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Editorial

Tebetê #21: Paula Temple no Time Warp 2022

Uma das artistas mais aguardadas no Time Warp Brasil, Paula Temple merece um Tebetê para chamar de seu e fazer o esquenta!

Foto: @tylerallix

Ela nasceu em Manchester e desde a adolescência já fazia suas primeiras produções musicais, sem imaginar o que o futuro reservava. Paula Temple lançou seu primeiro EP em 2002, inspirado nos icônicos Jeff Mills e Dave Clarke. A sonoridade era um techno com BPMs mais rápidos e batidas intensas, o que se tornaria sua marca registrada.

Após um período sabático que durou de 2006 a 2013, a artista retornou mais forte do que nunca. Com dois EPS em sequência, o ‘Colonized’ de 2014 e o ‘Deathvox’ de 2014, Paula reafirmou sua potência e importância para a cena. Em 2016, ela dá ainda mais voz ao seu propósito pessoal e cria a Noise Manifesto, selo que aposta nas mulheres, pessoas trans e não-binárias. Foi por sua própria label que Temple lançou seu primeiro álbum, ‘Edge of Everything’.

Com passagens por diversos festivais do mundo, Paula é referência no Hard Techno ou Techno mais acelerado do que o habitual. Suas presenças no Time Warp são constantes e é inclusive uma dessas apresentações que trazemos nessa coluna. Sua apresentação na edição 2022 de Mannheim, é uma completa masterclass para os ouvidos mais exigentes e servirá como um esquenta para o set de sexta-feira, às 02h, no Time Warp Brasil.

Relembre e prepare-se para viver Paula Temple ao vivo. Os últimos ingressos para o Time Warp Brasil ainda estão disponíveis e você pode comprar o seu clicando aqui.

https://www.youtube.com/watch?v=3OcA3zPlQEU

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KAPP fala sobre a importância de receber um remix do duo Sphynx

O remix do duo Sphynx, para a track ‘Burning Lips’, do artista KAPP, já está disponível nas plataformas digitais. Escute agora.

Foto: Daniela Luquini

por Mia Lunis

KAPP, projeto de Brenno Balbino, aplica em sua sonoridade referências que marcaram toda uma geração, incluindo medalhões da indústria, como Jeff Mills, Daft Punk, Nine Inch Nails, Prodigy, dentre outros, tendo construído um caminho sólido que permeia sua identidade forte e marcante.

O artista, que já fez turnê pelo velho continente e na América do Sul como parte integrante de bandas de pós-punk e rock psicodélico, estudou na universidade Middlesex em Londres no curso de Sonic Arts & Music Composition e lançou a faixa ‘Burning Lips’ uma faixa coroada por uma atmosfera pós punk e darkwave com um vocal enigmático e uma melodia marcante.

A faixa acaba  de receber o remix arrasador de Sphynx, projeto assinado pelos produtores Vermelho e Zopelar, que corroboram para o conceito musical do artista, entregando um Indie Dance competente, pronto para as melhores pistas da cidade.

Já conheço o Vermelho há uns 10 anos. Ele tocou no Bunker 194 (minha festa de Londres) há muito tempo. Desde lá cultivamos uma amizade sadia e vim acompanhando o trabalho de produção dele por todo esse tempo. Quando precisei de um remix eu pensei nele na hora. Depois ele me apresentou o Zopelar que conhecia de nome por fazer parte do Teto Preto. Decidimos fazer com os dois assinando como Sphynx pois vi a importância de adicionar o Zopelar nesse trabalho pela experiência e talento que ele possui como produtor e instrumentista”, conta KAPP.

Para a releitura da faixa, o Sphynx soube muito bem pinçar os principais elementos da faixa, adicionando uma timbragem ácida que amplia ainda mais a atmosfera de pista. As faixas foram assinadas pela gravadora Bunker 194 Records e KAPP dá seus primeiros passos de forma absolutamente certeira. O artista se apresenta nas festas 4e20, Foda, Jerome e Superafter no D-Edge em Março, vale a pena conferir!

