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Descubra: FEITOZA

Dono de um som para quem é amante do Tech House feito pra pista, o paulista FEITOZA é o novo personagem da nossa coluna. Descubra com a gente!

FEITOZA | Foto: @fernando_sigma

A vida é feita de sonhos, escolha os seus e faça deles a razão dos seus dias”. Essa foi uma das frases que o DJ e produtor paulista FEITOZA usou em uma postagem recente no instagram, e é exatamente este caminho que ele está seguindo. Nascido e crescido em Franca/SP, ele tornou-se um dos principais DJs da região, mas nunca esteve perto de grandes oportunidades, então decidiu que poderia criar as próprias.

Após mais de 3 anos atuando como DJ, ele decidiu mergulhar na produção musical para fazer seu som. Estudou, aprendeu, descobriu e lançou no final de Julho a primeira track, batizada de ‘ID’, assinada pela No Topo Music, um Tech House enérgico bem voltado pra pista. Um pouco mais da trajetória e dos planos de FEITOZA você descobre agora:

Beat for Beat – Hey, Feitoza! Tudo bem? Prazer em conhecê-lo. Apresente-se pra galera: de onde você é, idade e como você veio parar na música eletrônica…

FEITOZA – Tudo certo meus amigos, o prazer é todo meu de estar falando com vocês. Meu nome é Guilherme Feitoza, mais conhecido como Feitoza, sou da cidade de Franca, interior do estado de São Paulo. Tenho 25 anos e desde que eu me lembro da minha infância sempre gostei de música, mas a oportunidade mesmo foi quando eu precisei fazer um ’warm up’ de uma formatura com um pen drive e Windows Media Player [risos].

Num contato prévio, você nos disse que morar em Franca/SP te motivou a  crescer e batalhar justamente pela falta de opções na região… quando você decidiu de fato que queria levar a música como protagonista na sua vida?

FEITOZA –  Os planos de ter a música como protagonista na minha vida vem amadurecendo desde o ano passado, que foi quando eu comecei a produzir, mas está tomando forma agora, depois da parceria com a UAM Management, estamos definindo metas para construir uma base forte para o projeto FEITOZA [BR].

Já que você ainda está na busca pela construção da sua identidade, é válido perguntarmos quem são suas maiores referências na música. Que projetos ou artistas te inspiram e te motivam a ir mais longe?

FEITOZA –  Está pergunta sempre me deixa confuso, porque eu gosto de tudo, e tudo que eu vejo que tem algo que eu posso aprender. Nos últimos dias venho assistindo o curso do FELGUK, que tem me ajudado muito, e estou escutando muito Claptone, Sonny Fodera, além de alguns artistas brasileiros como MECA, ANTDOT, entre outros.

Crescer e evoluir sozinho é sempre mais difícil, né? Mas a gente sabe que mesmo no início você já conta com um time de apoiando. Fale um pouco da equipe que você tem e da importância que você enxerga nesse trabalho colaborativo.

FEITOZA – Hoje graças a Deus eu tenho do meu lado pessoas que acreditam no meu trabalho, tenho minha esposa, que cuida de tudo enquanto fico no studio. Depois tem o Maurício Angelo que foi um divisor de águas e me ajudou a abrir várias portas em apenas dois meses de trabalho, e por último mais não menos importante, Amanda Custódio, que cuida maravilhosamente bem das minhas redes sociais!

Foto: @fernando_sigma

Agora com as gigs pausadas, acreditamos que o foco esteja totalmente no estúdio… quais são os próximos passos e novidades que tem pela frente?

FEITOZA – Realmente o foco está totalmente no estúdio, tenho dois lançamentos marcados, um pelo Abstract com a track  ‘To Far’ em setembro, e a ‘I Keep’ pela No Topo Music em outubro. Além disso estamos trabalhando para deixar todas as tracks dentro da minha identidade para quando as gigs voltarem estarmos com um repertório completo para que as pessoas associem ao meu projeto.

Uma pergunta mais reflexiva: quais são as principais características que um artista precisa ter para alcançar seus objetivos? 

FEITOZA – Para mim o principal é querer viver da arte, no caso a música. Depois vem a dedicação, humildade e um trabalho bem feito, para que as oportunidades possam aparecer!

Para terminar, se você fosse descrever o FEITOZA em poucas palavras, quais seriam? Obrigado pela entrevista!

FEITOZA – Alegria, vontade e paz!! Obrigado pelo convite!

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https://soundcloud.com/feitozadj/slow-dance

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Descubra: JETS

Embalados por grandes clássicos dos anos 80 e 90, Marco Rangel e Davi Arnêz formam o duo Jets, que vocês Descobram nessa entrevista.

JETS | Foto: @fernando_sigma

A internet era discada e usar o telefone ao mesmo tempo era impossível, vídeo cassetes e disquetes eram super modernos, e claro, o grunge tocava por discmans, na sua rádio preferida ou na MTV, com a chegada da TV a cabo… qualquer “90’s kid”, ao relembrar estes frutos dos anos 90, já é preenchido pelo sentimento de nostalgia. É neste cenário que Marco Rangel e Davi Arnêz, dois amigos de Brasília, cresceram juntos e desenvolveram o amor pela música eletrônica, até formarem o duo JETS.

Com uma amizade que dura mais de 15 anos, Marco e Davi resolveram mesclar suas influências musicais e juntos, criarem um projeto que resgata essa memória afetiva tão grande em ambos, dos saudosos anos 80 e 90. Confira o nosso papo com a dupla e Descubra: JETS!

Beat for Beat – Olá meninos tudo bem? Pra começar, contem pra gente: como surgiu a amizade de vocês, como se conheceram e como decidiram fazer música juntos?

JETS – Olá, tudo ótimo! Nos conhecemos por volta de 2003/2004 em Brasília, nossa cidade natal. Naquela época a gente já curtia música eletrônica e frequentávamos as festas. Com o tempo decidimos começar a tocar e produzir, mas separadamente. Sempre fomos muito próximos, mas nunca havíamos pensado em fazer algo em conjunto. Ano passado começamos a fazer algumas produções juntos, curtimos o resultado e decidimos criar o JETS.

Sabemos que vocês dois captaram muitas referências dos anos 80,90, poderíamos nos citar uma memória marcante e quis fez importante papel na construção da dupla?

JETS – Sempre fomos ligados a música eletrônica, ouvíamos Depeche Mode, Justice e Chemical Brothers, mas também éramos antenados nas bandas da época dos anos 90 como Nirvana, Red Hot Chili Peppers, Oasis… Começamos a ir em festas raves e na época o Wrecked Machines fez uma releitura da Enjoy the Silence do Depeche Mode, na qual nos marcou bastante. E é um hino até hoje!

Como que a música e a cultura destas décadas conseguiram afetar vocês em critérios técnicos? Como ela é inserida dentro do som do duo?

JETS – Temos vários artistas fazendo um som atual, mas que nos lembra bastante o som de décadas passadas. Gostamos bastante de melodias e trazemos muitas referências dos anos 80, 90 para aplicar nos timbres em nossas produções. Esse momento de pandemia, de reclusão, fez com que as pessoas procurassem um som mais “good vibes”, então apostamos nessa estética.

