batidas quebradas e uma linha de baixo cremosa que veste a ambiência noturna como uma luva. 

Confira na sua plataforma favorita

Rodrigo é residente do D-Edge e já contemplou também os catálogos de labels como Namata Records, Me Gusta Records, Cocada Music, entre outras. Em sua longa jornada segue entregando qualidade, diversão e muita música boa. Vale a pena conferir!

Acompanhe Rodrigo Ferrari no Spotify e Instagram

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Felipe Fella e cesco integram VA da Hellbent, label do Cloonee

A collab se chama “All My Dogs” e está na nova edição da “Welcome to Hell” 

Felipe Fella e cesco

Redação

Começar a semana com um bom Tech House deveria ser serviço de utilidade pública, não é? Desta vez vem em clima de celebração para os DJs e produtores Felipe Fella e cesco. Eles acabam de sair na Hellbent Records, famigerado selo do expoente britânico Cloonee, um dos mais influentes do cenário internacional na atualidade. 

Como parte da segunda coleção da coletânea Welcome to Hell, eles lançam a faixa ‘All My Dogs. O trabalho tem tudo o que se espera de um Tech feito por brasileiros num contexto atual; bateria minimalista, vocais de pista, drops suntuosos e um groove que não deixa ficar parado. 

Com este lançamento, Felipe e cesco se posicionam em um time seleto, curado pelo próprio Cloonee e que integra outros talentos latinoamericanos, a exemplo de Cla$$ & JCult, Viot, Federico Ambrosi, Facu Baez e Panna. E pensar que essa amizade musical começou com Felipe sendo professor do cesco…

Compre pelo Beatport.

Felipe Fella e cesco estão no Instagram. 

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Editorial

Lucas V. preparou uma linha do tempo especial sobre carreira do Daft Punk

Formado em 1993, o duo francês Daft Punk impactou e continua a exercer enorme influência na indústria da música eletrônica

Daft Punk

Introdução por Nicolle Prado
Texto por Lucas V.

A música vive em constante movimento. Sonoridades nascem, gêneros se ramificam, estéticas atingem o ápice, desaparecem e voltam repaginadas. No universo musical, tudo se recicla e nada se descarta, mas sim, se transforma. Neste ciclo infinito, algumas raridades surgem e mudam completamente o caminho da indústria, depois delas, nada é o que era antes. Um cometa que atinge o solo terrestre e modifica tudo ao seu redor é uma boa metáfora a todo o impacto causado por esses especiais acontecimentos, e bom, Daft Punk, com certeza, foi uma dessas estrelas. 

O duo francês formado por Thomas Bangalter e Guy-Manuel de Homem-Cristo surgiu em 1993, na França, e estes são os nomes responsáveis por massificar a cena eletrônica mundial, transformar conceitos e influenciar toda a indústria fonográfica. A trajetória da dupla é longa, e durante seus quase 30 anos de carreira, sempre foram conhecidos pela sonoridade revolucionária, que os tornou, com certeza, uma das principais referências para artistas de todos os gêneros.

Se fora do Dance Music, eles já possuem toda esta relevância, dentro do cenário eletrônico, eles são gigantes. Todos foram atingidos pela magnitude dos caras depois que eles apresentaram ao mundo o French House. Este gênero combina diferentes vertentes como House, Techno, Acid House, Electro, Rock, Pop e Funk de maneira singular e em uma estrutura inteligente e equilibrada, diferente de tudo que já tinha sido feito anteriormente. E assim, eles inspiraram milhares de pessoas pelos quatro cantos do planeta.

Lucas Vieira da Silva, ou melhor, Lucas V., é um desses artistas que sentiu sua vida mudar totalmente desde que conheceu o som da dupla francesa. Esta paixão surgiu em 2007, quando teve o encontro com o álbum “Discovery” – que hoje, leva tatuado na pele -, e então, após pesquisar toda a história do Daft Punk, decidiu mergulhar no universo da música eletrônica e se tornar DJ com o objetivo de levar os sentimentos e sensações que o duo despertou dentro de si. 

