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Time Warp Brasil anuncia timetable e afterparty oficial com Sven Väth

A edição brasileira do festival alemão Time Warp chega o Vale do Anhangabaú com 3 palcos e 2 dias de duração. Conheça a timetable.

Time Warp Brasil, 2024 (Por Alisson Demetrio, 2023)

O Time Warp Brasil está contando os dias para sua próxima edição, que acontece entre 3 e 4 de maio, no Vale do Anhangabaú em São Paulo, comemorando 30 anos da existência de uma marca que vem engrandecendo a música eletrônica underground no mundo todo. Com 3 palcos e 2 dias de duração, o Time Warp Brasil receberá grandes nomes do techno e do house incluindo I Hate Models, Sama’ Abdulhadi, I Hate Models, Black Coffee, Chris Stussy, Mochakk, TSHA, Mochakk, Chaos in the CBD, Hercules and Love Affair, Bicep, Maceo Ples, Svan Väth, WhomadeWho, 999999999, Boys Noize, Klangkuenstler, Sara Landry, Hot Since 82 e Roman Flügel. O evento ainda terá uma afterparty oficial, na Praça das Artes, domingo, 5 de maio, das 8h às 20h. Na programação estão Chaos in the CBD, Mall Grab, L_cio e Sven Väth. Os ingressos estão disponíveis através da plataforma Ingresse.

Com dois dias e dois palcos, o festival reúne pessoas de todos os cantos do Brasil. Em 2019, o complexo do Anhembi recebeu mais de 20 mil pessoas dispostas a viver toda a experiência que cerca o ambiente do TW. Ciente da edição épica que havia acontecido em maio de 2022, no formato de festival e com 2 palcos, a organização retornou ao Brasil nos dias 11 e 12 de novembro, na ARCA, levando um showcase especial e um projeto de palco inédito para o Brasil – pensado especialmente para o local. Efetivou-se, então, uma relação íntima entre a marca e o país.

A última passagem do TW pelo Brasil aconteceu em 2023, no Autódromo de Interlagos, com mais de 40 atrações, dois palcos, e mais de 30 mil presentes, consagrando a maior edição de todos os tempos – até então. Identitário e exclusivo, o Time Warp surgiu na Alemanha em 1994 com foco em artistas e nos ideais da cena Techno e House – também em suas sub vertentes, e logo se tornou um dos festivais mais conceituados da Europa entre os ambientes underground.

Compre os ingressos para a Time Warp Brasil 2024 aqui.

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Lançamentos

Mojjo e Blurryvision lançam releitura da banda BaianaSystem

Mojjo já mostrou que entende bem quando o assunto é house com sangue brasileiro. O novo lançamento do artista apresenta uma releitura para o BaianaSystem.

Grupo de Salvador conhecido por arrastar multidões em cima do seu trio elétrico, o Navio Pirata. Na versão que tem o aval do grupo, Mojjo e Blurryvision repaginam ‘Lucro’, combinando uma identidade sonora frenética com o espírito do Carnaval. Ouça aqui.

O novo lançamento homenageia o sucesso do grupo baiano e conta com percussões regionais e tambores vibrantes aliados ao groove e ao grave do House, reforçando o tempero nordestino na música eletrônica nacional.

Faz quase dois anos que estamos tentando lançar essa música. Eu tinha feito uma versão em 2020, porém, nunca tinha terminado completamente. Fui tocar em Recife e vi a versão do Blurryvision. Unimos as ideias e deu certo demais”, explica Mojjo sobre a iniciativa de produzir o remix.

A proposta dos artistas foi estabelecer um diálogo de vertentes mais eletrônicas com a música popular brasileira. Os integrantes do Blurryvision, Felipe Lima e Felipe Soares, contam que sempre buscam combinar influências da cultura nacional em suas produções, o que tornou o processo criativo com Mojjo bem natural e fluido, compartilhando ideias e inspirações. O resultado foi uma track cheia de energia para a pista de dança, sem esconder os elementos de Tech House aliado à bateria de samba do Carnaval.

