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Lançamentos da Semana: 13 a 19 de Junho

Conheça os melhores lançamentos que invadiram a terceira semana de junho. Entre alguns destaques Above & Beyond e Vintage Culture.

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Allbion assina o ‘Melting in Silence’, novo EP da Not For Us

Lançado pela Not For Us, o novo EP de Allbion, ‘Melting in Silence’, traz um equilíbrio entre o techno e minimal, com uma atmosfera psicodélica.

Allbion

Das fitas k7 da primeira infância para os instrumentos musicais até chegar às raves, discotecagem e sintetizadores. Se fosse possível resumir Victor Arruda aka Allbion, talvez esses fossem os pilares de sua carreira, mas quando se trata de uma trajetória artística, sabemos que as coisas são bem mais profundas .

Aliás, esse pode ser um adjetivo para seu novo projeto, o EP ‘Melting in Silence‘, que acabou de chegar às principais plataformas digitais, assinado pela gravadora mato-grossense Not For Us. São quatro faixas de Techno equilibradas com Minimal em que o artista explora o universo dos sintetizadores analógicos e digitais, imprimindo uma atmosfera bem psicodélica ao som. O disco ainda tem abordagens melódicas e ácidas, características que fazem parte de sua identidade atual.

Victor Arruda nasceu e cresceu em Cuiabá e foi a onda raver dos anos 2000 que o guiou até onde se encontra hoje, em sucessivos acontecimentos voltados à música eletrônica. Desde o desejo de pesquisa em tempos completamente diferentes, à curiosidade para aprender a tocar e aí cair de cabeça no universo do Live PA, hoje sua forma de se apresentar.

O artista busca sempre pela complexidade em suas produções e apresentações, sem seguir padrões ou fórmulas prontas, características que já renderam passagens em locais como D-Edge, Jerome, além de festas como a DSViante e Capslock, trabalho que ajudou a chamar à atenção da Not For Us.

Escute abaixo o ‘Melting in Silence’ [compre pelo Bandcamp ou Beatport].

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Descubra: Lucca M

Ele começou no mainstream e se descobriu no techno. Lucca M é um artista hibrido, cheio de personalidade e o novo personagem da coluna Descubra.

Lucca M

Natural de São Paulo, Lucca M é o tipo de artista que desde muito cedo, teve contato com a música eletrônica. Seu envolvimento profissional na cena começou fazendo promoção de festas da capital paulista, até ter seu trabalho reconhecido por grandes nomes do underground, entre eles Drumcomplex. Conheça agora um pouco mais sobre o artista paulistano, que tem muito trabalho a mostrar. Descubra: Lucca M.

Beat for Beat – Eai Lucca, tudo bem? Obrigado por conversar com a gente! Pra começar, conte um pouquinho sobre seus primeiros contatos com a cena eletrônica.

Lucca M – Olá amigos do B4B, obrigado por me receber! Eu comecei como consumidor de música, ouvindo umas coisas mais comerciais, que eram de mais fácil acesso. Através de alguns amigos, acabei conhecendo mais sobre a cena em si e me aproximei de uma galera do techno, entre djs e donos de festa e foi onde a historia começou. Passei a frequentar a casa de alguns deles, trabalhar junto fazendo algumas divulgações. Fui conhecendo um pouco mais.

E quando foi então, que você teve essa vontade de seguir carreira musical? De deixar de ser um divulgador pra então, ser a atração? Teve alguma situação que te marcou, pra tomar essa decisão?

Lucca M – Um desses meus amigos tinha um estúdio em casa, então consequentemente eu comecei a gostar, me interessar e querer mais. Logo estava tocando. Eu sempre acompanhava esse meu amigo nas festas, acabava ficando no palco e me encantando cada vez mais com aquilo tudo. Lembro que, em fevereiro de 2012, toquei em uma festa no Esporte Clube Mairiporã, minha cidade. Haviam milhares de pessoas, e eu toquei quase 7 horas de set b2b com um amigo. Aquilo foi incrível. Foi ali que comecei a pensar em mais nada além de música.