“Eu sempre falo que o Daft Punk me colocou neste universo de beats e melodias. Gostava de ficar em frente ao rádio ouvindo New Order, Pet Shop Boys, Queen, muito pela influência do meu pai. Mas quando eu ouvi e conheci o Daft Punk, foi algo diferente, senti como se tivesse descoberto ouro. Eles pautaram todo o meu gosto e identidade musical. Acredito que se não fosse por essa descoberta, eu não teria todo esse amor pela música. Eles me ensinaram a como respeitar a música e compartilhar o seu amor com quantas pessoas puder, independente da distância, idioma, classe, ou qualquer outro ponto de obstáculo. A música é democracia e precisa ser exaltada sempre”, comenta Lucas V.

Ele também se recorda de quando tinha seus 16 anos, época em que ia para Lan House procurar vídeos e matérias sobre a dupla. “Eu não tinha internet em casa e sempre pedia uns trocados pra minha mãe para ir até a lan house. Eu queria consumir tudo que fosse deles. Infelizmente não tive a sorte e a idade para vê-los ao vivo, mas ainda confio que esse dia chegará”.

Hoje, DJ há 08 anos, convidamos Lucas, um expert quando o assunto é Daft Punk, para relembrar a trajetória do duo que revolucionou o Dance Music. Confira:

De Darlin à Daft Punk 

Guy-Manuel e Thomas começaram a ser amigos ainda na escola, quando se uniram pelos gostos em comum por música e filmes da década de 60 e 70. Com a aspiração para se tornarem artistas, iniciaram a banda de rock Darlin, junto a outro colega Lauren Brancowits, e até chegaram a tocar em alguns clubes da região. Mas, o som não foi bem recebido pela crítica que os chamou de “um bando de punks estúpidos”, ou melhor “daft punky”. A banda acabou, mas eles aproveitaram a crítica para formar o duo. 

Na época, eles tinham começado a frequentar raves, e como já eram apaixonados pelos sintetizadores dos anos 70, decidiram reinventar o seu som e criar algo totalmente novo. A nova empreitada deu certo, o que levou eles ao estrelato logo no segundo single, o hit “Da Funk” em 1995. 

A faixa faz parte do primeiro disco, “Homework” que combina elementos do Techno e House com muito groove, baterias eletrônicas arrojadas, synths vibrantes, toques de rock e letras chiclete como em “Around The World” que virou o principal single do trabalho: 

O álbum foi sucesso de vendas e críticas, e além de surpreenderem pela sonoridade, o trabalho do duo chamava a atenção pelo visual artístico, desde os videoclipes conceituais, que formavam uma série chamada de “D.A.F.T. – A Story about Dogs, Androids, Firemen and Tomatoes” dirigida por cineastas renomados, até o modo de vestir (os famosos capacetes).

“É engraçado que 90% dos fãs que eu converso tem o Homework como o seu álbum preferido. Não é o meu caso, apesar de amar Homework e também sei a disrupção que o álbum causou no cenário da música eletrônica. Faixas como Revolution 909, Around The World, Fresh, Phoenix e Burnin são as minhas preferidas — na verdade, todas são as minhas preferidas, rs”.

Discovery

“Discovery” chegou em 2001 reafirmando toda a potência musical da dupla. O trabalho apresentava uma atmosfera mais descontraída e alegre que o anterior, com uma estética mais vibrante e colorida. O objetivo era alcançar novos públicos, o que foi atingido com êxito e fez a E-Music atingir um novo patamar de difusão. Para o visual deste álbum, eles seguiram a ideia de uma coletânea de clipes, dessa vez projetados por Leiji Matsumoto, que criou o longa-metragem “Interstella 5555: The 5tory of the 5ecret 5tar 5ystem” em uma animação estilo anime. 

Faixas como como “One More Time”, “Aerodynamic”, “Digital Love”, “Harder, Batter, Faster, Stronger” e “Face to Face” se tornaram hits. 

Para Lucas, foi aqui que tudo mudou. “Quando estava no sofá assistindo MTV e vi o clipe de ‘One More Time’, sabia que ali não era uma música qualquer, então nascia um amor que dura até hoje. O clipe, a história, a estética sonora, a melodia, o vocal do Romanthony… foi uma explosão na minha mente e também ali nascia uma curiosidade para conhecer mais sobre essa dupla. Depois descobri que a faixa fazia parte do álbum Discovery, que pra mim é o melhor álbum que já ouvi na minha vida, é a essência do French House! E ainda tinha a animação em parceria com Leiji Matsumoto, que arrebatou diversos fãs e é a minha preferida”.

