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Primavera Sound São Paulo anuncia line-up completo para 2023

Marcado para os dias 2 e 3 de dezembro,, o Primavera Sound São Paulo divulgou também a programação do Primavera na Cidade. Confira!

“Reflect what you are” foi o conceito estabelecido globalmente pelo Primavera Sound para este ano. Isso quer dizer que, após 20 edições de existência, o festival se tornou o espelho da comunidade que vai — de perto e de longe — para curtir os dias de evento, o que faz com que o público se reconheça no line-up. No Brasil, o Primavera Sound São Paulo – realizado pela TIME FOR FUN e apresentado por Corona – tem a sua segunda edição confirmada para os dias 2 e 3 dezembro, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, e, agora, apresenta a sua programação completa (e que reflete os seguidores do festival catalão mundo  afora).

A banda inglesa The Cure, do gigante Robert Smith, e o The Killers serão os headliners na capital paulista, que conta também com o duo inglês Pet Shop Boys, os símbolos do indie Beck e Grimes, os veteranos do Bad Religion e ainda: The Blessed MadonnaCarly Rae Jepsen e The Hives.

Entre os representantes brasileiros, se apresentam Marisa MonteCansei de Ser SexyMarina Sena, MC Bin Laden, entre outros. O Primavera na Cidade,  programação musical que se espalha pela metrópole durante os dias da semana do evento, por sua vez, confirma os shows exclusivos de Seun Kuti & Egypt 80 e da banda canadense Metric, além de trazer Slowdive, Black Midi Róisín Murphy – também atrações do festival – para apresentações mais intimistas (confira a programação completa e a dinâmica do Primavera na Cidade no fim do texto).

Os ingressos, disponíveis nas modalidades Primavera Passaporte e Primavera VIP Passaporte, estão à venda online (ticketsforfun.com.br – com taxa) ou na bilheteria oficial (Av. Brigadeiro Luís Antônio, 411, República – sem taxa). Vale lembrar que os ingressos para apenas um dia de evento, bem como a divisão do line-up por dia, serão divulgados em breve.

O processo de expansão do Primavera Sound exporta um modelo de festival urbano para além das propostas musicais, levando adiante também pilares que fazem dele uma marca inconfundível, como o cuidado com a sustentabilidade, a atenção à igualdade de gênero, o compromisso social e a integração com o espaço urbano. É desta maneira que o line-up do evento ganha corpo, independente do CEP de sua execução.

Em 2023, já foram realizados o imprescindível Primavera Sound Barcelona, além da estreia em Madrid e da décima edição no Porto. Entre novembro e dezembro, é a vez do evento retomar a rota transatlântica, com a seguinte agenda: Primavera Sound Buenos Aires (25 e 26 de novembro), Primavera Sound São Paulo (2 e 3 de dezembro), Primavera Sound Bogotá (9 e 10 de dezembro) e o Primavera Day Asunción (7 de dezembro). O público poderá aproveitar a atmosfera, a experiência e as coisas que não acontecem em nenhum outro lugar, apenas no Primavera Sound, mas que são coisas universalmente compreendidas pelas pessoas.

Confira o anúncio oficial do line-up:

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Trazendo House e Disco para o DGTL São Paulo, conheça o Frequency

Misturando dois grandiosos gêneros da música eletrônica mundial, o Frequency é a casa do house e da disco no DGTL São Paulo 2022. Conheça os artistas.

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Editorial

5 motivos para não perder o DGTL Festival neste sábado (9)

Retornando para aquela que promete sua maior e melhor edição em solo brasileiro, listamos 5 motivos para não perder o DGTL Festival.

A nova edição de um dos maiores festivais de Techno, House e Disco do mundo está finalmente chegando à São Paulo e não poderíamos estar mais ansiosos para essa nova organização. Após passar por um rebranding, a marca retorna ao solo brasileiro para uma de suas maiores e melhores edições por aqui, no dia 9 de abril, no Pavilhão do Anhembi.

Diretamente da Holanda, a experiência que o DGTL Festival proporciona ao público é algo realmente diferente de tudo que estamos acostumados. Tendo como pilares a música, arte e a sustentabilidade, existem 1001 motivos para você não perder o evento, mas para não estender o texto, separamos apenas cinco. Confira:

Nova era do festival

Quando falamos sobre a nova direção do festival, queremos dizer que ele está na mão dos experientes Edu Poppo, Silvio Conchon e Du Serena. Os empresários têm mais de 20 anos de carreira produzindo algumas das maiores festas realizadas no país.