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Mainstage

Primavera Sound coloca a cidade de São Paulo em seu roteiro de 2022

Completando os anúncios das edições que acontecerão na América do Sul, o Primavera Sound divulgou que passará por São Paulo em 2022.

Depois de anunciar edições no Chile e na Argentina, o Primavera Sound revelou na última quinta-feira (09), que também irá desembarcar no Brasil, mais especificamente na cidade de São Paulo, completando assim sua primeira passagem pela América do Sul. De 31 de outubro a 6 de novembro, a primeira edição brasileira do Primavera Sound irá ocupar diversas casas de shows paulistanas ao longo da semana, enquanto que a programação principal do festival vai rolar no Anhembi durante o final de semana.

O Primavera Sound tinha que ser em São Paulo. É uma cidade com uma energia incrível que vive a música de uma forma que raramente vi na minha vida”, explica Gabi Ruiz, diretora do festival.

O fato de o bairro do Anhembi lembrar tanto o Parc del Fòrum, torna-o ainda mais especial porque é como estar em casa. É um lugar onde se respira música em todos os lugares: tem o Sambódromo junto com o auditório onde todos os grandes nomes da música brasileira já se apresentaram … Tudo se encaixa”, complementa ela.

Em 2022 a edição principal, realizada em Barcelona, na Espanha receberá nomes como Honey Dijon, Mano Le Tough, Jeff Mills, Jamie XX, Disclosure, Black Coffee, Amelie Liens, Nina Kraviz, Peggy Gou, Monolink, Dua Lipa, Lorde, Jorja Smith, Gorillaz, The Strokes, Tame Impala, Megan Thee Stallion, Pabllo Vittar e outros. Será que teremos um line parecido por aqui?

Mais informações, como venda de ingressos e line-up, devem ser anunciadas em breve, mas já estamos ansiosos pelo o que virá pela frente! Acompanhe as novidades no perfil oficial do evento em São Paulo no Instagram.

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The BPM Festival anuncia fase 1 do line para Costa Rica em 2022

Comemorando seus 15 anos de vida, o The BPM Festival realizará grande edição em 2022, na Costa Rica e anunciou os primeiros nomes do lineup.

Foto: Alive Coverage

Agora vai, hein! Após marca e desmarcar sua edição na Costa Rica, o gigante The BPM Festival anunciou a Fase 1 do line que invadirá Tamarindo, abrindo os trabalhos das comemorações de 15 anos do evento. Marcado para acontecer entre os dias 12 e 18 de janeiro de 2022,  o BPM apresentará o melhor do house, techno e sons underground, com diversos artistas de todo o mundo.

Entre os confirmados, estão Carl CraigHernán CattáneoLatmunNeverdogsRichy AhmedStacey PullenTechnasia, Anfisa Letyago, Jeff Mills, Ricardo Villalobos, Apollonia, Boris, Darius Syrossian, Detlef, Jamie Jones, Joseph Capriati, Marco Carola, The Martinez Brothers e o brasileiro Renato Ratier. Isso é só o começo.

Além dos artistas, o THE BPM Festival receberá também alguns showcases, entre eles Detroit LoveIbiza SonicaKalukiLuciano & FriendsMood vs Mindshake, isso só para citar algumas. Os ingressos para o evento estão disponíeis e ainda contam com diversas políticas de cancelamento e reembolsos, caso o evento tenha algum problema devido a pandemia. Clique aqui para adquirir o seu.

Confira abaixo o aftermovie da edição 2020 do The BPM Festival na Costa Rica e prepare-se para uma incrível jornada musical em paisagens de tirar o fôlego!

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Mainstage

Primavera Sound planeja grande retorno para 2022. Confira as atrações

Um dos gigantes da Espanha, o Primavera Sound, anunciou sua edição de retorno em 2022 com um grande line. Veja quem são os confirmados.

Com o avanço da vacinação contra a covid-19 ao redor do mundo, a indústria do entretenimento se prepara para uma forte retomada já no segundo semestre deste ano, com maior intensidade a partir de 2022, e com o mercado de festivais não poderia ser diferente. Os grandes players do segmento já estão se adiantando nos preparativos e almejam atrair inúmeros turistas de todos os lugares, entre eles o Primavera Sound.

