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Gop Tun Festival movimentam clubbers em sua terceira edição

Com uma programação diversificada e participação de 30 DJs, o Gop Tun Festival reuniu amantes da música eletrônica em uma experiência única.

Octo Octa & Eris Drew – Terceira edição do Gop Tun Festival | Créditos: @cognicaoeletronica

No último sábado (20), o Live Stage Canindé foi palco da terceira edição do Gop Tun Festival, comandada por cerca de 30 DJs nacionais e internacionais, apresentando sets envolventes.

A megaestrutura do evento incluiu quatro palcos, cada um nomeado em homenagem às principais festas promovidas pela Gop Tun. O Main Stage reuniu artistas como Mary Roman, que deu início ao festival, além de Paulete LindacelvaBárbara BoeingGop Tun DJsOctave One (live)Octo Octa & Eris DrewRoza Terenzi b2b ISAbella e Palms Trax encerrando com chave de ouro.

Supernova, palco para sonoridades mais obscuras e próximas do techno, foi comandado por Peroni, Capetini, Ananda, Cashu, Helena Hauff, Surgeon e Herrensauna (CEM & MCMLXXXV). Já o Danceteria teve música mais solar, nos estilos house e disco, e recebeu apresentações de Gustavo Keno b2b Lucian Fernandes, abrindo o palco, além de Kauan Marco (live)CarlimKornél KovácsLarissa Jennings b2b Bea FerrettiTornado Wallace e Craig Ouar b2b Simon.

Capetini & Peroni | Créditos: @cognicaoeletronica

 

Gustavo Keno b2b Lucian Fernandes | Créditos: @cognicaoeletronica

Focado nas novidades e nos sons mais autorais, de artistas que produzem a própria música, e lives experimentais, o palco Não Existe teve performances de Benjamim SallumHenry WuL’Homme StatueDJ Marcelle que foi o destaque do palco, Marie Davidson (live)FELIXCRAZED (BR)Kontronatura e, por último quebrando tudo, de BADSISTA b2b RHR.

 

Henry Wu | Créditos: @cognicaoeletronica

 

Este ano o festival apresentou um novo espaço, em parceria com o Tinder. Tinder Date Club foi criado exatamente para facilitar conexões e relacionamentos entre amantes de música eletrônica de maneira inovadora. Em ambiente reservado, a pista Match Point teve sets de casais de DJs como meus amigos Camilo Rocha e Linda GreenTainá Amado e Gabe Ortiz, e do duo de produtores musicais FUGAZ.

Quem ai está ansioso pra curtir o Gop Tun Festival 2025?

Confira mais imagens do festival abaixo, cortesia do @cognicaoeletronica:

Roza Terenzi b2b ISAbella | Créditos: @cognicaoeletronica

 

DJ Marcelle | Créditos: @cognicaoeletronica

 

Gop Tun DJs | Créditos: @cognicaoeletronica

 

Terceira edição do Gop Tun Festival | Créditos: @cognicaoeletronica
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Lollapalooza Brasil, com lama, mas de corpo e alma lavados

Sob nova direção, o Lollapalooza Brasil entregou mais uma belíssima edição e nem mesmo a lama foi capaz de tirar o brilho das apresentações.

Foto: Flashbang

Mais um Lollapalooza Brasil se foi e com ele, sentimentos mistos transbordaram em todos os frequentadores do festival. Desde o incomodo gerado pela lama e a irritação pela chuva que se fez presente por toda a sexta; inquietação pelas filas gigantescas para participar de ativações; a sensação de alma lavada (e corpo também), ao vermos shows apoteóticos. O dever foi cumprido, sem muitas novidades, mas com bastante excelência.

Reclamar do Autódromo, como muitos fazem, é ser um tanto quanto redundante. Não é exclusividade do Lolla o problema com lama, por exemplo, mas que outro espaço da cidade conseguiria comportar cerca de 100 mil pessoas por dia? A distribuição dos palcos, a área das ativações, até os novos banheiros, tudo foi pensado de uma forma para tornar a experiência cada vez mais confortável e assim foi. Com exceção dos shows principais, era possível transitar sem problemas, sem nenhuma complicação.

Palco Budweiser | Foto: Flashbang

Presenciar o espetáculo realizado por The Offspring; assistir ao tão aguardado show do Blink 182; ver The Blaze fazer um show quase intimista; ouvir a voz impactante e contagiante de Hozier; Sentir o corpo vibrar ao som de Thirty Seconds to Mars e nos emocionar ao som de Titãs, fez deste Lollapalooza uma edição especial. Pela primeira vez, nossa redação se rendeu aos outros palcos e experimentou uma versão diferente dos festivais que estamos habituados.

