Um dos projetos de música eletrônica mais famosos do Brasil nos anos 2000, o eterno projeto Kasino conversou com a gente sobre seu retorno.
Se você viveu os anos 2000 ou é antenado em memes, com toda certeza já esbarrou no “AEE KASINÃO, VAI DJ!”, protagonizado por Gilberto Barros em seu extinto programa Sabadaço, durante a apresentação de um ícone da música eletrônica nacional: o grupo KASINO.
Formado em 2005, o grupo ficou conhecido em todo o país por seus hits que viraram trilha sonora de novelas globais, entre elas ‘América’, ‘Sabor da Paixão’ e ‘Páginas da Vida’, além é claro, do meme que tomou conta do Brasil e do mundo. Após anunciar seu retorno, o grupo já voltou a atividade com o relançamento de algumas tracks e já planeja novidades. Confira o papo que tivemos o vocalista Fher Cassini. Entrevistamos: KASINO!
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Beat for Beat – Fala pessoal, tudo bem? Pra começar, quero dizer que assim como muitas pessoas, estamos felizes com esse retorno. Como é pra vocês, fazer parte de uma memória tão afetiva, principalmente para aqueles que tiveram os primeiros contatos com a música eletrônica, através de suas músicas?
Kasino – Isso é muito gratificante. Vários DJs que estão hoje em alta hoje, vêm até mim falar que ouviam e tocavam muito nossas músicas quando estavam começando. O duo Dubdogz, por exemplo, falou que no início da suas carreiras, o Kasino era uma referência pra eles, que tocavam e ouviam muito o projeto. Depois que tive um contato mais próximo com eles, a música ‘Can’t Get Over’ é tocada em praticamente todas as lives deles.
O passado sempre nos acompanhará, onde quer que a gente vá. Sabemos que por muito tempo, o episódio com Gilberto Barros foi motivo de chateação para vocês. O que aconteceu ali, naquele dia? Como vocês veem a repercussão disso até hoje, incluindo os memes?
Kasino – Ao contrário do que muitos pensam ou se fala, no dia não aconteceu nada de mais, foi mais um dia de gravação como outro qualquer. O que atrapalhou bastante, foi o fato do Gilberto interromper a nossa apresentação, falando bastante. No começo, eu achava que o meme era uma forma de depreciar nosso trabalho, mas hoje eu consigo entender que o que eu recebo é só carinho e admiração. Estou me divertindo com tudo isso e adorando os novos memes que estão surgindo depois que anunciamos a volta. O pessoal é muito criativo.
Recentemente vocês anunciaram o retorno, que inclusive noticiamos por aqui e as primeiras ações do grupo foram o relançamento de 3 grandes hits. Porque, depois de tanto tempo, colocar tais músicas nas plataformas digitais? Não era melhor, já de início, apostar em algo novo?
Kasino – Fiz isso para atender os pedidos que os fãs estavam fazendo, nas redes sociais, para colocamos as músicas nas plataformas de streaming. Queríamos. também, refrescar as músicas e o Kasino na memória das pessoas, para depois investir em algo inédito. A gente também entende que o single inédito tem que acontecer no momento certo e que as pessoas possam curtir não só em casa, mas nas festas, que por enquanto, não podem acontecer. Vamos torcer.
Falando em algo novo, já existe planos de tracks inéditas? Como está o planejamento de lançamentos de vocês?
Kasino – Já existe sim. Eu (Fher) e o Mister Jam já estamos conversando e com algumas ideias para o novo single. O planejamento de lançamento é entre setembro e outubro.
O grupo, que já teve 2 formações, hoje traz novamente Fher Cassini nos vocais. Além dele, quais membros permanecem ou entram para o grupo?
Kasino – Permanecem o Fábio Almeida (Mister Jam), que é o responsável pelo retorno e o Ian Duarte tem ajudado em algumas questões.