Lucca M na Dump Party

Como foi que você se envolveu com o techno? O que fez você mudar assim o seu estilo musical?

Lucca M – Lembro de ir em uma XXXPerience em meados de 2011, quando ainda nem tocada. Fui pra ver uma sequência incrível de electro house na época, com nomes como Dirtylound, Chrizz Luvly e The Prodigy. Eram o que eu mais queria, mas bastou uma passada pelo backstage e ver o Popof com uma pista incrível, que tudo mudou. Aquilo me marcou muito. Depois da festa conheci e acabei virando mega fã de caras como Dubfire e Richie Hawtin. Costumo dizer que eles são pilares no que eu busco chegar ou me inspirar pra trazer algo novo na pista. Foi uma mudança bem radical. sonoramente falando, mas natural e que me trouxe muitas coisas boas. Eu amo Techno.

Mas você começou tocando algo mais comercial. Como foi que migrou para o underground?

Lucca M – Cheguei a tocar electro por um tempo, mas aquilo se tornou barulhento de mais pra mim (risos). Fui migrando aos poucos, mesclando techno e minimal, até me encontrar. Eu comecei tocando algo mais comercial pois tinha fácil acesso, mas as pesquisas me levaram para outro caminho.

E após alguns anos tocando, você acabou encontrando sua identidade e hoje, trabalha num formato híbrido de apresentação. Como foi o processo de trocar os CDJs? Algum artista serviu de inspiração pra essa mudança de setup?

Lucca M – Por muito tempo as CDJs me serviram bem e ainda me servem, porém, foram me limitando. Eu queria poder fazer mais coisas numa apresentação e apresentar coisas novas. Esse clichê de pitch, cdj e vinil, nunca colou pra mim.

Foi muito difícil fazer a mudança. Por mais que eu estivesse trabalhando pra acontecer essa mudança, eu não tinha condições financeiras pra isso. Eu não tinha acesso a um computador ou internet, então levou um bom tempo até começar o formato híbrido que tenho hoje. Como comentei, Richie Hawtin é minha maior inspiração. Ele é um artista a frente do nosso tempo, que sabe usar a tecnologia a seu favor e não se prende nenhum pouco a rótulo ou normas que muitos costumam bater de frente, como por exemplo o uso de um computador num set.

E tem algum equip que você tem algum carinho especial?

Lucca M – Com certeza o Ableton Push (Mk1)! Foi o que me ajudou a entender bem o que eu precisava e me ensinou como trabalhar de uma maneira fácil e direta. Eu sou apaixonado controladores (risos).

Partindo um pouco pra parte autoral, seu primeiro release saiu em 2018 e teve suporte de um grande nome, o Wehbba. Como você entrou nesse mundo da produção musical? Qual a sensação de ter seu 1º trabalho, reconhecido por um dos gigantes da industria nacional?

Lucca M – Devo muito a diversos amigos. Foi através deles, que descobri a produção. Esse primeiro EP, o ‘ENCOUNTER‘, foram os primeiros passos da minha aventura na música e acabou sendo um grande lançamento para mim e meu parceiro de estúdio, o Veruah. Na maior cara e coragem do mundo, eu acabei conversando com o Rodolfo (Wehbba) pelo Instagram e ele me passou um e-mail pessoal, onde enviei o EP. Ele me respondeu com feedbacks bem legais. Foi gratificante e único. Sou um grande fã do trabalho dele.

Falando no Veruah, vocês vão lançar um EP juntos. Conta pra gente, como foi a concepção desse EP? Como foi trabalhar com ele?

Lucca M – Vamos sim! O ‘MOD’ EP está chegando. Ele sai no próximo dia 19, pela gigante brasileira Kaligo Records. Eu e o Veruah nos damos 101% bem, somos família praticamente. Nos entendemos muito bem e na música, conseguimos balancear tudo de uma forma muito natural e divertida. Trabalhamos mais juntos do nos projetos solo. Dividimos músicas, B2B, um projeto gratuito mensal de techno no Supra Bar da Vila Mariana, em São Paulo e vamos continuar trabalhando sempre juntos! É incrível trabalhar com ele, aprendemos muito um com o outro.