Mas como bons clubbers que somos, o palco Perry’s não ficaria de fora da nossa lista. Repaginado, mais bonito, o palco recebeu Mila Journée, que dominou a pista com extrema elegância, enquanto Kittin veio com os dois pé na porta, fazendo o novo palco tremer. Sarah Stenzel e Curol mostraram uma curadoria musical impecável, e os veteranos Above & Beyond levaram melodias, visuais e suas tradicionais mensagens, a um público menor do que esperado, mas entregue de corpo e alma.

Palco Perry’s | Foto: Beat for Beat

Não é de hoje que falamos sobre o Lollapalooza Brasil ser um dos nossos festivais favoritos. Perceber que mudança de organização trouxe melhorias na execução do evento, mostra que ele tem força para manter-se no topo da lista de melhores do país. Que a chuva possa dar uma trégua nos próximos anos, pois estaremos lá, com ou sem lama.

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New Dance Order, o paraíso particular dentro do The Town

Com sons para todos os tipos de gostos, o New Dance Order desembarcou em São Paulo, para a estreia do The Town e nós estivemos lá.

Foto: RenanOlivetti

Pela primeira vez, o Autódromo de Interlagos ganhou novas cores e sons. Pela primeira vez, o palco Skyline erguia suas estruturas diante de nós. Pela primeira vez, o New Dance Order aterrissou em São Paulo. O The Town, finalmente, fez a sua edição inaugural na capital paulistana.

Falar de um festival tão diverso e com várias atrações, algumas até simultâneas, é uma tarefa difícil, mas quando voltamos nossas atenções para um dos palcos em especial, conseguimos dissertar com mais detalhes a experiência vívida, o que faremos nos próximos parágrafos.

Desde seu primeiro dia, o The Town apresentou uma curadoria impecável para o palco New Dance Order. Do funk ao techno, do experimental ao house, uma pluralidade de sons tomou conta de um dos cantos mais remotos do Autódromo. Foi ali, em nosso paraíso particular, que assistimos a shows inesquecíveis e muitas das vezes, com pouco público.

Kenya20hz | Foto: Paulo Oliveti

Logo no primeiro dia deixamos preconceitos de lado e abraçamos a música eletrônica popular brasileira, com um toque da Batekoo. Música preta e funk se entrelaçaram com trap, house e outros estilos, mostrando que a dance music vai além dos padrões. Reafirmando sua importância no cenário nacional, Tropkillaz apresentou um show digno de seus 10 anos, arrebatando nossos ouvidos e conquistando novos fãs.

Já o dia 2 de setembro, assinado pelo coletivo Carlos Capslock, trouxe a irreverência das noites undergrounds da cidade. Muita montação no palco e corpos dançantes na pista. Num dia em que sons mais clássicos tomaram conta do potente sistema de som, Paul Kalkbrenner fez um verdadeiro espetáculo, brindando um público seleto com um showcase quase particular. A excelência em forma musical.

Paul Kalkbrenner | Foto: Oliveti

O feriado de 7 de setembro amanheceu com o sol brilhando, pedindo por mais música. No New Dance Order, soul, house, sonoridades brasileiras e músicas que aquecem a alma ditaram o ritmo do dia. Ver L_cio tocando ao lado de sua mãe, Laura Schwantes, enquanto performavam a música ‘Florescimento’, nos fez sentir a música de uma forma nunca antes sentida. Era amor, traduzido em ondas sonoras.

Enquanto o público se preparava para o Foo Fighters em um ponto do festival, no outro a história da música eletrônica era vivida. Inner City e Kevin Saunderson resgataram as raízes de tudo o que conhecemos e nos apresentaram uma verdadeira aula musical. Badsista fez história ao receber Marina Lima no palco, enquanto a Mamba Negra era bem representada por Paulete Lindacelva, Valentina Luz e Cashu. A diversidade musical, explícita e exposta diante dos nossos olhos.

Inner City | Foto: RenanOlivetti

O último dia de New Dance Order fez o Autódromo ferver. Desde contatos de outro mundo, feitos por Paradise Guerrila ao encontro entre Boratto e Emerson em formato live, pudemos sentir nossos corpos sendo aquecidos e as almas preenchidas com o melhor do que pode existir na música eletrônica. O coletivo ODD, com Davis, Vermelho e Zopelar, encerrou de forma apoteótica uma maratona da mais altíssima qualidade.

