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9 sets das DJanes brasileiras que tocarão no Lollapalooza Brasil

Fazendo jus ao mês de março, selecionamos 9 sets das DJanes brasileiras que estarão presentes no Palco Perry do Lollapalooza Brasil 2023.

Devochka

O Lollapalooza Brasil 2023 está chegando! Um dos maiores festivais do mundo, desembarca mais uma vez no Autódromo de Interlados, nos dias 24, 25 e 26 de março. Reunindo um line-up repleto de grandes artistas, entre eles Billie Eilish, Lil Nas X, Twenty One Pilots, Tame Impala, Drake, Rosalia, entre outros, o festival reunirá diversas tribos e gêneros em um só lugar, fazendo o que sabe de melhor e nos proporcionando grandes momentos.

Como de costume, a música eletrônica estará bem representada no LollaBR 2023. Nomes como Armin van Buuren, Alison Wonderland, Claptone, Melanie Martinez, Purple Disco Machine, só para citar alguns, estarão presentes no festival. O palco Perry, este ano assinado pela Johnnie Walker Blonde, trará as batidas sintéticas durante quase toda sua programação, que é claro, contará com artistas brasileiros de ótima qualidade.

Fazendo jus ao mês de março e mostrando que as homenagens não se restringem ao dia 09, selecionamos por aqui 9 sets das artistas femininas brasileiras, nossas queridas DJanes, que merecem destaque principalmente por representarem nosso país no Lollapalooza Brasil. Nossa seleção traz material de Curol, Aline Rocha, Devochka, Valentina Luz, Eli Iwasa, Carol Seubert, Camilla Brunetta, Carola e Binaryh, representado aqui pela sua metade Camila Giamelaro.

Confira abaixo um pouquinho do trabalho de cada uma dessas artistas talentosas. Caso não conheça, vai ser um ótimo momento para se familiarizar com o som da DJane e já fazer aquele esquenta para o LollaBR. A ordem dos sets abaixo, segue a ordem de aparição das artistas no line-up do Lollapalooza Brasil 2023.

Os últimos ingressos ainda estão a venda e você pode adquirir o seu clicando aqui.

Curol

Aline Rocha

Devochka

Valentina Luz

Eli Iwasa

Carol Seubert

Camilla Brunetta

Carola

Binaryh

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Editorial

Our House Museum: Uma experiência interativa com a história da música eletrônica

Durante o ADE visitamos o museu Our House, que conta 40 anos da história da música eletrônica, em uma experiência tecnológica e cultural.

Our House Museum, Amsterdam (Divulgação)

Por JP Extasiè

Já pensou em explorar as raízes da música eletrônica e aprender sobre sua jornada através dos olhos de alguns de seus criadores como Kevin Saunderson, Carl Cox, Armin van Buuren, Diplo e Charlotte de Witte? Esses cinco ícones levarão você a uma jornada musical que abrange mais de quatro décadas de dance music eletrônica – começando com os dias da disco e os armazéns de Chicago, até a indústria multimilionária que se tornou hoje, no Our House Museum, localizado na capital da Holanda.

A exposição “Defining Moments” cobre quatro décadas de memórias da música eletrônica, de 1977 a 2020, e é dividida em três eras. Desde a estreia do Kraftwerk, Disco Demolition e house music em Chicago até raves e superclub’s e a era final dos DJs, superestrelas, subgêneros e a ascensão de capitais de festas como Ibiza.

Our House Museum, Amsterdam (Divulgação)

Em todo o museu e suas instalações ampliadas, você pode encontrar uma coleção de fotos cuidadosamente selecionadas de muitas raves, artistas e noites de clubes que aconteceram nas últimas quatro décadas. Nos primeiros anos dos eventos de música eletrônica, a indústria usava fitas cassete, cabines telefônicas, adesivos e panfletos para levar cada festa ao próximo nível. O museu tem uma coleção única de panfletos de clubes, festivais e artistas abrangendo mais de 40 anos de cultura da dança.

Our House Museum, Amsterdam (Divulgação)

Para o amante de música eletrônica que está por Amsterdã vale a pena conferir e vivenciar a experiência que o museu proporciona. Você pode tocar nos equipamentos, escutar muitos discos de vinil e também curtir na pista de dança, que vibra, músicas que marcaram a história junto a uma experiência audiovisual.

