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BINARYH, dupla do techno melódico encerra turnê pelas Américas

Iniciada em fevereiro, turnê latino-americana da dupla do techno melódico Binaryh, chega a reta final com datas na Argentina e Guatemala.

No dia 13, sábado, a dupla formada por Camila e Rene faz sua estreia na cidade argentina de Tucuman. O debut se dará no aniversário de três anos da R9 Producciones, que vai rolar no Camino del Perú, 1050. Além do projeto brasileiro, os argentinos Juan Hansen, Fede Monachest e Emi Brandan completam o lineup.

É muito gratificante ver nossa carreira crescer a nível internacional tão rápido como está acontecendo. A gente sabe da força que as Américas têm e poder mostrar nossa música para esse público, tão apaixonado por música eletrônica, é um privilégio que conquistamos com muito trabalho. Tivemos a chance de conhecer muitas pessoas novas e nos surpreende saber que o carinho é o ponto em comum de culturas tão diversas espalhadas pelo nosso continente.” revela BINARYH.

Já no dia 27, outro sábado, a tour se encerra em grande estilo no Empire Music Festival, no que será a primeira vez do BINARYH na Guatemala. Na cidade de El Jocotillo, o festival apresenta nomes como Afrojack, Benny Benassi, Giorgia Angiuli, Matthias Tanzmann e Paul Van Dyk — para quem os brasileiros farão a abertura.

Encerrar essa primeira tour de 2024 estreando na Guatemala nos deixa muito animados. Será uma honra tocar no mesmo palco que a lenda que é Paul Van Dyk e com certeza entregar a pista pra ele é algo que nunca imaginaríamos acontecer na nossa trajetória. Já recebemos muitas mensagens do público comemorando que seremos os primeiros artistas do Afterlife a tocar no país, então nossos corações já estão quentinhos com a receptividade dos guatemaltecas.” celebra o duo.

Depois de uma virada de ano inesquecível na edição chilena da Afterlife, Camila e Rene engataram a atual turnê no dia 10 de fevereiro, na festa Non Stop The Madness, em Cochabamba, Bolívia — evento que contou com nomes como Steve Aoki, Claptone e Ubbah.

Posteriormente, o duo passou pela Elysium Summer Edition (Mendonza, Argentina), onde dividiu lineup com ANII e Santiago RossiAfterlife São Paulo (que contou com Tale Of Us, Cassian B2B Kevin de Vries, ANNA, Omnya, Anyma e MRAK); e Bunker Patio Mayor (Santiago do Chile).

Mais informações, siga Binaryh no Instagram clicando aqui.

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Desthen: buscando novos objetivos e sonhos; falamos com o duo

Formado por Antônio e Caique, amigos se conheceram no Tomorrowland e firmaram um projeto para a vida, o Desthen, que conversou com a gente.

Desthen | Foto: Fernando Sigma

Quase um ano atrás, o duo de Melodic Techno Desthen aparecia por aqui dando algumas dicas de criação de ambiências com pads em nossa coluna Tech. O tempo passou, novas conquistas foram alcançadas e novos objetivos também foram traçados. Hoje, Antônio e Caique — que se conheceram logo após uma edição do Tomorrowland — estão bem mais maduros do que quando iniciaram o projeto, por volta de 2016/17, então os convidamos para um bate-papo com o objetivo de inspirar tanto novos artistas, como também apresentá-los para os amantes do Techno Melódico e Progressivo.

Beat for Beat – Olá, dupla! Tudo bem? Vocês já estão com pouco mais de 5 anos de projeto, como tem sido essa trajetória até aqui? O que tem sido mais desafiador para vocês dois?

Desthen – Oi, pessoal! Tudo ótimo aqui. Então, tem sido uma trajetória muito desafiadora e cheia de surpresas. Alcançamos alguns objetivos além do que esperávamos desses 5 anos de carreira, e foi muito gratificante. Manter a perseverança nos momentos difíceis certamente é o mais desafiador. Lidar com a falta de gigs em certas fases e encontrar um bom posicionamento no mercado… Quando se encontra o caminho, é mais tranquilo passar por isso de forma resiliente.

B4B – Ambos ainda levam a música de forma paralela, certo? Quais as ocupações de cada um no dia a dia? Como buscam organizar a rotina para dividir o tempo com o projeto? 