Nesta semana, além do anúncio do line-up do Lollapalooza (EUA), que acontecerá já em setembro de 2021, e a confirmação da próxima edição do Ultra Music Festival no Bayfront Park em Miami para 2022, também aconteceu o anúncio da extensa programação do Primavera Sound 2022, que ocorrerá entre os dias 02 e 12 de junho em Barcelona.

Pra quem não conhece, o Primavera Sound é um dos festivais de música mais importantes da Espanha e do mundo. O festival é conhecido por divulgar as últimas tendências da música, com artistas de diversas nacionalidades, dos mais variados gêneros e, claro, não poderia deixar de incluir uma programação de DJs de música eletrônica de deixar qualquer festival de dance music com inveja!

Dentre os destaque da programação do próximo ano, estão artistas como Honey Dijon, Mano Le Tough, Jeff Mills, Jamie XX, Disclousure, Black Coffee, Amelie Liens, Nina Kravz, Peggy Gou, Monolink e muitos outros. No palco principal será possível conferir shows de grandes nomes como Dua Lipa, Lorde, Jorja Smith, Gorillaz, The Strokes, Tame Impala, Megan Thee Stalion, além da brasileira Pabllo Vittar.

As vendas dos ingressos já estão abertas e o Weekend Pass custa a partir de 245 Euros (cerca de R$1560). Para mais informações acesse o site oficial do festival, clicando aqui. Abaixo, confira o anúncio do line completo:

Clique na imagem para ampliar
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Entrevista

Entrevistamos: UMEK

Um dos maiores nomes do techno mundial, UMEK, conversou com nossa equipe e falou sobre o passado, presente e futuro da música eletrônica.

Se você é um techneiro raiz, com toda certeza já ouviu falar de UMEK. Pioneiro do techno em seu país, a Eslovênia, Uros Umek é um daqueles artistas que você precisa acompanhar de perto. Com diversas músicas nos charts do Beatport, além de ter uma fama reconhecida internacionalmente, ele foi um dos que se reinventou durante a pandemia e aventurou-se em novos horizontes.

Desde uma masterclass a uma plataforma de análise de dados, lives e lançamentos, UMEK não parou. E foi sobre isso que ele conversou com nossa redação, resgatando um pouco do seu passado, presente e até mesmo falando sobre o futuro, além de nos contar alguns segredos, incluindo um dos seus grandes arrependimentos na carreira. Quer saber qual foi? Leia agora nossa entrevista!

Beat for Beat – Olá UMEK, é um grande prazer conversar com um dos grandes nomes do techno mundial. Como você iniciou sua carreira, na música eletrônica e techno? Quais foram as principais influências musicais que fizeram o artista que você é hoje?

UMEK – Eu comecei a discotecar quando era adolescente, na época do colégio. Lembro de ouvir uma estação de rádio chamada Green Apple e  o Dance Nation era um dos programas da rádio, via satélite, onde eles tocavam techno e todos os tipos de música eletrônica, todos os finais de semana. Foi aí que tive muita influência no início da minha carreira.

Comecei a discotecar profissionalmente em 93, quando a cena estava apenas começando, progredindo e crescendo. No início, eu gostava de house e EDM, mas depois me concentrei apenas em techno graças a Westbam, o líder do movimento techno alemão no início dos anos 90, Surgeon e o resto da equipe do Birmingham.

Eu encontrei muita inspiração assistindo Jeff Mills fazendo sua mixagem, enquanto Carl Cox foi o melhor quando se trata de construir energia na pista de dança.

Jeff Mills, uma das influências de UMEK

Um de seus maiores feitos foi a criação de sua label, 1065, para a descoberta de novos artistas para a cena. Como funciona a escolha dos lançamentos? Como os artistas podem te encontrar?

UMEK – Os artistas podem enviar suas demos para minha gravadora 1605 (demo@sixteenofive.com). A cada duas semanas, analiso as inscrições mais interessantes e, se houver algo realmente bom, é assinado pela gravadora. Somos muito exigentes porque em 2020 lançamos apenas duas faixas para compilações Desiderati.