Quer saber mais sobre o museu? Acesse o site oficial aqui e também programe-se para participar do próximo ADE, aqui.

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Ultra de volta ao Brasil? Instagram do evento indica que sim!

Um dos maiores festivais do mundo, o Ultra, divulgou um vídeo com imagens de São Paulo, dando indícios de seu retorno ao país.

Não, você não está sonhando e nem estamos propagando fake news, ou pelo menos assim a gente espera. Nesta terça-feira, 22 de novembro de 2022, um dos maiores festivais do mundo e queridinho do povo brasileiro, o Ultra, de Miami, fez uma postagens nos stories de sua conta oficial do Instagram, que deixou todo brasileiro morrendo de ansiedade.

Marcando a conta oficial do Ultra Brasil do Instagram e mostrando imagens de São Paulo, o festival dá indícios que o seu tão aguardado e desejado retorno ao solo brasileiro, está prestes a ser anunciado. Sem mais informações, o que nos resta é a especulação de que o festival estará de volta e dessa vez, na capital Paulista, cidade que tem se tornado a casa dos grandes eventos de música eletrônica.

As últimas passagens do Ultra por aqui foram em 2016 e 2017, no Rio de Janeiro. Nomes como Armin van Buuren, Martin Garrix, Above & Beyond, Carl Cox, David Guetta, entre tantos outros, estrelaram os line-ups. Conhecido por sua estrutura tecnológica e uma lista de artistas que supera todas as expectativas, o Ultra certamente nos proporcionará ótimas novas lembranças.

Por aqui, aguardamos ansiosamente o anúncio oficial e esperamos em breve, compartilhar informações atualizadas. Confira abaixo o vídeo compartilhado nas redes do evento:

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ADE finaliza retorno triunfal do mercado de música eletrônica na cena do entretenimento

A edição do ADE, Amsterdam Dance Event, deste ano marca a conclusão de um retorno impactante no mercado do entretenimento.

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Gal Costa também deixa grande legado na música eletrônica

Uma das maiores e mais ativas vozes do Brasil, Gal Costa, morre aos 77 anos, mas deixa um legado gigantesco também na música eletrônica.

Gal Costa

O Brasil perdeu, na última quarta-feira (09), uma das vozes mais icônicas, importantes e expressivas da história da música: a cantora e compositora Gal Costa, que faleceu aos 77 anos, em São Paulo. Gal estava, inclusive, criando um relacionamento mais próximo com a música eletrônica. Iria lançar na sexta (11), em coprodução com o duo carioca Bruce Leroys, pela Universal Music, um remix de Flor-de-Maracujá, música original de 1974, presente no álbum “Cantar”. O “Aureum Remix” chegaria em três versões (Radio Edit, Extended e Dub Version), por ora adiado, sem previsão de lançamento.

A voz de Gal também havia ecoado recentemente no festival Coala e marcaria presença no lineup do Primavera Sound; assim, ao longo de suas décadas de carreira, fica ainda mais claro que Gal sempre esteve em movimento, se comunicando com diferentes gerações e encantando públicos diversos. Em 2011, havia lançado o disco “Recanto“, com 11 canções,  onde ela interpretou músicas inéditas compostas por Caetano Veloso em um flerte muito forte com a música eletrônica.

Abaixo, você pode conferir a nota de pesar oficial da Universal Music e do Bruce Leroys:

Universal Music:

“Foi com imenso pesar que a Universal Music Brasil recebeu a notícia do falecimento da cantora Gal Costa, um dos grandes nomes do movimento tropicalista, uma artista inquieta e inovadora até os dias de hoje, que possui os primeiros discos de sua brilhante carreira no catálogo da companhia.

Diante desta triste notícia, informamos que o lançamento do remix da canção “Flor-de-Maracujá” (João Donato e Lysias Ênio), do álbum da cantora intitulado “Cantar” (1974), feito pelo duo carioca Bruce Leroys (formado por Marcelo Abreu e Diogo Vaille) em homenagem a Gal Costa, que tinha lançamento previsto para esta sexta-feira, dia 11 de novembro, será adiado por ora, com data indefinida.

“Recebemos, com muita tristeza, a notícia da inesperada partida da Gal Gosta, uma artista que sempre nos surpreendeu com seu imensurável talento e sua voz. Nos despedimos de Gal Costa certos de que ela deixa um legado imaterial para a música popular brasileira e para outras tantas futuras gerações”, diz Paulo Lima, presidente da Universal Music Brasil.