Vocês participaram da nova ‘Things’, em parceria com Wolf Player e Vintage Culture. Como foi o processo de produção com estes grandes produtores? Como surgiu a oportunidade?

JETS – Essa com certeza vai ser uma das músicas mais marcantes da nossa carreira, além de ser nosso primeiro lançament,o temos certeza que vai ser uma música que no futuro vamos escutar e ela vai nos trazer de volta no tempo, a hoje, no dia do pontapé inicial, onde tudo começou… por isso a música é algo tão especial. O Yan já é um amigo nosso de longa data e pra gente foi muito gratificante essa parceria com o Vintage.

A situação atual de pandemia no mundo tem nos afetado de diversas maneiras, como está funcionando a preparação de vocês para estrear nas pistas daqui um tempo?

JETS – Essa pandemia pegou todo mundo de surpresa, mas olhando pelo lado positivo tivemos mais tempo para elaborar o projeto por um todo, sabemos da importância da entrega nas pistas e estamos nos preparando e estudando muito para que a gente possa surpreender todos positivamente.

Para terminar, se vocês fossem descrever o projeto JETS em poucas palavras para nossos leitores, como fariam? Nos vemos nas pistas!

JETS – O futuro é agora!

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Descubra: Cortez

Há um ano e meio vivendo no Japão, Adriano Cortez nos dá um panorama de como é a vida artística do outro lado do mundo. Descubra!

Cortez

Adriano Cortez é um artista realmente apaixonado pela arte da discotecagem. Como DJ há 15 anos, o paulista já assumiu diferentes tipos de pista e sabe os ingredientes necessários para movimentar cada uma delas. Em suas apresentações, guiadas principalmente pelo House/Tech house, Cortez traz referências que vão da MPB a Bossa Nova, do Rock nacional ao R&B, sempre buscando levar algo novo às pessoas.

Atualmente baseado no Japão, ele está consolidando sua identidade e aperfeiçoando suas técnicas de produção mostrando que, além da versatilidade, também tem habilidade para dar vida a novas ideias no estúdio. Recentemente ele foi um dos 20 artistas incluídos na compilação do Warung Recordings, label do renomado club catarinense que resolveu dar espaço a alguns novos artistas neste importante VA:

Cortez também tem acompanhado de perto a evolução da cena no Japão após a chegada do coronavírus, o país vem lentamente se recuperando das cicatrizes causadas pela pandemia e dando os primeiros sinais de vida após o congelamento total das atividades. Tudo isso e mais um pouco você lê abaixo em mais um Descubra:

Beat for Beat – Cortez! Já introduzimos um pouco do seu perfil acima, então vamos direto para a parte mais interessante: por que o Japão e não qualquer outro país? O que te levou até esse lado do mundo?

Cortez – Primeiramente é um prazer poder participar desse bate-papo e poder contar um pouco dessa nova fase da minha vida.

O Japão sempre foi um país que me fascinou com sua cultura, arte, história, e por ser um povo resiliente e dedicado mantendo sua humildade com respeito ao próximo. Eu sentia que precisava de um desafio, e a vida foi me trazendo até aqui, conheci minha esposa que é descendente e graças ao seu apoio e vontade de embarcar em uma nova aventura.

Aqui o consumo de música pelo nihonjin (japonês) é grande, um país com capitais que giram festas eletrônicas 24hs por dia. O entretenimento é gigantesco.

 

Para nos situarmos melhor, onde exatamente você está aí? Qual é a distância até Tokyo e outras cidades importantes do país? Na sua região também existe um mercado musical?

Cortez – Atualmente estou residindo na província “estado” de Aichi-ken próximo a capital Nagoya-shi, estou a 175km de Osaka ou 50 min de Shinkansen (trem bala); de Tokyo estou a 350 km ou 1h30min de Shinkansen.

Nagoya é a terceira cidade com mais clubs de música eletrônica do país, com grandes casas e festivais open air! Diferente de Osaka e Tokyo, Nagoya está sendo uma ótima porta de entrada, antes da pandemia estava com datas marcadas para algumas festas, mas foram canceladas… Na torcida para que as coisas normalizem com força total!

Antes da chegada do coronavírus você conseguiu se estabelecer como DJ, mesmo que de forma íntima? Como tem sido esse período de introdução na cena eletrônica japonesa?

Cortez – Sim, no primeiro ano e em um país onde não conheço ninguém foi um ótimo começo. Toquei em algumas festas e iniciei contatos importantes com organizadores japoneses. Estou “metendo as caras”, indo nas festas e construindo o networking que é a base de qualquer carreira em qualquer lugar do mundo.

Este ano tive minha primeira gig pós pandemia (no Japão) no Club Buddha, uma festa underground totalmente voltada ao House Music em Nagoya e gravar um set especial em Osaka em uma das maiores escolas de DJs do Japão a TryHard.

 

Para quem não conhece nada sobre a cena do país, quais seriam as suas principais indicações? Tanto para quem prefere o underground, como para a turma do mainstream?

Cortez – Aqui é surreal, tem festas para todos os estilos imagináveis! Em Nagoya indico o Club ID, é um edifício com 5 pistas dividida por andares e salas. Tem também o Sango e a Orca ambos com pistas mais voltadas para o mainstream. O detalhe que mais gosto no Orca é em uma das pistas e ter um vidro onde você pode ver um dos principais cruzamentos da cidade e uma enorme roda gigante que fica no edifício do outro lado da avenida.

Osaka indico o Club Piccadilly, um dos top 100 clubs do mundo, onde recebe nomes importantes do mainstream com Steve Aoki, Don Diablo e Cat Dealers. Outros dois Clubs que gostei muito é o Giraffe que também é um edifício balada, com 4 andares de pistas e o The Pink, casa toda rosa, com uma decoração extravagante e alegre!

Em Tokyo o número é absurdo, mas os que acho mais tops são Contact, En-Sof, Atom, Womb e Ageha aqui a meca do Techno, House, Drum and Bass e Tech House sempre tem datas nessas casas. Todas que citei tem dançarinas animando a pista e efeitos visuais incríveis, além de sound systems excelentes.

Cortez e a esposa Ligia em um parque japonês

A gente sabe que o Japão é um país muito rico culturalmente e muito evoluído se tratando de tecnologia. O que mais te inspira por aí? 

Cortez – A simplicidade e humildade das pessoas me agrada e me inspira muito! A grande maioria é solicita, batalham muito e se dedicam a fazer o que for necessário para alcançar seus objetivos. Eu achava que japoneses era um povo mais distante socialmente, mas vivendo aqui essa visão tem mudado drasticamente.

É comum em todas as baladas ver turmas se divertindo, cada um dançando ao seu modo, se abraçando e sempre brindando conosco! Eles se divertem sem ficar um medindo o outro e dificilmente viram as costas para o DJ. É um povo que respeita e valoriza a arte e com a mente aberta para as novidades!

Falando um pouco do seu trabalho de estúdio: fale sobre os detalhes por trás de ‘Everything In My Way’, que saiu pela label do Warung. Como foi produzi-la e qual a sensação de ter sua faixa assinada por essa marca tão representativa?