Em primeiro lugar, verifico a música, depois passo pelos canais digitais dos artistas. Eu também ouço outras faixas e verifico suas páginas no Viberate, onde vejo como um artista específico está se saindo.

Em certo momento de sua carreira você produziu algumas faixas com escala comercial, gerando grandes resultados para sua carreira. O que esta viagem ao mainstream te trouxe de aprendizado profissional?

UMEK Do ponto de vista da aprendizagem, não vejo isso como um erro. Sempre quero expandir meu conhecimento e estou interessado em coisas diferentes, então às vezes eu me empolgo. No entanto, do ponto de vista comercial, devo dizer que essa saída do techno e a incursão na cena mais comercial foi uma das piores coisas que eu poderia ter feito.

Mesmo tendo sido um sucesso, não foi uma ideia inteligente. Eu recomendaria a qualquer um que já tenha uma base de fãs estabelecida e som em um gênero específico, não mudar a rota da música tão drasticamente, pois é muito difícil fazer um retorno.

Você também foi um dos pioneiros a apresentar aos seus fãs uma masterclass com várias dicas e macetes de produção musical, para alcançarem as pistas de todo planeta. Como foi ceder um pouco de seu aprendizado para os produtores iniciantes?

UMEK – No começo, eu realmente não sabia o que esperar disso. Achei que fosse algo que só faria durante o período coronavírus, mas rapidamente percebi que é algo que realmente gosto de fazer, então continuarei mesmo quando a vida voltar aos trilhos.

É ótimo ver tantos rostos felizes que mal podem esperar para começar a produzir música e experimentar todos os truques que aprenderam durante nossas sessões. Não tenho certeza de quanto tempo poderei fazer isso no futuro, mas eu realmente gostaria de continuar passando meu conhecimento de música para outras pessoas, porque é muito gratificante ver o progresso delas.

Sem dúvidas, estes últimos 2 anos tê sido grandiosos na sua carreira e parte deste seu retorno ao topo deve-se a extensa análise de dados feitas para sua marca. O quanto você acha o marketing digital importante para a carreira de um DJ?

UMEK – Hoje em dia, o marketing digital é mais importante do que nunca. Você tem que estar presente nos canais digitais, ou simplesmente não existe. Se você sabe como promover suas páginas e canais, está a meio caminho do sucesso. A outra metade é música e performance.

Viberate

Pode nos contar um pouco sobre a Viberate e como ela funciona no mercado da música?

UMEK – Tudo começou quando o Viberate era apenas um projeto favorito, para analisar minha carreira e ver como os investimentos em publicidade estavam dando frutos. Era um banco de dados crowdsourced desde o início e depois que mais de 30 mil perfis de DJs gerados por usuários, entraram em nosso banco de dados, percebemos que estávamos construindo alguma coisa.

A cena da música eletrônica aceitou bem, mas é claro, todos nós sabemos que os dados são apenas um ingrediente em uma receita total para o sucesso. Não importa o que os números digam, você ainda precisa produzir música de alta qualidade. Números e gráficos podem ser usados ​​para ajustar certas partes em seu caminho para o sucesso.

O Brasil é um grande fã do seu trabalho, esperamos ansiosamente um show seu no nosso país. Sente vontade de voltar para cá? Mande um recado para seus fãs brasileiros!

UMEK -Sim, claro, adoraria visitar o Brasil. Eu não vou lá há algum tempo. Existem muitos bons artistas lá, especialmente no techno. Eu tenho visto um grande progresso nos últimos anos, então eles definitivamente têm meu apoio.

E o que posso dizer é: fiquem seguro, saudáveis e aguentem firme. Nós vamos superar isso! Espero sinceramente que as coisas voltem ao normal nos próximos meses e possamos desfrutar de música ao vivo novamente.

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Jeff Mills entra para o mundo editorial com a revista ‘The Escape Velocity’

Um dos maiores nomes do techno mundial, Jeff Mills, entra para o mundo editorial com a sua própria revista, ‘The Escape Velocity’. Leia!

