Categorias
Descubra

Descubra: Lucci Minati

Confirmado no Abstract Festival e destacando-se na cena do Tech House brasileiro, conversamos com Lucci Minati. Descubra esse talento!

Recentemente, falamos aqui sobre Lucci Minati, um nome promissor do Tech House nacional que tem se destacado principalmente pelas suas produções autorais, alcançando um alto número de plays no Spotify. Mas a gente decidiu ir mais fundo. Aproveitando que em breve ele será uma das atrações do importante Abstract Festival, que rola dia 13 de maio em Goiânia, o convidamos para nossa coluna DESCUBRA onde revisitamos seu passado, sem deixar de destacar alguns motivos do porque você deve vê-lo em ação em qualquer oportunidade:

Beat for Beat – Fala, Lucci! É um prazer tê-lo aqui para esse bate-papo. Vamos voltar um pouco no tempo… nos conte quando e como você começou a trilhar o caminho da música eletrônica?

Lucci Minati – Eu comecei frequentando um clube aqui em Goiânia que se chamava SEDNA. Tinha dois amigos que eram sócios do clube e ajudava eles a divulgar o rolê, até lista ajudava fazer, mas fazia porque gostava, nem sabia que isso era trabalho de promoter. Logo comecei a frequentar festas e festivais e em 2019 comecei a tocar.

Fui arrumando umas gigs aqui e outras ali, mas nada demais. Aí então percebi que tinha que aprender a produzir, fiz vários cursos… até hoje eu estudo e compro curso. Consegui bons resultados logo nos primeiros lançamentos, mas o que ajudou demais no início foi um contest que participei do Chemical Surf. Me deu uma puta de uma visibilidade então tenho a agradecer a eles. Eu não cheguei a ganhar o contest, mas para mim fui o vencedor! Logo as pessoas começaram a me ver e os contratantes também, aí é que as gigs começaram de verdade!

B4B – Podemos dizer que o seu crescimento na cena foi relativamente rápido. Em pouco mais de dois anos você já conseguiu bons suportes, ótimos números no Spotify e gigs importantes. Ao que você considera isso?

Lucci Minati – Trabalho constante, um dia após o outro. Eu escuto muito a galera que tá mais tempo no rolê, talvez até se eu tivesse escutado mais, estaria melhor. Sou um pouco teimoso, rs. Mas a gente dedica e as coisas dão certo. Então escute quem tem mais experiência que você no rolê, essas pessoas vão te apontando as pedras do caminho.

B4B – A base do seu som é o Tech House, mas ouvindo suas produções e mixes vemos que você incorpora outros estilos também. Nos conte sobre suas referências e principais aspectos que você busca imprimir para criar sua identidade?

Lucci Minati – Na verdade eu sou muito fã de Camelphat, mas eu curto mais o rolˆ deles antigo. Eric Prydz, Cyrez e Pryda… Também escuto muita coisa antiga, como Daft Punk e Giorgio Moroder. Em alguns momentos eu gosto de ouvir Mamonas Assassinas e Gabriel Pensador. O som desses caras é muito divertido, música é diversão!

B4B – Falando em identidade, no final do ano passado você lançou o EP ‘Freak Out’ pela Distortion, que já teve suporte até do R3WIRE. O que esse lançamento representa pra você?

Lucci Minati – Foi legal demais! Quando recebi o suporte, não tinha assinado a track ainda e muitas labels me procuraram. Porém, no começo de 2022 eu tinha mandado track para a DISTORTION. De momento eles não me deram resposta, mas depois desse suporte eles me procuraram e assinamos um EP. Assim ficamos mais de mês no Top 100 do Beatport, foi muito bom! Simplesmente tudo tem a hora certa de acontecer.

B4B – Outra música que fez muito sucesso — e que está batendo quase 1M de plays — é a ‘Never Stop’, de 2021. Você ainda tem tocado ela nos seus sets? Ela ainda conversa com o seu estilo de som atual?

Lucci Minati – Hoje eu toco uma versão VIP dela. Essa versão VIP é minha queridinha, sou ciumento, essa só eu que toco (risos).

B4B – E o que mais podemos esperar pela frente em questão de lançamentos?

Lucci Minati – Na questão dos lançamentos, estão mais pontuais. Estamos procurando labels que abracem mais o projeto no lançamento. Eu fico triste quando vejo músicas de amigos meus desperdiçadas, quando o lançamento é feito de maneira simples.

B4B – Por fim, na sua opinião, quais são as principais características que um artista precisa ter para alcançar o sucesso na carreira?