Bruce Leroys

Como sabem todos aqueles que nos acompanham, estávamos a dias do lançamento do nosso remix oficial da faixa “Flor de Maracujá” com a inigualável Gal Costa. Estamos devastados com a notícia da passagem da nossa Diva. Todo nosso carinho e solidariedade aos familiares, amigos, parceiros e fãs. Em demonstração de respeito absoluto ao momento que todos estamos passando, nós, em conjunto com @umusicbrasil, decidimos que não há a menor possibilidade, neste momento, de se falar deste lançamento. Agradecemos o carinho de todas as mensagens que recebemos, e estamos certos que no momento apropriado, a faixa “Flor de Maracujá” será parte de uma grande e mais que merecida homenagem à vida e ao legado incomensurável da divina Gal. É um privilégio e uma grande honra ter tido a oportunidade de participar de uma pequena parte da grandiosa obra da nossa musa, muito obrigado!!” Para todo sempre, Gal!, comunicou o Bruce Leroys, através de seu Instagram.

Apesar de sua presença física não estar mais entre nós, a voz dessa diva que transformou a música popular brasileira continuará por uma eternidade em nossos ouvidos e corações e seu legado jamais desaparecerá.

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Mainstage

O mistério foi desvendado: Vintage is a Festival

Previsto para 2023, VINTAGE IS A FESTIVAL é o novo festival autoral do artista brasileiro que passará por 5 cidades.

Após muita especulação nas redes sociais com um novo perfil de Lukas Ruiz chamado @vintageisculture, o artista finalmente desvendou o mistério. Em parceria com a Opus Entretenimento, maior plataforma de shows e entretenimento ao vivo do Brasil, e a XP Asset Management, gestora da XP Inc., uma das principais plataformas financeiras responsáveis pela realização de grandes projetos culturais do país, Vintage Culture promete revolucionar o mercado do entretenimento com seu novo festival chamado “Vintage Is A Festival”.

Esse lançamento é um dos mais inovadores projetos da música eletrônica na América Latina e apresenta um evento itinerante, que percorrerá cinco capitais do país em 2023 e promete bater recorde de público.

O artista promoverá o “Vintage is a Festival” em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília e Porto Alegre em 2023 e também existe um navio programado para 2024. Os eventos terão Vintage Culture como única atração, executando long set de 12 horas de duração e infraestrutura super tecnológica de grande impacto.

2022 está sendo gigante para Lukas Ruiz, começando por sua apresentação na edição pós-pandemia do Ultra Music Festival este ano, feita em um B2B inédito com o DJ e produtor alemão Claptone no Mainstage. Depois disso, Vintage Culture ganhou o mundo. Sua incrível residência no Hï Ibiza, na Espanha, atraiu fãs do mundo todo para as noites de quarta-feira durante a temporada de verão. Além disso, como residente dos clubes do TAO Group, em Las Vegas (EUA), ele mostrou que está entre o seleto grupo de artistas que lidera a indústria da dance music mundial, alcançando um patamar importante em sua carreira.

Outro fato importante foi sua posição como artista suporte na turnê mundial do trio sueco Swedish House Mafia. E para aqueles que acompanharam o set de estreia no Mainstage do Tomorrowland em julho deste ano, foi possível conferir a legião de fãs brasileiros, evidenciando a força que ele tem e levantando a importância do Brasil estar figurando em espaços importantes do mercado. Sem contar os sets épicos no Rock in Rio e Lollapalooza, em anos anteriores, que colaboraram para reforçar o patamar que o artista tem conquistado.

Recentemente, ele ganhou ainda mais espaço em um dos festivais mais importantes da indústria. O brasileiro foi anunciado como headliner do palco principal do Ultra Miami 2023, dividindo os holofotes com os maiores nomes da cena eletrônica internacional e sendo o único brasileiro no line-up até agora.

Figurando sempre nos rankings de melhores DJs do mundo e obtendo bilhões de streams nas principais plataformas digitais, Vintage foi destaque na capa da revista Rolling Stone e eleito uma das 30 personalidades mais influentes do Brasil com menos de 30 anos pela revista Forbes, tornando-se um dos artistas brasileiros mais influentes de sua geração.