Cortez – Venho me preparando a alguns anos para produzir minhas músicas, fiz cursos importantes com grandes profissionais e tenho buscado uma evolução a cada música que faço. Tenho me empenhado muito e com a filosofia de iniciar um projeto e finalizar e focado na House Music.

Após ter feito músicas como ‘Ganbatte’ e a ‘Aida‘, inspiradas em experiências de vida, agora meu foco é totalmente para pista — ‘Everything In My Way’ foi o pé direito. Vi a oportunidade do VA Solitude do Warung e foquei 100% em criar uma música que fosse inspiradora e com uma pegada diferente, com um vocal envolvente somado a um instrumental fino, com uma linha de bass mais orgânica e com uma pegada para cima. Quando saiu o resultado nem acreditei, fiquei imensamente feliz e honrado pois é um marco importante para minha carreira.

A cena japonesa tem se recuperado lentamente, certo? Você até visitou algumas baladas recentemente… qual foi o clima percebido? 

Cortez – O clima estava bom porque o DJ estava mandando uma sonzeira, mas por mais que as pessoas estivessem dançando, a vibe não era a mesma de antes da pandemia… Agora os casos voltaram a subir depois da reabertura das baladas em Tokyo e o país voltou a entrar em alerta por conta do crescente número de infectados, alguns lugares já voltaram a decretar estado de emergência, infelizmente.

No futuro, você pretende voltar para o Brasil, mesmo que seja para uma visita?

Cortez – Sim, nossa família e amigos estão aí e sentimos muita saudades de todos! Pretendo unir o útil ao agradável, visitando as pessoas que amamos e poder apresentar meu som para o público brasileiro, essa é minha meta!

E sobre novidades pela frente, o que podemos esperar do seu trabalho nos próximos meses? Já tem novas faixas finalizadas? Valeu!

Cortez – Sim, grandes novidades a caminho! Estou com mais duas músicas exclusivas prontas e terminando mais uma que fará parte de um EP incrível para lançamento neste segundo semestre!  Quem gosta de House Music não vai se arrepender!

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Descubra: Traffic Jam

De forma despretensiosa, Traffic Jam começou sua carreira e hoje, já possui grandes clubs em seu currículo. Descubra esse talento!

Quem é de Curitiba e está sempre nas festas que rolam na cidade, provavelmente já ouviu ou dançou ao som de Traffic Jam; apesar de novo, o DJ tem espalhado seu nome com um trabalho sólido, já tendo se apresentado nos principais clubs do Brasil, como Vibe, Beehive, D-EDGE e Warung. Pela proximidade com Albuquerque e outros players da cena, começou a carreira de DJ despretensiosamente até virar algo profissional, mas essa história você conhece em detalhes abaixo nesse entrevistão com Joao Pedro aka Traffic Jam. Descubra:

Beat for Beat – Traffic Jam é, na verdade Joao Pedro. Girando o disco um pouquinho, quando foi que você começou a ter contato com a música eletrônica e o que motivou você a idealizar o projeto?

Traffic Jam – Meu primeiro contato foi quando eu tinha uns 13 ou 14 anos, comprei o DVD do Fatboy Slim, Big Beach Boutique 2, um clássico, um evento na beira do mar com 250 mil pessoas. Quando assisti foi um choque, toda aquela energia… foi aí que começou meu interesse pela discotecagem. Fui atrás de alguns nomes que ele tocou, como Basement Jaxx, Underworld, Tim Deluxe, Layo & Bushwacka… Esse último acabou sendo sendo meu primeiro Warung que eu fui, em 2006, e a partir daí comecei a ir regularmente (alguns anos cheguei a ir em todos, risos).

Criei o hobby de ouvir sons, pesquisar e ir em festas, então a vontade de ser DJ apareceu. Sem pretensão, comecei com meu nome mesmo, antes do Traffic Jam. Nessa época eu estava conhecendo o Ricardo (Albuquerque) e acabamos ficando bem amigos pela afinidade musical e claro, todas as outras variáveis de uma amizade saudável. Ele propôs da gente tocar junto, para mim foi um baque e um desafio, afinal eu tinha acabado de começar a discotecar e ele já era DJ profissional, residente da Lique (clube tradicional de música eletrônica de Curitiba que existiu de 2006 até 2012), e já estava começando a tocar no Warung, isso em 2011.

Então para fazermos um paralelo de nossas carreiras solos, queríamos um nome, que foi Traffic Jam. Porém, por estarmos vivendo momentos diferentes, eu começando, ainda estudando, fazendo estágio e ele já 100% focado nisso, decidimos focar nos projetos solos. Mas como o nome era bom e o que eu usava antes eu não achava interessante, que era J Battistella, acabei ficando com a alcunha (risos).

Traffic Jam e Albuquerque na Connection

Quais eram os sons que bombavam naquela época e serviram como um empurrão na criação e evolução do projeto? 

Traffic Jam – Diversos, mas lembro de algumas especiais que marcaram época para nós como: Maya Jane Coles – ‘What They Say’; Deniz Kurtel – ‘The L World‘; Benoit & Sergio – ‘Everybody’; Infinity Ink – ‘House of Infinity’; Oxia – ‘Sun Step’; Franck Roger – ‘After All’. Enfim, muitas, que ainda continuam atuais, afinal, música boa não tem prazo de expiração.

Santa Catarina e Curitiba sempre tiveram seu destaque na cena eletrônica, com núcleos, clubs e iniciativas interessantes, mas nada se compara a São Paulo. Você nunca pensou em se mudar pra cá? O Sul sempre ofereceu o que você necessitava como artista?

Traffic Jam – Eu cheguei a ficar três meses em São Paulo, em 2016, para fazer um curso no Instituto de Áudio e Vídeo (IAV). Não considero que morei na cidade, mas foi interessante para ter uma melhor perspectiva da capital e conhecer a grande diversidade de festas de lá, porém, vejo o Sul com a mesma força. Se for pensar como região (comparando uma cidade para uma região inteira) e como é relativamente fácil ir para qualquer lugar de Curitiba, creio que aqui seja um local bom para se trabalhar com música eletrônica, além de termos diversos clubes e festivais aqui, temos essa facilidade em ir para outras cidades tanto do PR mas principalmente SC e RS.

Também creio que Curitiba tenha mais espaço para o House, eu não cheguei a viver, mas meus amigos que saíam na década de 90 me contaram que era muito forte e eu creio que isso ainda influência, mesmo que não tão diretamente. Entretanto, para o Techno, eu consideraria morar em São Paulo.

E qual exatamente é o seu relacionamento com a música eletrônica no atual estágio da sua vida? Você se mantém apenas com ela? Como está sendo agora nesse período sem gigs?

Traffic Jam – É tudo o que eu faço, full-time job. Apesar de DJ ter fama de gostar de dormir tarde, gosto muito da parte da manhã e sempre estou no estúdio de segunda a sexta no mínimo das 9h as 19h (na quarentena ainda mais).

Sim, me mantenho apenas com ela, mas está sendo duríssimo. Durante o período ‘pré’ eu consegui montar meu estúdio e tudo o que eu preciso para trabalhar, então, com bastante planejamento financeiro, estou conseguindo manter meu básico e está sendo de grande aprendizado também, de como conseguimos enxugar várias coisas que achávamos “essenciais” no período pré-pandemia.