Fher, te acompanhando nas redes sociais, vimos que você é bem por dentro do mundo eletrônico e tem acompanhado a diversas lives, incluindo a super produção do Tomorrowland. Você acredita que tais transmissões, permanecerão mesmo após reabertura dos clubs e retorno das festas? Você acha que o público conseguiu suprir a saudade dos eventos, com essa interação online?
Kasino – Pode ser que aconteça uma ou outra, mas como a agenda é muito corrida pra maioria dos DJs e artistas, acho difícil conseguir conciliar as lives com as gigs. Eu acho que sim, pelo menos eu me diverti e me empolguei muito nas lives. Na do Tomorrowland mesmo, eu transformei minha casa numa verdadeira balada.
Há algum plano ou possibilidade de uma live de vocês?
Kasino – Estamos pensando, mas pelo fato de eu morar no Rio de Janeiro, e a Massiva, que é a gravadora que está a nossa frente hoje, estar em São Paulo, a logística está bem complicada, ainda mais pela atual situação que vivemos.
A quarentena tem sido produtiva para muitos artistas. Como vocês estão usando esse tempo, na carreira musical? Ficar em casa ajudou ou prejudicou no processo criativo de vocês?
Kasino – Ficar em casa nos dá a oportunidade de criarmos coisas novas com tranquilidade. Recentemente fizemos a produção do clipe de ‘Shake It’ com a participação de fãs do Kasino, que enviaram videos feitos através de celular e estamos editando. Queremos estar cada vez mais próximos de nossos fãs.
Pra finalizar, o que o grupo Kasino lá de 2006, diria para os integrantes nessa nova empreitada, em 2020? O que vocês querem levar para o futuro e o que querem deixar no passado? Obrigado!
Kasino – Uma coisa que o Kasino de 2006 diria, é que quando você está em alta muita, gente está perto, mas depois elas acabam sumido. O Kasino abriu portas para muita gente e alguns não são gratos, não reconhecem isso. No passado, quero deixar alguns erros que cometi, muitos deles por imaturidade. Hoje estou no melhor momento como artista e ser humano. Acho que tem tudo pra ser ainda melhor que 2006.
O DJ e Produtor holandês, Armin van Buuren, liberou 31 remixes de grandes hits seus, reunidos no álbum ‘Lost Tapes’. Escute agora!
Sabe quando um determinado artista lança um material novo e você precisa parar tudo que está fazendo, para ouvir? Pois o DJ e Produtor holandês, Armin van Buuren, acabou de nos entregar tal obra. O ‘Lost Tapes‘, seu mais novo álbum, contém ~apenas~ 31 remixes dos seus maiores clássicos.
Muitos artistas possuem diversas tracks e versões diferentes guardadas, seja por falta de oportunidade pra lançar, falta de vontade ou simplesmente, foram esquecidas. Foi então que, durante a quarentena, Armin resolveu organizar suas pastas do computador e encontrou versões de grandes hits da sua carreira, que já fizeram parte de sets ou do seu programa, o ASOT, mas que nunca foram lançadas oficialmente. Até hoje.
O álbum começa com um remix da emblemática ‘In And Out Of Love‘ pelas mãos de Ilan Bluestone e Major Levi; ‘Mirage‘ ganha uma nova versão de Assaf; ‘Communication‘ teve uma releitura por Arkham Knights; Dan Thompson é o responsável pelo remix de ‘Shivers‘, isso só para citar alguns.
Mais do que uma compilação, o álbum é uma verdadeira viagem pela carreira de Armin van Buuren, além de nos levar de volta para grandes apresentações daquele que é um dos maiores artistas da cena eletrônica mundial. Escute agora o ‘Lost Tapes‘:
Representando a cronologia da vida com mensagem forte, Wolf Player, Vintage Culture e JETs lançam a faixa ‘Things’ nas plataformas digitais.
Muitos produtores fazem música, mas são poucos os que conseguem transmitir verdadeiras mensagens com suas produções e é isso que Wolf Player – produtor que foi um dos responsáveis por remixar a clássica ‘Keep Control‘, ao lado de Vintage Culture – um dos maiores nomes da cena eletrônica nacional e o duo Jets – que vem se desenvolvendo cada vez mais dentro do mercado nacional, fazem com seu novo lançamento: ‘Things‘.
