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Make U Sweat, Marina Diniz e Dre Guazzelli remixam ‘Estrelar’

A versão de ‘Estrelar’, do trio Make U Sweat, é um remix oficial da música de Marcos Valle, que ganha uma nova produção musical dos djs.

O trio de djs Make U Sweat lança ‘Estrelar’. O remix inédito chega às plataformas digitais a partir desta sexta, dia 24 de fevereiro e promete agitar as pistas de dança. Sucesso do Boogie carioca dos anos 80, esse é um remix oficial da música de Marcos Valle, que ganha uma nova produção musical de Make com complemento de Marina Diniz e Dre Guazzelli. A identidade visual de Estrelar vem estampada por cores vibrantes, que remetem à nossa brasilidade, com a figura simbólica de uma arara e um violão colorido.

Sucesso dos anos 80, a música estourou quando Marcos Valle gravou o LP “Marcos Valle”, contendo exclusivamente canções de sua autoria. “Estrelar” foi o principal hit do disco, e se destacou como trilha sonora do cenário do país na época, vendendo cerca de 90 mil cópias, quase alcançando um Disco de Ouro.

A história por trás do remix é uma junção de várias ideias: “Eu estava na praia com minha mulher e escutamos, por acaso, a versão original de Estrelar tocando na rádio e ali surgiu a vontade de fazer alguma coisa. Porém o bpm da Estrelar gira em torno dos 100bpms e para fazer um house de pista com o Make, a música ficaria corrida. Mesmo assim, coloquei a música do Marcos na sessão do ableton e mandei brasa, fiz a primeira ideia em 110 bpm, refiz os drums e um grande amigo Rafael Izar gravou a linha de Baixo em um Fender 1963 que deu um grande molho pro Remix e um Arp num Moog bem progressive que passeia pela música toda, e o resultado é esse ai”, comenta Pedro Almeida, de Make U Sweat.

Pedro conta também que a vontade de fazer parceria com os Djs Marina Diniz e Dre Guazeelli é antiga. “A Marininha é minha amiga desde o nosso início de carreira, fomos residentes de Milagres e já tocamos em inúmeras festas juntos e sempre falávamos de fazer um som juntos. Já o Dre eu encontrava, quando ainda éramos crianças no Universo Paralelo, época em que ele tocava os prog trance da vida (risos)”, conta Pedro.

Para a DJ Marina Diniz os novos elementos deixaram a versão mais divertida e ao mesmo tempo nostálgica: “gravamos um novo baixo e somamos ao original. Também criamos algumas harmonias no Rhodes e outros detalhes no Moog 37. Além disso, adicionamos algumas nuances de guitarra”, comenta Marina.

Para Dre Guazzelli a música é atemporal. “‘Estrelar’ é um remix de uma brasilidade pura, de um clássico que se torna atemporal, numa releitura para as nossas pistas. Certamente será tocado não apenas por nós, mas por muitos DJs Brasil afora!”, comenta Dre Guazzelli.

Estamos super contentes com o resultado deste remix. É uma grande responsabilidade, por ser um clássico do Boogie carioca dos anos 80. Os feedbacks estão muito positivos, vindos de artistas de diferentes frentes da música eletrônica e esperamos de coração que vocês também curtam!”, comenta o trio Make U Sweat.

“Estrelar” chega para complementar o contagiante e animado setlist de Make U Sweat, que vem agitando as pistas pelo Brasil. ‘Pepperoni’, último lançamento do trio, seguiu a linha de tech house de ‘Miami Yummi’ e traz a cereja do bolo: os samples vintage de voz, que dão o ritmo para a música. Ambas as canções estão disponíveis em todas as plataformas de música e, junto à “Estrelar”, se completam num setlist icônico e para lá de agitado. Ouça agora nas plataformas digitais.

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Lost Frequencies combina country e dance music em ‘The Feeling’

Fazendo uma mistura de country com música eletrônica, Lost Frequencies lança sua nova e emotiva ‘The Feeling’. Escute agora!

Lost Frequencies nos leva em uma viagem com seu novo lançamento, ‘The Feeling’, uma faixa brilhante, rápida e dançante, que mistura country e eletrônica. A faixa entrelaça uma bela mistura de elementos eletrônicos animadores, acústicos e country, criando uma produção acelerada. Cheia de interjeições percussivas, uma linha de guitarra marcante e acordes hipnotizantes, a fusão de Lost Frequencies não pode ser limitada a apenas um gênero, graças à sua habilidade de trazer folk, em um brilho que ilumina os alto-falantes e uma inabalável música chiclete.