Lucci Minati – Expectativa 0, trabalho 100!

Siga acompanhando Lucci Minati: Instagram | Soundcloud | Facebook

Parktronic #40 | Melodic & Tech House Show | Lucci Minati Guest Mix by Dimitri Antek

Categorias
Descubra

Descubra: Nelson D.

No Dia dos Povos Indígenas, queremos te apresentar Nelson D., o artista que transforma a música eletrônica em ato de resistência.

O ano era 1986 e nas ruas de Manaus, era encontrada uma criança indígena. Após passar 8 meses em um orfanato, a criança foi adotada por um casal de italianos e recebeu o nome de Davide De Merra. Mudando-se para Savon e tornando-se cidadão italiano, Davide cursou Artes Plásticas em Milão e então, voltou para seu país de origem, para seu trabalho como artista, músico e produtor musical. Nascia então o projeto Nelson D.

Trabalhando na adolescência como DJ e técnico de palco em uma balada de sua cidade na Itália, Nelson começou a se envolver com a música eletrônica. Ouvia sempre Big Beat e Trip Hop, como Chemical Brothers, Tricky, Prodigy, Asian Dub Foundation, DJ Shadow. A partir dai, a vontade de criar seus próprios sons foi aumentando cada vez mais, até que o artista começou a praticar no Reason e Logic, programas de produção musical.

Nelson D. tocando no Teatro Municipal de São Paulo | Foto:  @rickcadeasfotos

Um artista completo, Nelson canta suas próprias músicas, além de compor as letras e ser diretor artístico de tudo que faz. A sua formação em Artes Plásticas permitiu que ele se tornasse mais autônomo, contudo, isso não diminui sua vontade de trabalhar com outros artistas. Seus últimos trabalhos, o EP ‘Nossa Gangue’ e o single ‘Três Palavras’, foram em colaboração com Ella De Vuono e Edgar, respectivamente, mostrando que é possível unir culturas diferentes e criar músicas de altíssima qualidade.

Buscando sempre manter suas origens presentes em sua música, Nelson D. combina aspectos da cultura indígena, misturando sonoridades orgânicas e tradicionais com processos tecnológicos. O artista que busca resistir, revelando a liquidez de identidades e contrastes culturais no que chama de pós modernidade. Em suas performances, as pinturas corporais estão sempre presentes e somos convidados a conhecer uma cultura que deveria fazer parte do nosso dia a dia, a dos ancestrais da nossa terra.

Foto: @rafael_salvador

Neste dia 19 de Abril, quando celebramos o Dia dos Povos Indígenas, propomos uma reflexão sobre o que estamos fazendo por aquela população que estava aqui antes de nós, mas que foi esquecida. Para isso, vamos ouvir a música de um artista que carrega em si a ancestralidade dos povos originários e que faz da sua voz, algo que precisa ser ouvido e ecoado por todos os cantos. Nelson D. é um artista que precisa e deve ser escutado. Siga no Instagram e Descubra!

Categorias
Descubra

Descubra: Samir

Conheça o curitibano, Samir, que vem conquistando as principais labels de Minimal/Deep Tech e já recebeu suporte de big names.

Por Nicolle Prado

Se você é fã de Minimal/Deep Tech, aconselhamos a manter no radar um novo artista que tem se destacado na cena nacional, conquistando rapidamente as principais labels e artistas desta vertente. Seu nome é Samir e, mesmo com pouco tempo de carreira, o curitibano já vem construindo um currículo de peso, surpreendendo com seu talento, técnica e dedicação. O DJ e produtor acaba de estrear pela LouLou Records, do LouLou Players, mas essa não é a primeira gravadora renomada que entra em seu catálogo.

Matheus Pinheiro Jorge, ou apenas Samir, cresceu na capital paranaense, um solo fértil da música eletrônica no Brasil, que abraça esta cultura e a difunde vigorosamente. A cidade teve um papel importante no desenvolvimento musical do artista, já que ele se viu influenciado por este movimento, sendo levado a buscar mais conhecimento na discotecagem e produção musical.

Mesmo com apenas 23 anos, sua trajetória na dance music já completa quatro anos como DJ e três como produtor. Foi o suficiente para ele adquirir uma maturidade impressionante e um repertório amplo e diversificado, que reflete suas experiências pelas vertentes do House até chegar na sua atual identidade sonora, voltada às linhas minimalistas do Deep Tech.