Durante os últimos anos, reinvenção tem sido a palavra para diversas pessoas, por conta da pandemia. Muitos de nós precisaram readaptar suas rotinas, afetadas por conta da crise sanitária que assola o mundo e um dos grandes nomes do techno mundial, Jeff Mills, entrou na onda e lançou recentemente, um novo projeto: sua própria revista, ‘The Escape Velocity‘.

O projeto ‘Escape Velocity’ nasceu de uma reação de precaução à abrupta desaceleração que experimentamos devido à pandemia mundial no início de 2020. Ao longo do ano passado, procuramos localizar e convidar alguns dos artistas mais talentosos e imaginativos em vários campos da cultura e pedimos que criassem conceitos de sua escolha … Atuamos como elo de ligação entre suas ideias e um público pronto para analisá-los.” duz Jeff Mills sobre a revista.

O projeto, feito em parceria com a gravadora do artista, Axis Records, a Issue One da ‘The Escape Velocity’ já traz um conteúdo de altíssima qualidade. Nas 92 páginas da revista, você encontrará entrevistas com Terrence Dixon, DVS1, Tadeo e Jonas Kopp, além de artigos especiais de Mike Storm, Imani Mixon e outros profissionais talentosos.

O material completo e em inglês, você confere no site da Axis Records, clicando aqui.

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Jeff Mills e Jean-Phi Dary preparam estreia do ‘The Paradox’

A estreia da dupla The Paradox acontecerá com o lançamento de um LP pela Axis Records no início do ano que vem. Conheça mais detalhes.

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Conheça MAUK e sua impressionante consistência de lançamentos

O jovem prodígio, MAUK, baterá a marca de 100 faixas lançadas apenas em 2020, todos lançamentos por gravadoras internacionais.

MAUK

Quando você pensa em 100 lançamentos em um ano, todos assinados por gravadoras internacionais, o que vem à sua mente? Difícil? Impossível? Pois é, avaliando pelo prisma da complexidade, parece algo bem improvável, mas sempre haverá exceções à regra. É o caso de Maurício Machado, que assina artisticamente como MAUK e que, em 2020, pretende lançar mais de 100 faixas.

O artista, como muitos na cartilha, começou cedo destrinchando instrumentos musicais, como violão, bateria e guitarra. Foi desse primeiro contato que a curiosidade para conhecer outros sons começou a surgir. Aos 13 anos ele já era promoter de matinês em São Paulo e foi naquela época que viu DJs tocando e decidiu aprender. Primeiro Hip Hop, depois Progressivo e Electro nas pequenas festas que ele mesmo promovia.

MAUK na infância

O ponto de convergência dele com o Techno acabou sendo natural, “acredito que não fui eu que cheguei ao Techno e sim ele que veio até mim. Senti que precisava me expressar melhor e mais verdadeiramente. A partir daí, foquei a minha atenção na produção”, comenta. Dentre suas inspirações estão estrelas nacionais como Victor Ruiz, ANNA, Wehbba e Murphy até medalhões com Carl Cox, Richie Hawtin, Jeff Mills e outros.

A partir daí, ele decidiu mergulhar nesse universo de criações. Para 2020, sua meta eram 10 faixas: “no meio de janeiro eu já tinha confirmado 8, com o lançamento do meu primeiro álbum, The 8 Planets. Depois de ter cumprido a minha promessa, eu não parei mais”. Para o artista, a auto-cobrança fez com que ele tivesse disciplina e foco para obter seus resultados, já a motivação, veio a cada lançamento.

MAUK tem projetos assinados por gravadoras como a Reload Records (Berlim), Barbecue (Melbourne), IAMT (Barcelona), Egothermia (Amsterdam), Archon (San Francisco), Bach (Londres), Oscuro (Leeds), Insectum (Veneza), Pure Dope (Frankfurt), além de dois álbuns autorais.

Quando perguntamos a ele sobre seus diferenciais para manter a qualidade sonora das produções, o artista comenta que deixa o processo criativo fluir livremente, sem receitas, sem referências para não cair em cópias. “Claro, sigo uma estética e prezo muito pela qualidade e inovação, mas no fim o meu objetivo é ser verdadeiro comigo mesmo, fazendo com que a música venha para me expressar de forma natural”, complementa ele.

