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Entrevista

Entrevistamos: Uncertain

O austríaco Uncertain, que já recebeu suportes de Carl Cox, Adam Beyer e Amelie Lens, acaba de lançar um novo EP pela brasileira Hotstage.

Mais de 30 anos de experiência conferem à Uncertain o atestado de Techno master. Até 2018, ele se apresentava através  de outro alter ego, Boriqua Tribez, e de fato trilhou um caminho de sucesso, mas foi quando mudou sua assinatura que as  conquistas gigantes começaram a aparecer, incluindo suportes de Amelie Lens, Adam Beyer, Luke Slater, Carl Cox, Ilario Alicante, UMEK e outras lendas.

Agora, quem o abraça é a Hotstage, gravadora brasileira que está assinando seu EP ‘Glow‘, que traz a faixa original acompanhada de três remixes por N.O.B.A., Toni Alvarez e dos headlabels DJ Murphy & Spuri. Ouça o EP abaixo na íntegra enquanto você confere mais detalhes da carreira de Uncertain nesta entrevista exclusiva:

Beat for Beat – Uncertain! Obrigado por aceitar essa entrevista com a gente. Conte-nos um pouco sobre o início da sua carreira… quando você começou a tocar e o que te fez acreditar em uma vida baseada e guiada pela música?

Uncertain – Em primeiro lugar: Eu amo música, principalmente música eletrônica! Comecei a discotecar por volta de 1989 em festas do ensino médio e particulares. No início dos anos 90, tive a oportunidade de ser DJ residente em um dos clubes underground mais conhecidos de Viena. Naquele momento, a House Music dos Estados Unidos estava explodindo — muitos discos incríveis de nomes como David Morales, MAW, Armand van Helden, DJ Sneak, Roger Sanchez, etc., foram lançados.

Com o passar dos anos, fui me apaixonando cada vez mais pelo Techno, então criei Boriqua Tribez por volta dos anos 2000. Quase duas décadas depois, decidi começar do zero com meu projeto atual Uncertain.

Certamente muita coisa mudou de lá pra cá… do que você mais sente falta do passado e qual é a melhor coisa da cena eletrônica atual?

Uncertain – Naquela época era mais sobre música do que truques de mídias sociais. Por outro lado, não é mais necessário ter equipamentos caros para começar — principalmente na música eletrônica.

Em que momento as coisas começaram a acontecer de verdade para Boriqua Tribez? Quais foram os highlights que te fizeram chegar em um outro patamar artístico?

Uncertain – Começou lentamente em 2002, após lançar na antiga gravadora de Ben Sims. E também depois de lançar para Umek/Valentino Kanzyani na Recycled Loops e na Primate as coisas ficaram loucas.

E o que culminou na mudança do seu nome de Boriqua Tribez para Uncertain? Sua estética sonora também se transformou através deste novo alter ego?

Uncertain – O Tribal Tech teve seu pico no fim dos anos 90 / começo dos anos 2000 – foi daí que surgiu o nome inicialmente. “Uncertain” me deu a oportunidade de mostrar diferentes aspectos do meu som.

No passado recente, você recebeu suportes de ninguém menos que Amelie Lens, Carl Cox e outras lendas do Techno. Ao que você credita essas conquistas? O que significa pra você ver estes artistas tocando sua música pelo mundo?

Uncertain – Trabalho árduo e coincidência. ‘Steel’, por exemplo, foi lançada em 2019 na Complexed Records e de repente se tornou uma das faixas mais tocadas da Amelie Lens. A faixa decolou graças ao suporte dela, mas nunca imaginei. Fico arrepiado toda vez que alguém toca a minha música.

E falando do seu lançamento mais recente, Glow, pela Hotstage… qual foi o processo criativo por trás dessa produção? Você já havia lançado por uma gravadora brasileira antes?

Uncertain – DJ Murphy apareceu com a ideia de lançar algo na sua gravadora. Na época eu já tinha alguns rascunhos e vocais em mente — as coisas aconteceram bem rápido. “Glow” acabou sendo minha estreia em uma gravadora brasileira.

E o trabalho de DJ Murphy e Spuri, os headlabels, você já conhecia?

Uncertain – Eu e Murphy nos conhecemos há anos. Nos tornamos amigos e tocamos muito juntos – já que estávamos na mesma agência de bookings.

Apesar de um ano difícil, quais são os planos para essa reta final de 2021? Obrigado!

Uncertain – Cuidar de mim, da família e dos amigos!

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Mainstage Tech

Ombu Studio, em São Paulo, oferece cursos particulares de pós-produção

No Instagram do Ombu Studio, você também pode acompanhar diversas dicas gratuitas para aplicar no estúdio. Saiba mais sobre o curso.

Com tantos produtores em cena hoje em dia, o cuidado com os mínimos detalhes na sua música são cada vez mais importantes. A parte criativa na construção da estrutura musical continua sendo a base principal de uma track, mas se ela não estiver bem resolvida na parte de mixagem e masterização, todo seu potencial pode ir por água abaixo.

Portanto, se você é de São Paulo e tá querendo aprimorar seu conhecimento nessa área, nada melhor do que buscar profissionais gabaritados. A dica de hoje é você conferir o trabalho que o Ombu Studio realiza, com um grupo formado por engenheiros, sonoplastas e músicos com mais de 10 anos de mercado para deixar sua música pronta para o mercado fonográfico em todas as etapas.