“Vintage is a Festival” entrará para a história da cena eletrônica nacional e movimentará a indústria de entretenimento como um todo. Fiquem ligados, pois a venda de ingressos, em todas as capitais, começa no dia 08 de dezembro ao meio-dia pela plataforma uhuu.com, durando somente 72 horas ou até esgotar. Além disso, clientes cadastrados poderão ter acesso a pré-venda 1 hora antes dos demais. Mais informações sobre o festival podem ser encontradas no site oficial: www.vintageisafestival.com.

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Editorial

Durante o ADE, encontramos Dilby para um papo sobre carreira e conteúdo

Por JP Extasié

Dilby e JP em Amsterdam

O Beat for Beat esteve recentemente no Amsterdam Dance Event, maior conferência de música eletrônica do mundo, que aconteceu na Holanda, para trazer novas tendências e novidades do mercado mundial para nossos leitores. Iniciando nossa série de artigos especiais do ADE, batemos um papo com Dilby, um dos maiores produtores de house music do mundo.

Dilby é um dos DJs e produtores fundamentais para colocar o House Underground em posição de destaque na música eletrônica mundial. Recentemente sua música Remember Me alcançou o top #01 de vendas no Deep House. E falando em música, para entender um pouco mais a expressividade desse produtor, em uma breve olhada em seu catálogo você encontra selos como Glasgow Underground, 8Bit Records — além de outras como Bondage Music e Deepalma.

Ele é aquele artista maduro que sabe o que está fazendo. Não só sabe como também ensina tudo em seu canal do Youtube, passando seus conhecimentos aos DJs e produtores que almejam conquistar seus desejados espaços no mercado. Por isso menção da importância de seu papel, precisamos cada vez mais de pessoas capacitadas para passar a mensagem de forma consciente quando o assunto é música eletrônica. O melhor de tudo… FREE.

Em um papo rápido, tomando um café, Dilby nos recebeu para falar sobre carreira e seu conteúdo. Confira a entrevista na íntegra abaixo:

Dilby (Divulgacao)

Beat for Beat: Para quem ainda não conhece o Dilby, você pode se apresentar?

Sou Dilby, produtor musical da Nova Zelândia, moro e produzo em Berlim. Além de música, também faço vídeos no YouTube e tutoriais de produção. Compartilho o conhecimento que adquiri e venho adquirindo ao longo de 15 anos de experiência na indústria, postando vídeos semanalmente no Youtube.

Beat for Beat: Qual a razão que o levou a criar conteúdos e você esperava que iria repercutir tanto assim?

Foi resultado da pandemia, não tinha certeza como seria carreira naquela situação. Então aproveitei o tempo que estava livre e resolvi investir no canal. No início sabia que tinha potencial, as músicas que estava fazendo estavam repercutindo cada vez mais e hoje em dia recebo mensagem todos os dias perguntando como fazer músicas de outros produtores. No entanto, procuro fazer vídeos dos representantes de cada gênero para conseguir atrair mais pessoas.

Beat for Beat:Produtores buscam por identidade musical, como você acredita que eles podem conquistar isso?

Todos os produtores travam nessa parte, ao decidir o gênero. Também passei por isso, fiz vários estilos como; Tech House, Deep House, Funky House e Afro House e no final de tudo tentei combinar os sons que gostava pra fazer as músicas do Dilby. Realmente é uma questão de tempo e maturidade. Praticamente tudo já foi criado, nós repetimos timbres dos anos 80, 90 e geralmente pessoas pensam de forma como “quero ser como X, ou como Y” e acabam esquecendo de fazer sua própria arte. E o mercado precisa de originalidade.

Dilby (Divulgacao)

Beat for Beat: Nós sabemos que pra chegar em resultados significativos sempre tem uma virada de chave. Qual foi a sua?

Dilby: Uma das coisas mais importantes que fiz para melhorar os resultados foi limitar o número de coisas que fazia. Não dei tanta importância ao marketing quando falavam… você precisa disso e daquilo para ter mais isso e mais aquilo para alavancar sua carreira. E na verdade, o que fiz foi sentar e fazer o que tinha que ser feito, música.

Beat for Beat: É muito notável o crescimento do canal e sua comunidade de forma 100% orgânica. Como você acredita que as pessoas chegam até o canal e continuam com você na comunidade?

Dilby: Estou sempre focando em ajudar as pessoas da comunidade, então o conteúdo que crio é baseado em resolver as necessidades deles. Sendo assim, procuro estudar cada vez mais sobre como melhorar meus vídeos de forma que fique cada vez mais simples para passar o conteúdo.