O novo single do astro belga está pronto para transportar os ouvintes para um lugar onde o sol brilha e os bons momentos acontecem, mostrando um outro lado completamente diferente de seu som. A música já está disponível nas plataformas digitais e você pode ouvir clicando aqui.

O DJ e produtor multiplatina Felix De Laet, mais conhecido como Lost Frequencies, está na vanguarda da cena de música eletrônica e dance. Ele alcançou um sucesso meteórico durante sua carreira, sendo indicado, regularmente, na Pesquisa DJ Mag Top 100 DJs, que o coloca entre os melhores do mundo. Lost Frequencies é estimado por sua música – em suas turnês ao vivo esgotadas e sets de DJ de renome mundial –, cruzando os reinos dos gêneros que atraem o público em todo o mundo.

Em 2023, o artista já recebeu sua primeira indicação ao Brit-Award, por ‘Where Are You Now’, single que alcançou status de platina, escalou paradas mundiais e ultrapassou mais de 1,5 bilhão de streams combinados. Não foi de estranhar, já que ele tem muitas músicas de sucesso e ultrapassou 4 bilhões de streams combinados no ano passado. Lost Frequencies tem feito muitos lançamentos vibrantes ao longo de 2023 e lançou ‘The Feeling’, bem a tempo de se tornar o hino da temporada.

Escute agora ‘The Feeling’:

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David Guetta lança ‘Future Rave – Live at Hï Ibiza’ na Apple Music

Com a tecnologia de áudio especial com Dolby Atmos, o novo mix de David Guetta, ‘Future Rave – Live at Hï Ibiza’, já está disponível.

Um dos grandes nomes da cena mainstream da música eletrônica e vencedor do Grammy, David Guetta, lançou recentemente o seu mais novo mix, o ‘Future Rave – Live at Hï Ibiza’, através da Apple Music. Gravado em setembro de 2022 no club espanhol Hï Ibiza, o mix te transporta para uma das noites do emblemático clube da ilha espanhola e você poderá curtir a vibe da festa de onde estiver. Você pode ouvir clicando aqui.

O set começa com a aclamada ‘Titanium‘, hit de Guetta ao lado de Sia e a sequência de sucessos é avassaladora depois disso. No mix, ouvimos também ‘Whitout You’, ‘I’m Good’, ‘I Gotta Feeling’, além de novidades como ‘Tití Me Preguntó’, entre outras músicas. A tracklist foi pensada perfeitamente para uma pista de dança explosiva, além de proporcionar uma experiência sonora imersiva, através da tecnologia Dolby Atmos.

David Guetta, que é uma figurinha carimbada em diversos eventos do mundo, mantém-se sólido no Hï Ibiza e sua residência, a Future Rave. Para a temporada de verão de 2023, o artista francês se apresentará durante todas as sextas-feiras no club até 29 de setembro, com seu fiel escudeiro, MORTEN, a residente Arielle Free e diversos convidados. No site oficial do Hï Ibiza você encontra mais informações e adquire seu ticket.

Escute agora o ‘Future Rave – Live at Hï Ibiza’ de David Guetta:

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CAMY e mais 9 artistas nas Descobertas Groover #18

Parceiro do Beat for Beat, a Groover é um celeiro de grandes artistas e por isso, separamos CAMY e alguns destaques da plataforma.

Não é de hoje que o Beat for Beat é parceiro da plataforma Groover. Feita para conectar artistas que desejam promover suas músicas com as melhores mídias, rádios e gravadoras que buscam talentos emergentes, a plataforma é uma ótima forma de conexão. Por lá, conhecemos grandes artistas e descobrimos ótimas tracks, que precisam ser compartilhadas

Sem muitas restrições quanto a gênero musical, desde que dentro da esfera da música eletrônica, em suas mais variadas formas, selecionaremos algumas músicas que nos chamaram atenção. Essas músicas serão listadas em posts especiais por aqui, todas com citação de seus artistas e links para audição nas plataformas digitais. Precisamos divulgar esses talentos.

Além deste post, uma playlist especial foi criada no Spotify, com todas as músicas citadas. Além delas, outras músicas, também garimpadas na plataforma, estarão disponíveis para audição. Deixaremos sempre as 50 melhores, que serão trocadas constantemente. Para ouvir, basta seguir a playlist e ficar por dentro das próximas novidades. Quer mandar uma música para gente através da plataforma? Basta clicar aqui.