Só é triste ver que um palco tão grande, em muitos momentos contou com um público bem pequeno. Ter um line-up divulgado após ingressos serem esgotados pode ter prejudicado fãs que adorariam estar ali ou quem sabe, uma logística que aproxime melhor o público geral da nossa pistinha tão amada.

De uma coisa temos certeza: cheio ou não, o New Dance Order fez da sua estreia em São Paulo, algo a ser lembrado para sempre. Te esperamos em 2025.

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Brunch Electronik estreia no Brasil com público de todas as idades

Fazendo sua estreia com ingressos esgotados, Brunch Electronik prova que música eletrônica é para todas as idades. Confira o review.

Foto: Jean Flanders

O Brunch Electronik fez seu debute no Brasil no último sábado (19), em edição que aconteceu no Parque Villa-Lobos, em São Paulo. Com ingressos esgotados para todos os setores, que incluíam áreas exclusivas para crianças, backstage e a pista, o evento recebeu mais de 3200 pessoas e viveu mais de 10 horas ininterruptas de música, além de brincadeiras, espaços de convivência e ativações de entretenimento.

Para essa primeira edição no país, a marca escolheu um line-up diverso, que passeou pela House Music com nomes nacionais emergentes, figuras consagradas e ticketsellers internacionais. Halfcab e Viot deram início às atividades, numa grande ambientação para o público, que chegava ao Parque e experimentava tudo o que o espaço tinha a oferecer, aproveitando-se do clima ameno que o dia proporcionou.

Eli Iwasa e Due voltaram a colaborar em um evento, depois de terem feito shows em BOMA e Time Warp. Foram duas horas de uma pista agitada e cada vez mais dedicada à dança, inclusive aos pequenos fãs. O aguardado encontro entre Maz e Antdot aconteceu no entardecer, já com os espaços bastante cheios – com conforto, e cada vez com mais pequenos Brunchers curtindo a música. As atividades dedicadas a eles se encerraram às 17h, depois de muita, muita mesmo, diversão.

A atração mais aguardada do evento, o alemão Claptone, assumiu a condução de um público quente, e pôde ver cenas raras, ainda que encantadoras. Crianças usavam bico de pássaro, a máscara usada por ele para manter sua identidade preservada. Com uma apresentação marcante, passeou pelos clássicos de sua enorme carreira e promoveu uma pista efervescente para HoneyLuv, expoente da House Music de Chicago que debutou no país com um set poderoso, capaz de segurar o público até o último minuto.

Ao lado de Heineken, patrocinadora máster da festa no país, o Brunch Electronik encerra sua primeira edição no Brasil com a clareza de que a música eletrônica é de todos e para todos, sem idade, sem distinção e com bons momentos em família. A marca segue no país para novos encontros, que serão divulgados em breve. As comunicações, datas e locais serão sempre informadas nas redes sociais do evento.

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C6 Fest nasce gigante, entregando experiência completa e perfeita

Realizando uma estreia sem defeitos, o C6 Fest deu aulas sobre como organizar um evento e respeitar seu público em todos os sentidos.

Underworld | Foto: C6/Divulgação

Não é raro ouvirmos falar sobre ou participarmos de novos eventos por ai afora, mas não é tão comum, quando presenciamos uma estreia digna de aplausos e todos os elegios possíveis. Foi assim, fazendo um debut impecável no calendário de eventos paulistanos (e também do Rio de Janeiro), que o C6 Fest nasceu. O festival, que ocupou durante 3 dias o Parque do Ibirapuera, deu uma verdadeira aula de organização, respeito ao público, artistas e mostrou que tem de tudo para ser um dos maiores do nosso país. Que assim seja.

Como bons clubbers que somos, não podíamos de deixar de visitar o C6 Fest no sábado, dia em que a Arena Externa Metlife recebeu a história da música eletrônica ao vivo e a cores. Para chegar lá, duas entradas foram montadas, uma de cado lado da arena, o que facilitou a chegada de todo o público. O mesmo se repetiu no Village Mastercad, espaço que abrigava os palcos Tenda Heineken e Pacubra/Tokyo. Desde o começo, o festival mostrava todo o cuidado que teria com seus frequentadores e assim foi.

Chegamos na Arena Externa bem antes da primeiro show da noite e pudemos perceber poucas pessoas transitando no espaço. Enquanto alguns achavam que aquilo era sinal de um “evento floopado”, outros aproveitavam para conhecer as opções de comida – que eram diversas; para carregar o cartão de consumo em um dos caixas ambulantes – que tinham aos montes; para tomar aquele chopp gelado em um dos vários bares espalhados e até mesmo tirar uma foto divertida na ativação do patrocinador. Bastou a noite chegar, para a multidão vir com ela e então, a música começar a tocar.