Ele ainda complementa e descreve o álbum como o significado de perfeição. “Você tem a impactante ‘One More Time’ e ‘Short Circuit’, as lindas e sensíveis ‘Nightvision’ e ‘Veridis Quo’, a calma e doce ‘Something About Us’ e ‘Digital Love’, as viciantes e hipnóticas ‘Superheroes’, ‘Too Long’ e ‘Voyager’… é maravilhoso! Cada música tem um significado muito forte na minha vida e ainda quero tatuar o nome de cada faixa”.

Tattoo by Hugo Trajano

Human After All

O terceiro LP, “Human After All”, foi lançado em 2004 e é o trabalho mais controverso do duo. O álbum é considerado repetitivo, mas mesmo assim, não deixou de apresentar boas músicas como “Technologic”, uma das faixas que mais utilizam samples até hoje, além de “Robot Rock” e “The Prime Time of Your Life” que atingiram um sucesso moderado. 

O Human After All é polêmico entre os fãs, mas fã é fã e sempre vai encontrar elogios nas obras de seus ídolos. “Technologic, Emotion, Make Love, Robot Rock e The Prime Time Of Your Life” são as minhas preferidas. As faixas do álbum podem não ser tão impactantes como as faixas dos álbuns Homework e Discovery, porém quando você assiste elas na turnê Alive 2007 são super enérgicas e combinam bem com as outras faixas.

Alive 2007

Mesmo não tendo o destaque esperado com o álbum de estúdio, o oposto aconteceu na turnê que recebeu uma megaprodução, se tornando referência para todos os artistas e até mesmo festivais por conta de sua estrutura gigantesca. 

A turnê Alive 2007 foi uma das coisas que mais me impressionou quando eu falo do duo.
Naquela época, artistas do cenário eletrônico não se preocupavam muito com experiências audiovisuais. A turnê foi um marco no cenário eletrônico e mudaria para sempre os rumos dos espetáculos. A turnê é até mencionada no documentário sobre a história do Coachella.

https://www.youtube.com/watch?v=fJFgYYfPhIs&

Recorte do documentário sobre a história do Coachella, lugar que recebeu um dos primeiros shows da turnê Alive 2007.

A integração entre laser, LED’s, a pirâmide, as faixas dos álbuns e as máscaras davam toda a atmosfera perfeita para um concerto de deixar qualquer pessoa assustada com tamanha estrutura. O storytelling do show é perfeito, onde eles “nascem” robôs e se tornam humanos no final através das projeções e mashups exclusivos criados para a turnê (Como esquecer a “Music Sounds Better With You” com “Together” e acapella da “One More Time”. Esse mashup entre as produções próprias é a cereja do bolo sobre um álbum que é praticamente perfeito!

Show realizado no Lollapalooza da Califórnia, em 2007

Tron, DJ Hero e outros trabalhos 

A relevância de Daft Punk vai além da música e afetou toda a indústria cultural e de entretenimento. O duo foi responsável por criar a trilha sonora do filme “Tron: O legado”, produzindo mais de 24 faixas que trazem uma estética futurista. Com este trabalho, chegaram a ganhar o Grammy como “Melhor Disco de Trilha Sonora para uma Mídia Visual”, em 2010.

Sobre o Tron, Lucas destaca: “Acho interessante a presença deles na cultura pop americana por fazer parte de um filme da Disney do que propriamente o álbum criado. Eu me lembro de ter ido no cinema APENAS para ver eles, foram 10 segundos de aparição e já posso dizer que foi a melhor aparição de um artista musical em um filme da Disney (sim, eu forcei, mas fã é fã rs). Daft Punk correu para que outros artistas pudessem andar e colocou a França e o French House no cenário global. Todas as homenagens são super merecidas pelo estrondoso impacto que o duo causou no universo da música, e não somente no cenário eletrônico”.