“Tudo tem o seu tempo e a sua hora”, é o que os produtores querem transmitir para nós. Representando uma filosofia sobre a cronologia da vida, a track ganhou um tom muito especial para Wolf Player, que produziu a música ao lado de seus grandes Marco e Davi, o duo Jets. Além disso, a track recebeu também a colaboração de Vintage Culture, enriquecendo ainda mais a produção, disponível em todas as plataformas digitais.
“Logo que a ‘Things’ foi finalizada, eu enviei o projeto dela para o Vintage Culture e ele gostou muito. Ficamos muito felizes e honrados pela notícia. Para mim e o Jets, a música já estava pronta, mas o Lukas conseguiu deixá-la ainda mais vibe e com a pegada de pista, fechando com chave de ouro“, conta Wolf Player.
Com uma linha de baixo futurística e com guitarras bem marcantes, ‘Things’ foi lançada oficialmente em todas as plataformas digitais, além de contar com uma coleção de roupas exclusiva, assinada pela marca Approve. Escute agora ‘Things’, a nova de Wolf Player, em parceria com Vintage Culture e o duo Jets:
Reafirmando a fase promissora em que vive, o trio Rooftime emplaca mais um hit pela gigante Spinnin’ Records. Escute ‘Stones’:
Reconhecido na cena eletrônica por ter um som autêntico e repleto de personalidade, o trio Rooftime está ao longo de sua trajetória, conquistando um público bastante fiel. Embora tenham pouco tempo de estrada, eles são considerados atualmente uma das revelações e, durante a pandemia, estão produzindo muita música e mergulhando de cabeça em tracks diferenciadas para o público. Sua nova track, ‘Stones’, terceira música em parceria com a respeitada gravadora Spinnin’ Records, foi lançada em todas as plataformas digitais.
Composta também pelo trio de artistas, a música traz na letra e no sentimento uma mensagem de força mesmo em momentos difíceis e dolorosos. “Essa track tem um tema forte e fala sobre um garoto que é ‘obrigado’ a pegar as pedras deixadas em seu caminho devido um problema familiar e, com elas, construir um castelo. E o combustível dele é o desafio de enfrentar e superar seu próprio limite. Além disso, essa forma como ele se adapta é uma mensagem muito atual pra todos nós que precisamos dia após dia ir à luta de nossos sonhos.”, comentam os artistas.
Com apresentações bastante elogiadas em clubs, como a Laroc e Green Valley, o Rooftime vem provando que a sintonia e sinergia dos três artistas estão em crescente crescimento no mercado musical. Na estrada há pouco mais de 2 anos, eles já somam parcerias e hits com Alok e Dubdogz na track ‘Free My Mind’ e em ‘I Will Find’ com Vintage Culture. “Nosso plano é fazer mais música a cada dia, pois é o que mais amamos. Teremos muitas colaborações em breve, fiquem ligados!” completa o trio, que promete grandes novidades em breve.
Escute agora ‘Stones’, novo single do trio Rooftime que sai pela Spinnin’ Records:
Pronto para dar um próximo passo nas suas apresentações, o canadense deadmau5 nos apresentou seu novo projeto, agora em realidade virtual.
Nos últimos meses, as lives têm tomado conta da internet e a cada nova semana, elas se transformam em grandiosos eventos. O que começou com transmissões de DJs direto da sala de suas casas, transformou-se em grandiosas produções gravadas em estúdio e pós produção com efeitos realistas, como pudemos assistir no Tomorrowland Around The World, mas agora, o DJ e Produtor canadense, deadmau5, está prestes a dar um novo passo nessa revolução tecnológica.