Veruah e Lucca M

Recentemente você entrou para o casting de uma nova agência, a Compressor Agency. Como surgiu esse convite e quais são os planos envolvendo ela, que você pode nos adiantar?

Lucca M – Acabei recebendo um convite por intermédio do meu amigo Veruah. Tocamos juntos em um B2B na última edição da festa COMPRESSOR. Fomos super bem recebidos e logo após a festa, começamos a conversar com o Júlio Garcia (Loulou Records), dono da Compressor Agency, que nos abraçou de uma forma muito legal. Temos grandes planos para expandir nossa carreira, buscar horizontes novos e um planejamento de gigs fora do Brasil. Estamos trabalhando forte em tudo isso. A experiência de trabalhar com eles é incrível.

E pra finalizar, quais são os planos pós EP? Sabemos que o mundo não está na situação mais favorável para eventos, mas o que o Lucca M tem em mente para o 2º semestre deste ano?

Lucca M – Eu estava esperando muito esse EP. Contamos com um remix incrível de um produtor impar, que é o Kleber, então queremos colher bons resultados após o lançamento. Já posso contar também, que está chegando um EP de 3 faixas pela Noise Music, do gigante da velha guarda Anderson Noise, que sai em julho. Eu e Veruah seguimos trabalhando sem parar. Estamos finalizando mais algumas músicas juntos. Também estou trabalhando forte para um lançamento solo incrível no mês de outubro, em uma label mais industrial e bem importante na cena techno aqui no Brasil. É só ficar ligado na minha página do Facebook e Instagram, que tem novidades a caminho. Obrigado!

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Eli Iwasa representa dance music em nova campanha da Samsung

Ao lado de artistas como Anitta e Pedro Sampaio, a DJ e empresária Eli Iwasa aderiu à campanha reflexiva da Samsung, #OQueLevoDoAgora.

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Lançamentos da Semana: 6 a 12 de Junho

Vem conhecer os melhores lançamentos que agitaram a cena mundial da música eletrônica entre os dias 6 e 12 de Junho de 2020.

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Awakenings troca edição de 2020 por festival virtual

Seguindo o modelo de outros grandes festivais, o Awakenings decidiu criar sua primeira edição virtual com transmissão via redes sociais.

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ANNA lança novo single com vendas revertidas para comunidade negra

A DJ e produtora brasileira ANNA, lançou neste início de semana a track ‘VOG’, suas vendas digitais serão direcionadas ao movimento Black Lives Matter.

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Direto do Gueto: a música eletrônica nasceu preta!

Os anos podem se passar, mas a música eletrônica, principalmente o house e techno, jamais deixarão de abandonar sua essência, que é preta!

Há pouco mais de uma semana, o mundo voltou suas atenções para a onda de manifestações e atos antirracistas que tomou conta de diversas cidades norte-americanas e que aos poucos, têm se espalhado pelo mundo. Tudo começou na segunda-feira (25/5), após o ex-segurança negro George Floyd ser cruelmente morto por um policial branco, sem motivos.

Desde então, estamos presenciando uma série de manifestos, entre eles o que aconteceu no último dia 02, que ficou conhecido como #BlackoutTuesday. O movimento, que nasceu entre gravadoras e diversos artistas da indústria musical se espalhou pelo mundo todo, entre diversas categorias, que interromperam suas atividades em solidariedade aos protestos. No entanto, não é de hoje que artistas, principalmente os norte-americanos, utilizam a música como forma de se manifestar e resistir.

Jeff Mills, um dos criadores da UR

Sim, toda forma de arte pode ser um instrumento para se expressar, protestar e resistir. Não podemos esquecer que o Jazz, Soul, Funk, Disco, Hip-Hop, R&B, Rock, Blues e nossos amados House e Techno são gêneros musicais de origem negra. Focando mais na música eletrônica, quando tudo começou, na década de 80, House e Techno eram sons da periferia, músicas de preto, LGBT, e foram fortemente marginalizadas.