Com esta assinatura sonora singular, Samir vem ganhando espaço na cena, recebendo suportes de big names como Gabe, Cloonee, Eddy M, Lexley e Detlef, além de emplacar em labels como G-Spot Records, do Gabe, Be One, do Miguel Batista, Natura Viva, Distortion, Witty Tunes, Dogghauz e, claro, a mais recente, LouLou, por onde lançou seu EP Mucha Beleza, que chamou a atenção de ninguém menos que Eddy M.

E assim, pouco a pouco, Samir tem deixado sua marca na música eletrônica, se tornando uma das apostas da nova geração de DJs e produtores nacionais. Enquanto isso, ficaremos de olho em seus próximos passos.

Acompanhe Samir no Instagram.

Categorias
Descubra

Descubra: Gusttavo Ferraz

Amante nato da música eletrônica, Gusttavo Ferraz mistura Futurea Rave com Tribal e nos apresenta um tributo a David Guetta.

DJ e produtor, Gusttavo Ferraz, que é natural de Alagoas, ascendeu na cena eletrônica em um curto período de tempo. Em 2021, logo após sua estreia na Pool Party Fresh, em São Paulo, tocou em diversas festas e clubes de prestígio, como na Santé (Revéillon do Grupo San Sebastian) em Natal, na +18 The New World, festa do criador e fundador do grupo The Week, André Almada e tão logo, também foi notado fora do Brasil, tocando na Mestizo em Santiago do Chile.

Ainda em 2021 e já buscando alcançar novos patamares, Gusttavo Ferraz lançou sua primeira track, “Who I Am“, uma collab com o renomado DJ e Produtor Leahn e a cantora Amannda. O resultado desse lançamento não poderia ser melhor e emplacou o 15º lugar no maior site de venda de música eletrônica do mundo, o Beatport, na chat Mainstage Releases. Você também pode adquirir sua cópia clicando aqui.

Sempre estudando e aperfeiçoando sua música, Gusttavo Ferraz apresenta seu último projeto, uma releitura para David Guetta, de maneira singular e inovadora, trazendo elementos do Future Rave para o Tribal House, gênero em que é especializado, mantendo e afirmando sua identidade musical, com muitos vocais, bases limpas e bem trabalhadas, algo que é notável e está presente em toda sua música.  

O Nothing But The Beat – Gusttavo Ferraz for David Guetta é baseado em grandes hits de Guetta, um dos artistas mais populares da cena mainstream da dance music. A arte, inclusive, é uma releitura de seu álbum: Nothing But The Beat; um trabalho completo pensado e entregue da maneira mais criativa em todos seus detalhes. Acumulando mais de 180 mil plays em seu Soundcloud, Gustttavo apresenta sua nova obra prima, que você confere logo abaixo, descobrindo o talento desse artista!

NOTHING BUT THE BEAT – GUSTTAVO FERRAZ FOR DAVID GUETTA (SetMix) by GUSTTAVO FERRAZ

 

Categorias
Descubra

DESCUBRA: Memento Mori


Em 2016 nasceu o projeto Memento Mori do suíço Arno Wild, que abriu um palco para diversas experimentações musicais na vida do produtor. Ainda jovem, e de alguma forma, meio que levado pelo destino, o artista botou os pés na primeira rave e desenhou uma nova trajetória para si e para o público. Apaixonado pelo Psytrance e em um processo contínuo de inovação e reinvenção com suas criações, Arno se inspira em viagens físicas e mentais, carregando em sua compreensão um alinhamento com o propósito do Trance.

O artista, que se tornou referência no estilo na Suíça, carrega como aprendizado toda sua experiência com a música, utilizando instrumentos nas suas composições, assim como melodias pulsantes sem abrir mão de linhas de baixo carregadas de groove super dançante. Memento já se apresentou em festivais como Garden Festival, Energy Festival, Burning Mountain, entre outros e segue em ritmo frenético com lançamentos que casam perfeitamente com as melhores pistas mundo afora.

Ele acaba de lançar a faixa “Drivin Me Insane” em parceria com Johnny Carrera & Umali, que veio logo após o lançamento da faixa “Trusted You”, abastecendo o público que aguarda ansiosamente o retorno do artista para os palcos. O produtor, que já fez turnê pelo Brasil, estará de volta em 2023 para várias apresentações marcadas para o primeiro semestre, reforçando um laço musical importante com o país em sua carreira.

B4B – Olá, Arno! Prazer em falar com você. O que você espera da sua segunda turnê pelo Brasil?