 

Continue nos acompanhando para mais artigos especiais sobre o ADE 2022. Aproveita e siga a Beat for Beat em nosso Instagram.

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Mainstage

Entrevistamos: Curol

Em passagem pelo maior festival de música do Brasil, Curol nos contou um pouco sobre suas memórias musicais, representatividade e planos futuros.

Curol

Um dos mais recentes talentos da house music brasileira, Curol, nos recebeu após um momento histórico de sua carreira na última edição do palco NDO, dentro do Rock in Rio. Em um papo sobre sua história, sua representatividade dentro movimento afro-house e novos projetos, a produtora ainda nos revela o futuro lançamento do primeiro VA de sua label, a Nature Records. Confira nossa entrevista completa:

Curol

B4B: Você tem um relacionamento com a música desde pequena, foi violinista e tem uma cultura musical muito inserida dentro da sua história. Quais foram as suas primeiras memórias musicais que você leva como referências para sua carreira?

Curol: Entre as minhas primeiras memórias estão legião urbana, charlie brown jr, raimundos e kid abelha. Sempre tocava as faixas em meus churrascos de fim de semana e que até hoje me pedem para tocar durante as festas da minha família.

B4B: Você também trabalhou com fotografia, certo? Você conseguiu levar um pouco das lentes para suas produções musicais?

Curol: Eu consegui fazer uma mudança de identidade e de experiência. Hoje eu recruto profissionais para trabalhar comigo que eu sinto potencial e que de alguma forma agreguem ao meu projeto esses valores que tanto conheço.

Curol na ARCA, São Paulo (Por Phillipe Guimaraes).

B4B: Suas tracks sempre evidenciam a música afro-brasileira, sempre com elaboração de percussões memoráveis, como surgiu esse movimento afro house inserido dentro do seu trabalho?

Curol: Eu percebi que aqui no Brasil, pouquíssimos artistas faziam afrohouse com características brasileiras e o gênero também sofria muito preconceito, mas é uma coisa que eu sempre gostei e eu quis abraçar. Eu quis trazer as nossas raízes para a música, todo mundo traz, mas de forma bem limitada, que não é representativo. Lógico que a música sempre vem em primeiro lugar, mas se a gente puder retratar uma história por trás, se torna algo muito mais valioso.

B4B: Ainda falando sobre representatividade, você como é para você, uma artista mulher, negra, que faz parte da sigla LGBTQIA+, pisar em um dos palcos dos maiores festivais de música do mundo que é o Rock in Rio?

Curol: Estar no Rock in Rio, além de ser muito forte, é um reconhecimento muito grande de toda a história que eu criei. Em 2017 eu vim como público, em 2019 vim como fotógrafa e agora em 2022 eu vim como atração. Percebi com essa lacuna de tempo, muito aprendizado, muita dedicação, rolou muita evolução. E para estar aqui no New Dance Order, é sinal de que eu desenvolvi um ótimo trabalho e isso é muito importante para mim.

Curol no New Dance Order do Rock in Rio (Por Phillipe Guimaraes).

B4B: Se você pudesse deixar um recado para as produtoras e produtores, que estão no mesmo lugar de fala de você e que estão iniciando a sua carreira, qual recado você deixaria?

Curol: A primeira mensagem que deixo é que a minha gravadora, a Nature Records, está aberta para novos talentos. Se vocês estão procurando uma gravadora adequada, estamos sempre ouvindo músicas que flertam com o afro, o orgânico, com a cultura brasileira. Vamos ter um VA de novos talentos agora em novembro e no ano que vem ainda teremos um VA de todos os produtores brasileiros que produzem afro house, inclusive com uma visibilidade internacional muito grande. É muito gratificante fazer este projeto, para que incentivamos outros produtores a fazerem mais pelo nosso movimento.

B4B: E 2023, já está planejado? O que você consegue contar para gente que está no seu planejamento futuro?

Curol: Tem o VA que acabei de citar, mas tem algumas gigs bem grandes que ainda não posso contar e espero que vocês fiquem ligados para mais novidades que estão por vir!

B4B: Obrigado pela entrevista e nos vemos em breve!