Em Detroit, no ano de 1989, Jeff Mills, Robert Hood e Mike Banks criaram o projeto que talvez seja o maior símbolo de resistência relacionado a música eletrônica, o “Underground Resistance”. Detroit passava por uma má fase política, social e econômica, baseados nisso o UR utilizavam o Techno como ferramenta para conscientizar e inspirar os jovens afro-americanos a quebrarem os padrões sociais existentes na cidade. A música eletrônica era política!

Membros da Underground Resistance

Muitos anos se passaram e muita coisa mudou, a música eletrônica ganhou o mundo, mas, também embranqueceu. Não vemos mais tantos DJ’s pretos em uma posição de protagonismo. Diversos line ups, desde festas independentes aos grandes festivais, sem nenhum representante preto entre as atrações principais. Sem dúvidas, essa falta de representatividade reflete no baixo número de pretos presentes nas pistas de dança. Basta olhar pro lado e reparar.

Não podemos deixar de lado as origens. Ainda hoje, vemos pessoas dizendo que música eletrônica nada tem a ver com política ou resistência. Será mesmo? Basta ver o que Mills, Hood e Banks fizeram e isso é apenas um exemplo, dentre tantos que poderíamos citar. A intenção desse texto, acima de tudo, é para lembra-los de onde tudo veio.

Então, se você diz ser amante de House Music, Techno ou qualquer outro estilo criado pelo povo preto, e ainda assim não é a favor de todas as manifestações antirracistas que estão rolando nos EUA e no mundo, talvez seja hora de você repensar se essa cena é pra você. A música eletrônica pode ser para todos, mas, nem todos são para a música eletrônica.

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Lançamentos da Semana: 30 de Maio a 5 de Junho

Conheça os melhores lançamentos que tomaram conta da última semana de Maio e do início de Junho de 2020. Ouça nossa playlist.

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Descubra: Essence of TIME

Fazendo a primeira conexão internacional, o francês Essence of TIME é o novo personagem da nosso coluna. Venha descobrir com a gente!

Essence of TIME

O tempo não é algo simples, mas deve ser essencial”. É assim que o francês Michel Saurin apresenta sua nova alcunha artística: Essence of TIME. Com uma boa experiência na bagagem, ultrapassando 20 anos de estrada, ele possui uma relação antiga com o Brasil, desde 2005, quando se apresentava com uma linha de som mais “comercial” e assinava como Mitch L.J — apenas em 2015 ele adotou TIME.

Agora, com a mudança para um nome menos genérico, Essence of TIME também deve seguir uma linha de som com mais identidade, se aproximando do house e do techno, trabalhando bem as melodias, como no seu recente remix de ‘A Deep Blue Swimming Pool’, do grupo Wet Sunset.

Nós resolvemos entender melhor toda essa fase de transformação da sua carreira em mais uma coluna Descubra:

Beat for BeatOlá, Michel! Obrigado por aceitar falar com a gente. Sabemos que isso faz parte do seu passado, mas não podemos deixar de lado. Você tocou no Brasil a primeira vez em 2005, passando por clubs como Café de la Musique, Posh e outros. Apesar de não ser mais um som com o qual você se identifica, imagino que tenha sido uma experiência muito válida para o seu crescimento. Fale um pouco mais sobre isso.

Essence of TIME – Olá, pessoal! Sim, comecei a produzir música eletrônica em 2005, quando morava em Nova York, onde permaneci durante 9 anos trabalhando com diversas gravadoras, como Strictly Rhythm, Subliminal e outras mais comerciais, como Ultra Records…

Para ser sincero, eu tocava discos e meio que seguia o estilo que era popular na época, como a House Music mais pop. Eu produzia o que as gravadoras queriam lançar e não o que eu realmente gostava. Essa experiência me levou a reconhecer meus erros enquanto produtor, como produzir, tratar elementos e faixas, sou muito grato por isso.

Sempre fui atraído por algo mais “maduro” musicalmente falando, vindo do jazz, por exemplo. Sempre tive muitos projetos de outros gêneros musicais, mas ao mesmo tempo não lancei nenhum deles.