Juan Atkins | Foto: C6/Divulgação

O palco externo do C6 Fest se iluminou pela primeira vez e a história da música eletrônica começava a ser contada. Juan Atkins, o estadunidense que é um dos pioneiros do Techno no mundo, trazia para o Brasil seu icônico e reverenciado projeto Model 500. Em formato live, acompanhado de mais 2 músicos, fomos transportados para Detroit, com aquele som industrial que ganhou o mundo. No telão, projeções de cenas do filme “Metrópolis”, de Fritz Lang, tornavam a experiência ainda mais impactante.

Kraftwerk | Foto: C6/Divulgação

Uma contagem regressiva tomou conta da parede do Auditório do Ibirapuera e Krafwerk subiu ao palco. Com suas roupas tecnologicas Hütter, Fritz Hilpert, Henning Schmitz e Falk Grieffenhagen nos presentearam com uma incrível masterclass. Com hits, um atrás do outro, incluindo as lendárias ‘The Model’ e ‘Autobahn’, e até mesmo um disco voador pousando em São Paulo, o grupo mostrou o carinho e dedicação que tiveram ao montar sua apresentação para público paulistano. Um espetáculo, daqueles que vieram antes de tudo que conhecemos por música eletrônica.

Underworld | Foto: C6/Divulgação

Gritos e palmas tomavam conta da Arena ainda mais cheia. Com uma energia pra lá de contagiante, Underworld invadiu o palco, transformando o C6 Fest em uma verdadeira rave dos anos 90. Com muito techno e influências de trance e até house music, o show foi completamente apoteótico. Luzes, lasers, fumaça e com disposição de sobra, a banda enfilerou seus maiores clássicos. Quando ‘Born Slippy’ ecoou, um surto coletivo de felicidade se fez presente, momento que para muitos, ficará presente para sempre em nossas memórias.

Desde banheiros masculinos, feminos e para todes, a uma equipe de limpeza e segurança bem treinada, espaços bem distribuidos, além de outros palcos com uma curadoria de tirar o chapéu e que não vamos abordar aqui, por não termos acompanhado de perto, o C6 surgiu grande, gigante, colossal. Era como viver um evento dos sonhos, perfeito, e que a qualquer momento, pareceria que iriamos acordar e perceber que nada foi real. Pelo contrário, vivemos, sentimos, ouvimos e ainda, desejamos muito, mas muito mais. Obrigado, C6 Fest.

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Time Warp Brasil muda de lugar, mas não perde sua majestade

Realizando mais uma grande edição, mas dessa vez em um novo espaço, o Time Warp Brasil mostrou novamente que sabe fazer um grande evento.

A noite do dia 04 de maio começava a tomar forma, quando os primeiros sons eram ouvidos no Autódromo de Interlagos. A ansiedade era tanta, que diversas pessoas fizeram questão de entrar no evento logo que os portões abriram, para não perderem um segundo do que estava por vir. Entre as curvas e o asfalto característicos da Fórmula 1, clubbers eram vistos chegando aos milhares. Roupas pretas, montações e disposição de sobra, faziam parte da massa de pessoas que chegavam para mais uma grande celebração: começava o Time Warp Brasil 2023.

Com uma nova estrutura, o Time Warp Brasil mostrou-se interativo desde o início. Um corredor de telas de led e lasers davam as boas vindas ao público, que já começava a encher a galeria do celular ali mesmo. A praça de alimentação, colocada logo na entrada do evento (que ao final, estaria localizada na saída do público), permitia aquela forrada no estômago para aguentar a maratona. Ali, já conseguíamos perceber a atenção que a produção teve com a distribuição de caixas e pontos de recarga ou retirada de itens antecipados. Muitos funcionários, todos preparados para a ocasião.

Outdoor Stage

Começar o festival sendo recebidos pelo Outdoor Stage já virou tradição, que fica ainda melhor quando o palco ganha um upgrade à sua altura. Com uma estrutura maior do que os anos anteriores, além de um espaço mais amplo, lembrando uma arena, o palco cumpriu seu papel. Assistimos Mochakk fazer sua mágica; fomos transportados para a cena ballroom com Honey Dijon; Ben Bohmer tocou nossa alma de uma forma quase angelical; Adriatique não deixou ninguém ir embora e estendeu o set além do previsto, encerrando o palco com chave de ouro.