O BaianaSystem é um grupo brasileiro que mistura grande variedade de gêneros populares. A banda foi revelada graças ao álbum “Duas Cidades”, um disco que conquistou a crítica e tornou-se o mais popular do grupo. Multipremiado, o grupo é um dos mais aclamados na música brasileira, contando com o reconhecimento de júris como o do Prêmio da Música Brasileira e Grammy Latino.

As batidas eletrônicas, inclusive, já se fazem presente nas canções da banda. “Eles usam muitos sintetizadores nas suas músicas, muito sound design avançado e, ainda, conseguem misturar uma pegada orgânica com essa pegada mais hightech”, explica Mojjo.

‘Lucro’ é o primeiro lançamento do ano do Mojjo que vem de um 2023 com apresentações no Ultra Brasil, Universo Paralello, Carneiros, e lançamentos em big labels como Monstercat e North of Neptune.

Ouça agora:

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Agenda

Krystal Klear estreia no Brasil no aniversário de 6 anos do CAOS

O aniversário de 6 anos do club CAOS vai rolar em 12 de janeiro, com Krystal Klear e nomes como Eli Iwasa e Davis, L_cio e Leo Janeiro e mais.

CAOS (RECREIOclubber/Divulgação)

Seis. Símbolo de união, equilíbrio e harmonia. De uma história que continua e evolui noite após noite, encontro após encontro. No dia 12 de janeiro, o CAOS vai celebrar seus seis anos de vida trazendo mais um capítulo marcante de sua história.

O lineup é pesado, como exige a ocasião. Terá o irlandês Krystal Klear, pela primeira vez no Brasil em mais de 10 anos de carreira; os anfitriões Eli Iwasa e Salin; dois protagonistas da cena eletrônica alternativa de São Paulo, Davis e L_cio; o experiente Diogo Accioly, que já passou por clubes como Berghain, Watergate e D-EDGE; a cada vez mais destacada dupla From House to Disco; o ícone carioca Leo Janeiro; a performance ao vivo da DJ e cantora BARJA; o talento local de Michelly Joifre; e o talento tech-houseiro de Nott.

Inaugurado em dezembro de 2017, em noite célebre com Carl Craig, o CAOS passou pela prova do tempo, e tem se tornado cada vez mais cultuado, respeitado e consolidado no cenário cultural e de entretenimento brasileiro.

A partir de três pilares — qualidade de som, identidade visual e posicionamento firme contra preconceitos que ainda estão enraizados na sociedade —, o clube vem promovendo noites cada vez mais singulares, com alguns dos maiores nomes da house e do techno mundial.

Krystal Klear

Krystal Klear (Divulgação)

Atração internacional do aniversário do CAOS, Dec Lennon, mais conhecido como Krystal Klear, se apresenta em solo brasileiro pela primeira vez. Na ativa desde 2010 — profissionalmente, porque já se aventurava na música desde criança —, o irlandês baseado em Nova Iorque é o chefão do selo Cold Tonic e já lançou por gravadoras como Running Back, UTTU, Madtech, Eglo (de Floating Points) e All City.

Além disso, já trabalhou ao lado de ícones como Nile Rodgers (o lendário guitarrista do Chic) e Michael McDonald (das bandas Dooby Brothers e Steely Dan), foi aluno da saudosa Red Bull Music Academy, em 2011, seguindo os passos de nomes como Flying Lotus, Hudson Mohawke e a própria Eli Iwasa, e recebeu suporte de nomes como Mark Ronson, Joy Orbison, Skream, Dam Funk, Rudimental, Annie Mac e Gerd Janson.

Isso sem falar nos festivais onde já tocou, como Tomorrowland, Sónar e Electric Picnic, e nos remixes oficiais para artistas do calibre de Donna Summer, The Killers, Marina, Kelis e Sky Ferreira.

Serviço:

CAOS 6 anos
Local: CAOS – Rua Luiz Otávio, 2995, Parque Taquaral, Campinas, SP
Data: 12/01 (sexta-feira)
Horário: A partir das 22h
Atrações: Krystal Klear, Eli Iwasa, Davis, Diogo Accioly, From House to Disco, Leo Janeiro, BARJA, L_cio, Michelly Joifre, Nott e Salin
Ingressos: a partir de R$35,00 via Ingresse

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Mainstage

Elrow retorna ao Brasil em março, com edição no Laroc e Ame Club

A festa espanhola Elrow traz para Valinhos uma edição inédita na América Latina. Saiba os detalhes.