Desthen – O Antônio trabalha no departamento pessoal de uma agência de empregos e eu, Caique, sou gerente de uma Funilaria e Pintura. É bem complicado conciliar ambos dentro do dia a dia, pois nos sobra pouco tempo durante o horário comercial. É pela noite em que colocamos praticamente tudo em prática, conseguimos focar na média de 5h por dia, nos dividindo entre os dias de produção, aprendizado, mercado e as gigs claro.

B4B – As referências de vocês sempre foram as mesmas desde o início? Considerando o Techno Melódico e o Progressive House como base da identidade sonora atual de vocês, quais nomes são as grandes inspirações de cada um? 

De início não era muito não (risos). Hoje está bem mais semelhante, apesar de termos nossos gostos particulares, é bem ajustado. Para sermos sinceros hoje o progressive não nos atrai muito como era no início do projeto, mas temos as seguintes referências:

Caique – Progressivo: Guy J e Melodic:  Argy

Antônio – Progressive: Hernan Cattaneo e Melodic: Dahu

B4B – Quais foram os objetivos que vocês traçaram e conquistaram até aqui? E aqueles que ainda estão no plano para serem alcançados, a médio e longo prazo?

Desthen – Já alcançamos alguns objetivos que foram bem significativos para nossa carreira como o Ame Laroc Festival estreando a ‘Bass Bike’, D.Edge e alguns lançamentos em gravadoras como Prototype e Deep Tales que teve uma grande relevância no exterior alcançando boas colocações no Beatport. Porém, é claro, ainda tem uma longa caminhada até outros clubes no Brasil e no exterior. Estamos trabalhando pra isso!

B4B – A gig no Ame Laroc Festival realmente deve ter sido especial… quais outros clubs e festivais vocês almejam tocar pela frente? 

Desthen – Foi extremamente especial e gratificante, sem palavras. Temos muitos, tanto no Brasil quanto no exterior hahaha, mas podemos citar o Próprio Ame Club, Caos, Green Valley, Warung, Ressonância. No exterior podemos citar Crobar, The Loft, Hi Ibiza, Ushuaia, Burning Man, Tomorrowland, Kappa, Afterlife, Time Warp, Awakinings, Untold e todos os outros que todo artista da vertente almeja hahahahaha.

B4B – E como vão os trabalhos de estúdio? Os últimos lançamentos já fazem alguns meses… o que está engatilhado para vir a seguir? 

Desthen – Estão indo bem, está dando para focar bem ultimamente. Temos algumas tracks prontas para serem lançadas logo mais em uma gravadora brasileira pela qual temos uma grande admiração e outras tracks prontas para serem enviadas, então nos próximos meses esperamos compartilhar com vocês essas novidades!

B4B – Inclusive, o Free Download do edit para ‘Empire Of The Sun’ bateu a marca de 5k plays no Soundcloud… vocês pensam em seguir promovendo música nesse formato? 

Desthen – Ficamos extremamente surpresos com esse Edit e a marca de plays que ele atingiu tivemos bons feedbacks nele, foi um lançamento de muita relevância e importância.

Pensamos sim, tendo em vista que a galera abraçou super bem, pretendemos esporadicamente lançar conteúdos como esse, inclusive estamos trabalhando em um!

B4B – Nas plataformas digitais, vocês também têm atraído alguns novos ouvintes e fãs com o trabalho de vocês. O que vocês acham que é necessário para se diferenciar de tantos outros projetos que surgem na cena? 

Desthen – Sim, aos poucos nossos ouvintes vem crescendo e estamos muito felizes com esses resultados. Estamos focando ao máximo em consolidar nossa sonoridade e cada vez mais fugir de produções óbvias e buscando passar ao máximo nosso propósito e verdade.

B4B – Para finalizar, um bate-bola rápido: b2b dos sonhos?

Desthen – Fideles

B4B – Uma track atemporal…

Desthen – Café Del Mar (Tale Of Us Remix)

B4B – O que nunca falta em um set do Desthen? Obrigado!

Desthen – Pesquisa Musical para ter novidades fora da caixa!

Siga Desthen no Instagram.