É só olharmos para os eventos que eles têm organizado desde o ano passado: começando em novembro de 2021, com a festa O Circo, que trouxe Apache e Reboledo, seguida pela apresentação única de Solomun no Autódromo de Interlagos em São Paulo, que contou com uma estrutura incrível em fevereiro de 2022. Continuando com os sucessos, eles foram responsáveis pelo S.O.M. Festival em Trancoso (Bahia) no carnaval e mais recentemente produziram o Afterlife no ARCA Spaces em São Paulo.

Olhando este portfólio fica claro como eles priorizam excelência e qualidade em todos os seus eventos e estão prontos para realizar a melhor edição da história do DGTL São Paulo.

Line-up

Com três palcos espalhados pelo Pavilhão Anhembi: Frequency, Generator e Modular, o DGTL São Paulo vai trazer 26 dos nomes mais proeminentes do cenário da música eletrônica mundial e nacional.

Carregando a rave em seu DNA, o Modular Stage vai fazer a ponte entre os sons mais Deep e Techno. Recebendo o duo brasileiro Binaryh e os alemães Innellea e Jan Blomqvist para live sets, além de Júnior C, Len Faki, Marcio S, Melanie Ribbie e Renato Ratier. Para encerrar o palco com chave de ouro, ninguém mais ninguém menos que a belga Amelie Lens.

Generator, o templo do Techno no festival, vem para representar a cena underground com apresentações da brasileira Cashu, do britânico Dax J, do DJ alemão Klangkuenstler, do DJ e produtor brasileiro Murphy, da sueca SPFDJ e de Paulo Tessuto, uma das autoridades do Techno no Brasil. Fechando o line, a partir das 6h, o DJ francês I Hate Models comanda o público com seu set que quebra regras e expectativas.

Por fim, o Frequency faz sua estreia dentro do Pavilhão Anhembi regado à muito House e Disco, recebendo a maravilhosa The Blessed Madonna, além de Benjamin Ferreira, Denis Sulta, Gerd Janson, DJ Mau Mau, Ney Faustini, Pricila Diaz e Valentina Luz, e um B2B de Suze Ijó e Fafi Abdel Nour que promete deixar os fãs maravilhados.

Sustentabilidade

O DGTL é conhecido e premiado por suas ações de sustentabilidade, recebendo o “Outstanding Award” pelo A Greener Festival Awards e o “Green Operations Award” pelo European Festival Awards, entre outros títulos. A edição de São Paulo não vai ficar para trás neste quesito.

O evento contará com uma empresa responsável por coletar, selecionar e destinar ao lugar correto absolutamente todo o lixo gerado. Além disso, não será utilizado nenhum copo de plástico. O festival contará com a possibilidade de aquisição de um copo sustentável especial para os presentes, e aqueles que levarem sua garrafa vazia de volta ao bar, assim como as latas de cerveja, receberão um desconto na compra da próxima água e cerveja. Além disso, o cardápio contará com um menu exclusivo de comida vegetariana.

Ética do festival

Parece sério falar sobre ética para um festival de música, certo? Mas na verdade é extremamente necessário, principalmente porque a ética do DGTL é uma parte fundamental da alma do festival. Através do compromisso de proporcionar uma experiência segura a todo seu público, o festival prima por espaços livres de assédio, com redução de danos e responsabilidade coletiva.

Você deve estar se perguntando: “Tudo bem, mas o que isso significa?”. Essa ética torna o DGTL um local inclusivo para todos os gêneros, sexos, etnias, afiliações religiosas e idades, pois como bem coloca o festival: “We are all free under the bass” (em tradução: somos todos livres sob o som do bass.)

Fim de uma longa espera

O DGTL São Paulo foi um dos eventos adiados em 2020, e sabemos como foi longa a espera para poder retornar aos festivais com tranquilidade. Se a energia de liberdade e toda a felicidade de poder realizar um rolê como esse já está presente na organização, imagina como o astral não estará no dia 9 no Pavilhão do Anhembi. Mais do que uma celebração da música eletrônica, será uma celebração da vida!

Não perca a oportunidade de participar desta edição histórica do DGTL São Paulo no dia 9 de abril, garanta já seu ingresso pelo site ou app da Ingresse, clicando aqui.