Durante os últimos cinco anos você assinava seu projeto como TIME, com produções autorais que receberam suporte de nomes importantes. Quais foram os principais trabalhos lançados durante este período?

Essence of TIME – Para ser sincero, não era trabalho, era diversão! O primeiro lançamento, ‘Not Alone’, foi um grande sucesso. Eu não esperava por isso, era mais uma faixa que fiz para me divertir, um projeto que parecia bom para mim e para meus ouvidos. Sem seguir uma linha. Era isso que eu estava fazendo com os meus projetos enquanto TIME. Às vezes, as pessoas dizem que minhas faixas são muito reconhecíveis, o que é bom, pois não costumo fazer isso [risos]. Sem expectativas, tive muito apoio em ‘Not Alone’ por Solomun e outros.

Dois anos atrás comecei outro projeto enquanto viajava para minha tour na Ásia. ‘Bird’ veio com o desejo de criar uma música baseada em big band jazz, adicionando acordes épicos e misturando com batidas de house music, gosto de projetos atípicos como estes. Isso é único. É uma aposta para si mesmo se as pessoas seguirão a visão que você teve. Foi lançada na Kitsune Music.

Recentemente produzi ‘Keys of Gods’, um projeto mais étnico, com um épico breakdown, lançada na Family Piknik Music.

Agora que você adotou o nome Essence of TIME, o que deve diferenciar do seu projeto anterior? A estética sonora irá se aproximar de algum estilo específico? Como você pretende se posicionar no mercado?

Essence of TIME – TIME foi o começo de uma mutação artística, uma mistura de muitos estilos com diversas influências ao mesmo tempo. Essence of TIME é a borboleta que voa para fora de seu casulo, um projeto mais maduro. Gostaria de definir um gênero musical que seria qualificado como “eletrônico vibracional”, deixe-me explicar:

Em primeiro lugar, a abordagem musical em termos de frequências de cura é o principal ingrediente do meu novo projeto Essence of TIME: com muito interesse e estudos sobre o assunto, descobri e acredito que frequências especial (em termos de vibração), são uma ferramenta para unificar e interagir de maneira profunda com os ouvintes que consomem essas vibrações na música. É por isso, que sempre começo trabalhando no processo de criação de uma música, usando essas frequências especiais de cura para a primeira nota… crio o meu projeto em torno dela.

Seus primeiros lançamentos como Essence of TIME chegaram nos últimos dias: um remix para Phonique e outro para Wet Sunset. Fale um pouco sobre a sua conexão com estes dois projetos?

Essence of Time – Phonique é muito humilde e um ótimo produtor, amigo de longa data. Fiquei honrado com o seu pedido para remixar sua faixa ‘Alua’, então comecei a trabalhar nisso. Como baterista, gravei muitas percussões e tambores brasileiros que renderam um remix ensolarado da sua versão, com um breakdown colorido, onde a acapella original eleva a energia brasileira. Me diverti muito produzindo esse remix.

O segundo projeto recentemente lançado é um projeto da banda Wet Sunset e sua faixa ‘Blue Swimming Pool’. Adorei a acapella no original mix e quando eles me chamaram para remixar, foi muito animador. Dei forma a minha versão da faixa, adicionando elementos quase étnicos, mas mantendo a atmosfera enigmática e mental. Uma grande mistura de diferentes inspirações.

Como você introduziu acima, suas músicas trabalham com “healing frequencies”, que de certa forma interagem de maneira positiva em nosso cérebro. Essas frequências estão presentes nas músicas que você acabou de lançar? Explica pra gente sobre isso?

Essence of TIME – Exatamente! Usei essa técnica em todas as minhas produções. Já falei um pouco acima, mas vamos falar mais: acredito que, do ponto de vista vibracional, os seres humanos fazem parte de uma “bela imagem”, pois a natureza é perfeita em suas formas de criação, as vibrações também estão ligadas entre si, o que chamamos de harmonia.