Depois disso, eles também foram convidados para participarem do DJ Hero. Nesta produção, Bangalter e Homem-Cristo apresentaram 11 tracks, além de cederem suas imagens como personagens para o jogo. Com estas composições, eles alcançaram novos públicos e foram extremamente elogiados.

Além disso, outro marco importante da carreira da dupla foi a admissão à Ordem de Arte e Literatura da França, onde receberam o prêmio de “Cavaleiros da Nação” pelo Ministério da Cultura do país. 

Random Access Memories e fim de Daft Punk 

Após quase 10 anos sem apresentar um álbum de estúdio, o duo apresentou seu quarto disco “Random Acess Memories” em maio de 2013. O lançamento fugiu um pouco das influências “rock” do trabalhos anteriores para seguir uma sonoridade mais voltada ao Pop, trazendo participações de Pharrell Williams, Nile Rodgers, o vocalista do The Strokes Julian Casablancas, Panda Bear, do Animal Collective, Paul Williams e Todd Edwards

O álbum se tornou um grande sucesso, reafirmou a excelência do duo e ainda lhes garantiu os Grammys de “Álbum do Ano”, “Melhor Álbum de Dance/Eletrônica” e “Melhor engenharia de som de álbum”.

“O álbum Random Access Memories foi um sopro de inovação e criatividade dentro de um cenário cada vez mais igual e chato. Apesar de não ter aquele IMPACTO de outros álbuns, esse álbum colocou o Daft Punk na calçada da fama arrebatando diversos Grammys. Lembro que nesse ano o termo Daft Punk foi um dos mais buscados, pois todo mundo ficou curioso de saber quem eram aqueles robôs que estavam levando todos os prêmios. No Grammy o duo chegou no ápice da carreira deles, mas pra mim era um lugar que eles já deveriam fazer parte desde o lançamento do Discovery, foi a exaltação e homenagem merecida que eu tanto pedia”.

Desde então, a dupla participou da música “Starboy” e “I Feel It Coming” de The Weeknd, e logo em seguida, em 2016, entrou em hiato, dando uma pausa na agenda de shows. Em 2021, – infelizmente – publicaram um vídeo nas redes sociais anunciando o fim do projeto. 

Para Lucas, o momento também resgata outra lembrança bastante delicada. “É sempre duro falar sobre isso, pois dois dias depois de ter perdido o meu filho em um acidente foi anunciado o fim da dupla, ali eu senti que estava recebendo um recado, de continuar em frente, e sempre vou ser grato por eles terem transformado a minha vida e fazerem parte da trilha sonora da minha jornada aqui na Terra. Pretendo lançar um set de French House para homenagear esse estilo e a dupla, é o estilo de som que mais gosto de ouvir e praticamente é o que me personifica como DJ”, finaliza.

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Ted Troll, o artista que caminha entre o pop e o melódico na hora de produzir música

“Busco atingir sonoridades que transmitam as diversas emoções que habitam meu cotidiano”

Ted Troll
por Nicolle Prado

Disco, Melodic Techno, House e um toque de pop; é assim que se forma a sonoridade de Arthur Alfradique, ou melhor, Ted Troll. Pode parecer uma mistura inusitada, mas depois que você se aprofunda na identidade deste artista, vê que essa pluralidade pode trazer resultados surpreendentes.

Sua composição musical é fruto de anos de pesquisa, vivências pelas pistas — como público ou dentro das cabines — e também vem de berço, já que seu pai é bem ligado à música. A verdade é que a cada estilo que encontra, Arthur absorve elementos e ideias que valoriza e com as quais se identifica. Dessa forma, aprofunda sua pesquisa musical e transforma essas inspirações em produções autênticas.

 E assim, em pouco mais de dois anos sob o pseudônimo Ted Troll, Arthur se tornou um expoente promissor na cena brasileira pelos seus grooves hipnóticos e a estrutura inteligente em que se constroem. “Busco atingir sonoridades que transmitam as diversas emoções que habitam meu cotidiano, e que o público, muitas vezes, acaba se identificando. Tento, também, me inspirar muito em elementos da natureza, me conectando com o primitivo, trazendo, com isso em forma de arte, tudo que o mundo nos oferece”, pontua. 