Mas me considero um privilegiado, eu vinha guardando dinheiro para comprar novos equipamentos há um bom tempo e quando eu ia de fato efetuar a comprar, aconteceu a pandemia, então realoquei os recursos para passar por esse momento. Sei que essa não é a realidade da maioria dos artistas independentes e isso me deixa profundamente triste, em ver pessoas talentosíssimas, trabalhadoras, tendo que deixar de lado a música, temporariamente, para se manter nesse período. Toda minha compaixão a eles.

Também estou contando com a sorte. O uso profissional de equipamentos eletrônicos fazem sempre precisar de manutenção, estou torcendo para não ter que precisar trocar nada, como computador, por exemplo, aí todo esse meu papo acima vai por água abaixo.

Traffic Jam no Clube Inbox

Atualmente tem sido comum vermos muitos DJs tornando-se produtores e até iniciando a carreira pelo trabalho de estúdio. Você, pelo contrário, sempre  focou mais na parte de discotecagem…. como você enxerga esse movimento?

Traffic Jam – Uma das coisas que me deixam motivado e confiante para um futuro saudável, criativo e produtivo da nossa cena, é a nova geração começando e já focando na produção. Isso vai elevar o nível artístico do nosso país no médio prazo, na minha opinião. Tenho acompanhado de perto o trabalho de um jovem chamado Igor aka LOSTIN, que fez exatamente isso, começou pela produção, estudou muito e hoje está lançando junto do Albuquerque e tendo suporte de artistas como Hernan Cattaneo. Vejo um futuro próspero para isso.

Eu acho que isso se dá a diversos fatores, no Brasil, pela dificuldades em importação de equipamentos. Antes de termos barateados a internet (e mais rápida) e computadores relativamente acessíveis, estávamos muito atrás de outros países, então o padrão antigo era começar DJ e se aventurar nas suas próprias batidas, mas isso foi mudando, devido ao trabalho sério de pessoas como o Rafael Araújo com a AIMEC. Isso para mim é um marco de amadurecimento da cena e expansão do conhecimento relacionado ao nosso tema, e em especifico, produção. Hoje, com acesso a diversos tutoriais, internet rápida, geração nova muito autodidata e claro, escolas de música eletrônica, isso foi mudando para melhor.

No meu caso, como mencionei no começo da entrevista, eu comecei a discotecar apenas porque gostava muito de música eletrônica e queria entender melhor, daí a curiosidade virou hobby e o hobby profissão; nisso, em 2016/17, fui atrás de estudar produção. Cheguei a ir para São Paulo e desde então foi um conhecimento contínuo e árduo. Já lancei algumas músicas, mas eu quero chegar num patamar “x” antes de eu, de fato, ter uma sequência contínua de lançamentos. Não quero fazer por fazer, quero fazer e lançar quando eu sentir que estarei agregando artisticamente para a cena e espero, humildemente, estar próximo a isso. Esse próximo semestre será um marco para mim.

O núcleo Radiola teve um papel importante na sua formação, hoje em dia essa proximidade ainda existe? O que de mais interessante você absorveu e aprendeu estando perto deles? 

Traffic Jam – Sim, existe mais do que nunca. Além da proximidade com todos, trabalho como um dos A&R da gravadora. Foi (e é) uma escola, pois os fundadores, Guilherme Assenheimer (Haustuff) e Albuquerque, me ensinaram muita coisa e me mostraram os caminhos. Haustuff tem um conhecimento técnico de festa e estúdio absurdo, já o Ricardo, um dos meus amigos mais próximos, foi quem me ensinou o que é ser DJ, o que isso representa, qual deve ser o meu papel e meu objetivo. E não só eles, toda a nossa comunidade envolvida, os residentes e frequentadores da casa, cada um tenho algo a enumerar, o que daria para fazer uma matéria só disso (risos).

Como um DJ de formação, quais as características que você leva consigo como fundamentais para uma apresentação ser impecável? 

Traffic Jam – Dedicação, empatia, humildade e gratidão. Primeiro: quanto mais você se dedicar na sua pesquisa, procurar sons novos, não esquecer dos antigos, deixar tudo bem organizado, para você conseguir facilmente resgatar aquela música “das antiga” no momento chave da festa, por exemplo, fará toda a diferença. Para mim, é quase matemática básica, mais tempo se preparando, melhor a apresentação.

Segundo: empatia. Sempre se colocar no lugar de quem está na pista. Entender o propósito da festa, o propósito das pessoas que estão ali, de quem te contratou, isso faz você se conectar melhor e fazer aquele clichê ser verdade: “todos conectados sobre um mesmo groove”.

Terceiro: humildade. Você não é melhor do que ninguém, você sempre pode aprender mais, você não vai “quebrar tudo” toda vez, mas você pode trabalhar para que sejam mais resultados positivos.

Por último mas não menos importante, gratidão. Grato por poder trabalhar com música, estar feliz por poder estar transmitindo suas emoções através da sua música para aquelas pessoas na festa (ou por sua produção). Creio que tudo isso gera uma onda que indiretamente as pessoas vão sentir quando você for tocar.

Traffic Jam no Warung

Para finalizar, uma pergunta um pouco mais reflexiva: como você enxerga e avalia a cena de Curitiba nesse momento — desconsiderando a pandemia — e o que você avalia ser necessário para que ela continue crescendo de forma sustentável? Valeu!

Traffic Jam – Desconsiderando a pandemia, muito positivamente, vários clubes novos como a Inbox, outros estabelecidos há mais de uma década como a Vibe e continuando na ativa fortemente. Galera nova com um som legal, diversos núcleos bacanas surgindo como a Plantae, 5 of Us, Fleurs, Puzzle… Gravadoras novas chegando como Lumutang, outras estabelecidas mas gerando um conteúdo de alta qualidade como a Laguna Records.

Cena feminina crescendo, com ótimos nomes como Solare, Gab1, Polsky, Agrabah, Ella, Letícia Pailo. Eu estou (ou estava, tá tudo confuso no momento) bem confiante com a nossa cidade. Creio que quanto mais união tivermos mais vamos crescer, quando todos entendemos que “somos um só”, se um cresce o outro cresce também, iremos evoluir mais.

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Laguna Music Residence #08 – Traffic Jam(Radiola Records) by Laguna Records

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Descubra: Vicius

Com apenas 18 anos, o DJ e Produtor Vicius já acumula grandes feitos e hoje, ele é o convidado especial da nossa coluna Descubra.

O talento não tem idade e o DJ e Produtor de Campinas, Vicius, é prova disso. Mesmo com pouco tempo de carreira, o artista carrega a música em suas veias desde muito cedo, o que o levou a conseguir feitos incríveis para um produtor de 18 anos. Com track lançada por uma importante label, passagem por importantes clubs e até mesmo um evento próprio, ele é o novo personagem da nosso coluna. Descubra: Vicius.

Beat for Beat – Oi Vicius, tudo bem? Muito obrigado por topar conversar com a gente. Você é um artista bem jovem, mas que já tem muita história pra contar. Como foi que você começou seu caminho na música eletrônica? O que ou quem te inspirou a tentar o tão desejado lugar na cena?

