Categorias
Via UnderGROUND

Gop Tun Festival terá o ‘Tinder Date Club’ com casais de DJS

Os frequentadores do Gop Tun Festival 2024 terão a oportunidade de experimentar uma nova maneira de conhecer pessoas no ‘Tinder Date Club’.

Tinder, aplicativo mais popular do mundo para conhecer novas pessoas, enxerga a música como uma linguagem universal do amor, e sempre percebe como os usuários se conectam por meio de suas paixões musicais em comum. Inclusive, uma pesquisa revela que quase 65% dos jovens solteiros gostam de conhecer novas pessoas em eventos de música ao vivo.

Por isso, em 20 de abril de 2024, o Tinder lançará o Tinder Date Club como parte de seu patrocínio da terceira edição do Gop Tun Festival — um dos principais festivais de música eletrônica independente no Brasil.

Localizado no Live Stage Canindé, o Tinder Date Club será o epicentro do primeiro espaço físico do Tinder dedicado a matches no Festival Gop Tun.

Criado para facilitar conexões e relacionamentos entre amantes de música eletrônica de maneira inovadora, o local terá uma área reservada dentro do festival, apresentando a Pista Match Point, com sets de casais de DJs como Camilo Rocha e Linda Green, Tainá Amado e Gabe Ortiz, e o duo de produtores musicais FUGAZ.

Ao entrar no Tinder Date Club, os participantes terão a opção de escolher uma pulseira que corresponda à ‘Intenção’ do Tinder no aplicativo, indicando se a pessoa está aberta ou não a novas conexões — facilitando assim para que as pessoas se aproximem umas das outras.

Ativação do Tinder na segunda edição do Gop Tun Festival – Créditos: Cognição Eletrônica

Além de serviços de lounge e bar, os convidados podem esperar uma variedade de surpresas em momentos-chave. O clube estará aberto das 20h às 00h30, com entrada sujeita à capacidade máxima. Não é necessário ser usuário do Tinder para participar.

“Em festas de música eletrônica existe um estigma de que só se dança e não se pega, mas a pista também pode ser um ambiente onde você flerta e conhece pessoas. O Tinder traz essa ótica, de colocar quem está pra jogo pra se conhecer. Estamos entusiasmados com a inauguração do Tinder Date Club, e ansiosos para ver as conexões que serão formadas durante o festival”, contou Caio Taborda, um dos cofundadores do selo Gop Tun e do festival.

“O patrocínio do Tinder à GOP TUN reflete a energia jovem e vibrante dos usuários do Tinder. Os eventos da GOP TUN proporcionam uma nova maneira de nos conectar com a cultura. Esta colaboração está enraizada em nosso compromisso compartilhado de promover conexões e experiências culturais vibrantes. Estamos emocionados em continuar nossa parceria pelo segundo ano em seus eventos, interagindo com um público que busca por conexões autênticas e momentos memoráveis”, declara José Diogo Costódio Rodrigues, Diretor de Marketing LATAM no Tinder.

Os ingressos para o Gop Tun Festival já estão disponíveis no site da Ingresse, Para mais informações, acesse o site oficial

Categorias
Agenda

Atemporal estreia no CAOS com house, disco, techno e pop

Festa idealizada pelos criadores do Campinas Toca Disco, Atemporal, terá Valentina Luz, Renato Cohen, From House to Disco e convidados.

Foto: Image Dealers

Dos mesmos criadores do Campinas Toca Disco, vem aí a Atemporal — festa itinerante voltada às sonoridades da house, da disco, do techno e do dance pop. Depois de um showcase de estreia em agosto, o evento chega ao CAOS, em Campinas/SP, no próximo dia 23, um sábado.

No Pistão, o lineup traz as discotecagens Valentina Luz, Renato Cohen, Fugaz, From House to Disco, André Moret e Magah. Dedicado a vertentes mais eletrônicas do pop, o Beco recebe Fujimiro, Abe Nicolas, Gabriel Rocha e Jean Ramiz. Já as performances visuais ficam por conta de Fedra, Havena Vitalle e Luis.E.

Rafael Cogo e Rica Terlone, do duo Fugaz, e o produtor cultural Fujimiro (os mesmos sócios por trás das duas edições do Campinas Toca Disco, realizadas com muito sucesso em 2022 e 2023) explicam o conceito do novo projeto:

“Atemporal se refere a algo não vinculado a um tempo específico, que não se afeta ou não se limita ao passado, presente ou futuro. Algo atemporal é intemporal: perdura através das eras, tendências e mudanças de época.