Neste Descobertas Groover, separamos, sem uma ordem especifica:

CAMY – Close To Me
Ephemere – Bad Decision
Carbon Fiber – Inner Call
Alex Levji – Osaka Dreams
Huess – Mouth Chips
Sean Sever – Terror (Hypnotic Remix)
Adriano Canzian – Commodore 16
SQWRK – CHURR
Schuz – Let It  Go
Rumble – InLakesh (iTi remix)

Confira abaixo nossa playlist completa e atualizada ou você pode acessar diretamente, clicando aqui.

https://open.spotify.com/playlist/3Kp9CEB1K0d3n33QlzGCGg?si=1d1b84b7fa3d4b89

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Davis traz viagem ácida e elegante em sua nova ‘The Radiance’

A música ‘The Radiance’ marca o retorno do DJ paulista, Davis, à conceituada gravadora alemã Permanent Vacation. Escute agora e viaje!

Foto: Divulgação

Expoente da cena eletrônica alternativa no Brasil e cada vez mais reconhecido na gringa, Davis volta à poderosa gravadora alemã Permanent Vacation em seu primeiro lançamento musical de 2023. ‘The Radiance’ chegou nesta sexta-feira, 09. Ouça aqui.

Mesclando a elegância do deep house clássico com timbres acid, que remetem às raves dos anos 90, o single é uma viagem ácida eletrônica contemporânea, que certamente vai bombar mundo afora, pelas mãos de grandes DJs.

“Pesquisei algumas referências como ponto de partida, e os beats me pareciam a parte mais importante de se criar e cuidar. A faixa precisava soar suficientemente dançante para que os demais elementos pudessem ficar mais livres”, contou Davis.

Prenúncio de um grande ano de lançamentos para o paulista, ‘The Radiance’ é a sua segunda track assinada pelo selo baseado em Munique, que tem nomes como Red Axes, John Talabot, Mano Le Tough e Todd Terje em seu roster. A primeira, ‘Fragments’, veio na coletânea ‘Permanent Vacation 5’ (2018), e foi sucesso em clubes e festivais dos mais variados, chegando a ser tocada por artistas como Dixon, Job Jobse e Skatebård.

O produtor brasileiro tem outras labels renomadas em sua discografia, como Innervisions, Live At Robert Johnson e Soul Clap Records — além de ser um dos nomes à frente da ODDiscos e da In Their Feelings.

Escute agora ‘The Radiance’, novo single de Davis:

Sobre Davis

Há duas décadas, Davis vem traçando uma trajetória consistente, ocupando o seleto hall de talentos brasileiros com relevância mundial. Com referências que flutuam por techno, house, breaks, leftfield e trance, o DJ conquistou pistas como Panorama Bar, Robert Johnson, fabric, Bassiani, Dekmantel Festival, DGTL, Melt! e Time Warp.

Como produtor, combina elementos analógicos e digitais para compor verdadeiras alquimias sonoras, as quais já receberam chancela de labels como Live At Robert Johnson, Innervisions, Permanent Vacation, CinCin e Polari Records.

É também cofundador da party label paulistana ODD, bastião cultural do cenário underground nacional, além de atuar como curador dos selos ODDiscos e In Their Feelings.

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Leoh Cozza assina o remix oficial da track ‘Garoa’ de Jota.pê

Saindo pela Cactunes Records, o remix de ‘Garoa’ é o novo trabalho do DJ e Produtor Leoh Cozza, em parceria com o cantor Jota.pê. Escute!

Jota.pê (esq.) e Leoh Cozza (dir.)

“Eu conheci o Jota.pê ouvindo suas canções maravilhosas e uma delas, a “Garoa”, que conquistou minha mente e ouvidos” Introduz o DJ e Produtor Paulista Leoh Cozza. Então com seus sentimentos apurados, Leoh corre para o estúdio e começa a produzir um remix para ‘Garoa’.

Sabendo que não seria nada fácil construir arranjos que tivesse uma boa harmonia e pitadas de melodias envolventes caracterizando uma bela track progressiva de música eletrônica, trabalhou dia e noite, até chegar no beat perfeito que encaixasse com a super voz que tinha em mãos.

Enviou a música ao Jota.pê, ele achou irada, marcaram uma sessions, no estúdio DaHouse, em São Paulo para os arranjos finais, criando um relacionamento e uma baita energia entre os artistas rolou naquele dia, afinal, é a primeira vez que, Jota.pê tem sua voz na música eletrônica, isto é um marco muito importante na trajetória de ambos artistas. Vale muito a pena conferir esta track, que está disponíveis em todas as plataformas digitais e  já vem chamando atenção de grandes nomes da música eletrônica!

Escute agora o remix de Leoh Cozza para a track ‘Garoa’:

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Tomorrowland Bélgica divulga trailer e timetable para edição 2023

O Tomorrowland, um dos maiores festivais de música eletrônica do mundo, divulgou trailer oficial e horários de sets da sua edição 2023.