Já no Cave, a pancadaria rolou solta e capacetes foram quebrados (assim como pernas destruídas). Também numa estrutura maior do que os anos anteriores, que permitiu uma pista mais ampla, o techno e suas variantes ditou a regra. Paula Temple foi praticamente um trator, esmagando todos os presentes; Adam Beyer nos presentou com sua maestria e anos de experiência; Patrick Mason e sua irreverência conquistaram e martelaram nossa mente; Anna e Sama’ Abdulhadi uniram forças num set que entrou para a história do festival. Dois dias foram pouco.

Pensando sempre no bem estar de seu público, o Time Warp contou com diversos bares, evitando formação de filas. Áreas de descanso e uma tenda de redução de danos estava a disposição da galera, onde conseguiam até água de graça ou ajuda para uma possível bad. Tudo pensado minimamente, para proporcionar uma ótima experiência, afinal, nem só de palco se vive um festival. Se pudermos pontuar, apenas os banheiros tinham filas em determinados momentos da noite, mas algo totalmente compreensível.

É incrível ver como um evento do porte do Time Warp Brasil, consegue manter a excelência. Mesmo com o passar dos anos, a produção se prontifica a garantir um evento cada vez maior e melhor. Será que teremos um terceiro palco daqui uns anos? Só o tempo dirá. Vida longa ao Time Warp Brasil, nos vemos em 2024.

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Ultra Brasil faz retorno apoteótico no Vale do Anhangabaú em SP

Dando a volta por cima em toda onda de pessimismo, o Ultra Brasil realizou um retorno digno, apresentando um evento perfeito.

Foto: Divulgação

Após anos de espera, um velho conhecido retornou ao nosso país. Coberto de dúvidas e pessimismo por parte de muitos, foi colocando a cara a tapa e mostrando sua força, que ele se reergueu soberano sob os arranha-céus da cidade de São Paulo. O Ultra Brasil está de volta, sim senhor e mais imponente do que nunca.

O sol brilhava forte quando as atividades começaram em pleno feriado de 21 de abril. Dezenas de milhares de pessoas ocuparam, lentamente, um dos locais mais emblemáticos da história da capital paulistana, o Vale do Anhangabaú. Mesmo quando a noite entrou e o vento gelado circulou entre os corpos, o público manteve-se firme, tirando o atraso de tanto tempo longe do Ultra.

Os quatro palcos que ocuparam o Vale conseguiram transmitir perfeitamente a vibe que somente o Ultra é capaz de proporcionar. A música eletrônica, na selva de pedra, foi capaz de reunir pessoas do Brasil e até mesmo do mundo, em perfeita harmonia. Foram dois dias onde o público dançou, sem se preocupar com brigas ou segurança, um dos quesitos que mais foram questionado antes do evento. A organização estava impecável.

Foto: Divulgação

Fica difícil tentar escolher as melhores atrações de ambas noites. O Mainstage nos apresentou o melhor da cena mainstream, com Axwell e Marshmello como grandes destaques; o UMF Radio nos trouxe os grandes talentos brasileiros, entre eles Groove Delight e Volkoder; o palco Worldwide soube captar a essência plural do festival, enquanto o Resistance nos presentou com o melhor do techno, com Kölsch e Reinier Zonneveld, para citar alguns. De tudo, para todos, o festival mostrou diversidade, sem perder sua identidade.

Desde os bares espalhados por todo o espaço, aos caixas em grande número. Com dois acessos principais, para facilitar quem chegasse e saísse, alimentação e até ponto de hidratação com água gratuita, o Ultra deu uma aula sobre como fazer um retorno triunfal. Se pudermos pontuar aqui, apenas o número de banheiros, em alguns momentos, mostrou-se abaixo do necessário. Um detalhe em meio ao número de acertos incontáveis.

A volta do Ultra abre inúmeras portas para tantos outros eventos que estavam longe ou que ainda não pisaram por aqui e principalmente pelo uso do Vale do Anhangabaú como locação. A excelência como foi realizado, mostra que podemos sim, organizar grandes eventos e que quem gosta de falar mal, tem apenas inveja do sucesso que os outros podem ter.

Obrigado, Ultra e nos vemos em 2023. A cobertura completa está nos destaques do nosso Instagram.

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Em sua segunda edição, Festa Savanah mantém maestria

Nesta última sexta feira, 10 de fevereiro, rolou a segunda edição da festa Savanah, com a presença do ilustre DJ e Produtor, Black Coffee.