Vicius – A minha história com a própria música começou muito cedo. Eu toco piano desde os 4 anos, mas há uns 3 anos atrás eu decidi que queria ser DJ como um hobby, mas terminei me apaixonando pela música eletrônica, e decidi que queria ser produtor musical também. Eu demorei um tempo pra me identificar com algum gênero. mas no começo do ano passado eu fui em um masterclass do Renê Castanho, do Binaryh e terminei me identificando muito com o som deles. Hoje além deles, tenho referências como Øostil, Mind Against, entre outros.

Você lembra da sua primeira gig? Qual foi a sensação de subir ao palco pela primeira vez e encarar uma pista te esperando?

Vicius – Lembro sim. A minha primeira gig foi uma experiência que nenhum dj gosta de passar, mas precisa… que é tocar pra uma pista praticamente vazia. É uma lição de humildade. Mas mesmo assim, eu me diverti muito, e independente de ser uma pista vazia ou cheia, uma boa pista é uma boa pista.

E o E-EDGE? Conte pra gente a experiência de estrear num clubs mais respeitados do Brasil e do mundo…

Vicius – Eu não tenho nem palavras pra descrever a minha estreia na D-EDGE e para agradecer pela oportunidade. Foi uma experiência incrível tocar para aquela pista cheia, e principalmente, para um público incrível daqueles. Ouvir os gritos ao tocar uma música autoral é indescritível.

Vicius no D-EDGE

Você é um artista que explora diversas sonoridades, buscando romper barreiras na hora de criar música. Como é o processo criativo de uma track sua? Onde você começa a pesquisa e como vai desenhando todos os aspectos da track, até seu resultado final?

Vicius – O meu processo depende muito do dia. Tem dias que eu estou muito inspirado e basta sentar na frente do computador que a coisa simplesmente flui. Mas muitas vez eu procuro me inspirar através de sets dos artistas que eu citei acima. Eu acho que o mais marcante em todas as minhas tracks são os breaks, então eu me debruço sobre este break e não paro de mexer até que ele fique perfeito e que eu tenha certeza de que vou receber uma resposta ótima da pista.

Emoção e poesia são adjetivos que podem ser usados para descrever sua música. Você encontra na música, uma grande forma de se auto expressar. Existem momentos marcantes em sua vida pessoal que você já traduziu ou pretende transformar em uma canção? 

Vicius – Eu comecei a produzir em um momento muito obscuro da minha vida e a música me ajudou a expressar o que eu sentia. Então, eu acredito sim que tenha muito da minha personalidade e da minha história nas minhas tracks.

Sua carreira como produtor musical é recente e logo de início, você começou numa grande label brasileira, a Prisma Techno. Como surgiu o convite para lançar por eles e qual a história por trás de ‘IO’?

Vicius – A IO surgiu em um daqueles dias de muita inspiração. Eu comecei pelo kick e o bassline que tem bastante groove, a partir daí, a música fluiu, e eu comecei a elaborar as melodias. Os pads são bem espaçados e te levam por uma viagem, e quando o kick e baixo entram, eles te puxam de volta. Assim que terminei ela, enviei ao Thito, torcendo pelo melhor e pouco menos de 1 mês depois ele me chamou pra lança-lá no VA de começo de ano da Prisma.

Falando um pouco sobre responsabilidade social, você é idealizador do Changing Melodies. O que te motivou a criar um evento solidário e sustentável?

Vicius – Eu acredito que essa responsabilidade social é algo que todos deveriam ter e que é o dever de todos que tem condições, ajudar quem não tem. Por isso, a cada edição do festival eu escolho uma ou duas ONGs, a partir do contexto vigente, para as quais todos fundos serão revertidos, além é claro de produzir o mínimo possível de lixo a cada edição o que também é um grande problema dos festivais de música.

Você acha que a juventude de hoje, será a grande responsável por mudanças significativas no mundo, como o seu festival? Como é fazer parte de uma geração mais politizada?

Vicius – Eu tenho uma visão otimista para essa geração e quero contribuir para isso através da música. E eu acho ótimo fazer parte de uma geração que busca mudança, pois seria muito mais difícil estar inserido em um contexto no qual eu não me identifico com os ideais.

Pra finalizar, o que o 2º semestre reserva na carreira do Vicius? Obrigado!

Vicius – Para o 2º semestre, eu já tenho um EP agendado com a Prototype e um remix do L_cio, além de muitas músicas no forno, e possivelmente futuros releases. Quanto a gigs, ainda é muito incerto devido a nossa situação atual.

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Moving D – EDGE Special Set by Vicius

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Descubra: Lucca M

Ele começou no mainstream e se descobriu no techno. Lucca M é um artista hibrido, cheio de personalidade e o novo personagem da coluna Descubra.

Lucca M

Natural de São Paulo, Lucca M é o tipo de artista que desde muito cedo, teve contato com a música eletrônica. Seu envolvimento profissional na cena começou fazendo promoção de festas da capital paulista, até ter seu trabalho reconhecido por grandes nomes do underground, entre eles Drumcomplex. Conheça agora um pouco mais sobre o artista paulistano, que tem muito trabalho a mostrar. Descubra: Lucca M.

Beat for Beat – Eai Lucca, tudo bem? Obrigado por conversar com a gente! Pra começar, conte um pouquinho sobre seus primeiros contatos com a cena eletrônica.

Lucca M – Olá amigos do B4B, obrigado por me receber! Eu comecei como consumidor de música, ouvindo umas coisas mais comerciais, que eram de mais fácil acesso. Através de alguns amigos, acabei conhecendo mais sobre a cena em si e me aproximei de uma galera do techno, entre djs e donos de festa e foi onde a historia começou. Passei a frequentar a casa de alguns deles, trabalhar junto fazendo algumas divulgações. Fui conhecendo um pouco mais.

E quando foi então, que você teve essa vontade de seguir carreira musical? De deixar de ser um divulgador pra então, ser a atração? Teve alguma situação que te marcou, pra tomar essa decisão?

Lucca M – Um desses meus amigos tinha um estúdio em casa, então consequentemente eu comecei a gostar, me interessar e querer mais. Logo estava tocando. Eu sempre acompanhava esse meu amigo nas festas, acabava ficando no palco e me encantando cada vez mais com aquilo tudo. Lembro que, em fevereiro de 2012, toquei em uma festa no Esporte Clube Mairiporã, minha cidade. Haviam milhares de pessoas, e eu toquei quase 7 horas de set b2b com um amigo. Aquilo foi incrível. Foi ali que comecei a pensar em mais nada além de música.

Lucca M na Dump Party

Como foi que você se envolveu com o techno? O que fez você mudar assim o seu estilo musical?

Lucca M – Lembro de ir em uma XXXPerience em meados de 2011, quando ainda nem tocada. Fui pra ver uma sequência incrível de electro house na época, com nomes como Dirtylound, Chrizz Luvly e The Prodigy. Eram o que eu mais queria, mas bastou uma passada pelo backstage e ver o Popof com uma pista incrível, que tudo mudou. Aquilo me marcou muito. Depois da festa conheci e acabei virando mega fã de caras como Dubfire e Richie Hawtin. Costumo dizer que eles são pilares no que eu busco chegar ou me inspirar pra trazer algo novo na pista. Foi uma mudança bem radical. sonoramente falando, mas natural e que me trouxe muitas coisas boas. Eu amo Techno.