Elrow no Laroc Club (Gui Urban, 2019)

Uma das festas mais loucas do mundo está de volta ao Brasil, e acontecerá no complexo Laroc, no próximo verão. A label party espanhola Elrow divulgou nesta quinta-feira, 7 de dezembro, sua próxima edição no país, em parceria com os clubs Ame e Laroc, localizados em Valinhos, interior de São Paulo. O ‘Save the Date’ divulgado é para o dia 16 de março de 2024.

A Elrow ficou mundialmente conhecida por suas festas temáticas e seus festivais, como Elrow Town, Monegros Desert Festival, Horroween Festival, Snowrow Festival e Elrow Island. O selo de festas concretizou residências em importantes cidades como Madrid, Ibiza, Las Vegas, Nova York e Barcelona. O Brasil já recebeu algumas das maiores edições da Elrow: ‘Bollywood’ e ‘Sambowdromo do Brasil’, que aconteceram no Laroc Club.

“É uma honra poder receber novamente uma das maiores labels de música eletrônica do mundo em nosso club. Em 2024 teremos grandes novidades para nossos clientes. Preparem-se!” Diz Silvio Soldera sobre a expectativa em trazer novamente a marca ao Brasil.

Em breve mais novidades e informações sobre as vendas serão divulgadas nas redes sociais dos clubs e da própria Elrow (Instagram, Facebook, Twitter e site oficial). Confira o anúncio da edição brasileira divulgado:

SERVIÇO:

Elrow goes to Brazil
Data: 16/03/2024
Endereço: Ame e Laroc Club (Rod. Dom Pedro I, km 118 – Bairro dos Lopes, Valinhos – SP, 13273-300).
Programação será divulgada em breve
Evento destinado para maiores de 18 anos
Mais informações: site oficial da Elrow.
Realização: Elrow e Grupo Laroc.

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Entrevista

Entrevistamos: Mau Mau e Etcetera no The Town

Mau Mau e Etecetera uniram-se a um tributo à house music paulistana no último dia de The Town. Confira nossa entrevista na íntegra.

Mau Mau e Etcetera no The Town (Por I Hate Flash, 2023)

A cena underground de São Paulo sempre se destacou mundialmente por sua familiarizada mistura de essências, classes, povos, raças e também de gerações. Não seria diferente na house music, pelo envolvimento de grandes artistas brasileiros desde sua criação. Na primeira edição do The Town, maior festival de música de São Paulo, o gênero foi reverenciado através do palco New Dance Order, recebendo em seu último duas pontas: Mau Mau, um dos pioneiros da house music do circuito underground de São Paulo e Etcetera, atual revelação do house music que já caminha pelos rumos de uma grande artista.

Mau Mau, com uma bagagem de exatos 36 anos de carreira, iniciou sua experiência na mixagem no Madame Satã, lendário club da cena paulistana que acoplava o melhor da música nos anos 80. De turnês mundiais, passando pelos principais países europeus e americanos, tocando nos maiores eventos dedicados ao house pelo planeta, Mau Mau fez a história para que a jovem Etcetera pudesse caminhar com seus brilhantes passos.

Etcetera despontou no underground brasileiro com uma pesquisa de House e Disco e nos looks fabulosos da sua arte drag. Seu extenso e respeitado repertório no gênero lhe cedeu espaço para gigs nas principais festas LGBTQIAPN+ na maior cidade do país, Tantsa, Cardume, Kevin, Tokka, apenas para citar algumas.

Conversamos com ambos sobre suas principais trocas em uma homenagem do festival à house music de São Paulo:

Mau Mau e Etcetera (Por I Hate Flash)

Beat for Beat – Primeiro, para começar, gostaríamos de saber como é que surgiu o convite e a oportunidade de tocar no The Town e fazer esse back-to-back incrível?