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Agenda

DJ Snake chega ao Laroc Club neste sábado

O hitmaker francês DJ Snake se apresenta ao lado de Bruno Be, Bhaskar e Felguk neste próximo sábado, 5, no Laroc Club, em Valinhos.

Abrindo suas portas para mais uma edição de peso no dia 5 de novembro, o Laroc Club recebe novamente o produtor francês DJ Snake. Para dar um gostinho a mais do que ocorre nesta noite, separamos abaixo grandes colaborações da vida do artista com inúmeros nomes da música pop internacional.

Para começar, não podemos deixar de falar dela, uma track muito marcante em 2016: “Let Me Love You”, em parceria com ninguém, mais ninguém menos do que um dos maiores artistas do mundo: Justin Bieber. Hoje em dia, a faixa já acumula mais de 1.6 bilhões de plays no Spotify, e realmente virou um hit atemporal, já que ainda mantém um grande espaço na cena pop.

Ainda falando sobre estrelas americanas que colaboraram com DJ Snake, precisamos citar um grande sucesso que reuniu nomes como Selena Gomez, Cardi B e Ozuna. Foi assim que nasceu o hit “Taki Taki“, lançado em 2019, no álbum “Carte Blanche”, que traduzindo do francês significa Carta Branca.

“Taki Taki” não foi a única colaboração ao lado de Selena Gomez: há também o sucesso “Selfish Love”, lançado em março de 2021. Apenas há um ano e meio, ele já acumula um número gigantesco de plays, ultrapassando os 92 milhões, e assim abrilhantando o portfólio do artista.

Um de seus maiores hits é em colaboração com o trio americano Major Lazer e com a cantora e compositora dinamarquesa . A música “Lean On” foi – e ainda segue sendo – um enorme sucesso, acumulando em seu videoclipe mais de 3.2 bilhões de visualizações, um número muito significativo, que condiz com a faixa.

DJ Snake também ampliou sua sonoridade, inserindo a música eletrônica no mundo do rap americano, que já é extremamente consolidado. Uma de suas músicas nesse meio é “Lazy Susan”, feita ao lado de 21 Savage, Rich Brian, Warren Hue e Masiwei, que mesmo tendo sido lançada apenas há um ano, já conta com um número gigantesco de plays, ultrapassando a marca dos 9 milhões em pouco tempo.

Encore“, mesmo álbum em que foi lançada “Let Me Love You”, também conta com uma track com um dos maiores rappers americanos: Travis Scott. A faixa “Oh Me Oh My” teve um grande sucesso nos dois universos, tanto da música eletrônica, como do rap mundial.

O francês também trabalhou com um dos grandes nomes do rap americano feminino. Ao lado de Megan Thee Stalion, Ozuna e Lisa – da banda de K-Pop Blackpink -, construiu “SG”, música que junta o melhor de todos os mundos. Com pegadas do rap e com sonoridades que lembram músicas de origem latina, eles conseguiram ultrapassar mais de 181 milhões de plays no Spotify.

Ainda seguindo a linha das sonoridades latinas junto ao rap, o DJ teve a oportunidade de trabalhar ao lado de artistas grandes de cada uma dessas cenas, como J Balvin e Tyga, e foi assim que surgiu “Loco Contigo”. A música também foi lançada no álbum “Carte Blanche” em 2019, e atingiu patamares incríveis.

Gostou de saber um pouco mais sobre os maiores hits do artista? Então não deixe de garantir seu ingresso para esse sábado (5), no Laroc Club, através da plataforma Ingresse, neste link e ouça todas as músicas de sucesso de DJ Snake ao vivo.

Serviço:
Laroc apresenta DJ Snake, Bhaskar e Bruno Be

Data: 5 de novembro
Doors Open: 16h
Endereço: Laroc Club. Rod. Dom Pedro I, km 118 – Bairro dos Lopes, Valinhos – SP, 13273-300.
Tickets disponíveis na plataforma Ingresse.
Reservas de camarotes: reservas@laroc.club

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Via UnderGROUND

Surreal Park anuncia programação de Verão

Com grandes nomes internacionais da música eletrônica underground, o Surreal Park libera a primeira fase dos artistas que vão fazer parte de sua nova programação de verão.

Mesmo sendo um clube recentemente inaugurado, o Surreal Park, localizado em Camboriú, Santa Catarina, já acumula grandes headliners em sua história e para o começo do seu segundo ano de vida não poderia ser diferente. Com diversas datas confirmadas, que alcançam diferentes gêneros em sua programação, desde o techno melódico até o tech-house, a expectativa é de casa cheia em todas as suas aberturas.