Para conhecer mais o trabalho dele, siga-o e ouça seus lançamentos no Spotify:

Acompanhe Ted Troll no Instagram.

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ADE finaliza retorno triunfal do mercado de música eletrônica na cena do entretenimento

A edição do ADE, Amsterdam Dance Event, deste ano marca a conclusão de um retorno impactante no mercado do entretenimento.

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Editorial

Durante o ADE, encontramos Dilby para um papo sobre carreira e conteúdo

Por JP Extasié

Dilby e JP em Amsterdam

O Beat for Beat esteve recentemente no Amsterdam Dance Event, maior conferência de música eletrônica do mundo, que aconteceu na Holanda, para trazer novas tendências e novidades do mercado mundial para nossos leitores. Iniciando nossa série de artigos especiais do ADE, batemos um papo com Dilby, um dos maiores produtores de house music do mundo.

Dilby é um dos DJs e produtores fundamentais para colocar o House Underground em posição de destaque na música eletrônica mundial. Recentemente sua música Remember Me alcançou o top #01 de vendas no Deep House. E falando em música, para entender um pouco mais a expressividade desse produtor, em uma breve olhada em seu catálogo você encontra selos como Glasgow Underground, 8Bit Records — além de outras como Bondage Music e Deepalma.

Ele é aquele artista maduro que sabe o que está fazendo. Não só sabe como também ensina tudo em seu canal do Youtube, passando seus conhecimentos aos DJs e produtores que almejam conquistar seus desejados espaços no mercado. Por isso menção da importância de seu papel, precisamos cada vez mais de pessoas capacitadas para passar a mensagem de forma consciente quando o assunto é música eletrônica. O melhor de tudo… FREE.

Em um papo rápido, tomando um café, Dilby nos recebeu para falar sobre carreira e seu conteúdo. Confira a entrevista na íntegra abaixo:

Dilby (Divulgacao)

Beat for Beat: Para quem ainda não conhece o Dilby, você pode se apresentar?

Sou Dilby, produtor musical da Nova Zelândia, moro e produzo em Berlim. Além de música, também faço vídeos no YouTube e tutoriais de produção. Compartilho o conhecimento que adquiri e venho adquirindo ao longo de 15 anos de experiência na indústria, postando vídeos semanalmente no Youtube.

Beat for Beat: Qual a razão que o levou a criar conteúdos e você esperava que iria repercutir tanto assim?

Foi resultado da pandemia, não tinha certeza como seria carreira naquela situação. Então aproveitei o tempo que estava livre e resolvi investir no canal. No início sabia que tinha potencial, as músicas que estava fazendo estavam repercutindo cada vez mais e hoje em dia recebo mensagem todos os dias perguntando como fazer músicas de outros produtores. No entanto, procuro fazer vídeos dos representantes de cada gênero para conseguir atrair mais pessoas.

Beat for Beat:Produtores buscam por identidade musical, como você acredita que eles podem conquistar isso?

Todos os produtores travam nessa parte, ao decidir o gênero. Também passei por isso, fiz vários estilos como; Tech House, Deep House, Funky House e Afro House e no final de tudo tentei combinar os sons que gostava pra fazer as músicas do Dilby. Realmente é uma questão de tempo e maturidade. Praticamente tudo já foi criado, nós repetimos timbres dos anos 80, 90 e geralmente pessoas pensam de forma como “quero ser como X, ou como Y” e acabam esquecendo de fazer sua própria arte. E o mercado precisa de originalidade.

Dilby (Divulgacao)

Beat for Beat: Nós sabemos que pra chegar em resultados significativos sempre tem uma virada de chave. Qual foi a sua?

Dilby: Uma das coisas mais importantes que fiz para melhorar os resultados foi limitar o número de coisas que fazia. Não dei tanta importância ao marketing quando falavam… você precisa disso e daquilo para ter mais isso e mais aquilo para alavancar sua carreira. E na verdade, o que fiz foi sentar e fazer o que tinha que ser feito, música.

Beat for Beat: É muito notável o crescimento do canal e sua comunidade de forma 100% orgânica. Como você acredita que as pessoas chegam até o canal e continuam com você na comunidade?