Você precisa saber que a terra emite uma frequência de 8hz (fato comprovado) e acredite ou não, nosso cérebro emite as mesmas vibrações. Sempre sintonizo minhas criações em 432hz (ao invés de 440hz). Por quê? 432 é um múltiplo de 8 (frequência da terra / cérebro). Dessa forma, aplicando essa frequência em todos os meus sintetizadores e instrumentos harmônicos na minha sessão de produção, a harmonia emitida entre a terra e a música que estou produzindo está perfeitamente sintonizada. É simples assim.

Às vezes também adiciono algumas frequências de cura do solfejo sagrado no fundo de toda a faixa.

E além destes dois lançamentos, o que mais poderemos ouvir de Essence of TIME nos próximos dias? Obrigado!

Essence of Time – Bom, tenho mais alguns lançamentos, um remix para Pantheon em ‘Asteria’ e um EP de 2 faixas na Voyeur Recordings no final do verão europeu. Também estou preparando um projeto muito interessante com uma dupla de cantores, mas isso é surpresa… Valeu e até a próxima!

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Barja e Gui Boratto abrem o mês de junho do New Dance Order @Home

O programa que celebra os melhores momentos do palco New Dance Order do Rock in Rio, retransmite os sets de Barja e Gui Boratto no dia 06.

Barja no New Dance Order Rock in Rio | Foto: I Hate Flash

O mês de junho está só começando e o Facebook do Rock in Rio continuará com o programa que tem agitado nossas noites de sábado, o New Dance Order @Home. O programa, que retransmite sets do palco dedicado a dance music do festival, receberá neste fim de semana dois grandes nomes da cena nacional: Gui Boratto e Barja.

Mineira, DJ, cantora e compositora, Barja é uma artista completa. Em formato live vocal, onde a artista canta suas próprias tracks, enquanto faz seu set, ela apresenta uma mistura de house com tech house, por muitas vezes flertando com o techno, entregando uma experiência única.

Gui Boratto, um dos maiores ídolos do techno nacional, dispensa apresentações. Dono de uma das gravadoras undergrounds mais reconhecidas no mundo, a DOC Records, Gui carrega em sua sonoridade toda a essência do techno, recheado de sons orgânicos, não tão mecânicos, o que o transforma num artista ímpar.

No próximo sábado, 06 de junho, a partir das 18h os sets desses dois grandes artistas serão reapresentados no New Dance Order @Home, que acontece no Facebook do Rock in Rio Brasil, que você acessa clicando aqui e simultaneamente no Canal BIS. Não perca!

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Entrevista

Entrevistamos: Coppola

Com EP assinado pela DOC, apresentação em grandes clubs e talento de sobra, conversamos com Coppola. Confira nossa entrevista.

Um verdadeiro menino prodígio. Luiz Coppola, ou simplesmente Coppola, começou sua carreira muito cedo e mesmo com o obstáculo da idade e certa falta de experiência, provou pra todo mundo que é um profissional talentoso e isso é refletido em todas as suas conquistas, que incluem um EP por uma renomada gravadora e apresentações em clubs como Ame, D-EDGE a até mesmo no festival Universo Paralello.

Conversamos com ele (de forma virtual, claro) e ele nos contou um pouco sobre sua trajetória, a parceria com Gui Boratto, seu último EP, entre outras. Confira nosso papo. Entrevistamos: Coppola.

Beat for BeatOi Coppola, tudo bem? Obrigado por conversar com a gente! Você começou a tocar desde muito cedo, logo aos 12 anos e ganhou destaque bem rápido ainda na DJ Ban, onde fez suas aulas de produção, entrando então para a Plusnetwork. Começar ainda adolescente, tirou credibilidade do seu trabalho?

Coppola – Oi pessoal. Primeiramente, muito obrigado aí, pelo convite.

Eu acho… não sei se tirou a minha credibilidade, eu acho que a galera, os contratantes principalmente, não botavam fé em mim, não acreditavam no meu trabalho. Eles achavam que eu não conseguiria fazer o que uma pessoa de, sei lá, 25 anos conseguiria fazer, e foi mais isso. E o público, algumas pessoas, achavam que eu tinha ghost producer e etc. Com o tempo eu fui fazendo algumas lives no meu Facebook, no meu Instagram há um tempo, posts produzindo também para quebrar um pouco disso aí que a galera falava.