Mau Mau – Bom, no meu caso foi através da agência mesmo. Nós fazemos parte da mesma agência, que é a SmartBiz, e o Fernando Moreno, que é quem cuida da nossa agenda, me fez o convite, falou que tava pensando em fazer umas coisas diferentes e falou da Etcetera. que eu não conhecia, aí fui atrás pra pesquisar e conhecer.

Etcetera – Pra mim foi da mesma forma, pela agência, através do Fê. E foi uma surpresa muito boa ser um back-to-back com o Mau, acho que ficou muito legal, assim como, o encontro de gerações, ele representa tudo que eu quero carregar hoje junto, sempre acompanhei, então deixou tudo mais forte, mais impactante.

 

B4B – Vocês até citaram agora o encontro de gerações, vocês dois são mestres da discotecagem, curadores da house music, e são de gerações diferentes. E como é que foi esse encontro no b2b também? Vocês prepararam alguma coisa antes do set? Vocês vieram mais de uma forma mais leve, sem muito planejamento?

Mau Mau – Inicialmente a gente teve o encontro para conversar um pouco, discutir justamente isso, e na verdade a é música tão universal, tão globalizada, que não teve grandes problemas. Porque a gente já tinha uma noção de que, o que eu passei na reunião que a gente teve, que é um warm-up, as pessoas estão chegando na festa, então vamos fazer um som mais house, uma coisa mais para ir esquentando. Claro que depois a gente deu uma subidinha, porque já tinha mais pessoas,  mas foi bem tranquilo.

Etcetera – É, eu acho que inclusive o que mais a gente tentou combinar dentro de horários e tudo, foi o que não aconteceu. Foi muito no feeling dos dois. Eu amei que no nosso primeiro papo eu falei: “eu tenho mania de levar, três vezes mais em tempo o número de músicas do que daria pra tocar e ir se guiando” e ele faz da mesma forma, porque quando a gente se encontrou era pra entender se ele desenhava mais o set. Eu acho que isso facilitou, porque os dois seguem o feeling da pista e o que quer tocar, e foi maravilhoso, acho que saiu muito melhor do que se a gente tivesse planejado mais.

Mau Mau – É, eu sempre prefiro fazer set assim, vendo o que está acontecendo na hora e desenvolvendo.

Etcetera – Foi mara que ele me passou muito essa noção de lembrar: “Etcetera, a gente toca às três da tarde” porque senão eu já tinha chegado na bicuda.

Mau Mau – É, chegando lá, chutando tudo.  Foi só o briefing que eu fiz, porque como as pessoas estão chegando, acho que é melhor começar com uma coisa mais calma, tanto é que a primeira música que eu coloquei era um som quase ambiente, não tinha batidão, para, ir criando um clima e, de repente, a introdução chegar.

Etcetera – E um briefing desse jeito de Mau Mau, né? A gente segue (risos)

Mau Mau – E foi ótima a experiência, foi muito bacana.

Etcetera no The Town (I Hate Flash, 2023)

B4BAinda falando sobre essas duas gerações, vocês dois são da cena underground de São Paulo, que hoje é uma das maiores do mundo e está sendo homenageada nesse festival de uma forma linda, que é o palco NDO (New Dance Order). E como é que vocês analisam, tanto você, MauMau, que está há anos na cena, quanto você Etcetera, que está começando agora, como é que vocês fazem essa análise da cena underground paulistana?

Etcetera – Nossa, eu fico muito feliz de estar vivendo esse momento. Eu sempre falei, a minha paixão com house é muito do clássico, ali, 90. Tinha muito costume de falar que eu queria ter a idade de hoje ali em 95, 97. Mas pensar em tudo que eu consigo acessar hoje,  que muito provavelmente a minha forma não acessaria lá atrás, é muito incrível, porque, de fato, eu consigo ver a história do house concretizada em representatividade. Óbvio que é um caminho muito árduo a seguir ainda, a gente tem muito o que desconstruir nas pessoas e tudo mais, mas está incrível, sério. É muito maravilhoso você ver a diversidade presente em tudo, na pista, no palco, está muito foda.