O jovem prodígio ainda vai inaugurar seu próprio selo no final do ano, The Hidden Fox, e para a retomada dos eventos pretende atuar com seu projeto de live act, 100% com músicas autorais.

É fã de Techno e quer acompanhar os próximos passos de Mauk? Conecte-se com o artista abaixo porque tem lançamento novo a todo momento!

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Editorial

Direto do Gueto: a música eletrônica nasceu preta!

Os anos podem se passar, mas a música eletrônica, principalmente o house e techno, jamais deixarão de abandonar sua essência, que é preta!

Há pouco mais de uma semana, o mundo voltou suas atenções para a onda de manifestações e atos antirracistas que tomou conta de diversas cidades norte-americanas e que aos poucos, têm se espalhado pelo mundo. Tudo começou na segunda-feira (25/5), após o ex-segurança negro George Floyd ser cruelmente morto por um policial branco, sem motivos.

Desde então, estamos presenciando uma série de manifestos, entre eles o que aconteceu no último dia 02, que ficou conhecido como #BlackoutTuesday. O movimento, que nasceu entre gravadoras e diversos artistas da indústria musical se espalhou pelo mundo todo, entre diversas categorias, que interromperam suas atividades em solidariedade aos protestos. No entanto, não é de hoje que artistas, principalmente os norte-americanos, utilizam a música como forma de se manifestar e resistir.

Jeff Mills, um dos criadores da UR

Sim, toda forma de arte pode ser um instrumento para se expressar, protestar e resistir. Não podemos esquecer que o Jazz, Soul, Funk, Disco, Hip-Hop, R&B, Rock, Blues e nossos amados House e Techno são gêneros musicais de origem negra. Focando mais na música eletrônica, quando tudo começou, na década de 80, House e Techno eram sons da periferia, músicas de preto, LGBT, e foram fortemente marginalizadas.

Em Detroit, no ano de 1989, Jeff Mills, Robert Hood e Mike Banks criaram o projeto que talvez seja o maior símbolo de resistência relacionado a música eletrônica, o “Underground Resistance”. Detroit passava por uma má fase política, social e econômica, baseados nisso o UR utilizavam o Techno como ferramenta para conscientizar e inspirar os jovens afro-americanos a quebrarem os padrões sociais existentes na cidade. A música eletrônica era política!

Membros da Underground Resistance

Muitos anos se passaram e muita coisa mudou, a música eletrônica ganhou o mundo, mas, também embranqueceu. Não vemos mais tantos DJ’s pretos em uma posição de protagonismo. Diversos line ups, desde festas independentes aos grandes festivais, sem nenhum representante preto entre as atrações principais. Sem dúvidas, essa falta de representatividade reflete no baixo número de pretos presentes nas pistas de dança. Basta olhar pro lado e reparar.

Não podemos deixar de lado as origens. Ainda hoje, vemos pessoas dizendo que música eletrônica nada tem a ver com política ou resistência. Será mesmo? Basta ver o que Mills, Hood e Banks fizeram e isso é apenas um exemplo, dentre tantos que poderíamos citar. A intenção desse texto, acima de tudo, é para lembra-los de onde tudo veio.

Então, se você diz ser amante de House Music, Techno ou qualquer outro estilo criado pelo povo preto, e ainda assim não é a favor de todas as manifestações antirracistas que estão rolando nos EUA e no mundo, talvez seja hora de você repensar se essa cena é pra você. A música eletrônica pode ser para todos, mas, nem todos são para a música eletrônica.

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DGTL São Paulo anuncia data e local para sua edição 2020

Retornando para o Brasil com sua 4ª edição, o DGTL São Paulo anunciou sua data para 2020, além do lugar que receberá o festival este ano.

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Destaque Via UnderGROUND

Awakenings divulga horários dos 9 palcos da edição 2019

Um dos festivais de techno mais desejados por todo raver, o Awakenings divulgou a timetable dos 9 palcos da sua edição de 2019.
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