Conhecido por seus grandes hits, além do seu aclamado Cubo, o rato mais irreverente da música eletrônica, que sempre foi envolvido com tecnologias avançadas, nos apresentou ao seu novo projeto de realidade virtual, ou VR, o Codename: #Oberhasli. Criado em parceria com as empresas Unreal Engine, Upsurge Studios e Geodesic Games, o projeto ainda é um mistério, mas já nos deixa curiosos.
O teaser, divulgado no Instagram do artista, traz alguns ambientes virtuais 3D, assim como um avatar do próprio deadmau5. A legenda “A breed of goat”, ou “uma raça de cabra”, não traz maiores informações sobre o projeto, além de explicar o nome dele, já que Oberhasli é uma raça americana de cabra leiteira. Enquanto aguardarmos mais detalhes sobre o projeto, confirma o vídeo apresentação dele:
Inspirada em teorias como a da relatividade, ‘Space & Time’, de Marimai, propõe uma viagem para além do que conhecemos como realidade. Ouça agora!
Marimai, conhecida na cena pelo seu trabalho com marketing digital para nomes como Vintage Culture, Chemical Surf e marcas como Só Track Boa e D-EDGE, finalmente lançou sua primeira música de trabalho em parceria com Bea Dummer, ‘Space & Time’. A música, lançada pelo seu próprio selo musical, o Assim Que Rola, e disponível nas plataformas digitais é uma viagem introspectiva através da expansão da consciência, que abordada temas que estão reverberando em grandes proporções atualmente, como propósito e a batalha travada contra o ego.
“A ideia da “Space & Time” surgiu de uma trip que fiz para Joshua Tree, na California. Foi a primeira vez que tomei o chá de cogumelos. A primeira grande mudança na minha vida naquele dia foi com relação ao tempo, se você ler sobre isso existem vários relatos sobre como o consumo de substâncias alucinógenas alteram a nossa percepção de tempo. Já a segunda grande mudança foi quanto a percepção de espaço, eu me vi sentada no carpete da sala, metade era a casa como eu estava acostumada a ver desde que cheguei naquele lugar e a outra parte era uma visão do cosmos, um infinito escuro de estrelas em órbita, como se os limites físicos fossem impostos pelo ego, por essa visão limitada da realidade que temos, mas a mente não se reduz ao nosso corpo físico, ela consegue ir muito além, basta nos permitirmos. Por isso o nome da música é ‘espaço e tempo‘, comentou Marimai sobre a escolha do tema e nome da música.
Podemos confiar no que vemos? Nossos mecanismos sensoriais, a distinção entre o que é tangível e material, seria o suficiente para colocarmos a realidade em uma caixa? O que é realidade? O que acontece com a nossa percepção quando estamos em um estado de consciência alterada? Seria o tempo uma ilusão? Não temos todas essas respostas, mas enquanto estamos aqui, vamos dançar!
Após uma petição online criada por Monty Luke, Marea Stamper resolveu adotar The Blessed Madonna como seu novo nome artístico.
Uma situação um tanto quanto desconfortante, fez com que um dos grandes nomes da cena underground mundial, alterasse seu nome artístico. Marea Stamper, que por mais de 20 anos foi conhecida como The Black Madonna, resolveu mudar a forma como é chamada nos palcos, após uma petição online.
Conhecida por ser uma grande ativista feminista e a favor da comunidade LGBTQIA+, Marea trazia a devoção católica em seu nome artístico, porém, Black Madonna ou Virgem Negra, é uma importante santidade para os povos pretos dos EUA, Caribe e América Latina, com um santuário próprio em Detroit. Segundo Monty Luke, pessoa por trás da petição, o nome artístico causava grande desconforto na comunidade preta, por ser ofensivo e caracterizar apropriação cultural.
A petição, que tomou forma após Marea não responder aos contatos de Monty, ganhou força e recebeu milhares de assinaturas, fazendo com que a artista se pronuncia-se. “Meu nome artístico tem sido um ponto de controvérsia, confusão, dor e frustração que distrai coisas mil vezes mais importantes do que qualquer palavra única nesse nome” disse Marea, ao anunciar que a partir de agora, passará a assinar como The Blessed Madonna.
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