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DGTL São Paulo 2022 divulga horários das atrações de seus 3 palcos

Com menos de um mês para a realização do DGTL São Paulo, está na hora de conhecermos os horários das apresentações de cada palco.

Tá chegando! Falta menos de um mês para a tão aguardada edição de 2022 do DGTL São Paulo, que ocupará o Pavilhão do Anhembi, na Zona Norte da capital paulista. Retornando após o hiato forçado que parou o mundo, o festival holandês trará sua potência máxima de volta ao Brasil, com um espetáculo que promete ser o maior já visto da marca em nosso país.

Conforme os dias vão passando, a contagem regressiva vai diminuindo e a ansiedade dos amantes da música eletrônica vai aumentando. Cada informação nova sobre o festival deixa ainda mais clara a grandeza do evento que está sob nova direção e promete uma experiência única e inesquecível aos fãs, com os 26 astros do line-up espalhados pelos três palcos: ModularGenerator e Frequency.

Nomes de peso como Amelie Lens, I Hate ModelsBenjamin FerreiraThe Blessed Madonna irão balançar as estruturas do Anhembi no dia 9 de abril, com sets que vão da House Music ao Techno, com suas belíssimas variações, todas prezando pela boa música. Com apresentações para todos os tipos e gostos, o DGTL entregará um festival diverso e plural, em todas as suas formas.

Para já nos programarmos com os sets que não podemos perder, está na hora de descobrirmos os horários de cada palco logo abaixo e não perca a chance de testemunhar essa nova era do DGTL São Paulo. Os ingressos ainda estão disponíveis no site ou app da Ingresse clicando aqui, corra e garanta logo o seu, a mudança de lote acontece na próxima quinta-feira (31).

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5 mulheres imperdíveis do próximo DGTL São Paulo

O DGTL Festival planeja um retorno triunfante na maior metrópole do Brasil, coloque estas 5 grandes musas da dance music em seu radar.

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Time Warp divulga line-up completo para edição 2022 do festival no Brasil

Um dos maiores festivais underground do mundo, o Time Warp, está de volta ao Brasil em 2022 e trará um line recheado de grandes artistas.

Techneros de plantão, podem comemorar: habemus o line-up do Time Warp Brasil 2022. Um dos maiores festivais underground de música eletrônica do mundo está de volta ao nosso país, para realizar mais uma grande edição no Sambódromo do Anhembi. Após o grande sucesso de 2018 e 2019, que contou com nomes como Amelie Lens, Honey Dijon, Ricardo Villalobos, The Blessed Madonna, o festival está pronto para receber clubbers de todo o mundo, com um line incrível.

Marcado para acontecer nos dias 6 e 7 de maio, o Time Warp trará grandes nomes do house e techno mundiais, divididos entre os palcos Cave e Outdoor. Após duas edições canceladas, por conta da pandemia, o público aguarda ansiosamente pelo retorno do gigante alemão na passarela do samba paulistano. Serão 2 dias de muita música boa, no templo do carnaval de São Paulo. Para saber como foi a edição passada do festival por aqui, basta ler nosso review, clicando neste  link.

Entre os nomes confirmados para o Time Warp Brasil 2022, estão Reinier Zonneveld, Nina Kraviz, Kölsch, Bob Moses, Art Bat, Ben Klock, Eli Iwasa, entre outros tantos talentos. Uma verdadeira experiência sonora nos aguarda em maio.

Os ingressos para o Time Warp Brasil ainda estão a venda e podem ser comprados clicando aqui. Não perca tempo e garanta o seu. O sold out é garantido. Abaixo, você confere o line completo, por ordem alfabética:

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Sónar Festival anuncia edição de estreia em Lisboa em 2022

Ampliando ainda mais sua presença ao redor do mundo, o Sónar Festival anunciou um novo destino, Lisboa, em Portugal. Saiba os detalhes.

Um dos festivais mais conceituais de música, criatividade e tecnologia do mundo, o Sónar, anunciou recentemente uma nova expansão da sua marca, dessa vez em Lisboa, capital de Portugal. O novo destino do evento soma-se aos outros, que são Barcelona, sua terra natal, Reykjavik, São Paulo, Buenos Aires, Hong Kong, Instanbul, New York e Tokyo. Cada vez mais presente ao redor do planeta, o festival reafirma sua força e importância no cenário mundial.