Mau Mau – Quando eu comecei, era completamente diferente do que é hoje, em todos os sentidos, desde a pesquisa musical, a maneira de tocar, o equipamento, o comportamento das pessoas, os guetos, que antigamente eram muito mais guetos do que hoje. E essa revolução toda, todo esse momento que foi se transformando até chegar no que está hoje, e poder ter acompanhado isso, é muito interessante para mim, é uma experiência de vida incrível, para ver todo o procedimento, tudo o que aconteceu, e, de repente, a gente está no The Town. Depois de anos, a gente está aqui nesse festival gigante, já considerado um dos maiores de São Paulo, e fazer parte de tudo isso, depois de tanto tempo de profissão, para mim é super gratificante, porque você conseguir chegar em uma posição de destaque é difícil, mas você se manter nela é muito mais difícil. Então eu só tenho a agradecer, porque até hoje eu sempre trabalhei com o que gosto, e isso é um privilégio, não é qualquer um que pode trabalhar com o que gosta, acaba não sendo nem um trabalho, é uma diversão. E estar aqui do lado de um jovem talento que está começando, e a gente se introduz super bem, é isso, é a música, é a música que faz isso, é a união das pessoas, e é para isso que a gente toca, para unir, para juntar todo mundo.

B4B- Obrigado pela entrevista gente!

Mau Mau e Etcetera (I Hate Flash, 2023)
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Entrevista

Entrevistamos: Kevin Saunderson no The Town

Kevin Saunderson nos mostra que todo o tempo que existe é precioso, ainda mais na house music. Leia a nossa entrevista no The Town.

Kevin Saunderson no The Town (I Hate Flash, 2023)

Todo gênero musical teve sua fase embrionária no mundo, seja a música clássica, criada reis e rainhas por volta dos anos 1500, seja pelo emblemático rock, que já se familiarizavam com a guitarra nos anos 40 e revelando artistas como Elvis Presley, B.B. King e Johnny Cash e Bob Dylan, até mesmo a house music, criada a partir de um movimento que invadia Chicago na década de 80 e que ganhava o apoio de potentes artistas como Frankie Knuckles, Marshal Jefferson e Kevin Saunderson.

O produtor ficou mundialmente famoso ao criar o grupo Inner City, que com sucessos como “Big Fun” e “Good Life” levou o house music e o techno de detroit para lugares inimagináveis a partir de 1994. Kevin se transformou de um artista emergente de um reduto marginalizado em uma das cidades mais industriais dos Estados Unidos, em um dos mais requisitados artistas underground da house music.

Desde o retorno do Inner City, apresentando seu filho, Dantiez Saunderson e a nova vocalista Steffanie Christi’an, Kevin atualizou seu feeling de pista e nos mostrou presencialmente no The Town, maior festival de música de São Paulo, porque a house music nunca pode nos abandonar. Leia nossa entrevista na íntegra:

B4B: Você é um dos pioneiros da house music desde 1994, desde a criação do Inner City até agora. Como você analisa a mudança no mundo daquele tempo até os dias atuais?

Kevin Saunderson: Musicalmente, com o passar do tempo, a visão era fazer as pessoas dançarem ao redor do mundo e fazer algo novo com o qual todos pudessem se conectar. Então essa foi a minha inspiração para espalhar meu talento pelo planeta. E aqui estamos, anos mais tarde e ainda continuamos fortes, assim como no começo.

B4B: Desde o tão aguardado retorno de Inner City, você tem trabalhado com seu filho Dantiez. Como é a relação entre pai e filho no trabalho? Vocês conseguem ter essa divisão entre ser família e colegas de trabalho?

Kevin Saunderson: Olha, temos um ótimo relacionamento. Quero dizer que ele já é um adulto, então não é tipo de relação que é necessário alguma imposição, ele não é mais muito jovem, tem 30 anos. Meu filho ama música, ele tem muita paixão e isso me ajuda, nos ajudamos na verdade. Temos uma conexão muito boa. Às vezes estou viajando pelo mundo como DJ e ele fica em casa, dou uma ideia e ele começa a trabalhar nela, então somos um bom time e isso é ótimo!