Depois de uma grande primeira edição no Vale do Anhangabaú em 2022, as expectativas para o evento estavam altas e a produção decidiu apostar em novo local, o Centro de Eventos João Dias.

Esta escolha acabou dando muito certo já que o local explora a dicotomia do verde da exuberante Mata Atlântica, com o cinza da construção do espaço, passando a impressão que estávamos em uma selva, bem ao meio do concreto.

 

Badaro foi o responsável por dar boas vindas ao público e começou a festa, logo depois entraram Enrico e Carmo, com um warm-up incrível que calibrou a pista com grandes sucessos como “Kare Kare – Blanka Mazimela” e o remix de Ankhoi para “Waidalal – Mr. ID Feat. Kawtar Sadik”.

Curol entrou e surpreendeu tocando muitas tracks unreleaseds  por favor, Curol e Brunn, soltem logo a Deixa Fluir ok?) com uma mixagem exemplar e realmente tocando um som forte, com seu característico Afro-house. Curol estava se sentindo muito confortável e fez um set muito energético, foi lindo ver a pista inteira cantando “Oxum”, um dos grandes sucessos da DJ mineira. Não poderíamos pedir uma abertura melhor para Black Coffee.

Falando no Sul-Africano, o nome da festa,mais uma vez, fez um set memorável. Com seus característicos 3 decks, o DJ impressionou com mash-ups utilizando vocais de grandes sucessos, como “Michael Jackson – Billie Jean” e também nomes atuais como Drake e alguns grandes clássicos do House junto com suas melodias de Afro House. Foi uma grande aula, a pista não parou por um minuto e também não faltaram grandes sucessos dele como, “Buya” e “Superman”.

Sarah Stanzel e Jessica Brankka

O fechamento ficou por conta da Sarah Stanzel e Jessica Brankka que realizaram um b2b incrível, com grandes musicas, como o remix do ARTBAT para “Monolink – Return of the Oz” e “Kiberu – Ufzag”. As brasileiras coroaram uma noite épica.

Savanah, esta virando tradição! Não podemos esperar pela terceira edição!

Siga Savanah no Instagram.

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Laroc Guarujá entrega Réveillon mágico!

Com muita música boa e serviço de qualidade, o Laroc Guarujá deu as boas vindas ao ano de 2023 em grande estilo!

Laroc Guarujá @guiurban

Praia, Música Eletrônica, Open Bar, Food, Réveillon e Laroc. Uma combinação que para muitos, parecia impossível, mas que foi nossa realidade para a virada 2022/2023, no novíssimo Laroc Guarujá. Uma experiência totalmente imersiva (e logo vamos falar disso), que merecia um review digno para chamar de seu.

créditos: @guiurban

Somos suspeitos para falar do grupo Laroc, seja pela nossa parceria de anos ou somente por sermos completamente apaixonado pelas casas de Valinhos, que agora, conta com um irmãozinho mais novo, no litoral norte de São Paulo. Com som 360 de última geração, iluminação do jeito que a gente gosta e uma estrutura impecável, o novo club segue a risca todos os protocolos de qualidade exigidos por seu público fiel e uma festa de Ano Novo tinha tudo para ser inesquecível. E foi.

Após uma chegada tranquila, mesmo não sendo de tão facil acesso, fomos logo de cara recebidos por Pricila Diaz. A artista fez um warm up impecável, dando boas vindas ao público e nos preparando para uma belíssima noite. Ashibah, com toda sua potência vocal, seguiu e nos brindou com mais uma apresentação impecável. Foi com ela que dançamos pela última vez em 2022, fechando o ano com chave de ouro.

Ashibah créditos: @guiurban

Claro que a contagem regressiva não poderia faltar, que veio acompanhada de uma retrospectiva do grupo e a emoção tomou conta do Laroc Guarujá. Logo em seguida, o carismático Bruno Martini fez as honras e saudou o novo ano. Hit atrás de hit, ele nos presenteou com uma ótima sequência, que foi seguida por Roberta Ferrato. Fazendo sua estreia no emblemático grupo Laroc, a artista mostrou para o que veio e teve a difícil missão de manter a pista acessa para o duo que viria a seguir, missão essa cumprida com sucesso.

Bruno Martini créditos: @guiurban

Falar de Goldfish é ser redundante em muitas vezes. A dupla sul-africana é sinônimo de excelência e sua apresentação no Laroc Guarujá não seria diferente. Com uma tracklist pra ninguém botar defeito, nos deram mais uma apresentação icônica e que teve como continuação, a brasileira Morgana Ferrer. Fazendo magia, a artista conseguiu manter a atmosfera lá em cima e mesmo num horário mais avançado, conseguiu prender todos na pista e nos fez dançar até os últimos minutos.