Aplicado a conceitos, ideias, estilos, manifestações artísticas, moda e outras formas de expressão, ser atemporal transcende o tempo-espaço, sendo acrônico e mantendo sua relevância e valor independentemente do período em que são compartilhados“.

Assim, a partir da união dos ritmos da house, da disco, do techno e do dance pop, os idealizadores prometem aos amantes da música eletrônica “uma fusão para mentes e ouvidos bem abertos, proporcionando uma fenda onde o passado, o presente e o futuro se encontram harmoniosamente”.

Serviço

Atemporal
Local: CAOS – Rua Luiz Otávio, 2995, Parque Taquaral, Campinas, SP
Data: 23/09 (sábado)
Horário: das 22h às 07h
Atrações: Valentina Luz, Renato Cohen, Fugaz, From House to Disco, André Moret e Magah (Pistão); Fujimiro, Nicolas Abe, Gabriel Rocha e Jean Ramirez (Beco); Fedra, Havena Vitalle e
Luis.E (visuais)}
Ingressos: 1º lote a partir de R$ 25,00 via Ingresse

Categorias
Agenda

Réveillon Cardume 2024 estreia com Folamour em Itacaré, BA

A Cardume Records está prestes a estrear o seu primeiro Réveillon autoral com um dos DJs de disco mais aclamados da atualidade, o Folamour.

Foto: Cognição Eletrônica

Entre os dias 26 de dezembro e 2 de janeiro, a cidade de Itacaré, na Bahia, será o cenário para a estreia da programação de Réveillon da Cardume Records, que promete ser uma experiência única. O evento contará com três dias de bar de praia na bela Praia da Concha, duas festas noturnas open bar na Praia da Ribeira, uma boat party e um almoço à beira-mar com roda de samba.

Além de Folamour, atração internacional, a programação ainda conta com uma seleção de talentos nacionais e internacionais, como Balearic Banana (DE), Manuel Darquart (UK), Romain FX (FR), Melania Wonder (AR), Eli Iwasa, Leo Janeiro, Cardume DJs, Zopelar e muitos outros.

A cidade de Itacaré, situada na deslumbrante Costa do Cacau, a apenas 70 km do Aeroporto de Ilhéus/BA, oferece uma grande diversidade de atividades para os visitantes. De trilhas e cachoeiras escondidas até praias paradisíacas e passeios de barco lindíssimos. Além disso, a infraestrutura local conta com diversas opções de hotéis e restaurantes, tornando a viagem dos participantes do evento ainda mais confortável e completa.

Itacaré, Bahia

A Cardume Records, é a nova queridinha da noite paulistana. Comandada por Pedro Gariani e Dion, já recebeu em suas festas, ao longo de 16 edições, mais de 45 artistas nacionais, incluindo nomes consagrados e proeminentes da cena, como Eli Iwasa, Leo Janeiro, Renato Cohen, Fatnotronic e Valentina Luz, dentre outros, além de novos talentos da cena paulistana. Os eventos da Cardume já ocuparam locações icônicas da cidade de São Paulo, como a Praça Ramos de Azevedo, Praça das Artes e o antigo Playcenter, dentre outros, e também já levou seu som para cidades como Rio de Janeiro e Florianópolis.

Para mais informações sobre o evento, ingressos e detalhes da programação, visite o site oficial da Cardume Records clicando aqui.

Serviço

Cardume NYE2024
Data: 26/12/2023 à 02/01/2024
Local: Praia da Ribeira – Itacaré – Bahia
Line-up: Balearic Banana (BE), Cardume Djs, Ceres.yo, Dion, Eli Iwasa, Ella de Vuono, Folamour (FR),  Fugaz, Gian Granito, Leo Janeiro, Manuel Darquart (UK), Mari Rossi, Mary Olivetti, Melania Wonder (AR), Nana Khohat, Pedro Gariani, Processman, Relmer (NL), Romain FX (FR), Reizko, Romina, Santz, Tassio Baía, Zopelar
Ingressos: Sujeito a disponibilidade via Ingresse
Instagram: clique aqui.

Categorias
Agenda

Campinas Toca Disco confirma 2ª edição em agosto, de graça

Iniciativa entre CAOS, Fugaz, Fujimiro e a Prefeitura da cidade, Campinas Toca Disco levará timaço de DJs à Estação Cultura. Saiba mais.