Enquanto o mundo prepara-se para mais uma grandiosa edição do Tomorrowland, na Bélgica, o evento continua instigando nossa mente e deixando os corações ansiosos com suas novas e recentes postagens. Faltando menos de 50 dias para um novo capítulo em sua história, o festival belga divulgou a sua timetable completa para a edição de 2023, com todos os horários de suas atrações, além do trailer oficial do tema ‘Adscendo‘.

A 17ª edição do Tomorrowland girará em torno do tema ‘Adscendo’, transformando De Schorre em um destino mágico no horizonte, onde o público testemunhará o surgimento de um conto magnífico na história da Grande Biblioteca do Tomorrowland. O Mainstage ‘Adscendo’ deste ano é 100% elaborado a partir de uma decoração interna feita pelo Tomorrowland Atelier. A equipe criativa por trás do Tomorrowland inventa, desenha e dá vida aos palcos mágicos do icônico festival em 3D, enquanto o Tomorrowland Atelier cria, constrói e instala os palcos no recinto do festival em Boom.

Para a edição deste ano, mais de 750 artistas da cena eletrônica mundial se apresentarão nos palcos do festival, abordando todos os gêneros possíveis de dance music. Entre os nomes confirmados, temos Adam Beyer, ANNA, Armin van Buuren, Bedouin, Cat Dealers, Eric Prydz, Honey Dijon, Kölsch, Maceo Plex, Nina Kraviz, Purple Disco Machine, Solardo, Timmy Trumpet, Vintage Culture e centenas de outros nomes nos 16 palcos do Tomorrowland. O line completo e com os horários das apresentações, você confere clicando aqui.

O Tomorrowland acontecerá entre os dias 21, 22 e 23 de julho no primeiro fim de semana, e entre os dias 28, 29 e 30 de julho no segundo fim de semana. Os ingressos estão esgotados e você poderá acompanhar a transmissão no site oficial, clicando aqui. Abaixo, confira o trailer de ‘Adscendo’:

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Descubra

Descubra: Izzz

Uma das 100 DJs do ranking DJane Mag de 2022, Izzz é uma artista que aposta numa sonoridade mais hard e que você descobre agora!

Um dos grandes prazeres desta coluna, é apresentar artistas novos e que genuinamente bebem da sua arte e Izzz é uma delas. Mulher, uma das 100 DJs do ranking DJane Mag, ela foi na contramão de tantas outras e apostou num gênero não tão difundido de música eletrônica, o Hard. Com o objetivo de crescer como profissional e fomentar cada vez mais a cena dos hardbeats nacional, a artista conversou com a gente num papo bem profissional.

Descubra, Izzz:

Beat for Beat – Quero começar falando sobre seu passado com a dance music. Como você veio parar na música eletrônica, no sentido geral? Lembra quais foram seus primeiros contatos e lembranças?

Izzz – A música eletrônica esteve presente em minha vida desde uns 10 anos de idade, quando eu ouvia ‘Summer Eletrohits’ no meu toca-discos, que na época era meu maior xodó. Eu nem sequer sabia que isso se configurava como música eletrônica, acreditava ser algum tipo de música pop, só depois de mais velha que fui perceber há quanto tempo esse estilo já existia no meu repertório.

Já no meu período de adolescência eu conheci o Skrillex, que hoje ainda é uma das minhas maiores referências artísticas. Eu me recordo de ter mergulhado em toda uma nova onda musical na época, onde o dubstep e o drum’n’bass se tornaram muito marcados na minha biblioteca pessoal. Em 2017 eu frequentei a minha primeira rave de psytrance e foi aí que um leque de possibilidades se abriu.

no início eu era voltada aos estilos do progressive e full on, e depois de viajar por diversos tipos de festas, eu comecei a ter mais frequência em eventos da cena underground, que tocavam hitech, darkpsy e psycore, descobrindo então novas possibilidades.

B4B – E a vontade de começar a tocar, surgiu em que momento? Tem algum fato que desencadeou a vontade ainda mais?

Izzz – A vontade de começar a tocar surgiu quando eu comecei a frequentar eventos de psytrance e me via cada vez mais rodeada de amigos e amigas que eram DJs e produtores, e eles sempre me incentivaram muito a fazer algo com esse desejo. Porém, eu era uma pessoa que tinha muito medo de errar, principalmente em frente a outras pessoas, e isso por muito tempo me impediu de dar meus primeiros passos, porque eu olhava os equipamentos e pensava: “Isso deve ser muito difícil! Então nem vou tentar…”.