Arno: Olá! Acho que, na verdade, essa é minha quarta ou quinta tour, não lembro… minha primeira tour foi bem longa, e eu tive uma pausa de 2 semanas na Suíça, então pode contar como duas. Mas isso é o que eu espero das festas da turnê de fevereiro: Eu amei a energia da pista brasileira na última tour, então espero uma energia positiva. Um público que está lá para dançar e celebrar a vida juntos. Já que vou tocar muita coisa não lançada ainda, meu set vai ser bem diferente. Por isso, estou ansioso por receber o feedback da multidão para as novas tracks. Isso vai me ajudar a continuar o meu processo de criação. Sempre que volto do Brasil para casa, estou cheio de inspiração e de boas vibrações. Por último, mas não menos importante, estou ansioso por ver novamente o meu empresário e amigo Rogério e a sua família. É ele quem torna tudo isto possível e me apoiou desde o início. Também estou ansioso por voltar a encontrar amigos em SP, comer um bom churrasco e beber caipirinha.

 

B4B – Nos conte um pouco mais sobre o que te motivou a iniciar nesse meio e, principalmente, o que o faz permanecer?

Arno: Então, antes de começar, eu já era um raver e depois comecei a fazer festas na Suíça. Desde o início eu sonhava em ser o cara no palco e tocar minha própria música. Eu sempre quis converter meus próprios sentimentos em música, mas nunca tive coragem de começar. Comecei a ouvir Mandragora, que foi uma grande inspiração para mim. Ver seu estúdio montado (que era basicamente apenas um laptop) me fez perceber que eu não precisava muito para começar. A partir daí, comecei a assistir tutoriais, me conectar com outros produtores e escrever em fóruns para ter mais experiência na produção musical. O que me faz continuar é que posso sentir como as coisas crescem ao longo dos anos. Olhando para o início eu nunca pensei que tantas coisas me aconteceriam por causa da música, o que me deixa muito grato e ao mesmo tempo querendo mais! Meu estilo de música mudou nos últimos anos e ainda amo o processo de fazer música nova, tentando novas formas e criando uma nova vibração dentro de cada canção. A música é como uma terapia que me ajuda a lidar com todos os meus sentimentos e eu gosto de cada momento no estúdio.

 

B4B – Você começou a frequentar raves muito jovem, certo? O que te inspirou a seguir exclusivamente com o Psytrance?

Arno: Primeiro eu comecei com minimal techno (naquela época tinha um grande hype na Suíça). Lembro-me da minha primeira festa: “The Kids want Techno” em um clube subterrâneo na Suíça. Eu adorava baralhar a música e sair com meus amigos, então eu nem sabia nada sobre psytrance. Em algum momento o mesmo clube fez uma festa Psytrance que eu fui (só porque era no meu clube favorito). Quando ouvi esse som pela primeira vez, fiquei totalmente apaixonado. Cheguei na festa logo nos 15 minutos seguintes, Neelix começou a tocar e ele mandou muito bem. Depois deste evento, parei para ir às festas techno e procurei por todas as festas psytrance.

 

B4B – Conte-nos um pouco sobre a cena de Trance na Suíça, quais são as diferenças e semelhanças da cena do seu país para outros países nos quais você tocou?

Arno: Para comparar ao Brasil: tudo é muito menor. Acho que o maior festival psytrance da Suíça tem cerca de 3 ou 4mil de pessoas. Enquanto no Brasil, esta é a parte média. Também a maneira como as pessoas dançam é totalmente diferente, enquanto na Europa as pessoas dançam mais em transe, no brasil as pessoas saltam e gritam! Mas eu suponho que para o psytrance não existe tal lugar como o brasil, então é muito difícil de comparar. O que é o mesmo é que se trata de paz e amor, é muito raro que você tenha uma briga em um festival de psytrance. As pessoas ajudam umas às outras e são muito abertas para conversar e fazer novas conexões.

 

B4B – Você acaba de emplacar o lançamento da faixa “Drivin Me Insane” em parceria com Johnny Carrera e Umali, Como foi produzir esse primeiro som com eles?

Arno: Na verdade, há uma história engraçada por trás da música. Ambos vieram ao meu estúdio na Suíça e Johnny já tinha a idéia da canção pronta (melodia e primeiros bass patterns). Por apenas ter a ideia do vocal, Noah a gravou em seu iPhone e começamos a preenchê-la no projeto. Nos dias seguintes aluguei um estúdio para gravar o vocal profissionalmente. Gravamos muitas tomadas, mas nenhuma delas chegou perto daquela que ele gravou em seu celular, então acabamos usando a gravação do celular kkkk

Acho que isto mostra a beleza do momento. Mesmo que você tenha uma set up melhor, melhor microfone, melhor compressor etc., às vezes o momento faz a vibe e você não consegue recriar essa vibe novamente, não importa o quanto você tente. Depois de termos feito o vocal, trabalhamos nos 2 drops e tentamos tornar a pausa mais interessante, mas em geral este processo foi muito rápido. Então demos um passo atrás no projeto e depois de 2 meses voltamos ao trabalho e fizemos a mixagem e a masterização.