Só pra você ter ideia, o estúdio tem como sócios uma tríade de peso formada por Spuri e Andre Bastos; algumas estrelas que já confiaram seus trabalhos à Ombu são D-Nox, DJ Murphy, Anderson Noise, e até nomes mais comerciais como Malifoo e Dashdot. “Aqui não temos nenhuma separação, o que importa e o que nos move é a música, então atendemos todos os tipos de artistas”, explica Andre, um dos sócios da empresa.

Spuri e D-Nox

O Ombu oferece tantos serviços terceirizados de Stereo Mastering e Stem Mastering, como também cursos presenciais de mix e master para que você mesmo aprenda o processo e possa sair de lá com conhecimento básico para fazer este trabalho de pós-produção. Inclusive, se neste momento de lives você precisar de um espaço ou mesmo de equipamentos para gravação, o Ombu também dispõe deste serviço.

Caso queira acompanhar um pouco do trabalho desenvolvido pela equipe, é só se  conectar pelo Instagram e conferir algumas dicas que estão sendo dadas por lá de forma colaborativa. Dúvidas você também pode escrever para oi@ombustudio.com.br ou acessar o site oficial do Ombu Studio.

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Editorial

Que tal se aperfeiçoar na técnica de Finger Drumming? Spuri dá a letra

Convidamos o DJ, produtor e sócio do Ombu Studio, Spuri, para falar sobre a técnica de Finger Drumming, que você aprende mais nesse texto:

Texto por Rodolpho Spuri, do Ombu Studio

Antes dos computadores, toda música era produzida de forma puramente orgânica, a partir do contato físico do artista com um instrumento que entoava o ritmo. O surgimento da música eletrônica abriu caminho para uma infinidade de novas possibilidades musicais, a relação mágica do toque que reproduz um som imediato sempre existiu, mas reapareceu com nova roupagem na técnica de Finger Drumming.

Quando um DJ usa o seu set up para mixar faixas, colar samples vocais sobre uma base musical aleatória, incluir ou retirar elementos de alguma produção para modificar o impacto que ela causará na pista, ele basicamente está utilizando um equipamento eletrônico para manipular sons que estão gravadas.

Porém, a grande diferença que o Finger Drumming apresenta é a possibilidade de reproduzir um único beat sonoro cru, que irá se somar a outros para criar uma composição musical. A música é criada na hora por nós, a partir das notas musicais que estão gravadas nos pads do equipamento ou por sons que transferimos para ele a partir de outros instrumentos.

Existe um único tipo de hardware que permite a execução da técnica de finger drumming, conhecido como sampler, e ele pode ser encontrado nas mais variadas formas, desde um um teclado controlador MIDI até os pads mais tradicionais, que permitem a armazenagem e reprodução de um beat musical com a ajuda de um software. A propriedade principal desses hardwares, como já mencionei, é reproduzir as notas musicais de diferentes instrumentos digitais a partir de uma interface digital.

Muito bem, agora que já estamos todos na mesma página, entra a parte mais legal de toda essa brincadeira: como fazer finger drumming e usar isso para tornar os seus sets ou músicas ainda mais interessantes. Essa técnica está muito mais próxima da produção musical do que da discotecagem e não é nenhuma surpresa que um bom finger drummer seja também alguém que tenha conhecimento apurado sobre teoria e composição musical, além de muita agilidade nos dedos.

Por toda a característica multidisciplinar do finger drumming, não tem como negar que se trata de uma técnica complexa, mas nem por isso impossível. Para ajudar você nos estudos ou aperfeiçoamento da técnica, a Melodics desenvolveu um programa completo para o ensino e a prática do finger drumming que ajuda os usuários a alcançarem resultados de forma rápida.

A plataforma combina uma interface amigável a explicações detalhadas, relatórios de performance e também um monitoramento de ciclo de aprendizagem, que permite a cada pessoa seguir o seu próprio ritmo. É uma ótima ferramenta para quem quer começar do zero e/ou desenvolver sua habilidade de uma maneira contínua e progressiva.

Espero que você tenha gostado e agora é com você: faça seu cadastro na plataforma para uma experimentação gratuita e bons estudos. Afinal, nem só de Techno vive o homem, boas dicas também são sempre bem-vindas.

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Via UnderGROUND

‘The Futurist’ é o novo EP da Hotstage estrelado por Chicago Loop

O disco de Chicago Loop, ‘The Futurist’, lançado pela Hostage, conta ainda com remixes de Meat Katie, Spuri e Stefano TT. Confira:

Chicago Loop

Amantes do Techno com pegada old school, essa é pra vocês! A Hotstage, label comandada por Spuri e DJ Murphy, acaba de lançar seu terceiro EP neste ano, assinado  por uma figura bastante especial: Chicago Loop.

O britânico construiu seu nome por Londres tocando Hard Techno e Acid e agora, pela primeira vez, fecha um lançamento com uma label brasileira — no passado, ele já havia lançado pela SP Groove com seu outro alter-ego, Ant.

The Futurist’ EP chegou nas plataformas digitais com três faixas originais assinadas por Chicago Loop e ainda ganhou remixes por outros mestres techneiros: Spuri, Stefano TT e Meat Katie. A sonoridade intensa e a mistura entre o som vanguardista e futurista presente nas faixas fez um fit perfeito com a identidade da Hotstage, o resultado você confere agora:

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Agenda

Mov.E traz Noir para 8ª edição no ABC Paulista

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Via UnderGROUND

Duo Algebra retorna a Prisma Techno com EP Menos

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