O Sónar Lisboa está marcado para acontecer entre os dias 08 e 10 de abril de 2022 e contará com duas programações separadas, uma diurna e outra noturna. A programação diurna acontecerá no área recém construída do Cais do Sodré, enquanto a programação noturna acontecerá em diversos locais, entre eles o Pavilhão Carlos Lopes, Coliseu dos Recreios e o Lisbon Congress Centre. O festival promete honrar seu slogan e levar muita música, tecnologia e criatividade para Portugal.

Os artistas para Lisboa ainda não foram divulgados, mas podemos esperar grandes nomes, ainda mais se considerarmos os confirmados para a edição 2022 de Barcelona. Entre os confirmados para comandarem a edição principal do Sónar, estão: Charlotte de Witte, Octa, Polo & Pan, Richei Hawtin, The Blessed Madonna, The Chemical Brothers, entre outros. O line completo da edição de Barcelona 2022 você confere acessando o site oficial do festival, clicando aqui.

Os ingressos para a edição portuguesa do Sónar já estão a venda e você pode comprar o seu através deste link. Abaixo, você confere o trailer oficial do Sónar Lisboa. Estamos ansiosos!

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Entrevista

Entrevistamos: BLANCAh

Mulher, lésbica, que luta contra o preconceito apresentando um trabalho de qualidade e reconhecido no mundo todo. Conversamos com a BLANCAh!

Encerrando oficialmente os trabalhos do Pride Month, o B4B recebe um pássaro do techno nacional. Patrícia Laus, o nome por trás do projeto BLANCAh, conversou com a gente e abriu seu coração sobre assuntos envolvendo a luta LBTQIA+, falou sobre sua carreira e acima de tudo, sobre amor. Sobre sermos quem somos. Sobre nossas lutas e formas de resistir. Entrevistamos: BLANCAh.

Beat for Beat – Olá BLANCAh. Tudo bem? É um prazer imenso receber você em nosso portal. Para começar, sua relação com a música começou desde cedo. Como foi que você entendeu que iria viver de música na sua vida? E quais foram suas principais referências para que você levasse a ideia adiante? 

BLANCAh – Olá, tudo bem, o prazer é todo meu. De fato a música sempre me acompanhou, primeiramente como um hobbie, depois como brincadeira de adolescente quando formei uma banda. Se tornou profissão quando comecei a trabalhar em uma rádio na minha cidade.

Eu era locutora e programadora. Ali aprendi a fazer seleção musical, criar sequencias de playlists e a expor o meu gosto na musica. Era uma rádio muito livre e eu adorava isso. Não seguíamos “jabá”, tocávamos o que realmente nos interessava e os ouvintes se identificavam com os programadores e suas seleções. Ou seja, eu já era uma DJ e nem sabia haha.

Foi na radio também que surgiu o primeiro convite para discotecar em um clube que iria inaugurar em Florianópolis. Estamos falando do início dos anos 2000. De lá pra cá nunca mais parei de tocar e de me aperfeiçoar. Todo o meu caminho foi muito natural e todas as escolhas que eu fiz na minha vida foram guiadas pela bussola da Arte, tendo a música como minha maior expressão.

Além de música você também experimenta a arte do design em sua expressão artística. Tudo isso também faz parte do seu som? Como conseguiu implantar o design em sua carreira?

BLANCAh – Eu sou formada em Artes Visuais, tenho mestrado na mesma área. Sempre que penso em música, penso em imagem. Pra mim, é impossível criar música sem um norte conceitual e estético.

Cuido de todo o meu processo criativo de ponta a ponta, desde a criação das capas dos meus eps e álbuns, até meus ensaios fotográficos, ambientações e cenários. Tudo tem um porquê e uma explicação. Qualquer pessoa que tenha interesse em mergulhar no meu trabalho vai entender que BLANCAh é um pássaro e que em todos os meus trabalhos existem vestígios disso.

Sentimos a originalidade de suas melodias e de seus vocais em suas produções. Sua identidade única já foi muito bem recebida fora do nosso país. Lembra de algum momento único e histórico que você viveu em uma de suas apresentações no exterior? Qual foi o país que mais se conectou com sua identidade sonora? 

BLANCAh – Eu sempre cito a cidade de Beirut como uma das minhas melhores experiências como artista, mas mais pelo fator surpresa que me arrebatou. Eu não fazia ideia de como era a cena no Líbano e me surpreendi muito positivamente como tudo o que ví e vivi lá. O público também é muito caloroso, até hoje tenho fãs que me escrevem de lá.

