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Adorn é o DJ Destaque do Ano por premiação da ColorsDJ

Artista paulista, Adorn, celebra grande momento de carreira no Hard Techno e prova disso, é o prêmio de “Destaque do Ano”.

Foto: @fernando_sigma

Os tempos recentes têm sido de grandes frutos colhidos por Adorn em sua caminhada na cena de música eletrônica. Diversas já eram as suas conquistas desde que se lançou ao mundo; criação da label Rave Lemon, lançamentos em selos de renome mundial (DSR Digital, Cartel Recordings) e suporte de Dax J, 999999999, D.A.V.E. The Drummer e Richie Hawtin são somente algumas das grandes novidades que o artista protagonizou.

A cereja do bolo acaba de acontecer na revista ColorsDJ, onde Adorn é destacado em sua premiação como Destaque do Ano, após um ano de 2022 intenso para o DJ e produtor paulista, que inclui sua entrada no cast da agência de bookings italiana Sostanza, um remix trevoso para o Victor Lou, dezenas de faixas novas e apresentações em eventos como a Tantsa.

Este reconhecimento tem um sabor ainda mais potente quando pensamos que o Hard Techno não é considerado um dos movimentos mais populares de música eletrônica no Brasil, o que não é nenhum impeditivo para Adorn – se depender dele, seguirá trilhando seu caminho como uma referência cada vez mais sólida no cenário brasileiro e estrangeiro.

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Hard and heavy: entrevistamos o brasileiríssimo Adorn

Anderson Adorno, ou Adorn, é um dos mentorados de tarter e tem uma cartela de lançamentos explosivos. Confira nossa entrevista exclusiva.

Foto: Fernando Sigma (@fernando_sigma)

Por Rodrigo Airaf

O hard techno vem ficando cada vez mais forte aqui no Brasil. A inserção do gênero nas cenas independentes de dance music (em especial em São Paulo e Rio de Janeiro) se mostrou um casamento com final feliz, seja em torno das vertentes hard per se ou da EBM — Electronic Body Music. Muitos talentos emergentes vêm se formando neste movimento e reverberando suas batidas pujantes pelo país. Neste contexto encontra-se Adorn.

O jovem de 23 anos tem ainda uma carta-coringa em sua bagagem profissional: sua experiência como baterista de heavy metal. Isso não tira seu ecletismo, entretanto; Adorn é um entusiasta da música e coloca em seus shows uma pitada de tudo quanto é referência com a qual estiver flertando ultimamente. Nas pistas, seus sets vão caminhar por sons como o acid, o hard e o warehouse techno.

Ainda em clima de celebração por um ano prolífico que foi 2021, com mais de uma dezena de lançamentos em selos como DSR Digital, Cartel Recordings, Back in Black, Under Division, Waxx Label e Basse-cour, decidimos conversar um pouco com Anderson Adorno. Confira!

Emission #55: Adorn by Pestilencia Industrial

 

Beat for Beat – Como tem sido pra você a jornada de conduzir seu selo próprio? Foi muito burocrático?

Adorn – É um grande desafio conciliar e apresentar um bom trabalho na carreira e no label, desde o momento que decidi abrir a Rave Lemon eu já sabia que estava criando uma outra carreira, são dois corpos que precisam estar alinhados e andar juntos, mas é claro que cada um tem um tempo de maturação.

Pretende ampliar o espaço da Rave Lemon para mais artistas em 2022?

Adorn – Sim claro, nesse ano já iremos ter a inserção de alguns brasileiros que foram convidados por mim para participar do meu próximo release. E o planejamento é que esses mesmos assinem releases na Rave Lemon. Além disso, outros artistas já estão preparando os releases e recebendo o meu convite.

 

Você também foi um dos alunos mentorados pelo tarter durante esse caminho… como você compreende que evoluiu desde então?

Adorn – Foi um processo de constante evolução até aqui, durante a mentoria pude aprender muitas coisas sobre o business por trás da carreira, lidei friamente com os meus pontos fracos para melhorá-los. Foi um momento de muita reflexão e trabalho, querendo ou não eu já estava me inserindo no mercado e o tarter me ajudou muito nesse processo de lapidação.

2021 foi um ano muito interessante para você, mesmo com todas as limitações da pandemia. Quais você diria terem sido as principais lições aprendidas neste período?

Adorn – Resumo o ano de 2021 em três palavras: trabalho, paciência e direção! Aprendi muita coisa nesse ano, tanto na vida pessoal quanto em minha carreira.

Sabemos que sua principal influência musical é o Dax J. Este leque de referências ampliou ainda mais à medida em que foi produzindo e pesquisando mais artistas e selos? Quem vem te chamando mais atenção ultimamente?

