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Via UnderGROUND

Hard and heavy: entrevistamos o brasileiríssimo Adorn

Anderson Adorno, ou Adorn, é um dos mentorados de tarter e tem uma cartela de lançamentos explosivos. Confira nossa entrevista exclusiva.

Adorn Fotos por @fernando_sigma

Foto: Fernando Sigma (@fernando_sigma)

Por Rodrigo Airaf

O hard techno vem ficando cada vez mais forte aqui no Brasil. A inserção do gênero nas cenas independentes de dance music (em especial em São Paulo e Rio de Janeiro) se mostrou um casamento com final feliz, seja em torno das vertentes hard per se ou da EBM — Electronic Body Music. Muitos talentos emergentes vêm se formando neste movimento e reverberando suas batidas pujantes pelo país. Neste contexto encontra-se Adorn.

O jovem de 23 anos tem ainda uma carta-coringa em sua bagagem profissional: sua experiência como baterista de heavy metal. Isso não tira seu ecletismo, entretanto; Adorn é um entusiasta da música e coloca em seus shows uma pitada de tudo quanto é referência com a qual estiver flertando ultimamente. Nas pistas, seus sets vão caminhar por sons como o acid, o hard e o warehouse techno.

Ainda em clima de celebração por um ano prolífico que foi 2021, com mais de uma dezena de lançamentos em selos como DSR Digital, Cartel Recordings, Back in Black, Under Division, Waxx Label e Basse-cour, decidimos conversar um pouco com Anderson Adorno. Confira!

 

Beat for Beat – Como tem sido pra você a jornada de conduzir seu selo próprio? Foi muito burocrático?

Adorn – É um grande desafio conciliar e apresentar um bom trabalho na carreira e no label, desde o momento que decidi abrir a Rave Lemon eu já sabia que estava criando uma outra carreira, são dois corpos que precisam estar alinhados e andar juntos, mas é claro que cada um tem um tempo de maturação.

Pretende ampliar o espaço da Rave Lemon para mais artistas em 2022?

Adorn – Sim claro, nesse ano já iremos ter a inserção de alguns brasileiros que foram convidados por mim para participar do meu próximo release. E o planejamento é que esses mesmos assinem releases na Rave Lemon. Além disso, outros artistas já estão preparando os releases e recebendo o meu convite.

 

Você também foi um dos alunos mentorados pelo tarter durante esse caminho… como você compreende que evoluiu desde então?

Adorn – Foi um processo de constante evolução até aqui, durante a mentoria pude aprender muitas coisas sobre o business por trás da carreira, lidei friamente com os meus pontos fracos para melhorá-los. Foi um momento de muita reflexão e trabalho, querendo ou não eu já estava me inserindo no mercado e o tarter me ajudou muito nesse processo de lapidação.

2021 foi um ano muito interessante para você, mesmo com todas as limitações da pandemia. Quais você diria terem sido as principais lições aprendidas neste período?

Adorn – Resumo o ano de 2021 em três palavras: trabalho, paciência e direção! Aprendi muita coisa nesse ano, tanto na vida pessoal quanto em minha carreira.

Sabemos que sua principal influência musical é o Dax J. Este leque de referências ampliou ainda mais à medida em que foi produzindo e pesquisando mais artistas e selos? Quem vem te chamando mais atenção ultimamente?

Adorn – Sim, a cada dia descubro novos artistas estejam eles dentro da música eletrônica ou não, amo realizar pesquisas musicais que não só ampliem minha mente para o techno e sim para a produção musical. Voltando para o underground, alguns artistas como, Matheus Rocha, Kreuz, Gustav:s, Bervon, Martinelli, KaioBarssalos, Kill Your Idols, Illiya Korniyenko, Symone, Ayako Mori, ARDL, BOTL entre outros… vem me chamando atenção em olhos de produção e/ou performance.

Seu som também tem chego em DJs expressivos da cena underground. Você acredita que já tem encontrado sua identidade e isso tem te ajudado nesse reconhecimento?

Adorn – Sim! A identidade sonora é super importante para o artista e é imprescindível que ela esteja em constante evolução e que não seja perdida por conta de hype (estilo de som do momento). Isso tem que ser trabalhado para que a identidade seja clara ao primeiro play de uma demo ou promo, é um trabalho lento e que tem que ser feito com qualidade, é literalmente o que vai te fazer se destacar entre todos. Qual artista hoje não quer que a pista reconheça seu som quando outro artista tocá-lo?

Das mais de 12 faixas lançadas por você este ano, teve alguma ou algumas que te trouxeram maior satisfação na hora de produzir ou que te deixou mais feliz em lançar?

Adorn – Sim, por enquanto é a track Hobbes Didn’t Lie. O arranjo dela é relativamente simples mas, é cheia de texturas, estéticas e grooves em todos os momentos da track. Tudo isso quando somado pode gerar uma tremenda bagunça auditiva, para fazer a mix é um trabalho minucioso e tem que ter qualidade. Eu imaginei a track na minha cabeça e quando iniciei a produção foi um aposta, ou ela ficaria muito boa ou realmente muito ruim (haha).

O que você tem a dizer para DJs novates que querem trilhar um caminho sólido como este que você vem construindo?

Adorn – Trabalhe e tenha foco como nunca, se espelhe sim em artistas grandes porque eles já estão onde você quer chegar. Tenha paciência e direcionamento, estude e desenvolva sua identidade visual e sonora, analise o mercado e descubra a brecha para a sua inserção, em algum ponto você tem que apresentar o que difere você dos artistas novos e os já consolidados. Todos nós somos diferentes um do outro, podemos estar no mesmo mercado mas há sim uma diferença e, é essa diferença que você precisa apresentar.

Aprenda a receber críticas e filtrar quais são construtivas ou não, saiba desde já que cada artista tem um caminho e não é porque o outro segue um caminho diferente do seu que ele está errado, mal direcionado ou quer ser mais “comercial” no gênero.

E o que podemos esperar de Adorn para 2022? Quais são seus objetivos para o próximo ano?

Adorn – Temos grandes novidades já para esse primeiro trimestre, fiquem ligados! Os objetivos são grandes, mas claro, mantenho o pé no chão. Não darei spoiler de nada pois existem muitos detalhes sendo ajustados que cercam essas novidades, só uma coisa é certa. Trabalharemos para que cada vez mais a bandeira brasileira do Hard Techno esteja onde ela deve estar.

Acompanhe Adorn pelo Instagram.

DJ, Produtor, Redator, Libriano e Sonhador. Trance para amar e Techno para dançar, com uma taça de Gin para acompanhar. Onde é o after?

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