Eu também creio que parte dessa resistência acontecia porque eu não havia encontrado, de fato, o estilo de música eletrônica que me tocava fundo o suficiente para dar esse start… até conhecer o hardbeats. Esse encontro aconteceu em uma festa de psytrance da virada do ano de 2018 para 2019, quando eu escutei Pharmacy Kids Story, o pioneiro da cena hard aqui no Brasil, e eu não fazia ideia do que era aquele som, mas eu tinha certeza de que se um dia eu fosse tocar, seria aquilo. Depois de ficar dias embasbacada com a apresentação, eu comecei a pesquisar loucamente pelo gênero e lembro claramente de ter pensado: “É isso que eu quero tocar!”

B4B – Hoje, você toca vertentes da cena hard. Como foi parar num cenário que não é tão difundido no Brasil? Isso dificultou seu começo de carreira como DJ?

Izzz – No início foi um pouco mais difícil porque eu tive que entender todas as configurações dessa cena sozinha, eu não conhecia ninguém para me ajudar a adentrar esse universo, então foi um período que eu “comi” muita referência e informação. Depois de um tempo eu fui encontrando coletivos e pessoas que já estavam se movimentando aqui no Brasil, e aí foi quando eu me toquei da magnitude do que eu estava me envolvendo… percebi que não seria só sobre subir no palco e mandar um som, mas também sobre fazer parte do crescimento e de toda a manutenção de uma cena que ainda está em crescimento no nosso país.

Então eu tornei o meu objetivo maior do que só a minha carreira, mas também em ser uma pessoa ativa na ascendência do hard brasileiro, que não só tem muito potencial, como também muitas pessoas com fome de um cenário bem difundido. No começo da minha carreira, estar em uma cena pouco conhecida não foi um fator decisivo para que eu tivesse oportunidades, creio que eu encontrei as pessoas certas nos momentos certos, então isso me abriu portas, o mais complicado foi sentir como se eu estivesse sozinha nesse meio (o que pouco tempo depois, como já comentado, eu descobri que não era bem verdade).

B4B –  Além de fazer parte de uma cena não tão grande, você ainda é uma mulher. Como você vê a questão da barreira do gênero, tanto na cena hard, quanto na música eletrônica como um todo?

Izzz – Não é segredo para ninguém que a sociedade em que vivemos atualmente é fundamentalmente machista, então não só na música eletrônica, mas também em tantos outros meios profissionais, isso atravessa as nossas ações. Na cena do hard dance music a grande maioria são homens, não só aqui no nosso país, mas também fora, porém eu não acredito que isso aconteça porque menos mulheres estão tocando, como já escutei como argumento por aí… tanto que cada vez mais conheço mulheres ativas nessa cena e ansiando por destaque.

Na música eletrônica como um todo o caminho segue similar, e as oportunidades para esse público acabam por serem escassas e muitas vezes pautadas em questões que nada tem a ver com o talento da mulher, como a aparência, por exemplo. Além disso, é constante o debate do quanto as mulheres precisam desempenhar o triplo para estar no mesmo lugar, por isso acabam se profissionalizando mais, engajando mais nas mídias sociais e investindo muito mais tempo. Infelizmente é uma realidade que precisamos debater mais sobre e também promover ações que realmente transformem esse cenário.

B4B –  Ano passado você figurou entre as 100 melhores DJanes do Brasil, segundo a revista DJane Mag. Como é para você, receber tal título, coisa que algumas DJanes do Brasil, mesmo com anos de carreira, ainda não conseguiram tal feito?

Izzz – Foi uma loucura total! Eu me lembro que no dia que fui nomeada eu chorei horrores. Isso não representou somente a mim, mas também a minha cena, porque eu fui a primeira DJane de hard a estrelar no ranking, então isso mostra o quanto não era só da minha cabeça a capacidade que nós temos de crescer aqui no Brasil. Eu trabalhei muito para chegar nesse lugar e apesar de ter sido muito surpreendente no dia, eu não vi como uma total surpresa porque eu sabia que era possível depois de tanto empenho que eu coloquei para conquistar isso. É muito gratificante ter sido reconhecida por eles como alguém com potencial, e querendo ou não isso nos faz querer ainda mais!

B4B – Quais são seus próximos passos na carreira? Quais maiores ambições, tanto mais do presente, quanto do futuro distante?

Izzz – Meu próximo passo com certeza é a produção musical. Atualmente eu estou trabalhando na minha primeira música autoral, que virá com uma identidade única dentro da cena do hard e eu espero quebrar algumas barreiras com isso. No presente, minha maior vontade é ampliar essa cena e realmente criar um público que seja fiel a esse movimento aqui, e eu já estou fazendo isso acontecer com tantos outros coletivos como a Tropicore, que produz eventos focados somente no hardbeats e, claro, continuar com as produções, lançando inclusive um álbum ano que vem ou no próximo.