Adorn – Sim, a cada dia descubro novos artistas estejam eles dentro da música eletrônica ou não, amo realizar pesquisas musicais que não só ampliem minha mente para o techno e sim para a produção musical. Voltando para o underground, alguns artistas como, Matheus Rocha, Kreuz, Gustav:s, Bervon, Martinelli, KaioBarssalos, Kill Your Idols, Illiya Korniyenko, Symone, Ayako Mori, ARDL, BOTL entre outros… vem me chamando atenção em olhos de produção e/ou performance.

Seu som também tem chego em DJs expressivos da cena underground. Você acredita que já tem encontrado sua identidade e isso tem te ajudado nesse reconhecimento?

Adorn – Sim! A identidade sonora é super importante para o artista e é imprescindível que ela esteja em constante evolução e que não seja perdida por conta de hype (estilo de som do momento). Isso tem que ser trabalhado para que a identidade seja clara ao primeiro play de uma demo ou promo, é um trabalho lento e que tem que ser feito com qualidade, é literalmente o que vai te fazer se destacar entre todos. Qual artista hoje não quer que a pista reconheça seu som quando outro artista tocá-lo?

Das mais de 12 faixas lançadas por você este ano, teve alguma ou algumas que te trouxeram maior satisfação na hora de produzir ou que te deixou mais feliz em lançar?

Adorn – Sim, por enquanto é a track Hobbes Didn’t Lie. O arranjo dela é relativamente simples mas, é cheia de texturas, estéticas e grooves em todos os momentos da track. Tudo isso quando somado pode gerar uma tremenda bagunça auditiva, para fazer a mix é um trabalho minucioso e tem que ter qualidade. Eu imaginei a track na minha cabeça e quando iniciei a produção foi um aposta, ou ela ficaria muito boa ou realmente muito ruim (haha).

O que você tem a dizer para DJs novates que querem trilhar um caminho sólido como este que você vem construindo?

Adorn – Trabalhe e tenha foco como nunca, se espelhe sim em artistas grandes porque eles já estão onde você quer chegar. Tenha paciência e direcionamento, estude e desenvolva sua identidade visual e sonora, analise o mercado e descubra a brecha para a sua inserção, em algum ponto você tem que apresentar o que difere você dos artistas novos e os já consolidados. Todos nós somos diferentes um do outro, podemos estar no mesmo mercado mas há sim uma diferença e, é essa diferença que você precisa apresentar.

Aprenda a receber críticas e filtrar quais são construtivas ou não, saiba desde já que cada artista tem um caminho e não é porque o outro segue um caminho diferente do seu que ele está errado, mal direcionado ou quer ser mais “comercial” no gênero.

E o que podemos esperar de Adorn para 2022? Quais são seus objetivos para o próximo ano?

Adorn – Temos grandes novidades já para esse primeiro trimestre, fiquem ligados! Os objetivos são grandes, mas claro, mantenho o pé no chão. Não darei spoiler de nada pois existem muitos detalhes sendo ajustados que cercam essas novidades, só uma coisa é certa. Trabalharemos para que cada vez mais a bandeira brasileira do Hard Techno esteja onde ela deve estar.

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Gravadora dos sonhos: Bervon indica suas labels favoritas do momento

Na lista do DJ e Produtor curitibano, Bervon, tem as labels Klockworks, Suara e mais algumas; dá uma olhada e escute algumas tracks!

Bervon

Se antes lançar por gravadoras renomadas mundialmente era algo para poucos, hoje em dia, com a facilidade do streaming e o networking possibilitado pelo mundo digital, essa tarefa se tornou um pouco mais fácil, mas isso não significa que o contrato está garantido. Para fazer os olhos de grandes A&R se arregalarem, ainda é preciso um trabalho de muita dedicação e alto nível pelos produtores musicais.

Pouco a pouco, porém, alguns artistas vêm alcançando tais metas, como é o caso do DJ e produtor curitibano Bervon. De 2017 para 2018, ele deixou de ser apenas DJ e começou a se dedicar pra valer na produção, lançando seus primeiros trabalhos por Spliced Vinyl Recordings e Egothermia. Foi o suficiente para ele pegar gosto pela coisa e se afundar nos estudos, resultando em um número maior de lançamentos em 2019, chegando até mesmo na Ballroom Black, da Alemanha.