Goldfish. creditos: @guiurban

O sol já brilhava. 2023 estava entre nós e o Laroc Guarujá finalizava uma jornada de 3 dias, que só podia terminar de uma forma: sorrisos no rosto, pernas cansadas e sensação de dever cumprido. Obrigado, Laroc Guarujá, nos vemos em breve. Feliz 2023!

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Com Âme e Dixon, ODD fechou ano no ápice da diversidade

Veja como foi a festa que encerrou lindamente o 2022 do núcleo paulistano ODD

Foto: Rafael Morse

No último dia 26, a ODD teve um fechamento muito especial para um dos anos mais singulares de sua existência. Foram momentos históricos ao longo da temporada que finalmente viu as pistas de dança reabrirem, e para além do back to back inédito no Brasil entre Âme e Dixon, a edição /atmos/ foi incrível por atingir algo que parece cada vez mais utópico no país: diversidade.

Foto: Rafael Morse

Não é segredo para ninguém que um dos objetivos do núcleo sempre foi o de reunir pessoas em espaços seguros e inclusivos, e nesta edição, esse ideal chegou ao seu ponto máximo. Raros eventos podem se orgulhar de, em pleno Brasil de 2022, conseguirem reunir gente de estilos, corpos, trajetórias, classes sociais, origens e até mesmo visões políticas tão diferentes — todos unidos pela música, convivendo respeitosa e harmonicamente. A cultura das pistas de dança sempre foi sobre isso, e a ODD honra perfeitamente esse legado.

A diversidade também se viu, é claro, na proposta sonora. Em espaço inédito da Fábrica de BrinqueDDOs — locação que a label ajudou a consolidar na cena paulistana —, as duas pistas mesclaram gêneros como house, techno, disco, jungle, electro e EBM. Aberta pela residente Frontinn, a primeira pista mostrou que menos é mais com o lineup mais enxuto do ano, complementada “apenas” por Davis B2B Vermelho — cuja sinergia, cada vez mais afinada, rendeu um dos sets mais elogiados da noite — e Âme B2B Dixon.

Os alemães estavam totalmente à vontade, e durante quatro horas, mostraram por que são dois dos projetos mais conceituados e populares da house music mundial. O amor, a dedicação e a entrega que Dixon e Kristian Beyer (o DJ do Âme) têm pelo próprio trabalho são absolutamente contagiantes. Na finaleira, Davis ainda se juntou aos dois, acompanhado por uma Katrevosa que dançou e performou tanto que parecia ter se multiplicado. Já era o auge da manhã, e a impressão era de que aquela pista não esvaziaria mesmo que a festa durasse por mais 24 horas.

Foto: Rafael Morse

No outro ambiente, a diversidade era ainda mais palpável, e o seu maior símbolo foi a performance da Casa de Pimentas — coletivo da cena kiki de São Paulo, que foi um show à parte. Ocupando o palco após excelentes apresentações de Giu Nunes e do duo My Girlfriend, Félix Pimenta, que já havia performado solo na ODD anterior, trouxe o time completo, com a DJ Yúna Amayie, a chanter DG Pimenta e as performers Jô Pimenta, Lauryn Pimenta, Warlley Pimenta, Jordan Pimenta, Maria Pimenta, Vivi Pimenta e Jeff Pimenta.

Tão em casa a ponto de tocar descalço, o mineiro Omoloko executou a mescla de sonoridades com a qual virou figura chave da cena mineira, e Valentina Luz encerrou o rolê misturando discotecagem e performance. O clima de liberdade da ODD foi perfeitamente sintetizado em seu set, que foi aberto espontaneamente para a colaboração de outras DJs que estavam ali curtindo. O final de festa foi uma grande comunhão criativa, em que público e artistas se confundiam e ocupavam os mesmos espaços.

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Danny Daze incorpora house, trance e brasilidades em noite no Caos

Com uma noite que começou no house e terminou no funk, tivemos o retorno do querido DJ norte americano Danny Daze, no Caos.

From House To Disco  Foto: @RECREIOclubber

A noite de sexta feira, último dia 5 de agosto, começou quente no Caos, conceituado club underground de Campinas interior de São Paulo. Iniciando os trabalhos, a dupla feminina From House to Disco ficou responsável pelo warm up, preparando a pista para uma noite que seria emblemática para a temporada de inverno da casa noturna.