Recentemente você e Binaryh lançaram o projeto Hiato, também criando uma label juntos. A relação profissional e o contato musical de você com Renée e Camila é bem próximo. Como vocês desenharam esse projeto tão lindo? Como é trabalhar com o casal?

BLANCAh – Chegar ao ponto de criar nossa própria gravadora foi um caminho muito natural pois nossa amizade já começou forte. Foi sinergia, foi reciprocidade, foi afinidade, foi amor a primeira vista, foram todos os ingredientes perfeitos forjando uma relação forte e muito afinada.

Como temos objetivos profissionais muito próximos, e como nos ajudamos mutuamente desde o inicio, nada mais natural do que formalizar isso criando a nossa “casa”, a Hiato. Trabalhar com eles é leve e crescemos juntos a cada dia.

HIATO

Recentemente, em uma campanha para o Dia dos Namorados para a marca Ratier Clothing, muitos de nós conheceram a Larissa, sua parceira. Neste último dia do Mês do Orgulho, como você vê o fato de muitos artistas LGBTQIA+ ainda se “esconderem” dentro do armário? A música eletrônica, que nasceu preta e gay, não está pronta para ter fortes representantes da nossa comunidade?

BLANCAh – A música eletrônica nasceu para isso, ser o discurso e o lugar das “minorias”; o “mercado”, o “business” a ressignificou a ponto de muita gente acreditar que ela não nos pertence mais, mas ela também é nossa sim! Este é um debate longo e complexo e é preciso interesse para que ele seja compreendido. Penso que qualquer pessoa que diz amar música eletrônica, deveria estudar suas origens para entender aonde se forjou o objeto do seu amor.

Como você bem disse… é uma musica preta, gay, trans, marginal. Só isso já deveria bastar para que, no mínimo, muitas pessoas fossem capazes de rever seus próprios pré-conceitos. Eu como DJ, nasci no meio LGBTQIA+, tocando para este público, e mesmo assim nem sempre me sinto confortável de expor minha vida pessoal. Não julgo aqueles que preferem manter suas vidas pessoais preservadas, e admiro aqueles que tem nessa luta a sua causa pois é preciso sim muita força e coragem.

Temos fortes nomes como The Blessed Madonna, Honey Dijon, Maya Jane Coles, Magda, a maioria das DJs que eu admiro são lésbicas ou bissexuais.  Temos vários núcleos como o He She They focados na causa também.  Eu particularmente, hoje tomo muito cuidado para não colocar a minha sexualidade na frente da minha música.

Não quero que gostem mais ou menos de mim por conta da minha orientação sexual, quero que gostem do meu trabalho e do que eu faço primeiro, e que o interesse na minha música desperte a vontade de pesquisar sobre mim. E ao pesquisarem encontrarão a minha história, encontrarão a Larissa, entende?

Acredito que existem formas diferentes de lutar e resistir. Há quem prefira a luta “armada”, o “confronto direto”, a bandeira empunhada. O mundo precisa dessa vanguarda! Há quem lute e represente resistência pelo simples fato de existir transitando em circuitos diversos, rompendo fronteiras e barreiras. Eu já estive do lado mais incisivo dessa luta.

Hoje entendo que o fato de eu ser mulher, artista, lésbica, transitando em circuitos hétero normativos, em porões undergrounds, em grandes festivais internacionais ou no clube local da minha cidade, tocando em peak time como headline, representa para mim resistir.

BLANCAh e Larissa

BLANCAh – Ser mulher, numa cena predominantemente masculina e além disso, ser lésbica, já te causou algum desconforto ou te colocou em alguma situação indesejada? Há alguma mudança de tratamento, quando sabem da sua sexualidade?

Na Verdade coisas acontecem, na nossa frente, nas nossas costas, mas nunca fiz disso um tema ou uma questão. Estou 100% focada no meu trabalho, ou seja, compor, me expressar, crescer. Quando um ato preconceituoso se dirige a mim, eu respondo lançando um álbum novo, saindo em turnê internacional, recebendo algum prêmio ou realizando algum sonho.

Pessoas preconceituosas e limitadas sempre existirão. Nosso papel é não permitir que nos limitem também! Lutar e conquistar todos os meus objetivos é a melhor resposta que posso dar a essa gente!

A música foi a forma que escolhemos para nos expressar. O techno, bem conhecido por não ter vocal em maioria das música, teria dificuldades em lutar por igualdade e pregar contra o preconceito? Como a BLANCAh pode fazer parte dessa luta, através do seu trabalho?