Mas você começou tocando algo mais comercial. Como foi que migrou para o underground?

Lucca M – Cheguei a tocar electro por um tempo, mas aquilo se tornou barulhento de mais pra mim (risos). Fui migrando aos poucos, mesclando techno e minimal, até me encontrar. Eu comecei tocando algo mais comercial pois tinha fácil acesso, mas as pesquisas me levaram para outro caminho.

E após alguns anos tocando, você acabou encontrando sua identidade e hoje, trabalha num formato híbrido de apresentação. Como foi o processo de trocar os CDJs? Algum artista serviu de inspiração pra essa mudança de setup?

Lucca M – Por muito tempo as CDJs me serviram bem e ainda me servem, porém, foram me limitando. Eu queria poder fazer mais coisas numa apresentação e apresentar coisas novas. Esse clichê de pitch, cdj e vinil, nunca colou pra mim.

Foi muito difícil fazer a mudança. Por mais que eu estivesse trabalhando pra acontecer essa mudança, eu não tinha condições financeiras pra isso. Eu não tinha acesso a um computador ou internet, então levou um bom tempo até começar o formato híbrido que tenho hoje. Como comentei, Richie Hawtin é minha maior inspiração. Ele é um artista a frente do nosso tempo, que sabe usar a tecnologia a seu favor e não se prende nenhum pouco a rótulo ou normas que muitos costumam bater de frente, como por exemplo o uso de um computador num set.

E tem algum equip que você tem algum carinho especial?

Lucca M – Com certeza o Ableton Push (Mk1)! Foi o que me ajudou a entender bem o que eu precisava e me ensinou como trabalhar de uma maneira fácil e direta. Eu sou apaixonado controladores (risos).

Partindo um pouco pra parte autoral, seu primeiro release saiu em 2018 e teve suporte de um grande nome, o Wehbba. Como você entrou nesse mundo da produção musical? Qual a sensação de ter seu 1º trabalho, reconhecido por um dos gigantes da industria nacional?

Lucca M – Devo muito a diversos amigos. Foi através deles, que descobri a produção. Esse primeiro EP, o ‘ENCOUNTER‘, foram os primeiros passos da minha aventura na música e acabou sendo um grande lançamento para mim e meu parceiro de estúdio, o Veruah. Na maior cara e coragem do mundo, eu acabei conversando com o Rodolfo (Wehbba) pelo Instagram e ele me passou um e-mail pessoal, onde enviei o EP. Ele me respondeu com feedbacks bem legais. Foi gratificante e único. Sou um grande fã do trabalho dele.

Falando no Veruah, vocês vão lançar um EP juntos. Conta pra gente, como foi a concepção desse EP? Como foi trabalhar com ele?

Lucca M – Vamos sim! O ‘MOD’ EP está chegando. Ele sai no próximo dia 19, pela gigante brasileira Kaligo Records. Eu e o Veruah nos damos 101% bem, somos família praticamente. Nos entendemos muito bem e na música, conseguimos balancear tudo de uma forma muito natural e divertida. Trabalhamos mais juntos do nos projetos solo. Dividimos músicas, B2B, um projeto gratuito mensal de techno no Supra Bar da Vila Mariana, em São Paulo e vamos continuar trabalhando sempre juntos! É incrível trabalhar com ele, aprendemos muito um com o outro.

Veruah e Lucca M

Recentemente você entrou para o casting de uma nova agência, a Compressor Agency. Como surgiu esse convite e quais são os planos envolvendo ela, que você pode nos adiantar?

Lucca M – Acabei recebendo um convite por intermédio do meu amigo Veruah. Tocamos juntos em um B2B na última edição da festa COMPRESSOR. Fomos super bem recebidos e logo após a festa, começamos a conversar com o Júlio Garcia (Loulou Records), dono da Compressor Agency, que nos abraçou de uma forma muito legal. Temos grandes planos para expandir nossa carreira, buscar horizontes novos e um planejamento de gigs fora do Brasil. Estamos trabalhando forte em tudo isso. A experiência de trabalhar com eles é incrível.

E pra finalizar, quais são os planos pós EP? Sabemos que o mundo não está na situação mais favorável para eventos, mas o que o Lucca M tem em mente para o 2º semestre deste ano?

Lucca M – Eu estava esperando muito esse EP. Contamos com um remix incrível de um produtor impar, que é o Kleber, então queremos colher bons resultados após o lançamento. Já posso contar também, que está chegando um EP de 3 faixas pela Noise Music, do gigante da velha guarda Anderson Noise, que sai em julho. Eu e Veruah seguimos trabalhando sem parar. Estamos finalizando mais algumas músicas juntos. Também estou trabalhando forte para um lançamento solo incrível no mês de outubro, em uma label mais industrial e bem importante na cena techno aqui no Brasil. É só ficar ligado na minha página do Facebook e Instagram, que tem novidades a caminho. Obrigado!

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Descubra: Essence of TIME

Fazendo a primeira conexão internacional, o francês Essence of TIME é o novo personagem da nosso coluna. Venha descobrir com a gente!

Essence of TIME

O tempo não é algo simples, mas deve ser essencial”. É assim que o francês Michel Saurin apresenta sua nova alcunha artística: Essence of TIME. Com uma boa experiência na bagagem, ultrapassando 20 anos de estrada, ele possui uma relação antiga com o Brasil, desde 2005, quando se apresentava com uma linha de som mais “comercial” e assinava como Mitch L.J — apenas em 2015 ele adotou TIME.

Agora, com a mudança para um nome menos genérico, Essence of TIME também deve seguir uma linha de som com mais identidade, se aproximando do house e do techno, trabalhando bem as melodias, como no seu recente remix de ‘A Deep Blue Swimming Pool’, do grupo Wet Sunset.

Nós resolvemos entender melhor toda essa fase de transformação da sua carreira em mais uma coluna Descubra:

Beat for BeatOlá, Michel! Obrigado por aceitar falar com a gente. Sabemos que isso faz parte do seu passado, mas não podemos deixar de lado. Você tocou no Brasil a primeira vez em 2005, passando por clubs como Café de la Musique, Posh e outros. Apesar de não ser mais um som com o qual você se identifica, imagino que tenha sido uma experiência muito válida para o seu crescimento. Fale um pouco mais sobre isso.

Essence of TIME – Olá, pessoal! Sim, comecei a produzir música eletrônica em 2005, quando morava em Nova York, onde permaneci durante 9 anos trabalhando com diversas gravadoras, como Strictly Rhythm, Subliminal e outras mais comerciais, como Ultra Records…

Para ser sincero, eu tocava discos e meio que seguia o estilo que era popular na época, como a House Music mais pop. Eu produzia o que as gravadoras queriam lançar e não o que eu realmente gostava. Essa experiência me levou a reconhecer meus erros enquanto produtor, como produzir, tratar elementos e faixas, sou muito grato por isso.