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Lançamentos

BLANCAh retorna à HIATO com EP ‘Night Spells’

EP de BLANCAh, lançado pela HIATO conta com 4 músicas inéditas que tem, inclusive, suporte do Tale of Us no Awakenings!

Precursora do movimento techno melódico, que hoje se estabelece como um dos mais populares da e-music, para muitos, BLANCAh é considerada a rainha do melódico no Brasil, e mesmo portando este título, ela não se cansa em inovar a cada lançamento seu. Na última sexta-feira (12), BLANCAh apresentou o EP ‘Night Spells‘ pela sua gravadora HIATO, que conta com pitadas experimentais nas quatro faixas inéditas.

Segundo BLANCAh, ‘Night Spells’ nasce de uma busca por resultados menos focados em harmonias complexas e sim por resultados mais sintéticos. Entendendo que a HIATO é “sua casa”, e que tem liberdade criativa para se expressar e experimentar novos caminhos, BLANCAh fez de seu estúdio um laboratório, e de seus processos criativos uma leve diversão.

“Para este lançamento busquei um jeito de compor mais enxuto, tentando tirar o máximo de menos elementos. Night Spells nasceu em uma noite em que eu testava o plugin “granulator” alimentando-o com um sample de vocal lírico. Partindo daí todo a idéia da música surgiu. UpsideDown, Paranoid e Running in Circles surgiram num momento em que eu estava obcecada por fazer músicas explorando subidas e descidas de escala inspirada por artistas de techno japonês“, conta BLANCAh.

O EP, lançado na última sexta-feira (12), já nasce com suporte da dupla italiana Tale of Us, que tocou a faixa ‘Paranoid‘ no Festival Awakenings. A faixa que da título ao EP ‘Night Spells” já faz parte do chart ‘Best New Melodic House & Techno’ no Beatport.

Você já pode ouvir “Night Spells” de BLANCAh na sua plataforma preferida ou garantir sua cópia acessando este link.

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Innervoix, o artista que apresenta formas enigmáticas e introspectivas

Com influências do Techno Melódico, House Progressivo e Psytrance, Innervoix se manifesta através de nuances enigmáticas e introspectivas.

por Isabela Junqueira

Com paixão despertada nos saudosos anos 2000, Daniel Lemes buscou formas de desobstruir o amor, criatividade e ânsias profissionais com a música eletrônica, o que o conduziu a criação do Innervoix.

Guiado por influências do Techno melódico e House progressivo com pitadas de Trance, o produtor garantiu uma assinatura musical viabilizada através de nuances e texturas enigmáticas e introspectivas — o que nos levou a convidá-lo para essa entrevista.

Beat for Beat – Olá Daniel, como vai? Como surgiu o nome Innervoix e como ele encaixa para transmitir seu caráter musical?

Innervoix – Olá, tudo bem, é um prazer imenso falar com vocês. O nome surgiu em alusão à voz interna (inner voice). Há três anos atrás, eu estava vivendo uma fase da vida em que estava buscando outros objetivos profissionais, mas no fundo sempre pintava aquela dúvida se o que buscava era realmente o que queria para minha vida e se seria feliz com aquilo. Tive vários momentos de reflexões e em um deles uma voz interna me questionou: “por que você não faz aquilo que sempre sonhou?”.

Imediatamente, como uma resposta, me veio a música eletrônica na mente. Sempre tive uma paixão enorme em ouvir e sempre tive vontade de produzir música eletrônica, mas nunca tentava por achar que isso não era para mim, que tinha de ter um dom, e como nunca fui músico sempre que a ideia ressurgia desistia logo em seguida por não se sentir capaz. Mas neste período a voz interna foi persistente e acabei mergulhando neste desafio. Além do nome ter surgido dessa forma, ele transmite a minha essência, pois tudo que procuro em minhas produções vem do meu interior, daquilo que realmente gosto.

E você emerge dos conquistados pelos anos 2000, em uma leva muito ligada ao Psy Trance. Como surgiu o interesse pelas texturas mais sutis e melódicas da música eletrônica alternativa? Foi gradual?