B4B: Ainda sobre a volta do Inner City, como você encontrou Steffanie e quais foram os critérios para integrá-la ao grupo?

Kevin Saunderson: Bem, o que aconteceu é que Dantiez e eu começamos a trabalhar juntos em uma faixa. E então pensei em comemorar o aniversário de 30 anos do grupo em um festival de Detroit e precisávamos de um cantor. Um amigo meu me apresentou a Stef, fiz um teste com ela e ela nos surpreendeu e ficou com a vaga. Depois disso, quando a vi pessoalmente se apresentando no palco, desenvolvemos um relacionamento ainda maior, principalmente para trabalharmos em apresentações ao vivo. Ela é muito talentosa, tem muito movimento e é excepcional.

Steffanie Christi’an no The Town (I Hate Flash, 2023)

B4B: Precisamos falar sobre o seu novo single, “Heavy”, que foi lançado recentemente. Com foi retornar aos lançamentos após o álbum de reestreia e como foi esse processo produtivo da nova faixa?

Kevin Saunderson: Realmente, temos um novo single lançado nesta última semana, chamado “Heavy”. É a mesma sensação de quando fizemos o álbum, foi apenas criar uma faixa que gostamos. O álbum veio em um momento pré-pandemia, Dantiez trabalhou muito no disco, Steffanie fez a maioria das músicas e tivemos outro cantor de Detroit fazendo a segunda voz, chamado Zebra. Mas sabe, estava apenas tentando voltar a fazer música e quanto ao futuro, agora temos um novo single, lançaremos outro single e continuamos a fazer música.

B4B: Por fim, que mensagem um dos padrinhos da house music deixa para os artistas que estão começando a carreira como produtores?

Kevin Saunderson: Você tem que perseguir sua paixão, seu sonho e você só precisa continuar assim, sempre. Todos nós temos um caminho diferente na vida, todos nós queremos coisas diferentes na vida, mas sabe, se você ama o que faz, continue assim, continue trabalhando duro e não deixe ninguém dizer que você não consegue.

B4B: Muito, muito obrigado Kevin!

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Mainstage

Mochakk chega ao top 1 do Beatport com “Jealous”

Mochakk, expoente da dance music brasileira, chegou ao top 1 do Beatport, maior plataforma de venda de música online, em menos de uma semana com o lançamento de “Jealous”.

Mochakk

É do Brasil! Mais uma grande faixa brasileira chega ao topo do Beatport, reconhecendo o trabalho do DJ e produtor Mochakk. “Jealous“, lançada pela Circoloco Records foi considerado um dos lançamentos mais aguardados pelos fãs de música eletrônica, especialmente na cena underground, onde Mochakk tem conquistado cada dia mais espaço. Em menos de uma semana, o single ganhou notoriedade nas pistas de dança de todo o mundo e já é o novo hype da house music mundial.

O produtor comemorou a conquista em seu twitter no início desta última quarta, 31 de agosto:

Com sucessos como ‘Da Fonk‘ e ‘Diu Diu Lai‘ em seu nome, além de remixes para Lil Louie Vega, The Martinez Brothers e seu mais recente remix de ‘Express Yourself’, de Diplo, uma faixa que teve mais de 1,5 milhão de streams e alcançou o top 10 nas paradas globais do Beatport, Mochakk vem dominando o cenário global da música eletrônica ao levar sua reputação de maior estrela da dance music underground do Brasil para clubes e festivais em todo o mundo. Nomeado uma das Future New Stars of 2023 da BBC Radio 1, o brasileiro de 23 anos tem estado ocupado cativando multidões no Coachella, Printworks, EDC, Lollapalooza, CircoLoco Ibiza, Sonar e muitos outros só este ano.

Ouça “Jealous” abaixo e aproveite e siga Mochakk no Instagram, Twitter, Facebook e TikTok.

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Lançamentos

Hardjaguar mistura diversos gêneros em seu novo single ‘Acid’

Combinando elementos característicos de diversos gêneros, Hardjaguar demonstra sua versatilidade e habilidade na produção da nova ‘Acid’.