B4B – Para finalizar, queremos saber. Planos para novos lançamentos em 2023? Obrigada pelo papo!

Arno: Sim, muito. Vou manter minha frequência de lançamentos, pois meus ouvintes já se acostumaram a ela. A cada 3-4 semanas, uma nova canção sai. No dia 5 de janeiro eu vou lançar “Middle Ground” com meu querido amigo Massive Bass, que também é meu parceiro de estúdio. Para fevereiro preparei uma colaboração com o Heartbreakboy que normalmente faz mais Rap/Pop em Germand. Já fizemos uma música juntos que explodiu na Alemanha e agora estamos terminando a segunda colaboração, que é uma espécie de continuação da primeira música. O nome é “Hand in Hand” e é uma canção mais melódica e vibrante da qual eu me orgulho muito. Depois disso, vou começar a lançar meu primeiro Álbum/Mixtape “Lost in Middle East”. Eu soltarei 3-4 singles (ainda não tenho certeza) antes de lançar o álbum completo. Como diz o título, ele está cheio de melodias do Oriente Médio e será algo muito diferente do que produzi nos últimos dois anos.

Siga Memento Mori no instagram.

Categorias
Descubra

Descubra: TECHIN

De 2019 para cá, o DJ e produtor baiano Techin vem desenvolvendo seu trabalho e abrindo espaço para si na competitiva cena eletrônica.

Desde o começo o artista relacionou-se com o seu público para além de Salvador e tocou tanto em clubs intimistas quanto em festivais com milhares de pessoas, como o Sollares. Nem mesmo a pandemia parou seu ímpeto de promover seu trabalho, já que naquele período aproveitou para se destacar na produção musical.

O plano deu certo. Jamie Jones, Michael Bibi, Loco Dice, Vintage Culture, Stefano Noferini, Cloonee, Mochakk, Detlef, Melanie Ribbe e Classmatic foram alguns artistas do panteão nacional e internacional que tocaram suas tracks. Tais tracks já permearam o catálogo de labels renomadas – CUFF, Freak, Issues e outras. Após sua esperada estreia no Universo Paralello, conheça mais a fundo o que se passa na mente e nos beats de Techin, talento promissor do Tech/Minimal/Deep Tech brasileiro.

B4B: Oi, Techin. Como foi para você cair a ficha no período que viu obra sua rolando no Hï Ibiza, Amnesia, Creamfields, Paradise e Circoloco?

Techin: Sem enrolação, foi muito gratificante. É muito doido ver o som que fiz em meu próprio home-studio sendo tocado nos maiores clubs do mundo, por artistas renomados. Cada vez que via os vídeos, sentia a sensação de estar no caminho certo.

B4B: Conte-nos com mais detalhes, como você define seu som e as referências que aparecem nele?

Techin: Acho que meu som é muito de lua kkkkk. Tem dia que acordo mais feliz, tento passar isso no som, outros dias estou mais sério e fechado, busco passar isso no som também. Fazer música tem muito a ver com minha realidade naquele momento, o que ando ouvindo ultimamente, como está meu estado emocional, por isso é bem difícil definir minha arte. O que posso adiantar é que sempre vou buscar referências de boas músicas, às vezes numa linha mais tecnológica/experimental, ou então em algo mais retrô, como músicas de Soul, Hip-Hop, Disco ou Jazz.

B4B: Inicialmente, você se intimidou por estar em uma cena eletrônica menos densa como a de Salvador? 

Techin: Sim, sem dúvidas é um pouco difícil ver seus colegas de profissão tendo mais acesso a eventos e você ter que ver tudo de longe. Mas no final, o que manda é a música, aprendi que fazendo música boa, o fato de não estar num dos grandes polos de música eletrônica, começa a pesar menos

B4B: Quais foram seus aprendizados durante a trajetória de se firmar como um DJ e produtor a ser bookado? 

Techin: Acho que o principal deles foi entender a parte do Business. Quando você tá começando, tem que entender que além de artista, você também vai gerir a sua própria empresa, nem sempre dá pra ser só pelo coração, a razão vai pesar e muito, e acreditem, a gente só aprende isso na prática.

B4B: E a sua rotina de estúdio? Como faz para se manter inspirado? 