Innervoix – No início da adolescência gostava de ouvir uma linha mais comercial até que no meu último ano de escola alguns amigos me apresentaram o Psytrance. Aquele som psicodélico e cheio de melodias me pegou logo de cara. O interesse no som foi tão grande que em pouco tempo já estava transitando por fóruns e comunidades de downloads na internet para descobrir novos artistas. Fiquei um bom tempo só ouvindo em casa, até porque não tinha idade ainda para frequentar as festas raves, que no momento estavam explodindo pelo Brasil e ganhando cada vez mais força.

Depois que finalmente tive a oportunidade de ir à primeira festa rave tive a certeza que aquele tipo de música tinha virado uma paixão. Foram bons anos sendo meu gênero favorito, mas com o passar dos anos e o surgimento de novas tendências na música eletrônica fui desacelerando o BPM, passando por outros gêneros, até que cheguei ao techno.

Quais características do Trance você busca aplicar na sua música?

Innervoix – Me inspiro muito no groove agressivo e nas melodias hipnóticas e introspectivas. Acredito que são características que conseguem prender o ouvinte à faixa mesmo a maioria delas sendo longas.

Fala um pouco sobre suas referências e como você sente que elas te influenciam com o projeto.

Innervoix – Costumo dizer que um artista sem referência nunca saberá o caminho que deve seguir. Acho importantíssimo analisar não só as produções, mas também a forma de lidar com a carreira, de como se expressar e interagir com o público. Tentar entender esses aspectos dos artistas que são referências ajuda muito na nossa evolução.

Como já dito, tenho muitas referências no psytrance, mas além delas também procuro muitas no melodic techno, no progressive house e no techno peak time. Sempre busco aplicar nas minhas produções aqueles elementos que me chamam atenção quando ouço uma faixa e após analisá-las começo a testá-las. Tento sempre modelar minha identidade através dessa mescla de características de diferentes gêneros.

 

Se você estivesse na frente da sua maior referência musical e ela se disponibilizasse para tocar uma faixa sua, qual você escolheria?

Innervoix – Escolheria uma track recém terminada, mas como ainda não foi lançada e ainda é surpresa, no momento escolheria a ‘Hope’.

Como foi seu último ano e como têm sido atualmente para você, com o retorno das atividades?

Innervoix – Apesar de tudo o que ocorreu no mundo, o último ano foi incrível para o meu projeto. Tive meus primeiros lançamentos e obtive bons feedbacks, com bons desempenhos nas plataformas digitais, e ainda fiz amizades com muitos outros artistas que também estão no mesmo objetivo. Só tenho a agradecer.

Atualmente venho de um pequeno hiato de lançamentos, mas foi por uma boa causa, estive estudando muito para melhorar a qualidade das produções e durante este período produzi muitas músicas novas, que começarão a sair nesse segundo semestre. Além disso, tive treinando também discotecagem, algo que ainda não praticava, pois iniciei o projeto apenas como produtor, e, agora com o retorno das atividades, espero iniciar minhas primeiras gigs.

Para finalizarmos, complete a frase. A música do Innervoix é… Valeu pelo papo!

Innervoix – Intensa! Se for pra resumir em uma palavra, eu diria que é essa! Portanto, podem esperar muita intensidade e muita energia nas faixas. Eu que agradeço o papo e até a próxima 🙂

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Lançamentos

Mary Mesk apresenta sua nova track ‘Midgard’ pela Mesk Records

Apostando em timbres analógicos, Mary Mesk apresenta sua nova track, ‘Midgard’, que sai pela sua gravadora Mesk Records. Confira agora!

Trazendo uma mensagem positiva de prosperidade, ‘Midgard’ é uma produção dinâmica de Mary Mesk. A DJ e produtora paulistana, que está cada vez mais próxima do seu 1 milhão de plays nas plataformas digitais, utilizou poucos elementos em sua nova track e, ainda assim, focou para que cada um deles tivesse sua assinatura.

Fortalecendo cada vez mais o repertório da Mesk Records, a responsável pela label trabalhou em ‘Midgard’ com timbres analógicos clássicos. Utilizando um baixo energético, pad no estilo vox e arp sequence. “A melodia foi inspirada no que estou ouvindo nesse momento”, conta Mary.

Enquadrando-se nos gêneros Melodic House e Techno, assim como seus recentes lançamentos ‘The Way’‘Shantala’ e ‘Breeze’ – que já acumulam mais de 860 mil plays -, ‘Midgard’ entrou para a lista de músicas que queremos escutar nas pistas, assim que elas retornarem ao normal. Estamos todos ansiosos por este momento.