O talentoso produtor Hardjaguar quer deixar sua marca no cenário da música eletrônica com o lançamento de sua mais recente criação, ‘Acid’. A música é uma jornada sonora carregada de euforia e boas vibrações, inspirada pelas nuances do techno, trance e elementos do big room. Escute aqui.

‘Acid’ é mais do que apenas uma faixa, é uma experiência musical que transporta o ouvinte para um mundo de sonhos eletrônicos. Combinando elementos característicos de diversos gêneros, Hardjaguar demonstra sua versatilidade e habilidade na produção. As batidas pulsantes do techno encontram-se com a emotividade do trance, enquanto os elementos do big room acrescentam uma dimensão expansiva e envolvente à música.

Com sua meticulosa atenção aos detalhes, Hardjaguar criou uma faixa que não apenas faz você se mover, mas também faz você sentir. As harmonias cativantes e os arranjos cuidadosamente elaborados evocam emoções intensas, enquanto os ritmos hipnóticos convidam você a se entregar à pista de dança.

‘Acid’ é uma celebração da energia positiva que a música eletrônica pode transmitir. É um lembrete de que, em meio aos altos e baixos da vida, a música tem o poder de nos unir e nos elevar. Hardjaguar criou uma trilha sonora para momentos de alegria e escapismo, e sua paixão pela música brilha através de cada nota.

Escute agora:

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Wildcrow aposta nas opostas ‘Bring Me Apart’ e ‘Like a Melody’

Wildcrow aposta em sonoridades distintas e lança duas música opostas sonoramente falando, ‘Bring Me Apart’ e ‘Like a Melody’. Escute.

Wildcrow, o produtor musical e criador de conteúdo da Espanha, está de volta com não uma, mas duas incríveis faixas que prometem conquistar os corações dos fãs de música eletrônica em todo o mundo. Conhecido por seu estilo melódico versátil, que abrange gêneros como House, Progressive House, Future House e Hardstyle, Wildcrow tem sido um dos destaques da cena eletrônica atual.

‘Bring Me Apart’ é uma verdadeira jornada sonora, repleta de emoções que se desdobram em cada batida e melodia. Com uma produção magistral, a música apresenta uma progressão melódica envolvente, acompanhada de ritmos cativantes e uma atmosfera emocionante, até seu ápice no Hardstyle. Já ‘Like A Melody’ nos leva em uma viagem encantadora pelo som, mostrando a versatilidade do artista e suas habilidades em explorar diferentes gêneros musicais com maestria, apresentando algo mais comercial.

Wildcrow começou a fazer música como hobby entre o meio de 2013 e a metade de 2014 e rapidamente conquistou a atenção de fãs e colegas da indústria com sua abordagem única e apaixonada à música. Suas faixas têm sido tocadas por grandes nomes da cena eletrônica, o que atesta seu talento excepcional e dedicação incansável à sua arte. Sem prender-se a gêneros, o artista mostra ser um produtor de mão cheia.

‘Bring Me Apart’ e “Like A Melody” estão disponíveis em todas as principais plataformas de streaming. Não perca a oportunidade de mergulhar no mundo cativante da música de Wildcrow e descobrir por que ele tem sido aclamado:

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KVSDE abraça sua essência e canaliza emoções em ‘Sometimes’

Fazendo uma fusão de house e techno, além de abraçar sua essência queer, KVSDE apresenta uma track poderosa e transformadora: ‘Sometimes’.

Ter orgulho de quem você é e canalizar isso em sua arte, é algo revolucionário, além de ser capaz de dar uma personalidade totalmente própria e impactante para aquilo que se propõe a fazer. Tomando isso como ponto de partida, o DJ e Produtor estadunidense, KSVDE, é alguém que levanta a bandeira de sua comunidade LGTBQIA+, colocando emoções cruas e mensagens poderosas em suas músicas, como é o caso do seu novo lançamento, ‘Sometimes’.