Sempre fui atraído por algo mais “maduro” musicalmente falando, vindo do jazz, por exemplo. Sempre tive muitos projetos de outros gêneros musicais, mas ao mesmo tempo não lancei nenhum deles.

Durante os últimos cinco anos você assinava seu projeto como TIME, com produções autorais que receberam suporte de nomes importantes. Quais foram os principais trabalhos lançados durante este período?

Essence of TIME – Para ser sincero, não era trabalho, era diversão! O primeiro lançamento, ‘Not Alone’, foi um grande sucesso. Eu não esperava por isso, era mais uma faixa que fiz para me divertir, um projeto que parecia bom para mim e para meus ouvidos. Sem seguir uma linha. Era isso que eu estava fazendo com os meus projetos enquanto TIME. Às vezes, as pessoas dizem que minhas faixas são muito reconhecíveis, o que é bom, pois não costumo fazer isso [risos]. Sem expectativas, tive muito apoio em ‘Not Alone’ por Solomun e outros.

Dois anos atrás comecei outro projeto enquanto viajava para minha tour na Ásia. ‘Bird’ veio com o desejo de criar uma música baseada em big band jazz, adicionando acordes épicos e misturando com batidas de house music, gosto de projetos atípicos como estes. Isso é único. É uma aposta para si mesmo se as pessoas seguirão a visão que você teve. Foi lançada na Kitsune Music.

Recentemente produzi ‘Keys of Gods’, um projeto mais étnico, com um épico breakdown, lançada na Family Piknik Music.

Agora que você adotou o nome Essence of TIME, o que deve diferenciar do seu projeto anterior? A estética sonora irá se aproximar de algum estilo específico? Como você pretende se posicionar no mercado?

Essence of TIME – TIME foi o começo de uma mutação artística, uma mistura de muitos estilos com diversas influências ao mesmo tempo. Essence of TIME é a borboleta que voa para fora de seu casulo, um projeto mais maduro. Gostaria de definir um gênero musical que seria qualificado como “eletrônico vibracional”, deixe-me explicar:

Em primeiro lugar, a abordagem musical em termos de frequências de cura é o principal ingrediente do meu novo projeto Essence of TIME: com muito interesse e estudos sobre o assunto, descobri e acredito que frequências especial (em termos de vibração), são uma ferramenta para unificar e interagir de maneira profunda com os ouvintes que consomem essas vibrações na música. É por isso, que sempre começo trabalhando no processo de criação de uma música, usando essas frequências especiais de cura para a primeira nota… crio o meu projeto em torno dela.

Seus primeiros lançamentos como Essence of TIME chegaram nos últimos dias: um remix para Phonique e outro para Wet Sunset. Fale um pouco sobre a sua conexão com estes dois projetos?

Essence of Time – Phonique é muito humilde e um ótimo produtor, amigo de longa data. Fiquei honrado com o seu pedido para remixar sua faixa ‘Alua’, então comecei a trabalhar nisso. Como baterista, gravei muitas percussões e tambores brasileiros que renderam um remix ensolarado da sua versão, com um breakdown colorido, onde a acapella original eleva a energia brasileira. Me diverti muito produzindo esse remix.

O segundo projeto recentemente lançado é um projeto da banda Wet Sunset e sua faixa ‘Blue Swimming Pool’. Adorei a acapella no original mix e quando eles me chamaram para remixar, foi muito animador. Dei forma a minha versão da faixa, adicionando elementos quase étnicos, mas mantendo a atmosfera enigmática e mental. Uma grande mistura de diferentes inspirações.

Como você introduziu acima, suas músicas trabalham com “healing frequencies”, que de certa forma interagem de maneira positiva em nosso cérebro. Essas frequências estão presentes nas músicas que você acabou de lançar? Explica pra gente sobre isso?

Essence of TIME – Exatamente! Usei essa técnica em todas as minhas produções. Já falei um pouco acima, mas vamos falar mais: acredito que, do ponto de vista vibracional, os seres humanos fazem parte de uma “bela imagem”, pois a natureza é perfeita em suas formas de criação, as vibrações também estão ligadas entre si, o que chamamos de harmonia.

Você precisa saber que a terra emite uma frequência de 8hz (fato comprovado) e acredite ou não, nosso cérebro emite as mesmas vibrações. Sempre sintonizo minhas criações em 432hz (ao invés de 440hz). Por quê? 432 é um múltiplo de 8 (frequência da terra / cérebro). Dessa forma, aplicando essa frequência em todos os meus sintetizadores e instrumentos harmônicos na minha sessão de produção, a harmonia emitida entre a terra e a música que estou produzindo está perfeitamente sintonizada. É simples assim.

Às vezes também adiciono algumas frequências de cura do solfejo sagrado no fundo de toda a faixa.

E além destes dois lançamentos, o que mais poderemos ouvir de Essence of TIME nos próximos dias? Obrigado!

Essence of Time – Bom, tenho mais alguns lançamentos, um remix para Pantheon em ‘Asteria’ e um EP de 2 faixas na Voyeur Recordings no final do verão europeu. Também estou preparando um projeto muito interessante com uma dupla de cantores, mas isso é surpresa… Valeu e até a próxima!

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Descubra: DEC90

Unidos pela música e juntos além dela, Ana Ballardin e Leonardo Griebler formam o DEC90, primeiro casal personagem do Descubra!

DEC90

De um lado, Ana Ballardin, natural de Caxias do Sul/RS. Participou de coral na infância, aprendeu diversos instrumentos, cantou em projetos musicais, realizou shows acústicos pela região e, no meio do caminho, encontrou o Techno. Do outro está Leonardo Griebler, formou-se em música, natural de São Sebastião do Caí/RS. Tocou em bandas dos mais diversos estilos (principalmente Rock), trabalha há mais de 10 anos com produção musical, criou o festival Green Sessions e, no meio do caminho, encontrou Ana. Juntos, eles formam o DEC90.

A história dos dois se cruza em março de 2019, quando Ana participou da segunda edição do Green Sessions Cahy. Após trocarem ideias, se conheceram melhor, começaram a namorar e o DEC90 surgia. Hoje eles são um casal de músicos e produtores que compartilha o amor pela música e transfere esse sentimento para seu projeto de live act. “Nosso objetivo é fazer a pista flutuar com um set recheado de sensações”.

Quer saber mais? Então segue com a gente nesse bate-papo. Descubra: DEC90.

Beat for Beat – Olá, pessoal! Obrigado por toparem essa entrevista! Ambos absorveram um background musical bem rico antes do surgimento do DEC90… quão importante é essa experiência individual de anos no projeto atual?

DEC90 – (Lele) Fala galera! Grande satisfação trocar essa ideia. Acreditamos que graças a esse know-how já começamos o projeto sabendo o que queríamos e como poderíamos fazer. Quando nos juntamos, uniram-se também nossos projetos: o acústico, a nossa banda (que passou a ser o Sagitados) um live act que vai do Disco a EDM dos anos 90 e então unimos a meta de um autoral no DEC90.

(Ana) Além de sermos músicos e estarmos habituados com os palcos, o Lele já utilizava o Ableton Live nas gravações dos clientes do estúdio há anos. Ele também utilizava pedaleira de loop session nos shows acústicos, então a experiência individual nos deu uma base bem sólida para a construção do live act do DEC90.