Mas foi realmente no ano passado que a chave virou. Com um som ainda mais pesado e uma identidade cada vez mais própria, Bervon ganhou espaço na Kaligo Records, forte representante do Techno no Brasil, e na sequência chegou na Noise Music, icônica gravadora de Anderson Noise, que faz história sendo a mais antiga em atividade até hoje. Pra carimbar o  prolífico ano com chave de ouro, Bervon ainda lançou pela Cartel Recordings, e inaugurou o catálogo da Soundscape Records OFF com o EP ‘Freedom’.

Motivado a continuar pavimentando sua estrada e alcançar conquistas ainda mais significativas, convidamos Bervon para nos trazer alguns selos que ele acompanha de perto atualmente e, por que não, que ele ainda sonha em lançar. Listão para você gravar os nomes e ficar de olho nos próximos lançamentos:

Klockworks

“No primeiro momento que conheci o trabalho do Ben Klock, fiquei impressionado! Depois disso, todas as vezes que ele veio para o Brasil eu fui prestigiar, todos os sets me influenciaram de diferentes formas. Pra mim, quase todos os lançamentos da gravadora me interessam, mas alguns fizeram amadurecer muito o meu gosto e buscar novas sonoridades para minhas músicas. A Klockworks me ajudou a mudar e evoluir.”

Suara

“Eu acompanho a Suara desde quando comecei a tocar, mas de um tempo pra cá passei a me identificar ainda mais com ela. Já toquei muitas faixas que foram lançadas por eles, de diferentes artistas que eu admiro. É outra gravadora que influenciou muito a mudar minha sonoridade. De todas as citadas é a que eu acompanho há mais tempo.”

Second State

“A Second State é uma gravadora que também lança muitos artistas que eu curto, consumo muito das faixas que são lançadas lá e me identifico demais com o som deles.”

Kd Raw

“Eu sempre acompanhei o trabalho do Kaiserdisco e muitas das faixas lançadas na Kd Raw me deram insides para produzir minhas próprias tracks, espero um dia ter meu nome estampado no catálogo deles.”

Odd Recordings

“Eu acho o Ramiro Lopez uma figura [risos], também acompanho o trabalho do Arjun Vagale faz tempo. São dois artistas que sempre produzem e tocam faixas que me agradam, muitas das tracks lançadas pela gravadora me interessam também, seria uma honra assinar por lá.”

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Por dentro da identidade techneira do produtor brasileiro 2Stroke

Explorando um lado do techno não tão difundido no Brasil, o acid, 2Stroke mostra consistência em suas produções que já o levaram para grandes clubs do país.

2STROKE

O crescimento do Techno nos quatro cantos do globo já é realidade há algum tempo, tanto que em 2019 foi o gênero mais vendido no Beatport. Mas dentro dele há uma vertente que poucos exploram — pelo menos aqui no Brasil: estamos falando das linhas mais quentes e enérgicas do Acid, estilo bastante difundido em países como Estados Unidos, Alemanha e Reino Unido.

Por aqui, uma figura que tem seguido este caminho é o paulista 2Stroke, que apesar de ser formado em nutrição, encontrou na música a forma de se expressar e conectar com mais pessoas ao redor do mundo. Já são pelo menos 6 anos discotecando pelo Brasil, com passagem pelas cabines do D-EDGE, Club88 e Sub Paradise, além de uma residencia no festival Deep Carnival e de experiência como stager management do Caos.

Como produtor, ele vem lançando desde 2016, mas com mudanças bem significativas na estética de som. A parte acid das suas produções é algo mais recente, mesmo assim vale destacar alguns releases de Techno lançados no passado como o EP ‘Weather Radar System‘, de duas faixas, produzido em parceria com CHL e assinado pela Kaligo Records, já demonstrando o peso de sua identidade.

No final de 2019, com um release pela Synthétique, os traços marcantes do Roland TB-303 já davam as caras acompanhados de graves fortes e elementos industriais:

Já no lançamento pela Cartel Recordings, da Alemanha, ele teve a oportunidade de entregar duas faixas no VA ‘The Dark Side Looks Back Vol. II’, uma em colaboração com Lutgens, outra  com KEIKI, adicionando uma dose generosa da linha ácida e violenta em ‘Steel Punch’.

Em maio, a Cartel também organizou o Vol. III do disco mencionado acima contemplando mais de 60 tracks lançando exclusivamente pelo Bandcamp para reverter os lucros aos dependentes químicos. 2Stroke colaborou com quatro novas faixas neste VA, com destaque para a faixa ‘Tesla’:

De agora em diante, 2Stroke pretende dar ainda mais peso nas suas faixas aproximando-se do Acid Techno presente principalmente em Londres. Vale ficar ligado nos seus próximos passos.

https://soundcloud.com/twostrokebr/sets/ctl013-the-dark-side-of-the-world-looks-back-lll

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