Mary Mesk e sua label não param por aí: “Podemos esperar muitos lançamentos pela Mesk Records, muitas novidades estão por vir”. Se eu fosse você, corria para conferir ‘Midgard’ de Mary Mesk, já disponível nas principais plataformas digitais, pela Mesk Records.

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Mainstage

Daio Ruan aposta no Melodic Techno e abre 2021 com novos lançamentos

Iniciando o ano de 2021 com força total, Daio Ruan lançou uma série de singles nos últimos dias, apostando no Techno Melódico.

por Ágatha Prado

Se você é um bom apreciador das faces melódicas do Techno e do House, esteja preparado para ouvir as novidades vindas diretamente do eixo centro-oeste do cenário nacional. O responsável é Daio Ruan, produtor cuiabano e label boss da gravadora Daio House & Friends.

Iniciando o ano de 2021 com força total nos trabalhos de estúdio, Daio lançou uma série de singles nos últimos dias, expressando uma linguagem poderosa através de sua assinatura que mistura harmonia, atmosferas sonhadoras e ao mesmo tempo uma pegada enérgica para a pista de dança.

Eye‘ e ‘Wasting Time‘ abriram os trabalhos de Daio deste ano, estampando o catálogo do seu próprio label e mostrando ao cenário brasileiro que o artista chegou com força e motivação. Na sequência, o produtor emplacou também ‘Farigni‘ que explora a sensibilidade melódica entre sintetizadores vibrantes e vocais envolventes.

E os trabalhos de Daio não param por aí. Até o fim de março o artista já tem programado outro single de peso, intitulado ‘Heliotrope Garden‘ mostrando a profundidade de seus experimentos dentro do Melodic e Deep House. Aumente o volume e confira o trabalho do artista:

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Review

Mary Mesk nos guia por uma viagem em Ibiza no álbum ‘Living Places’

Apresentando pela primeira vez um álbum autoral completo, Mary Mesk nos guia numa completa viagem por Ibiza durante 15 faixas. Confira nosso review:

Mary Mesk

A força feminina está cada vez maior na cena eletrônica nacional e uma das artistas que mais se destacam, é com toda certeza a paulistana Mary Mesk. Mariana Mesquita, o nome por trás do projeto, transformou o caótico ano de 2020 num verdadeiro divisor de águas em sua carreira e o resultado disso foram as realizações de dois grandes sonhos: o lançamento de sua própria gravadora, a Mesk Records e seu primeiro álbum autoral, o ‘Living Places‘.

Mary é uma artista relativamente nova na cena, com 5 anos de estrada, mas que foram intensos e cheios de aprendizado. Após 1 ano de produção, a artista entrega seu debut álbum, que é uma verdadeira viagem a Ibiza, um dos destinos mais cobiçados pelos amantes de música eletrônica de todo o mundo. Durante as 15 faixas, somos transportados para um mundo de sons e experimentações, que refletem as vivências da artista e sua paixão pela dance music.

“Ibiza sempre foi o destino que mais me atraiu, com a perfeita combinação entre música e natureza que faz meus olhos brilharem e meu coração bater mais forte. Resgatei minha essência sonora, que representa meu íntimo como artista. O álbum é a síntese de tudo que vivi e estudei, minha jornada como pessoa e profissional”, revela Mary Mesk.

Passeando entre o progressive house, o techno melódico e até mesmo o afro house, ‘Living Places’ traz uma gama de timbres bem trabalhados e que nos enchem de vontade de uma festa. “Quis trazer o máximo de referências das timbragens que mais gosto e acredito serem o que as pessoas querem escutar para dançar” diz Mary. A track de abertura, ‘Pacha‘, é uma belíssimo início de trabalhos. Linhas progressivas bem construídas e batuques africanos ditam o “feeling” do álbum que está por vir.

Pacha

Já em ‘DC10‘ podemos já experimentar um lado mais obscuro da artista, que trabalha linhas mais profundas, com notas mais graves e uma textura envolvente. Em ‘És Vedra‘ somos hipnotizados pela energia magnética da ilha que dá o nome a música. Uma vibe esotérica, transformadora, preenche os ouvidos e nos fazem ter uma experiência quase mágica.