BLANCAh – Sou reconhecida como uma DJ de Techno, mas não me limito a ele. Meu ultimo álbum foi todo produzido numa pegada low bpm, pois meu objetivo maior era falar de amor. Trouxe minha família, meus amigos para dentro dele, e trouxe a Lari. Todo o processo foi muito intimo.

A música ‘Walk in Clouds‘ escrevi para a Larissa. O single foi lançado no emblemático selo Renaissance e ganhou remix do Fur Coat.  Essa é a minha forma de lutar.

Durante anos produzi festas para o circuito LGBTQIA+. Participei de diversas paradas da diversidade. Representei minha cena local ativamente. Hoje o que eu quero é falar de amor através da minha música, dos conceitos que crio e das minhas atitudes. Estou sempre disposta a conversar, a ouvir as pessoas, a responder cada mensagem que recebo, a abrir portas e caminhos para jovens produtores, a dar atenção a quem me pede.

Luto por um mundo melhor de uma forma simples, sendo simplesmente humana e buscando ser a cada dia um Ser melhor.

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Lançamentos da Semana: 20 a 26 de Fevereiro

Vem ouvir o que houve de melhor no mundo da música eletrônica, com a nossa playlist de lançamentos no Spotify e Deezer.

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The Blessed Madonna assina remix de Dua Lipa, Madonna e Missy Eliott

Preparando-se para o lançamento do álbum de remixes ‘Club Future Nostalgia’, Dua Lipa libera a nova versão de ‘Levitating’ com The Blessed Madonna.

Missy Elliott, Dua Lipa, The Blessed Madonna e Madonna

Que a música pop e a dance music andam sempre juntas, não é novidade pra mais ninguém, mas quando grandes nomes se reúnem, para o lançamento de um remix, precisamos dar a devida atenção. A cantora Dua Lipa, famosa pelos hits ‘Don’t Star Now’ e ‘New Rules’, convidou a rainha do pop, Madonna e Missy Elliott, uma das maiores rappers femininas, para o remix de ‘Levitating’, música do seu último álbum, Future Nostalgia, que ganhará uma versão.

Além das cantoras, que emprestam suas vozes para essa nova versão, a DJ e produtora The Blessed Madonna foi a grande responsável por dar um toque mais dançante para a track, além de cuidar da curadoria de todo o álbum, que se chamará ‘Club Future Nostalgia’. “Pegar o ‘Future Nostalgia’ e reimaginá-lo como uma mixtape foi um projeto enorme, que tinha que ser feito em absoluto segredo, sozinha em meu sótão”, diz The Blessed Madonna.

O álbum, com data de lançamento marcada para 28 de agosto, trará ainda a participação da cantora Gwen Stefani e o produtor Mark Ronson, que colaborarão no remix de ‘Physical’, outro grande hit de Dua Lipa. Outras possíveis colaborações ou remixes não foram revelados. O clipe oficial do remix de ‘Levitating’ sai na sexta (14) e a track, você pode ouvir agora, no Spotify ou Youtube.

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Marea Stamper muda seu nome artístico para The Blessed Madonna

Após uma petição online criada por Monty Luke, Marea Stamper resolveu adotar The Blessed Madonna como seu novo nome artístico.

Uma situação um tanto quanto desconfortante, fez com que um dos grandes nomes da cena underground mundial, alterasse seu nome artístico. Marea Stamper, que por mais de 20 anos foi conhecida como The Black Madonna, resolveu mudar a forma como é chamada nos palcos, após uma petição online.

Conhecida por ser uma grande ativista feminista e a favor da comunidade LGBTQIA+, Marea trazia a devoção católica em seu nome artístico, porém, Black Madonna ou Virgem Negra, é uma importante santidade para os povos pretos dos EUA, Caribe e América Latina, com um santuário próprio em Detroit. Segundo Monty Luke, pessoa por trás da petição, o nome artístico causava grande desconforto na comunidade preta, por ser ofensivo e caracterizar apropriação cultural.

A petição, que tomou forma após Marea não responder aos contatos de Monty, ganhou força e recebeu milhares de assinaturas, fazendo com que a artista se pronuncia-se. “Meu nome artístico tem sido um ponto de controvérsia, confusão, dor e frustração que distrai coisas mil vezes mais importantes do que qualquer palavra única nesse nome” disse Marea, ao anunciar que a partir de agora, passará a assinar como The Blessed Madonna.

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