Techin: Produzo praticamente todo dia, às vezes tiro uma folga aos domingos, mas a constância foi o que sempre me ajudou a alcançar resultados melhores. Pra mim músicas de diferentes gêneros, fora da música eletrônica de pista, sempre me auxiliou na criação de novas ideias.

B4B: Conte-nos algumas experiências inesquecíveis de pista, que te motivam a seguir sempre em frente. 

Techin: A maior até hoje foi o Universo Paralello, poder ouvir grandes artistas tocando nos diferentes palcos do festival, me inspirou muito a querer me profissionalizar como artista.

B4B: 2023 vem aí. O que prepara para o esse ano?

Techin: Podem esperar muitos lançamentos relevantes, várias tracks com diferentes linhas, todas expressando um pouco do que gosto de ouvir e tocar. Também prometo apresentar mais conteúdos de audiovisual como live sets, e uma interação cada dia maior com todos que me acompanham!

Acompanhe Techin no Instagram.

Categorias
Descubra

Descubra: Ignacio

Apaixonado por teclas, melodias, grooves e bons vocais, você também se identifica com tudo isso? Então precisa conhecer o DJ, produtor e instrumentista paulistano, Ignacio.

Ignacio

Há 4 anos, o artista segue explorando possibilidades com suas apresentações em formato live set. Com o intuito de compartilhar com o público o seu sentimento de amor a House Music traz consigo influências de Jazz e música popular brasileira em composições autorais e altamente dançantes

Ignácio é residente da festa independente Mond e está conquistando cada vez mais espaço e notoriedade na cena musical graças as suas habilidades técnicas. Em sua jornada, já passou pelas cabines da e tocou em outras cidades fora do estado de São Paulo, mostrando muito talento a cada apresentação. Para sabermos mais detalhes desse artista em plena ascensão, conversamos com ele nessa entrevista exclusiva. Confira:

 

B4B – Olá, Ignacio, tudo bem? Obrigada por conversar conosco. Vamos falar sobre seu início de carreira, quando percebeu que queria trabalhar com música?

Ignacio: Oioi! Tudo ótimo, que que agradeço! Eu comecei há pouco no mundo da música eletrônica. Eu tocava um pouco de piano de criança,  mas só de brincadeira mesmo. Lá pra 2015 eu tive os primeiros contatos com  e com esse universo e com apresentações de Live Act e a partir daí comecei eu fiquei fascinado e comecei a cogitar construir algo. Lá pra 2018/19 eu fui criando coragem pra me jogar mais a fundo. Agora não tem volta 🙂

B4B – Como você define sua identidade sonora?

Ignacio: Acho que música pra dançar eu acho. Minhas referências musicais são muita house, muita coisa com piano, brasilidades, umas coisas de jazz. O que eu produzo acaba sendo uma mistura disso tudo.

B4B – Quais são suas maiores influências artísticas, seja na música eletrônica e fora dela?

Ignacio: Do universo eletrônico eu diria que o Zopelar e Laércio. Hoje são pessoas próximas, mas aprendo demais ouvindo e vendo eles tocarem. Principalmente pensando na parte de live. De brasilidades eu vou dizer Tom Jobim. Foi por conta dos pianos dele que  eu comecei a entrar nesse mundo.

B4B – Compartilha um pouco sobre como você prepara suas lives? E como fica o improviso nessas horas?

Ignacio: Isso foi algo que foi mudando à medida que fui me apresentando. Foi bem legal esse processo inclusive. Hoje basicamente minha live é dividida em um grupo de canais de áudios e outro de canais de instrumentos (midi). Na parte de áudio o que eu trago gravado das músicas que  estão produzidas e nessas músicas tem algumas coisas que eu vou tocar ao vivo no piano. Além disso, gosto muito de ir improvisando e criando coisas na hora. Uso o grupo dos midis para ir  montando umas progressões de acordes, loopando os instrumentos e fazendo uns solinhos por cima. Vou misturando e me divertindo.

B4B – O que você quer que o público sinta em suas apresentações?

Ignacio: Vixe, pergunta difícil essa. Cada pessoa sente música do seu jeito, né? Eu quero acima de tudo que curtam. Eu me divirto demais quando estou produzindo ou me apresentando. Se o pessoal que tá lá está curtindo um pouco disso, tá valendo. Fazer dançar é sempre bom 🙂

B4B – Quais elementos da música brasileira você gosta de incorporar nas suas composições?

Ignacio: Vocais legais de músicas de artistas que eu gosto de ouvir. Acho massa tentar trazer isso pra pista. E também algumas coisas percussivas que também são incríveis.