Ushuaïa‘ é a primeira das 4 músicas que nos levam direto para o after mais próximo, com aquela sonoridade perfeita para o nascer, elementos melódicos e afro house, caracterizados pelos tambores e percussões. Basta fechar para sentir a energia do astro rei aquecendo, envolvendo e o mesmo acontece nas tracks ‘Privilege‘, ‘Sankeys‘ e ‘Domenicus‘. O misticismo se faz presente em forma de canção.

Em ‘Hï Space‘ somos preenchidos pela mistura do techno melódico com progressive house, que resulta numa sonoridade única, assim como o club, que hoje é considerado um dos melhores do mundo. ‘For The Sun‘ segue pela linha mais densa do techno e nos leva para o pôr do sol mais próximo. É possível sentir a força dos últimos raios do dia percorrem seu corpo, dando boas-vindas a noite que está por vir. Uma experiência sensorial de tirar o fôlego.

O álbum, que conta ainda com as tracks ‘Dark Places‘, ‘Amnesia‘, ‘Empty Streets‘, ‘Marat‘ e ‘Take Away‘, encerra sua viagem pela ilha espanhola com ‘Cocoon‘. A track traz um estilo mais percussivo e faz referencias aos morados de Ibiza, que se encontram em praias locais para “batucar”. A música é perfeita para encerrar a viagem, diminuindo um pouco o ritmo e suavizando os timbres, perfeita para aquela despedida, mas que deixa um gostinho de quero mais. Muito mais!

Abaixo, escute o álbum na íntegra e siga Mary Mesk no Instagram.

 

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5 novas gravadoras de Techno melódico que devem estar no seu radar

Ortus, DJ, produtor e head da Real Supernova, apresenta alguns selos de techno melódico que estão fazendo um bom trabalho nos primeiros anos.

Ortus

Seguindo o crescimento exponencial do Techno nos últimos anos, a estética mais melódica da vertente vem ganhando cada vez mais espaço nos cases e nas bibliotecas digitais. Nomes como ARTBAT, Tale Of Us, Fideles, Yotto e Mind Against são alguns dos maiores representantes no atual momento do cenário, explorando muito bem as melodias nas tracks que produzem.

Mas além dos grandes produtores e labels super prestigiadas, gravadoras menores também  tem realizado um excelente trabalho contribuindo para o crescimento do estilo. Ortus (BR) é um DJ e produtor de São Paulo que há alguns meses deu início a sua gravadora, Real Supernova, focada especialmente no Techno Melódico — ouça o último single lançado por lá, ‘Solis’, assinado pelo próprio:

Como headlabel, está sempre atendo às novidades e de olho em artistas e gravadoras que estão fazendo um trabalho diferenciado. O convidamos então para fazer uma seleção de 5 novas labels — há menos de dois anos na indústria — que estão mantendo a consistência de bons lançamentos para que você acompanhe e deixe no seu radar:

Blackrose Rec.

Gravadora do Erly Tepshi, com pouquíssimos lançamentos e muita qualidade em todos.

Transensations Records

Gravadora do meu amigo Pedrada, que vem se destacando muito ultimamente. Releases fortes que chegaram inclusive nas mãos do Tale Of Us.

Prototype

Gravadora dos amigos r4ne e Colussi, com uma identidade visual e musical excelente, desde o começo lançando grandes nomes do panorama nacional. Minha música “Synergy” foi lançada no VA que acabou de sair.

Radikon

Gravadora de Berlin idealizada por Jonas Saalbach e David Guzy. Com uma identidade muito própria, tem grandes nomes lançados e sempre sons diferentes, “fora da casinha”.

Infinite Depth

Gravadora da Holanda, fundada em 2018, chegando agora ao 20º release. Já conta com grandes nomes do Melodic Techno, como Jaden Raxel, Alberth, Esoteric Circle, Senses Of Mind e outros. Ultimamente vem conseguindo suportes gigantes da galera da Afterlife.