Pro futuro distante é conseguir me apresentar mais vezes fora do estado de São Paulo, mas também fora do país, levando algo que seja genuinamente brasileiro e fazendo os gringos remexerem o quadril como nunca antes!

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Kommodo e a Prototype Music têm ótima sinergia e grandes faixas

Produtor Kommodo lança pela terceira vez no selo, a Prototype Music e mostra que conquistou a confiança da curadoria. Escute agora ‘Oda’.

intonia, consonância, afinidade… qualquer um desses sinônimos parece fazer bastante sentido quando comparamos a identidade sonora do brasileiro Kommodo com a proposta musical da Prototype Music, tanto que a relação entre artista e label parece melhorar a cada novo lançamento. Ambos apostam no peso emocional do Techno Melódico e em suas camadas mais profundas, dando origem a tracks que liberam altas doses de dopamina em nosso cérebro.

Tudo isso começou em 2021, quando Kommodo enviou para a label a demo de sua música ‘Choices’, que foi aprovada e assinada junto a outras 25 faixas no VA Patterns II, lançado em agosto daquele ano. Alguns meses depois, em fevereiro de 2022, o produtor voltou a figurar no catálogo da gravadora, desta vez na posição de remixer, dando uma nova roupagem a ‘Light of Life’, produção de Tavaresgui.

Para reforçar ainda mais esse laço e manter a constância de lançamentos anuais junto à Prototype, Kommodo mostrou novamente sua habilidade em remodelar faixas melódicas no seu mais novo remix para o produtor russo Uzun, lançado dia 26 de maio. Na sua versão de ‘Oda’, as linhas progressivas se fundem a uma atmosfera espacial que resulta em uma track bastante viajante, características que estão frequentemente presentes nas suas produções.

Confira o EP completo abaixo:

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Renew, DJ e produtor suíço, acaba de estrear na Adesso Music

Com um ano de projeto, Renew tem se destacado pela sua sonoridade que transita pelas linhas do House e Tech House. Escute ‘Nobody’.

Padrões, modelos e zona de conforto são termos que, certamente, não estão inclusos no vocabulário de João Nunes, ou melhor, Renew. Inclusive, através de seu pseudônimo já é possível observar que ele é um daqueles artistas que podemos caracterizar como uma verdadeira metamorfose ambulante, afinal, literalmente o termo “renew” significa “renovar”. Ou seja, prepare-se sempre para ser surpreendido por seu trabalho.

Com um estilo dinâmico e plural, Renew tem desenvolvido uma sonoridade que passeia entre as linhas do House, Tech House e, até mesmo, Techno. Isso tudo com muita técnica, qualidade e personalidade, deixando sua marca sonora enquanto cria experimentações musicais explosivas. Essa construção tão característica é fruto de uma longa jornada no mundo da música, que trouxe bagagem e expertise para que este resultado fosse cativante como vemos – ou melhor, ouvimos – hoje.

A trajetória de Nunes começou há mais de uma década, quando se estabeleceu na Suíça, em 2007, com o objetivo de aprender mais sobre discotecagem e produção musical. A partir disso, iniciou o projeto Jerrie Joxx, que trouxe boas experiências para sua carreira, o levando a tocar por diferentes lugares do mundo, como China, Tailândia, República Tcheca, França, Miami e mais.

Mas, a virada de chave veio com a criação de “RENEW”, que além de ser um marco importante em sua carreira, também traz um peso mais pessoal para o artista, que viu neste recomeço a representação de seus verdadeiros sonhos. Aplicando seus conhecimentos anteriores no mundo da música, João mostra sua paixão, energia e seu eu interior através do projeto, deixando sua criatividade livre e seu instinto guiando suas produções.

O resultado tem sido certeiro, já que o mundo tem voltado seus olhares ao DJ e produtor. Em menos de um ano de atuação como “Renew”, o artista já passou por alguns dos maiores clubes de Romandie, na Suíça, além de ter agendas em outros países como Espanha, República Tcheca e França. Isso sem falar nas labels renomadas que ele já conquistou, como Revealed, Black Hole, Affinity Records e a mais recente Adesso Music, de Junior Jack e PAT BDS, o qual ele acaba de apresentar o single ‘Nobody’.

Para este lançamento, Renew reúne diferentes referências sonoras para criar uma track autêntica e envolvente. Vocais arrojados, bateria marcante, linhas de baixo pulsantes e uma melodia hipnótica são alguns dos elementos que compõem a sonoridade do single, se voltando para o Tech House em uma conexão certeira com as pistas. ‘Nobody’, além de marcar a estreia do artista na label, também reforça seu potencial sonoro, cravando o nome de Renew como uma das apostas da cena eletrônica mundial. Ouça:

Siga Renew no Instagram.