Então, como o Luiz vê o Coppola de alguns anos atrás, com relação aos dias de hoje?

Coppola – Uns anos depois, acredito que eu não entendia muito bem como que funcionava a cena, os eventos, eu não tinha muita noção sobre o ramo. Eu era jovem, então não tinha o feeling que tenho hoje, de saber como que funcionam as coisas direito, então eu imagino que eu tenha feito muita merda e falado muita groselha por aí.

Coppola no Ame Club

Você já comentou que Gui Boratto é um dos artistas que o influenciam e agora, o próprio Gui remixou uma track sua, no ‘Kings & Queens’. Como foi o convite para assinar pela DOC e mais ainda, ter um remix assinado por um de seus ídolos?

Coppola – O convite, para assinar com a DOC, surgiu um tempo atrás. Eu já conheço o Gui há uns 4 anos e esse convite surgiu, sei lá, há mais ou menos 4 anos atrás também. O Gui já sabia que eu produzia, ele já sabia que num futuro próximo, alguma coisa boa iria sair, sabe, musicalmente. Quando fiz “Kings & Queens” há mais ou menos um ano e meio atrás, mandei uma demo pro Gui, e ele adorou o som. A gente mexeu nele e aí decidimos que ia ser o meu primeiro single, lançado pelo DOC.

Depois a gente teve a ideia de algum remix pro som. E aí o Gui tinha pensado em uns nomes gringos, aí eu falei “por que você não faz os remixes do som?“. Ele topou, e fiquei muito feliz porque pra mim era um sonho né, sempre gostei muito do som dele, muito mesmo. Ele tem uma coisa que os outros produtores não têm, que é um lado mais musical, os arranjos dele não são muitos fantasiosos, os timbres não são fantasiosos, são uns timbres mais orgânicos, é uma linha de som que não se vê muito nos DJ’s e eu curto essa linha demais, e foi isso. Adorei o remix, fiquei muito feliz.

Falando ainda no ‘Kings & Queens’, conta pra gente um pouco do processo criativo da música. Como trabalhar com a dupla 2STRANGE, que colabora com os vocais e todo a concepção da track, até seu resultado final.

Coppola – O 2STRANGE, eles são meus amigos há mais ou menos uns … eles não são meus amigos há muito tempo, mais ou menos uns dois anos, mas eu conheci eles há uns três anos atrás. No ano passado, 2019, mais ou menos no começo do ano, tive a ideia de juntar a gente no estúdio, pra ver o que saia. Eu já sabia que eles eram uns puta cantores, puta timbre de voz, só que eu não sabia o que ia sair no estúdio, pelo fato do estilo deles ser outro né.

A gente se juntou no estúdio, comecei a produzir uma base para o som, eles estavam curtindo também. Enquanto eu produzia a base, eles já estavam escrevendo a letra, no final da noite eu já tinha um belo esboço do que iria ser a música, no dia seguinte dei mais uma trabalhada nela, e no terceiro uma lapidada final, e aí mandei pro Gui. O Gui adorou o som, a gente deu mais uma mexida juntos nela, e depois ele fez o remix, o processo foi meio que esse.

Foi muito legal também trabalhar com 2STRANGE no meu estúdio, porque foi um processo bem rápido. Eles são muito bons, eles gravam uma vez e já sai perfeito, nem precisa gravar de novo, então tipo, foi muito bom. Se você já tiver uma base, os moleques em uma hora de gravação, tá perfeito e muito bom. Foi um processo rápido, a criatividade surgiu ali na hora e talvez por a gente tá junto no estúdio, talvez tenha tido alguma energia boa, que quando junta amigos no estúdio sai coisa boa, sabe.

Coppola e Gui Boratto

Falando um pouco da situação atual em que o mundo se encontra, o seu fluxo de produções e estudos, foi afetado por conta da pandemia? O que você tem feito para enfrentar a questão do isolamento social?