Pra fechar essa incrível seleção, nada melhor do que o próprio Ortus num set especial, gravado recentemente para a Prisma Techno, com produção impecável:

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Assista a experiência audiovisual de Annëto no projeto Strawberry Moon

Com produção impecável, o brasileiro Annëto apresentou o projeto “Strawberry Moon”, com músicas inéditas e estrutura impactante em cima de uma montanha.

Annëto | Foto: Strawberry Moon

É difícil encontrar um apaixonado por música eletrônica que não esteja sentindo falta de eventos super-produzidos, com aquela experiência visual de cair o queixo. Em um momento de reclusão, o jovem produtor Annëto encontrou uma forma ousada de mostrar suas músicas autorais, e levou a produção audiovisual bem a sério. O projeto o “Strawberry Moon” é o espetáculo em que o artista trabalhou nos últimos meses, com o intuito de proporcionar uma experiência impactante a quem está em casa distante dos eventos, sedento por boas estruturas e transmissões de qualidade.

Com um set 100% autoral e nutrido com 18 faixas inéditas seguindo um conceito musical criado ao longo de meses de estudo e muita pesquisa – Annëto está finalizando a faculdade de produção musical no Anhembi Morumbi – e transitando entre sonoridades do techno melódico e progressive house, “Strawberry Moon” nasceu repleta de efeitos especiais – e também é o nome da futura label que lançará as produções que ele nos apresentou. Em uma área aberta, aclarado pela luz do eclipse e da “Strawberry Moon” que aconteceu bem na data da gravação – e que dá nome ao projeto -, Annëto tocou suas músicas em um show de 1h30 de duração disponibilizado no Youtube.

Tochas representando o público | Foto: Rubens Cerqueira

Já que não houve público físico, o goiano visou proporcionar um show audiovisual inovador, que equipara-se aos mais sofisticados festivais, mas com transmissão digital à audiência online e 200 tochas no local representando o público.

Ao mesmo tempo em que foi uma sensação de sonho realizado por ter conseguido criar uma experiência totalmente diferente, foi também uma forma de matar a saudade de tocar, de sentir que estava em um evento, a energia da pista, e eu espero que as pessoas consigam sentir um pouco da emoção contagiante que eu senti no momento”, afirma Annëto, que vinha em uma crescente antes da pandemia – já tendo se apresentando em pistas como Laroc Club, UP Club Brasília e Green Valley Tour – e, como todos os artistas, precisou sair da zona de conforto.

A iniciativa, que representa a ânsia do produtor em seguir levando novas experiências ao público somatizado ao conceito musical em que ele acredita, o levou a criar um projeto de fato inovador e também, a se reinventar em tempos de crise. Confira abaixo o show na íntegra:

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Descubra

Descubra: Vicius

Com apenas 18 anos, o DJ e Produtor Vicius já acumula grandes feitos e hoje, ele é o convidado especial da nossa coluna Descubra.

O talento não tem idade e o DJ e Produtor de Campinas, Vicius, é prova disso. Mesmo com pouco tempo de carreira, o artista carrega a música em suas veias desde muito cedo, o que o levou a conseguir feitos incríveis para um produtor de 18 anos. Com track lançada por uma importante label, passagem por importantes clubs e até mesmo um evento próprio, ele é o novo personagem da nosso coluna. Descubra: Vicius.

Beat for Beat – Oi Vicius, tudo bem? Muito obrigado por topar conversar com a gente. Você é um artista bem jovem, mas que já tem muita história pra contar. Como foi que você começou seu caminho na música eletrônica? O que ou quem te inspirou a tentar o tão desejado lugar na cena?

Vicius – A minha história com a própria música começou muito cedo. Eu toco piano desde os 4 anos, mas há uns 3 anos atrás eu decidi que queria ser DJ como um hobby, mas terminei me apaixonando pela música eletrônica, e decidi que queria ser produtor musical também. Eu demorei um tempo pra me identificar com algum gênero. mas no começo do ano passado eu fui em um masterclass do Renê Castanho, do Binaryh e terminei me identificando muito com o som deles. Hoje além deles, tenho referências como Øostil, Mind Against, entre outros.

Você lembra da sua primeira gig? Qual foi a sensação de subir ao palco pela primeira vez e encarar uma pista te esperando?