B4B – Agora nos fala como é sua rotina criativa dentro do estúdio?

Ignacio: Eu tento sentar para produzir um pouco todos os dias. Geralmente de manhã sento umas horinhas pra trabalhar com produções.  Eu sou desses que acorda super cedo, aí ajuda. Recentemente tenho separado um tempinho também para ouvir mais coisas. Referências ajudam demais no processo criativo. E fora produzir eu tento manter a prática da live em dia. É sempre bom até pra ficar experimentando coisa nova. Não é sempre que dá pra seguir a risca essa rotina, mas na média dá certo.

B4B – O que podemos esperar de Ignacio ainda em 2022? Pode contar algo inédito pra gente?

Ignacio: Eu quero começar a lançar algumas músicas. Eu fui produzindo um monte de coisa para o projeto e nem pensava muito nessa parte, mas até o fim do ano vou soltar algumas coisas por aí 🙂 Eu tenho produzido bastante ultimamente, então as próximas apresentações devem sempre ter algo novo rolando!

 

Acompanhe Ignacio no Instagram.

Categorias
Descubra

DESCUBRA: Audiologic

O duo que começou em 2018, vem ganhando mais espaço na cena a cada apresentação

Acompanhar o desenvolvimento do duo Audiologic é como assistir um foguete prestes a decolar. A cada nova gig, um propulsor se ativa. Quanto maior o tempo que passam em estúdio, mais cheio fica o tanque do combustível que deve os impulsionar a distâncias astronômicas. Se você também curte acompanhar inícios de ascensão, fique por aqui para descobrir quem está por trás dessa dupla espacial.

Lucas Felipe e Rafael Guilherme são baseados na cidade de Maringá, no Paraná, e foi lá mesmo, nas primeiras festas da adolescência que o encanto pela música eletrônica surgiu dentro de ambos. Determinados a desbravar cada vez mais esse território desconhecido, logo começaram a se dedicar à discotecagem e hoje, aos 25 anos, já possuem cerca de sete anos de trajetória como DJs.

Suas sonoridades vibram nas ondas calorosas da House Music, mais voltadas às vertentes do Deep Tech e Tech House. Multiverso Festival e Betwobe Festival são alguns dos decks de destaque por onde já passaram, além de integrarem o time de residentes do DKS, um dos principais núcleos de festas de Maringá.

Batemos um papo com a dupla para saber mais detalhes sobre essa trajetória e seus projetos futuros. Confira!

 

B4B – Olá, pessoal! Prazer em falar com vocês. Já que é a primeira vez de vocês por aqui, começem nos contando um pouco mais do que os motivou a iniciar nesse meio e, principalmente, o que os fazem permanecer? 

Audiologic: Quando começamos a frequentar as festas eletrônicas ficamos fascinados pela originalidade de cada dj/produtor em si, como cada um conseguia transmitir a sua essência  através da música, esse foi um dos motivos que nos levou a tentar fazer o mesmo, transmitir a nossa personalidade através dos nossos sets e produções musicais, nós queremos deixar a nossa marca no cenário musical e essa vontade de fazer algo novo é o que nos motiva a cada dia, esse desafio nos mantém ativos.

B4B – Vocês se conhecem há quanto tempo? Quando decidiram se unir como duo? 

Audiologic: Nos conhecemos há 10 anos, o início do projeto duo veio no ano de 2018 porém as idéias da união vieram em meados de 2016.

B4B – Ambos são de Maringá e curtem os roles da cidade desde muito novos, certo? Como isso influenciou vocês a seguir carreira pela música eletrônica e a tocarem o que tocam hoje? 

Audiologic: Tudo começou em meados de 2013, quando começamos a frequentar clubes que foram essenciais para nossa formação musical como o Nite Club e a Mousiki locais onde passaram artista como Gabriel Boni, Claude Vonstroke, Gui Borato, Justin Martin, Dashdot, Marcello Vor, Sonny fodera, entre vários outros que foram influências para nossas primeiras pesquisas. A partir desses primeiros contatos com a música eletrônica começamos a pesquisar artistas de diversas localidades tanto nacionais quanto internacionais,acompanhando toda a constante evolução musical da House music chegamos nos sub gêneros do Tech-house e o Minimal Deeptech, essas duas vertentes fazem parte da nossa trajetória e influenciam o projeto duo desde o começo.

B4B – Vocês atuam como residentes no núcleo DKS, como dito anteriormente. De que forma surgiu essa conexão com a label? 