Campinas Toca Disco 2022 – Foto: RECREIOclubber

Um ano depois de reunir mais de sete mil pessoas pra curtir house e techno de graça na Concha Acústica do Taquaral, em Campinas/SP, o Campinas Toca Disco está prestes a realizar sua segunda edição.

Iniciativa do clube CAOS com o duo Fugaz, o produtor cultural Fujimiro e a Prefeitura de Campinas, o evento será no próximo dia 13 (domingo), na Estação Cultura — antiga estação ferroviária que, em 2003, se converteu em um importante espaço multicultural da região.

Das 13h às 21h30, um timaço de seis DJs brasileiros — DJ Mau Mau, Eli Iwasa, Ella de Vuono, Fugaz, Paulete Lindacelva e Salin — colocará o povo campineiro pra dançar, enquanto Diameyka, Jorgy, Katrevosa e Radija Mussa assinam as performances visuais. E se o propósito sempre foi o de democratizar o acesso à música eletrônica de qualidade para todas as idades, desta vez, o impacto deve ser ainda significativo.

“À primeira vista, este projeto parecia impossível. A gente só se deu conta da sua grandeza quando percebemos que reunimos mais de sete mil na Concha Acústica. O segundo Campinas Toca Disco promete trazer um universo musical e cultural ainda mais inacreditável. A Estação Cultura não só tem uma capacidade de realização maior, como é ainda mais emblemática para a história da cidade”, declararam Rafael Cogo e Rica Terlone, do Fugaz.

Assim como em sua estreia, o evento ainda terá food trucks, bebidas variadas e feiras criativas, além do recebimento de doações de alimentos não perecíveis para o banco de alimentos da Prefeitura.

Realizada em 18 de setembro de 2022, a primeira edição teve Eli Iwasa, Fugaz, Salin, Tessuto e Valentina Luz no comando do som, além das performances visuais de Katrevosa e Lana Voodoo.

Siga Campinas Toca Disco no Instagram.

Serviço

Campinas Toca Disco
Local: Estação Cultura – Praça Mal. Floriano Peixoto – Centro, Campinas – SP
Data: 13 de agosto (domingo)
Horário: Das 13h às 21h30
Atrações: DJ Mau Mau, Eli Iwasa, Ella de Vuono, Fugaz, Paulete Lindacelva e Salin (som); Diameyka, Jorgy, Katrevosa e Radija Mussa (visuais)
Entrada franca

Categorias
Lançamentos

Fugaz lança o EP ‘Suit Vit’ com elegância, diversidade e orgulho

Contato com remix da dupla From House to Disco, lançamento da dupla Fugaz, ‘Suit Vit’ chega pela Levels Rec. Escute agora.

Foto: Rafael

Nome de cada vez mais projeção na cena house/disco brasileira, o Fugaz lançou nesta sexta-feira (30) seu novo EP, ‘Suit Vit’. Entregue pela Levels Rec, o release traz a faixa-título e um remix assinado por outra dupla proeminente do cenário, From House to Disco. Ouça aqui.

Belo exemplar da linha sonora do Fugaz — que combina referências de house clássica, progressive house, electro, disco e techno —, a track original é inspirada na essência vibrante e revolucionária do falecido DJ e produtor inglês Tony de Vit (1957-1998), e celebra a diversidade e a inclusão.

“Buscamos unir a influência de Tony de Vit com a representação do movimento queer na música eletrônica. Ele era reconhecido por seu estilo único, que combinava elementos de house, trance e techno, com batidas enérgicas, vocais cativantes e uma atmosfera festiva. Sua partida deixou uma lacuna na cena dance, e seu legado continua sendo uma inspiração para muitos produtores, como nós”, declarou Fael Cogo, metade do duo.

Gestado durante a pandemia, o Fugaz vem chamando a atenção por uma construção conceitual muito bem amarrada — um caldeirão que condensa símbolos e mensagens, tanto musicalmente quanto visualmente e textualmente, mostrando a profundidade artística de seus criadores. Com diversas inspirações e significados combinados, o novo lançamento é prova dessa capacidade e vem recebendo suportes expressivos, entre eles de Eli Iwasa, Tessuto, Pedro Paulo, Etcetera e Milton Chuquer.