Nascii Foto: @RECREIOclubber

Já Nascii, segundo convidado, trouxe um pouco da Gop Tun, conhecida label party do circuito paulistano para dentro do galpão caótico e aproveitou a oportunidade de abrir para Danny Daze, transitando entre o house e o indie dance, com uma seleção impressionante de tracks. Também temos que destacar a importância da pista alternativa, Beco, que vem construindo a cada edição impecáveis line ups com DJs do interior paulista, tocando o bom e sincero techno até o dia amanhecer.

Danny Daze Foto: @RECREIOclubber

Danny Daze, headliner da abertura, tomou conta da cabine à partir das 4 horas da manhã. Seu retorno era muito esperado após sua passagem pelo Caos em 2019 e com as expectativas lá em cima, o produtor norte americano teve que trabalhar bastante para não decepcionar a pista. Com seu estilo único de mixagem, sempre surpreendendo a qual sonoridade iria transitar, Daze apresentou grandes clássicos da house music e também do trance, como um remix de “Three Drives – Greece 2000” para o tech house de “Martinez Brothers – Let it Go”, encaixando um bass music com “Nick León – Xtasis”, contemporâneo, moderno e imprevisível.

RHR Foto: @RECREIOclubber

Desta vez, nada de 7 horas de set, mas sem problema, para finalizar a noite o encarregado foi RHR, DJ brasileiro que tocou diversas tracks de seu recente EP “Linha de Ofício 93“, com destaque para “Na Captura“, que mescla eletro, funk, techno e que não teve problemas para manter a pista dançando, até o encerramento das atividades no local.

A próxima abertura do Caos já tem data marcada, dia 6 de Setembro, com uma edição especial da festa CLOSER, de Eli Iwasa, que ficou conhecida por apenas ter presenças femininas em sua programação. Para comandar esta edição especial, ninguém menos do que ANNA, uma das percursoras do techno nacional e que hoje assina lançamentos pela Drumcode, de Adam Beyer e pela Afterlife, de Tale of Us. Os ingressos já estão disponíveis na plataforma Sympla e você pode acessar clicando aqui.

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Adana Twins transita entre gêneros em set brilhante no Caos

Dupla Alemã estreia no Caos com maestria e proporciona uma set impressionante que percorreu por diversos estilos.

Fotos: @RECREIOclubber

Em um sábado quente, o Caos se preparava para mais uma estreia nesta temporada recheada de grandes nomes.
A abertura da casa ficou por conta de Suellen Melo. A DJ gaúcha tocou durante 3 horas, e por esse tempo proporcionou um warm-up de alta qualidade, que trouxe um afro-house com vocais de trap e funk brasileiro, fazendo aqueles que chegaram cedo dançarem bastante.

Fotos: @RECREIOclubber

A partir da uma hora da manha, Davis tomou conta da cdj. O DJ brasileiro trouxe um grande set onde aproveitou o warm-up dançante de Suellen e continuou com músicas com grooves cativantes, transitando bastante entre techno e indie dance. Enquanto isso no Beco, contamos com as apresentações de Arraya, Mary Roman e Artois, que proporcionaram uma grande sequência de house music, apresentando um belo contraste para a pista principal.

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A estreia aconteceu às quatro horas da manha. O duo alemão nos conduziu por uma verdadeira viagem na pista. Aproveitando o techno tocado por Davis, a dupla começou com uma pegada mais dark, com sons que proporcionavam uma vibe mais introspectiva e aos poucos foram acrescentando músicas mais puxadas para o indie dance, que foi o estilo que predominou na noite.

Chegando na metade do set, o duo tocou alguns de seus clássicos da época do deep house e foram evoluindo até chegarmos em algumas tracks de tech-house para incendiar a pista, como o remix de ben sterling para “mind dimension”. O set foi uma incrível jornada que resumiu bem a história da dupla, que nunca ficou preso em rótulos durante sua carreira.

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E para a finaleira da noite, tivemos o nosso querido L_cio, que se apresentou em grande estilo, trazendo sua sonoridade característica. O DJ brasileiro tocou seus principais clássicos e também as musicas de seu ultimo EP ( We Are Cats). Destaque também para o incrível remix de “Funky Green Dogs – Fired Up” que levantou o público as 10h da manha, mesmo após uma noite intensa que dificilmente será esquecida.

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O nosso próximo encontro com o Caos já tem data marcada. É no dia 05/08, na sexta feira com o retorno de Danny Daze. Para mais informações e ingressos você encontra aqui.

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