O line up do verão do Surreal Park conta com grandes nomes como:  ANOTR, East End Dubs, Denis Sulta , Paco Osuna , Echonomist, Fideles , Carl Craig, DJ W!ILD, Lilly Palmer, Matador, Rodriguez Jr. The Martinez Brothers, Layla Benitez, Oostil, Hito, Ida Engberg e Facundo Mohrr.

Abaixo você pode conferir a programação completa com os headliners de suas respectivas datas:

A venda de ingressos para as datas anunciadas se inicia nesta segunda feira, 31 de Outubro, à partir das 18:30 no site da Blueticket, que você pode acessar clicando aqui. Aproveite e siga o Surreal Park no Instagram.

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Agenda

B2B inédito entre Âme e Dixon fecha grande ano da ODD

Evento será mais uma vez na Fábrica de BrinqueDDOs, Zona Oeste de São Paulo

Para fechar com chave de ouro este 2022 histórico, a ODD revelou a data e o lineup de sua última edição do ano. Em 26 de novembro, um sábado, a poderosa festa paulistana trará para sua edição /atmos/ ninguém menos que Âme e Dixon, oficialmente pela primeira vez em back to back no Brasil. O evento será novamente Fábrica de BrinqueDDOs, na Zona Oeste da capital, mas desta vez em dois galpões diferentes da locação, usados de forma inédita.

Ícones da cena alemã e fundadores da mais do que conceituada gravadora Innervisions, os artistas têm trajetórias diferentes em relação a uma das maiores label parties do underground brasileiro. Steffen Berkhahn, o Dixon, já tocou duas vezes na ODD: em dezembro de 2017 e em fevereiro deste ano, em edição realizada em parceria com o clube campineiro CAOS. Por outro lado, a dupla formada por Kristian Beyer e Frank Wiedemann foi atração de uma festa realizada no Rio de Janeiro (coincidentemente, em outro 26/11, cinco anos atrás), e fará, portanto, sua estreia em uma edição principal do núcleo, em São Paulo. Como de praxe, o Âme será representado por Beyer.

O lineup ainda conta com outro B2B pesado — o dos cofundadores e residentes Davis e Vermelho —, o também residente Frontinn, o retorno de My Girlfriend (duo formado pelo outro cofundador do núcleo, Zopelar, com o jovem prodígio ​​Benjamin Sallum) e as estreias de Valentina Luz (que já performou na festa, mas agora vem no time musical), da DJ Giu Nunez (parte do coletivo carioca Domply) e de Omoloko, nome-chave da cena mineira, criador do núcleo 101Ø.

Nos visuais, as performers Aun Helden, Enco e Katrevosa recebem a Casa de Pimentas — casa da cena kiki de São Paulo —, enquanto, como de costume, Julio Parente comanda as luzes, e L.Pitzs, as projeções.

Sobre a ODD

O núcleo ODD imprime uma forte e única identidade cultural na música eletrônica brasileira. Desde 2015, a curadoria artística oferece excelência audiovisual e sempre prospera por uma forte experiência sinestésica, segura e inclusiva, em vez de apenas uma estrutura de eventos.

Em uma qualidade intrínseca de ampliar as experiências criativas e artísticas, a ODD contempla uma miríade de estilos de vida, perspectivas e preferências a cada edição. Em 2019, o lançamento do selo ODDiscos apareceu como um desafio a esta força inexorável, mesmo que singelo, ao materializar a energia criativa que propela o projeto numa forma musical e em vários formatos.

A festa, feita para agradar quem gosta de celebrar a noite, sem limites, sem estigmas e sem barreiras, já apresentou grandes nomes da música eletrônica nacional e internacional, como Linn da Quebrada, Davis, Vermelho, Lena Willikens, Honey Dijon, Octo Octa, Dixon, Âme, DVS1, Function, FJAAK, Job Jobse, Cormac e Elena Colombi.