“Um terno (‘suit’, em inglês) é uma vestimenta que transmite elegância, confiança e representa uma imagem cuidadosamente construída, elementos que buscamos transmitir em ‘Suit Vit’. A palavra ‘suit’ também pode ser interpretada como uma alusão à ideia de ‘encaixar-se’ ou ‘vestir-se’ com a própria identidade. Nesse sentido, a faixa é uma expressão da nossa identidade queer, já que nos ‘vestimos’ com orgulho e autenticidade”, explicou o companheiro de Cogo, Rica Terlone.

A nova música é, portanto, uma fusão entre a essência vibrante de Tony de Vit, o movimento queer — parte essencial da estética e posicionamento do Fugaz — e a celebração dos indivíduos poderem ser livremente quem são. Além disso, Fael e Rica ainda destacam que a pronúncia do nome da obra lembra a expressão “sweet vita” (doce vida), fazendo alusão à vibe hedonista do projeto.

Fechando o EP com chave de ouro, o remix das meninas do From House to Disco leva ‘Suit Vit’ a uma estética mais hipnótica e atmosférica da disco house. Escute:

Categorias
Entrevista

Entrevistamos: FUGAZ

Eles começaram o projeto durante a pandemia e hoje viajam o país levando sua sonoridade plural. Conversamos com o duo Fugaz.

De frequentadores do Club 88 a parceiros da vida pessoal e profissional. De performes de festas digitais na pandemia, a uma agenda com tour passando por diversas cidades do Brasil. Rafael e Rica são as pessoas por trás do projeto Fugaz. Com sua sonoridade passeando por diversas vertentes e carregando a imagem queer com muito orgulho, conversamos com a dupla de Campinas, que alcança cada vez mais, lugares de destaque na cena underground.

Beat for Beat – Olá, meninos, tudo bem? Obrigado por conversarem com a gente. Para começar, queremos saber: como vocês se conheceram? Sabemos que foi no Club 88, mas como foi o primeiro encontro? Quem deu o primeiro passo? Nos deem detalhes sórdidos.

Rafael – Em 2018, a gente trocou olhares no Club 88, nos apresentamos por meio de amigos e ficou por isso mesmo. Na época, eu namorava. Daí depois, a gente se encontrou no Carnaval em São Paulo e acabou dando um beijo triplo no bloquinho com meu ex. Mais sórdido que isso? Impossível! (risos).

Rica – Um tempo depois, o Rafa terminou o namoro e eu mandei mensagem assim que fiquei sabendo. Daí, a gente começou a sair, mas acabamos ficando amigos por um tempão ainda. Só começamos a namorar mesmo no final de 2020. O engraçado é que o ex dele, o Pedro Camargo, hoje em dia é nosso melhor amigo e já curtiu a maioria das gigs do Fugaz com a gente. Ele até aprendeu a tocar com a gente nesse meio tempo!

B4B – Vocês iniciaram a carreira em meio ao caos de 2020 e a pandemia. Como fizeram para serem vistos, num momento de isolamento total? Como era tentar fazer todos entenderem, apenas de forma virtual, a ideia que queriam transmitir?

Rafael – Na minha opinião, se não fosse a pandemia, o Fugaz não existiria. Foi nesse momento de isolamento que a gente se pegou pensando: meu Deus, o que estou fazendo da minha vida? A gente saiu do automático ali. A pandemia despertou uma necessidade tremenda da gente se comunicar com o mundo e levar nossa mensagem de liberdade, amor, pertencimento e poder de diversidade para a nossa comunidade. A gente começou a fazer fotografias, vídeos artísticos, crônicas e até podcasts nas nossas redes.

Rica – Depois, tivemos a oportunidade de expressar nossa visão artística durante o auge das festas virtuais. Nosso maior parceiro criativo, o Fujimiro, observou nosso movimento nas redes sociais e nos convidou para performar na festa virtual do Club 88. Investimos muita energia neste projeto, criando apresentações que mesclavam figurinos marcantes com projeções criativas sob uma seleção de músicas emocionantes pra gente. Depois disso, o projeto só cresceu: começamos a estudar discotecagem, produção musical, performance e a produzir novos tipos de conteúdos para as redes sociais.

Rafael – E se você parar para pensar: a gente apenas continuou a fazer tudo isso até hoje.

B4B – Vocês citam um estilo que incorpora diversos gêneros, como disco, acid, house e suas nuances. Como funciona o processo criativo de vocês na hora de construir um set? Como vocês definem o mood que dará o tom das suas apresentações?