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Via UnderGROUND

Mind Against lança a nova label Habitat com o single ‘Criseide’

Uma plataforma onde a música, arte e tecnologia se encontram, a nova label de Mind Against, Habitat, estreia com o single ‘Criseide’.

Uma nova label chega ao cenário da música eletrônica internacional. Habitat, uma nova plataforma onde a música, arte e tecnologia se encontram, é o novo selo comandado pelo duo italiano Mind Against. A label estreia com o single ‘Criseide’ nesta quinta-feira (08), uma parceria com Sideral e que já está disponível nas plataformas digitais e que você pode ouvir aqui.

‘Habitat é uma plataforma construída com base na crença de que a música tem o poder de transcender fronteiras, unir pessoas e transformar o mundo. Também acreditamos que a tecnologia democratiza o acesso à arte e abre infinitas possibilidades para a criação de novas experiências. Ao abraçar e estimular a inovação, criatividade e explorar o potencial ilimitado na intersecção da música, arte e tecnologia, esperamos criar um impacto duradouro que transcenda as limitações convencionais’, diz Mind Against.

O vídeo de lançamento – distópico, robótico, apresentando plantas e vegetação delicadas e semelhantes a joias, incorpora a ‘colisão’ de arte e tecnologia que a Habitat representa. Os visuais são cruciais neste novo empreendimento e foram criados por Aujik, também conhecido como o premiado artista sueco nascido no Japão, Stefan Larsson. Assista aqui.

Além do novo single ‘Criseide’, já disponível nas plataformas digitais, a Habitat anunciou também o lançamento do seu primeiro compilado, ‘METAFLORA’. O material, que contará com 15 tracks assinadas por nomes como Mind Against, Dyzen, Sam Shure, Read the News, Laroz feat. Sheera, Marino Canal, Aether, ENØS, entre outros, será lançado no dia 23 de junho, fazendo parte das comemorações de lançamento da nova label.

Escute agora ‘Criseide’, single de estreia da Habitat, novo selo de Mind Against:

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Editorial

Biel Lima, artista que quer resgatar as raízes da house music preta

Cantor, compositor, produtor, beat maker e pessoa lendária na cena ballrom, Biel Lima conversou com nossa redação sobre sua carreira. Confira!

Preto, gay, da periferia, Biel Lima é aquele tipo de artista que precisa batalhar para sobreviver, seja da sua arte ou simplesmente no dia a dia. Considerado uma pessoa lendária na cena ballroom, ele é cantor, compositor, produtor e beat maker. Um artista completo, que encontrou na house music um refúgio e motivo para querer ir além.

Fazendo parte das comemorações do nosso Pride Month, conversamos com Biel Lima, que nos contou sobre a decisão de produzir musicalmente, sobre suas dificuldades, a cena house music e seu relacionamento com a comunidade ballrom. Confira nossa entrevista exclusiva.

Beat for Beat – Você é um artista que recentemente decidiu fazer o caminha inverso de muitos da cena eletrônica e já ir para a produção musical. O que te trouxe para esse caminho?

Biel Lima – Eu acredito que a minha própria carreira musical me trouxe para a produção de música eletrônica. Eu decidi ser cantor cerca de vinte anos atrás, quando comecei no rap, rnb, até que me apaixonei pela house music e a música eletrônica como um todo. Foi então que percebi que na quebrada, nas periferias, pessoas pretas não tem o hábito de produzir música eletrônica.

Claro que temos algumas pessoas que saíram das quebradas tocando música eletrônica, como o grandioso DJ Marky, que construiu um legado no Drum’n’Bass, mas maioria das pessoas acabam produzindo um outro tipo de música eletrônica, que é o o funk, por exemplo. Como outros gêneros não são tão difundidos, como a house music, por isso decidi enveredar por esse caminho.

B4B – Você, sendo da quebrada, da periferia, onde não existe o hábito de consumir a música eletrônica, como chegou até ela?

Biel Lima – Foi a house music especificamente que me trouxe para esse mundo, principalmente por conta das divas. Tony Braxton, por exemplo, que sempre teve remixes com essa pegada mais Chicago. Quando comecei a entender o que é era House Music, acabei me apaixonando ainda mais, pois percebi que assim como o hip hop, entre muitas outras culturas, como jazz, a house music veio da quebrada, de pessoas pretas. Descobrindo isso, decidi que era o que eu queria fazer, assim como o Rnb.

B4B – E quando falamos da criação da house music, você começar a produzir, é uma forma de se reapropriar daquilo que é seu. Você acha que a música eletrônica tornou-se heteronormativa cis branca?