Vicius – Lembro sim. A minha primeira gig foi uma experiência que nenhum dj gosta de passar, mas precisa… que é tocar pra uma pista praticamente vazia. É uma lição de humildade. Mas mesmo assim, eu me diverti muito, e independente de ser uma pista vazia ou cheia, uma boa pista é uma boa pista.

E o E-EDGE? Conte pra gente a experiência de estrear num clubs mais respeitados do Brasil e do mundo…

Vicius – Eu não tenho nem palavras pra descrever a minha estreia na D-EDGE e para agradecer pela oportunidade. Foi uma experiência incrível tocar para aquela pista cheia, e principalmente, para um público incrível daqueles. Ouvir os gritos ao tocar uma música autoral é indescritível.

Vicius no D-EDGE

Você é um artista que explora diversas sonoridades, buscando romper barreiras na hora de criar música. Como é o processo criativo de uma track sua? Onde você começa a pesquisa e como vai desenhando todos os aspectos da track, até seu resultado final?

Vicius – O meu processo depende muito do dia. Tem dias que eu estou muito inspirado e basta sentar na frente do computador que a coisa simplesmente flui. Mas muitas vez eu procuro me inspirar através de sets dos artistas que eu citei acima. Eu acho que o mais marcante em todas as minhas tracks são os breaks, então eu me debruço sobre este break e não paro de mexer até que ele fique perfeito e que eu tenha certeza de que vou receber uma resposta ótima da pista.

Emoção e poesia são adjetivos que podem ser usados para descrever sua música. Você encontra na música, uma grande forma de se auto expressar. Existem momentos marcantes em sua vida pessoal que você já traduziu ou pretende transformar em uma canção? 

Vicius – Eu comecei a produzir em um momento muito obscuro da minha vida e a música me ajudou a expressar o que eu sentia. Então, eu acredito sim que tenha muito da minha personalidade e da minha história nas minhas tracks.

Sua carreira como produtor musical é recente e logo de início, você começou numa grande label brasileira, a Prisma Techno. Como surgiu o convite para lançar por eles e qual a história por trás de ‘IO’?

Vicius – A IO surgiu em um daqueles dias de muita inspiração. Eu comecei pelo kick e o bassline que tem bastante groove, a partir daí, a música fluiu, e eu comecei a elaborar as melodias. Os pads são bem espaçados e te levam por uma viagem, e quando o kick e baixo entram, eles te puxam de volta. Assim que terminei ela, enviei ao Thito, torcendo pelo melhor e pouco menos de 1 mês depois ele me chamou pra lança-lá no VA de começo de ano da Prisma.

Falando um pouco sobre responsabilidade social, você é idealizador do Changing Melodies. O que te motivou a criar um evento solidário e sustentável?

Vicius – Eu acredito que essa responsabilidade social é algo que todos deveriam ter e que é o dever de todos que tem condições, ajudar quem não tem. Por isso, a cada edição do festival eu escolho uma ou duas ONGs, a partir do contexto vigente, para as quais todos fundos serão revertidos, além é claro de produzir o mínimo possível de lixo a cada edição o que também é um grande problema dos festivais de música.

Você acha que a juventude de hoje, será a grande responsável por mudanças significativas no mundo, como o seu festival? Como é fazer parte de uma geração mais politizada?

Vicius – Eu tenho uma visão otimista para essa geração e quero contribuir para isso através da música. E eu acho ótimo fazer parte de uma geração que busca mudança, pois seria muito mais difícil estar inserido em um contexto no qual eu não me identifico com os ideais.

Pra finalizar, o que o 2º semestre reserva na carreira do Vicius? Obrigado!

Vicius – Para o 2º semestre, eu já tenho um EP agendado com a Prototype e um remix do L_cio, além de muitas músicas no forno, e possivelmente futuros releases. Quanto a gigs, ainda é muito incerto devido a nossa situação atual.

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Moving D – EDGE Special Set by Vicius

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Binaryh está de volta com novo EP e Masterclass online

Novo lançamento do Binaryh, ‘Stellar Wind’, lançado pela Three Hands Records, tem música com suporte do duo Tale of Us. Escute:

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Pineal mostra um lado mais melódico em sua nova track, ‘Søker Horisoten’

Expandindo seus horizontes e experimentando novas sonoridades, Pineal apresenta seu novo lançamento, ‘Søker Horisoten’, pela label 4BT.

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