B4B – Claramente a música foi a grande responsável pela união de vocês. Esse encontro aconteceu durante a 2ª edição da Green Sessions, em São Sebastião do Caí, evento que Lelê organizava. Foi a partir deste momento que o DEC90 surgia, certo? Quais foram os motivos, influências e afins responsáveis por ajudar a formar o projeto?

DEC90 – (Lele) Mais do que a música, foi inicialmente o Michel da Herzpille, (risos), bar de Bom Princípio (cidade vizinha do caí), onde eu e a Ana fazíamos shows, mas sem um saber do outro. A meta da Green Sessions é gravar artistas com qualidade de áudio e vídeo no evento ao vivo. A Ana foi participar por essa indicação em busca de produzir um material de qualidade pra carreira dela, enquanto eu como produtor, buscava artistas de qualidade pra assim chegar nos melhores resultados. Então o que nos aproximou inicialmente foi a busca por qualidade, ideal que estaria sempre presente nos nossos projetos. Gostei de cara da Ana pelo profissionalismo e talento, mas no fim do evento quando fomos confraternizar, fizemos um som juntos pela primeira vez, e aí me apaixonei. Não só nós como todos ao redor perceberam a conexão que rolou, desde então não desgrudamos.

Do nosso contato, apresentei pra ela toda a vida que rola dentro de um estúdio e ela me contou do mundo eletrônico, que eu até então nunca tive interesse, por sentir falta da parte orgânica e do ao vivo, aí que ela me apresentou vários artistas realizando Live Act em canais como Cercle e vi que ali estava o meio perfeito para expressar arte, explorar o lado mult-instrumentista e fazer a galera dançar.

(Ana) Eu sempre fui atraída pelo eletrônico. Tanto que os meus primeiros covers com o violão eram versões das comerciais que eu ouvia nas rádios e nas festas que frequentava lá em 2012. Com o passar do tempo e por morar em Caxias do Sul – terra da Colours, conheci o techno e suas vertentes. E depois de algum tempo sendo apreciadora da cena, surgiu a vontade de fazer parte. Mas meu objetivo sempre foi fazer live, ir além da mixagem. Foi aí que começaram as pesquisas, as viagens para assistir aos meus DJs favoritos, clubs e labels.

Foi numa dessas viagens que vi ao vivo a Giorgia Angiuli, uma forte referência que temos de live act. Vi artistas excepcionais conduzindo a pista como maestros e achei incrível. Poder guiar as pessoas a uma experiência linda que acontece quando fechamos os olhos e nos conectamos com a música. Fiz o curso de Mixagem Básica com o Mau Maioli e Cris D no Muinho Farroupilha, logo antes de conhecer o Lele. Assim que nos conhecemos já apresentei minha paixão pelo techno e os planos de seguir carreira, tanto que nem um mês depois, o Lele esteve em um workshop com o Laércio (L_Cio) também no Muinho. Foi ali que ele se apaixonou de vez pelo mundo eletrônico e o ‘meu’ sonho se tornou ‘nosso’.

DEC90 produzindo durante a quarentena

B4B – O DEC90 é formado por referências musicais distintas, já que vocês trouxeram e somam visões diferentes da música. Sabemos que a identidade ainda está em construção, mas em síntese, qual seria a essência ou a base musical que sustenta o projeto?

DEC90 – (Lele) Música boa! Música clássica traz sensações como a eletrônica em questão de tensão/repouso. Boas músicas são construídas de forma que envolvem o ouvinte deixando-o totalmente presente e sentindo.

(Ana) Feeling. Somos músicos, habituados a tocar com banda onde podemos mudar a dinâmica da música a qualquer momento. O live act nos traz a mesma liberdade. Nossos sets nunca são iguais. mesmo que tenham as mesmas músicas, pois temos tudo aberto e podemos levar a galera de acordo com o momento. O feeling impera, o improviso acontece e a alma se expressa sempre com liberdade. Podemos dizer que vamos do progressivo à la Pink Floyd à pressão sonora do ACDC, o que nos faz viajar do melodic ao techno, sempre mesclando elementos orgânicos e acima de tudo musicalidade.

B4B – Apesar do pouco tempo de vida (1 ano), quais os frutos que o DEC90 já gerou? Vocês possuem músicas finalizadas? Pretendem compartilhar algo em breve?

DEC90 – Temos 1 ano e 2 meses juntos. Podemos considerar que o DEC90 começou a engatinhar quando o Lele fez o workshop com o L_cio e compramos a APC40, em maio de 2019. Imediatamente começamos a fazer as primeiras tracks. O Lele já trabalhava com o Ableton Live há mais de dez anos (super por acaso), o que facilitou-nos sair produzindo, mas o nome e conceito surgiram em setembro, quando mergulhamos de cabeça no projeto. DEC90 vem de december 90, ambos nascemos em dezembro de 1990. Atualmente o Lele faz parte da Comunidade do André Salata, e, graças ao tempo que a quarentena nos trouxe, estamos estudando, criando, produzindo e encontramos nossa identidade sonora. Estamos com várias tracks novas no forno e preparando os lançamentos.

B4B – Além da família de sangue, imaginamos que tenha uma segunda família dentro do estúdio… Quais são os equipamentos queridinhos de vocês do momento?

DEC90 – ‘Do momento’ é bem colocado, pois estamos sempre pesquisando e testando coisas novas! Atualmente a APC40 é o nosso coração, os pedais de guitarra do Lele que nos trazem timbres bem únicos, a VE20 da Boss – onde aplico todos os efeitos da voz e instrumentos de sopro, usamos 2 Mini controladores MIDI pensando em espaço. Também mesclamos flauta transversal e doce, escaleta, guitarra, baixo, bateria e percussões gerais que dão muita vida ao som. Na wishlist pra logo temos a TR-8 e o TB-303.

B4B – O cenário de entretenimento infelizmente foi muito atingido com o isolamento social e o futuro ainda é bastante incerto. Apesar disso, sei que vocês são determinados e desejam fazer barulho na cena. Quais os planos para os próximos meses do DEC90 e onde vocês se imaginam daqui 5 ou 10 anos? Obrigado!

DEC90 – Como músicos que viviam exclusivamente de música, fomos extremamente impactados, mas aproveitamos esse ‘tempo livre’ para mergulhar ainda mais no projeto. Com certeza queremos fazer muito barulho! E para isso estamos com um cronograma de conteúdos que estão sendo postados nas nossas redes sociais, preparando Lives e alguns projetos com parcerias.

Além de conectar com o nosso público, trabalhamos pela cena como um todo e estamos sempre abertos para agregar e compartilhar ideias e recursos. Pretendemos incluir um palco live act na Green Sessions e sabemos que juntos somos mais fortes e vamos mais longe. Daqui a 5 ou 10 anos? Queremos estar tocando em  festivais pelo mundo, produzindo muito, compartilhando nossos conhecimentos através de workshops e permanecer ativos na cena brasileira.

Obrigado pelo espaço para falarmos um pouco mais sobre a gente! Nos vemos nas pistas, virtuais por enquanto, mas em breve estaremos juntos. Valeu! <3

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