Coppola – Na parte dos estudos, eu estudava bateria, baixo, teclado e guitarra todo dia. Como eram aulas na escola de música, não tenho conseguido mais fazer, mas eu tenho tentado estudar o máximo que dá em casa. Também tenho produzido como eu nunca produzi antes, venho produzindo muito mais. Então acho que pro meu lado criativo foi bom, mas não vejo a hora dessa pandemia acabar pra poder voltar a tocar, estou com muitas saudades!

E já que estamos falando no que você está fazendo atualmente, conta pra gente, quais são os artistas que estão na playlist do Coppola? Quem música de outro artista, você indicaria pra gente hoje?

Coppola – Então, essa pergunta é meio difícil, já que sou muito eclético em estilo, mas sou difícil pra gostar de música. Todo estilo vai ter alguma coisa que eu gosto, no dia a dia é difícil de falar o que eu escuto, porque eu escuto muito jazz, muito funk norte-americano, diversos artistas. Mas do dia a dia o que eu mais escuto de jazz é o Herbie Hancock, e de tocar, eu tenho tocado muito uma pegada meio indie dance.

O que eu toco também é difícil de falar porque toco muita coisa de vários artistas diferentes, não tenho um artista favorito. De música eletrônica eu tenho lá os meus cinco artistas favoritos, que me influenciam, mas que não é necessariamente a pegada que eu toco, sabe. Tipo tem o Eric Prydz, que me influencia, o próprio Gui, Deadmau5, Todd Terje, que é um puta produtor que eu gosto muito também, muito criativo.

Então tem a parte que me influencia que é essa, tem a parte que eu toco que é mais indie dance e tem a parte que eu escuto no meu dia a dia que é mais jazz, mais funk, é meio difícil essa pergunta aí pra mim, mas tentei responder o melhor que eu pude (risos).

Coppola no Universo Paralello

Por ser um produtor mais jovem, você consegue mostrar para outras pessoas e principalmente, para aqueles que buscam seu lugar na indústria, de que os sonhos são possíveis e reais. Que dica você daria para nosso leitor que sonha em ter grandes oportunidades, assim como você.

Coppola – Eu acho que uma dica que eu daria que, no olhar das pessoas pode ser errado, mas que pra mim funcionou, é não esperar as pessoas virem atrás de você, você ir atrás delas, estudar e produzir.

Produzir é uma coisa que se você não fizer hoje em dia, em 95% a 99% dos casos, sua carreira não vai dar certo, então hoje em dia é necessário fazer música. Eu acho que você não pode esperar as coisas acontecerem, você tem que ir atrás delas também. Sempre vai aparecer uma oportunidade, e quando chegar essa oportunidade, você tem que abraçar ela, porque muitas vezes, essas poucas oportunidades que podem mudar a sua vida, podem não voltar mais.

É nisso aí que eu acredito. Acredito que do jeito como eu já tenha abraçado a minha, eu tô trabalhando pra ela dar certo. É uma coisa meio incerta mas, essa é a dica que eu dou: não deixarem as coisas acontecerem por si só,. Você tem que ir atrás delas.

Coppola em seu estúdio

Pra finalizar, estamos chegando no fim do 1º semestre e mesmo que todo o cenário do Brasil e do mundo seja incerto, quais são os seus planos para a 2ª metade do ano? O que podemos esperar do Coppola?

Coppola – Enquanto o mundo estiver nessa pandemia, todo mundo de quarentena, sem evento sem nada, os meus planos são fazer músicas mais tranquilas, com menos foco em pista, quero dizer, com menos foco em uma pegada de pista e fazer umas coisas mais melódicas, uns houses até, fazer umas coisas mais na pegada da “Kings & Queens”. Acho que eu vou lançar umas coisas mais nessa pegada, mais calma, por enquanto que a gente tá nesse período.

E aí quando as coisas voltarem, eu volto a lançar algumas coisas de pista. Mas isso aí é incerto, vou lançar o que eu achar legal, pode ser que eu faça alguma coisa mais pista que eu ache super bacana e que eu queira lançar, então pode ser que eu acabe lançando, mas a tendência é que eu faça mais sons calmos por enquanto que a gente tá nessa quarentena.

Coppola – D.O.C Showcase At D – Edge by Coppola

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