Dilby: Estou sempre focando em ajudar as pessoas da comunidade, então o conteúdo que crio é baseado em resolver as necessidades deles. Sendo assim, procuro estudar cada vez mais sobre como melhorar meus vídeos de forma que fique cada vez mais simples para passar o conteúdo.

 

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Via UnderGROUND

Less fala das expectativas para sua estreia no Rio Grande do Sul, pela festa Beat Garden

DJ catarinense segue caminho sólido nas sub-vertentes do House

Durante os períodos mais tortuosos da pandemia, uma virada de chave do Techno para o House acabou transformando por completo a carreira de Less. O DJ e produtor, de origem no caloroso litoral catarinense, cuidou de estudar bastante para levar ao público experiências de pista que representassem plenamente sua essência, algo que ele demonstra também pelo seu trabalho à frente da label party Sense

Seu som demonstrou-se o melhor de vários mundos. Os sets têm uma pesquisa refinada, mas despretensiosa, com misturas que mesclam Minimal, House, Tech e outros gêneros dançantes a menções ao Pop, Hip-Hop, períodos áureos da dance music e mais sonoridades. “Sempre busco preparar algo exclusivo para cada gig”, comenta o artista, que fora das pistas atende por Leonardo dos Santos

Esse apelo dançante trouxe considerável relevância para ele na região. Ele, que é cria de pistas como a do Warung e do Detroitbr, se viu comandando as cabines de rolês que não esperava que fossem permear seu currículo discotecário tão rápido; entre eles, El Fortin, Surreal Park (em B2B com Hig Thao) e At Home

Embarcando em cada vez mais aventuras interestaduais, chegou o momento do público de Caxias do Sul conectar-se com o Less. Neste sábado, 17, o DJ e produtor é atração da festa Beat Garden, no Doca Music Garden, espaço de bar-balada-bistrô que se tornou tradicional no cenário de lá. “Estou bem animado, primeiramente por estar fazendo minha estreia no Rio Grande do Sul e, também, pelo feedback que recebi do público de lá. Estou preparando algo inédito, como uma ‘versão 2.0’ do projeto Less”, conta. O lineup recebe, além dele, Lenski, Eduardo Drumn, Feerr, Gabi Giordan e New House Order [veja aqui].

Ele reforça que também acompanha a cena do Rio Grande do Sul há bastante tempo, sempre de olho em festas como Levels e Colours, que inclusive inspiraram a sua própria, Sense. “Estava aguardando muito por uma data no RS esse ano, super feliz que deu certo! Admiro o trabalho de artistas de lá como Fran Bortolossi, Mau Maioli, DBeat e Dsant, tô fazendo uma pesquisa bem minuciosa, será uma gig importante pra mim”, afirma Less, que até separou uma track pra você que é local ir esquentando.

“Uma das descobertas que fiz nesse ano e que tenho como referência é o DJ e produtor britânico Jaden Thompson. A faixa ‘Only One’ deve ser uma que estará presente na minha apresentação”.

Saiba mais sobre o evento neste link. 

Less está no Instagram.

 

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Área 51 Lançamentos

Do Pop ao Trance: confira o remix de Ale Vaz e Cruz do hit ”Watermalon Sugar”, de Harry Styles

O jovem talento mostra que é possível combinar ambos os estilos de forma surpreendente

Ale Vaz já mostrou em seus outros lançamentos que entende muito sobre produção e mixagem, principalmente quando se trata de Trance. Porém, aqui, o jovem DJ e produtor surpreende, ao entregar um remix que mescla com técnica e maestria o arranjo dançante do Pop com as batidas frenéticas do estilo psicodélico. Se você jamais imaginou ouvir Harry Styles no ritmo de uma rave, aperte o play, e se prepare.

E para criar esse remix, o curitibano contou com uma colaboração especial. A track foi desenvolvida a quatro mãos, em uma conexão Sul x Norte com seu amigo pessoal e parceiro musical Cruz, de Belém do Pará. O resultado da collab é uma viagem sensorial de quase seis minutos entre o frescor e a tropicalidade da faixa original, com a intensidade e energia já características do Psy Trance.

O remix de “Watermelon Sugar” já está disponível nas plataformas de áudio. Ficou intrigado? Ouça agora:

 

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