Fazendo uma fusão de House e Techno, mas sem seguir necessariamente pelo caminho do Tech House, o artista propõe uma estética forte e consistente, que é capaz de hipnotizar seus ouvintes. Seu mais recente lançamento, ‘Sometimes’, traz fortes elementos do Techno, principalmente pelo kick proeminente e vocais sintetizados, criando uma atmosfera quase densa e obscura, mas totalmente dançante. Você pode ouvir aqui.

A música é muito forte e consistente, traços que podem ser encontrados no artista. Marginalizado naturalmente por ser um homem gay, KSVDE precisou transferir para a música todo o preconceito e ódio que sofreu, para então fazer disso um elemento transformador. Usar de seu dom musical, para potencializar seu orgulho e usar disso como instrumento de libertação, faz do artista um grande vencedor.

Escute agora ‘Sometimes’:

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Brisotti entrega o primeiro lançamento de 2023, o EP “Brazilian Groovy”, pela gigante Nervous

Com batidas potentes e groove radiante produtor entrega mais um pérola para a cena nacional

por Mia Lunis 

Brisotti não é apenas um produtor, é uma orquestra que comanda um verdadeiro carnaval eletrônico de elementos bem estruturados em seu mais novo EP,Brazilian Groovy’ assinado pela gigante Nervous. Prova disso é a faixa título, que transporta ouvintes para uma ode a batucada orgânica dos beats que colorem o Brasil e fazem do país uma das maiores potências quando o assunto é música. 

O produtor traduziu a vibe da musicalidade das terras tupiniquins como poucos, dando aquele um toque sutil de synths minimalistas e uma linha de baixo robusta e constante, que pavimenta a jornada pelo eterno groove bem marcado na faixa. Mas isso é só o começo, o artista ainda entrega mais duas faixas competentes no EP, estamos falando de ‘Papilon’ que chega com um Tech mais potente e pronto para o Peak Time e ‘Beautiful Dream’ que vem na pegada envolvente da pista e casa super bem com o afterhours regado a sol e música boa. 

Brisotti é um dos nomes de destaque da cena eletrônica nacional e tem um catálogo impressionante de inúmeros sucessos no Spotify. Com um séquito admirável de mais de 170 mil seguidores na plataforma, o artista se consolida entre os nomes mais importantes na esfera imponente da House Music. Com sua sonoridade única, conquistou posições importantes nos chats do Beatport, nos sets de nomes importantes como Jamie Jones, Michael Bibi, Chris Lake, Clonee, entre outros, e claro, o público. 

Brisotti está no Spotify e no Instagram

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Lançamentos

Ella de Vuono lança novo EP com Nelson D, ‘Nossa Gangue’

Lançado através da respeitada Cocada Music, “Nossa Gangue” de Ella de Vuono e Nelson D, contempla a voz das minorias. Ouça agora.

Ella De Vuono [RECREIOclubber]
Nem sempre conseguimos nos sentir representados nas comunidades em que somos inseridos durante nossa vida, mas se há um meio de quebrar este tipo de barreira, com certeza podemos citar diversas representatividades através da música, incluindo até grandes editoriais já feitos e planejados pelos editores cisgêneros e homossexuais deste veículo, mas nada se compara a conexão de Ella de Vuono no cenário eletrônico nacional.

A visibilidade de Ella de Vuono dentro da comunidade clubber já é indiscutível, a produtora que vem participando ativamente de causas LGBTQIA+, uniu-se à outro grande representante das minorias, Nelson D, artista indígena que traz toda sua ancestralidade para suas obras, lançando o EP “Nossa Gangue”, via Cocada Records, respeitado selo de Leo Janeiro através da Get Physical Music, de Roland Leesker.

Nelson D é de Manaus, adotado por italianos, mas que retornou ao Brasil buscando um autenticidade sonora e se tornando um verdadeiro alquimista ao mesclar ritmos populares com música indígena. O novo trabalho de Ella traz duas faixas, “Nosso Espaço” e “Gangue de LGBT” e os vocais de Nelson D em ambas. Ouça abaixo e aventure-se em uma nova sonoridade de “Nossa Gangue“. Aproveite e siga Ella de Vuono no Instagram, assim como e Nelson D.

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