Serviço:

ODD /atmos/

Local: Rua Dr. Moisés Kahan, 140 – Parque Industrial Tomas Edson, São Paulo – SP

Atrações: Âme B2B Dixon, Davis B2B Vermelho, Frontinn, Giu Nunez, My Girlfriend, Omoloko e Valentina Luz (som); Aun Helden, Enco, Casa de Pimentas, Katrevosa, Julio Parente e L.Pitzs (visuais)

Data: 26/11 (sábado)

Horário: Das 21h às 09h

Ingressos: A partir de R$ 100,00 via Sympla

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Entrevista

Entrevistamos: Chemical Surf

Lucas e Hugo são irmãos e parceiros de estúdio. Com diversos hits e colaborações de sucesso, o Chemical Surf é hoje uma das maiores duplas de DJs do nosso país.

Chemical Surf

De Maringá para o mundo, Lucas e Hugo desde 2003 se esforçam assiduamente para levarem o projeto Chemical Surf para o mundo. Com remixes de grandes faixas brasileiras como “Verdinha” de Ludmilla e com colaborações com grandes nomes da dance music como Kaskade, a dupla recentemente fez uma grande tour pela Europa, tocando até no Tomorrowland. Conversamos com Chemical Surf sobre seu início de carreira, últimos lançamentos e sobre sua apresentação no palco New Dance Order do Rock in Rio, maior festival de música do nosso país. Confira nosso papo:

Beat for Beat: Parabéns, já é o quarto Rock in Rio, e vamos voltar ao passado, quais foram as primeiras memórias de vocês ouvindo música juntos e como vocês trouxeram essas memórias para o projeto?

Chemical Surf: Nós sempre tivemos um gosto musical muito parecido, e quando começamos a produzir e tocar juntos, lá em 2003, não sabíamos se ia dar certo, mas gostávamos muito de música. E em uma festinha pequena, nós íamos nos apresentar de forma separada e no fim acabamos decidindo se apresentar juntos e a galera já elogiou bastante. A partir daí eram duas cabeças pensando como uma.

Beat for Beat: E como funciona o processo produtivo de vocês no estúdio? Vocês conseguem trabalhar juntos, se dividem? Como funciona a rotina de vocês?

Chemical Surf: Nós trabalhamos bastante juntos, como somos irmãos, raramente sai algumas discussões e se acontece alguma briga, é questão de 5 minutos e já estamos juntos novamente.

Chemical Surf

Beat for Beat: Recentemente vocês produziram um remix para “Verdinha” de Ludmilla, como foi tocar essa track lá fora? Como vocês viram a aceitação do público com o funk e com as músicas em português?

Chemical Surf: A galera tá se interessando mais, depois da febre do espanhol, sentimos que o português já é muito mais aceito lá fora. Tem muito gringo tocando nosso remix lá e a galera super curte

Beat for Beat: Por falar em exterior, vocês fizeram o Tomorrowland recentemente, como foi a sensação de tocar no maior festival de música eletrônica do mundo?

Chemical Surf: Foi emocionante, é um sonho realizado para a gente. A gente sempre trabalhou para estarmos nos maiores festivais de música do mundo e o Tomorrowland não é diferente, foi sensacional. Foi quase uma década no Rock in Rio e Lollapalooza Brasil e finalmente começamos a trabalhar bastante no exterior, isso também mostra que temos uma cena cada dia mais sólida lá fora.

Chemical Surf no Lollapalooza Brasil

Beat for Beat: Vocês também produziram uma colaboração com o Kaskade, que também se apresentou no New Dance Order no mesmo dia que vocês, como foi trabalhar com este que é um dos maiores nomes da dance music atualmente?

Chemical Surf: Ele sempre nos dava suporte em algumas faixas e víamos que ele nos seguia nas redes sociais e encaminhamos uma mensagem e começamos a conversar, ele mesmo nos chamou para criarmos uma faixa juntos. Depois fomos para Los Angeles, trabalhar no estúdio com ele e acabamos trazendo o timbre brasileiro para a track, com bastante percussão e acabamos pegando uma cuíca para incorporar a track.

Beat for Beat: E para encerrar, como é voltar pra casa, depois de uma tour enorme lá fora e ainda de cara vir tocar no New Dance Order do Rock in Rio?

Chemical Surf: É nossa quarta vez, mas é como se fosse a primeira. Esses grandes festivais dá sempre um frio na barriga, a relevância do Rock in Rio é enorme, o Brasil todo está vendo o que preparamos para o set. Trabalhamos em bastante edits, pensamos bastante nos nossos hits e a gente tá feliz demais pela entrega!

Parabéns pelo show e obrigado pela entrevista Chemical Surf!

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