Biel Lima – Completamente e não só a música eletrônica,  mas como muitas outras coisas. O rock, por exemplo, também veio de uma mulher preta, a Rosetta Tharpe. O jazz começou com instrumentos de música clássica reciclados, improvisados, por pessoas pretas que não tinham dinheiro… A música eletrônica também veio daí, e quero realmente reviver essas raízes, me apegando mesmo no que é passado.

Eu tenho um projeto chamado ‘House é Som de Preto’. Eu quero transformar isso em um show pra reafirmar cada vez mais da onde veio e o que é essa música que tanto faz a cabeça da galera nesses grandes festivais.

B4B – Além de ser cantor, produtor musical, você também faz parte da comunidade Ballroom. Quando foi que essa filosofia de vida entrou na sua?

Biel Lima – A ballroom entrou na minha vida em um momento que eu nem percebi. Eu danço também e acredito que a ballroom, e até mesmo a house music, chegaram até mim através da dança. Descobri house dance, obviamente por conta da house music. Essa musicalidade tem muito soul, muito instrumento vivo e dentro da house dance, descobri o voguing, que é um estilo de dança que tá dentro da comunidade Ballroom e aí eu descobri que existe também a vertente do vogue beat, isso lá em 2010 aproximadamente. Eu não sabia os nomes, não conhecia nada, só tentava reproduzir os movimentos.

Em meados de 2013 eu conheci o Félix Pimenta, que é pioneiro da comunidade ballroom, meu grande amigo, meu irmão. Ele me mostrou como era fazer parte de um movimento que virou uma cultura que é muito similar ao hip hop. Passei a entender melhor sobre as casas, entendi que tem um chanter, commentators, mergulhei e estudei sobre aquilo.

Em 2014 eu comecei realmente a viver a comunidade ballroom e tentar me afirmar cada vez mais como um uma pessoa que faz parte dessa comunidade e que fomenta a comunidade de um certo modo.

B4B – E você pretende levar sua formação como produtor musical para dentro da ballroom?

Biel Lima – Sem dúvida alguma, porque é uma cena que ainda tá muito carente de meios de produção. A comunidade ballrom também vem das periferias. Mesmo que as grandes balls aconteçam no centro da cidade, as pessoas saem das quebradas para realizares suas apresentações e para essa comunidade tentar viver, precisamos cada vez mais pessoas que estão pensando em meios de produção, em fazer acontecer e pra fazer acontecer a ball, a gente precisa de uma mínima estrutura possível. Cada vez mais, queremos trazer coisas que são concebidas aqui no Brasil, como a música.

Nós consumimos dos gringos de Nova Iorque, por exemplo, seja em musicalidade ou referências. Hoje, aqui no Brasil, a gente já tem várias Femme Queens referências, como a Zaila. Nós precisamos, cada vez mais, tentar trazer essas pessoas para lugares de protagonismo, para que saibam que a pessoa existe e que não é só Pose, Legendary, que isso só vai ser visto lá fora nos Estados Unidos. Aqui existe nossa cultura e ela precisa ser vista.

Muita gente não conhece a nossa cena, nossos artistas, pois muitas empresas e marcas só lembram de nós quando precisam, mas tem muita gente fazendo coisa aí todos os dias e eu quero ser um um produtor, não só um produtor cultural, mas um produtor artístico, um produtor musical que vai produzir vogue beat e que vai trazer também no meu show, essa linguagem ballroom.

B4B – Você fala sobre a comunidade ballrom não ter pessoas que possuam os meios de produção e quando isso se vira para você, ser preto, gay, da periferia, te prejudicou na hora de achar alguém para trabalhar junto?

Biel Lima – Total, eu comecei no rap, na Bela Vista, em 2007 , num momento em que as pessoas não estavam discutindo sobre identidade de gênero, sexualidade, até tinham algumas discussões em alguns polos que são muito menos acessados. Hoje falamos mais sobre isso, a gente discute mais sobre isso, tá mais latente do que antes, mas foi muito difícil.

Na verdade é difícil até hoje. Eu trabalho em um restaurante ainda, porque eu não consigo me estabelecer como um artista preto, gay, que veio da quebrada e que não tem dinheiro pra se manter só da música. Eu acabo competindo também com essa indústria que escolhe um tipo de corpo, coloca num estereótipo e acaba que só alguns tipos de pessoas conseguem ter oportunidades.

Mas assim como eu, tem muitos outros que estão lutando para poderem fazer um show, para produzirem. A minha intenção principal, fazendo meus cursos, me profissionalizando, seja como produtor musical ou na área de marketing, que também estou estudando, é para subverter isso e poder ajudar pessoas que estão no corre, assim como eu.

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