Rafael – A gente busca visitar uma série de referências nossas, tanto do passado quanto do presente. Fazemos muitas temporadas de pesquisas nos estilos em que queremos trabalhar, principalmente diante de gigs importantes. Depois, apresentamos essas pesquisas um para o outro e decidimos o que faz sentido ou o que ficará para uma próxima. A gente gosta de levar mais de 300 tracks por gig e construímos essa apresentação para o público numa progressão melódica com mixagem harmônica iniciando em Abm e terminando em E.

Rica – O clima das apresentações varia de acordo com as circunstâncias da pista e as propostas espontâneas de cada evento, mas sempre preservamos nossa essência como prioridade.

B4B – Outra coisa que vocês carregam, é a identidade queer. Sendo um casal de homens gays, isso já dificultou que fossem contratados por alguma festa, causou desconforto ou até mesmo preconceito na nossa cena?

Rafael – Diretamente, não. Indiretamente, sim, principalmente quando pensamos em diversidade na música eletrônica e do que realmente é urgente. Muitos produtores são excludentes ao determinar os line ups. Não se importam com a composição final. Infelizmente, é comum nos depararmos com line ups 100% brancos, ou 100% masculino, ou 100% cis, ou 100% hétero, principalmente em eventos mainstream.

Rica – É muito contraditória essa situação de desigualdade nos line ups já que a história da música eletrônica sempre foi pautada na diversidade. Este espaço nasceu na comunidade LGBTQIAP+, na comunidade preta e na resistência dos corpos positivos.

Queremos ver mais artistas como estes explodindo, tendo sucesso, alcançando espaços cada vez maiores na cena que sempre pertenceu a eles/elas/elus.

B4B – Vocês já passaram por diversas cidades do país, o que para uma carreira tão nova, é algo louvável. Vocês esperavam que tudo acontecesse de forma tão rápida? Como vocês fazem para manter a cabeça no lugar e não se deixarem levar por esse momento de ascensão? 

Rafael – Só de ler essa pergunta minha cabeça já saiu do lugar (risos). São quase 3 anos em que nos dedicamos todos os dias para o Fugaz. Nossas conquistas são frutos disso. A gente perdeu um pouco a dimensão do que é rápido ou devagar, principalmente numa cultura imediatista como a que vivemos hoje. Pensamos que estamos no tempo certo. E tomamos muito cuidado para não dar o passo maior que a perna.

Rica – Queremos entrar nas festas que estamos prontos para participar. Não queremos tocar num lugar apenas para contar a história. Queremos tocar nos lugares para voltar para eles e tocar lá muitas vezes. Esse sim é o maior indicador de sucesso pra gente, ser convidado novamente é a maior métrica de que estamos no caminho certo. A consistência do nosso projeto e a satisfação do público é a nossa maior motivação.

Rafael – E ah, para manter a cabeça no lugar: terapia, exercícios físicos e cuidados com a saúde são prioridades na nossa rotina.

B4B – Vocês recentemente começaram a trilhar o caminho da produção musical e em seu EP ‘Me Gusta’, possuem um remix de L_cio e Érica. Contem pra gente um pouco do processo criativo desse material e o motivo da escolha desses dois nomes para fazerem suas versões para ‘Morfina’.

Rica – O EP nasceu em uma fase em que eu estava surtado com meu trabalho formal. Eu me sentia preso, tendo que me encaixar num espaço em que eu não cabia, extremamente retrógrado e conservador. A única forma de me tirar daquele estresse era produzir no Ableton, criar as tracks. Foi aí que uma das tracks do EP Calabouço ganhou força e nasceu então a Morfina. Esse nome nasce como válvula de escape para “esquecer” as dores e ansiedades geradas pelo sistema capitalista, em que o lucro está acima da vida.

Rafael – Conhecemos o L_cio num dia incrível: foi no boiler room da Valentina Luz. A gente comentou com ele que ele era uma baita referência para nossas produções e ele ficou mega curioso para escutar nosso projeto. Naturalmente a coisa fluiu: ele animou de fazer um remix pra gente e deu a ideia da Érica compor os vocais. A gente já tocava as músicas dela e adoramos a ideia. E o resultado tá aí nas pistas!

B4B – Vocês estão preparando o lançamento de ‘Suit Vit’, que celebrará a individualidade, diversidade e o poder de se expressar por meio da arte. O que podemos esperar da sonoridade dessa música? Como foi todo o processo de criação?

Rica – A sonoridade dessa faixa é uma fusão de elementos de techno, electro house e tribal house dos anos 90. Ela busca recriar a atmosfera musical daquela época a partir do ponto de vista do pioneiro produtor musical londrino Tony de Vit.

Rafael – Nós escolhemos retratar a visão dele pois ele simboliza muito para nós, com seu estilo de house reto e marcante, Tony foi um representante da comunidade Queer que lutou contra o vírus do HIV e acabou falecendo devido à complicações da Aids. Nossa música tem a missão de tornar o espírito de Tony vivo até hoje, como um necessário símbolo de resistência artística na nossa comunidade, principalmente nas pistas de dança.

B4B – Além de um duo no palco, vocês são um casal na vida real. Como é viver ao lado da pessoa que também é seu companheiro de trabalho? Vocês divergem muito na hora de produzir e pensar no projeto? Como separam a vida profissional da pessoal?

Rica – Buscamos ter nosso momento de casal, mas as vezes é inevitável. O curtir um festival, por exemplo, de repente vira um trabalho: quando você percebe já está encontrando vários colegas de trabalho e até conversando a respeito. Vivenciamos outras atividades e ambientes, como viajar, sair para jantar, beber vinho com os amigos, conhecer novas pessoas, novos boys, por aí vai… Fugaz faz parte do nosso romance e afinal, ele está com a gente sempre, a todo o momento.

Rafael – A noite mudou para sempre pra gente. Sair para relaxar é uma coisa de outra vida, parece. É difícil fazer estas distinções todas porque somos um todo. Hoje em dia temos sempre uma pressão para se relacionar ou para demonstrar uma imagem positiva. Nesse sentido, é ótimo ter alguém ao lado para compartilhar tudo isso pois a gente se ajuda muito com essas responsabilidades (e nos ajudamos quando precisamos ser irresponsáveis também)! Inclusive, esta parceria reverbera muito nas nossas decisões artísticas: a gente costuma concordar em boa parte do direcionamento do nosso projeto.

B4B – Por fim, queremos saber do futuro. Além do single que já está encaminhado, o que vocês possuem na manga do FUGAZ? Que surpresas podem nos adiantar? Obrigado pela entrevista!

Fugaz – A gente pode revelar pouquíssima coisa por enquanto! Mas podemos adiantar: datas em festas incríveis e que amamos no Rio de Janeiro, Brasília e Curitiba. E também nossas curadorias em Campinas estão finalmente pegando fogo. Quem estiver por perto, verá!

Siga Fugaz no Instagram.

Categorias
Lançamentos

Fugaz lança faixa “Trupique” no VA “Bailes” da U’re Guay Records

Duo explorou um Breakbeat bem dinâmico em seu novo lançamento no Uruguai

por Mia Lunis

 

Em clima de cooperação, criatividade e muito trabalho, a U´re Guay Records (Uruguai) lança um das compilações mais extensas de 2023, o VA Bailes. Reunindo mais de 35 artistas com foco nas sonoridades da América Latina, é uma coletânea eclética que flui entre vertentes como House, Nu Disco, Techno, Electro, Breakbeat e mais.

Nesta intenção plural da label de Montevidéu está a faixa “Trupique“, do duo brasileiro Fugaz. Este trabalho extravasa em sua levada Breakbeat, com synths oitentistas viajando por elementos bem estruturados de House. A track carrega em síntese a proposta do VA, levando o ouvinte a um universo sonoro atual e autêntico.

Segundo o duo, Trupique é a  forma substantiva do verbo “trupicar”, que significa “tropeçar”. É uma track destinada a ser tocado exclusivamente em pistas lotadas e suadas, de preferência no horário de pico, devido à sua atitude contagiante e animada.

O VA Bailes inclui ainda nomes como Érica, Linda Green e DJ VERSAXXE, com a faixa “Faz Escuro Mas Eu Canto“, além de Alex Aguayo, Bernardo Campos, The Midnight Service, Fernanda Arrau, Pedro Gariani, Aerobica, Bruno Bar e Capetini. A label entrega uma obra necessária, que contempla as riquezas da cena do nosso hemisfério.

Acompanhe U´re Guay Records no Beatport e siga Fugaz no Instagram

Sair da versão mobile