Audiologic:  A conexão com a label foi antes mesmo de existir ambos os projetos, o Lucas é residente do núcleo desde as primeiras festas que tiveram início em 2016.

De lá para cá a evolução e a vontade de somar com o cenário musical da nossa cidade foi tão grande que após várias festas de médio porte surgiu definitivamente o núcleo DKS e logo em seguida nasceu a Multiverso festival o maior projeto do núcleo, que rapidamente entrou no circuito das maiores festas no formato open air de Maringá, a nossa residência como Audiologic veio no primeiro ano do projeto e estreamos na 2º edição da Multiverso festival, nossa união com o núcleo é igual unha e carne.

B4B – Os dois possuem cerca de dois anos na produção musical e já lançaram um single juntos, pela Aloha Records, que entrou até no VA da label, certo? Como foi produzir esse primeiro som como duo? 

Audiologic: Temos um carinho muito especial pela Aloha Records e pelo V.A que inclui a nossa faixa “Make a Choice”. A história desse som é bem bacana, inclusive não estava no nosso plano de lançamento e acabou tendo um olhar diferente dentre um dos Maneger da label o Lucas Birck Aka “KaiZen” que ouviu uma prévia na terça-feira a tarde mostrada através do Rafa que logo optou por lançar a música de imediato, o mesmo Kai Zen que teve grande influência no nosso processo de produção musical no começo da nossa jornada.

B4B – Pra finalizar, queremos saber. Planos para novos lançamentos em breve? Gostamos de spoilers! Haha. Obrigada pelo papo! 

Audiologic: Desde o início da nossa jornada na produção musical nosso principal objetivo é produzir músicas condizentes com o que tocamos e ouvimos, temos atualmente umas 20 faixas produzidas, umas 10 faixas mixadas e masterizadas, estamos fazendo os testes direto nas pistas gradativamente, como está explícito em nosso instagram, estamos começando a sondar as gravadoras para os futuros lançamentos e com certeza temos boas novidades para 2023, a todos que chegaram até o final dessa matéria nos acompanhem para muitos spoilers.

Muito obrigado pelo papo pessoal da Beat for Beat e até a próxima, abraço!

Continue acompanhando o duo Audiologic também pelo Instagram.

Categorias
Descubra

Descubra: Victor Arruda

Mineiro de apenas 21 anos, Victor Arruda já está na estrada há alguns anos e coleciona feitos invejáveis. Confira nossa entrevista.

Por Louise Lamin

Quem se depara com a trajetória de Victor Arruda logo de cara se impressiona pelo contraste entre idade e tempo de estrada do artista. Com apenas 21 anos, o jovem mineiro já possui seis anos de experiência como DJ e três como produtor, responsáveis por lhe conferir um currículo invejável mesmo com a pouca idade. Lançamentos por labels como Boston Underground, Deep Bear, Explore Records, Fluxo e Me Gusta Records, além de collabs com Antônio Farhy, NOGZ e ZAC são apenas alguns dos itens valiosos dessa lista, que inclusive, só tende crescer.

Andre Gazolla, Leo Janeiro, Kaka Franco, Hot since 82 e Guy J são algumas das influências para sua identidade sonora ainda em construção, que transita com naturalidade e leveza pelas linhas do Tech House, com melodias e estruturas do Deep e Progressive House. Essas características estão presentes tanto em suas produções, quanto em seus sets, que já agitaram pistas de clubes e festas como D-EDGE, Fly Club Trancoso e Green Valley on Tour.

Victor Arruda – D-rete(D-Edge) 25/02/2022 by Victor Arruda

Mas agora, nada melhor do que o próprio Victor Arruda para compartilhar mais detalhes dessa caminhada, não é? Por isso, o convidamos para um bate-papo conosco sobre carreira, sonhos, inspirações e novidades. Confira abaixo!

B4B – Olá, Victor! Um prazer conversar com você. Bom, já que é nosso primeiro papo por aqui, gostaríamos que você começasse nos contando como surgiu esse seu interesse por música eletrônica e como iniciou a carreira assim tão cedo?

Victor Arruda – Oi, pessoal! Minha família sempre gostou muito de música, não diria música eletrônica em específico, mas música como um todo, então sempre tive isso frequentemente no meu cotidiano.

O que me marcou mesmo foi quando eu comecei a ir nos eventos de música eletrônica, fui em uma festa no qual tinha um DJ regional fantástico tocando. Ele era bem novo na época e mandava uma sonzeira. Daquele dia em diante eu pensei: ‘Quero virar DJ também’. Às vezes eu me reconheço naquela época pelo fato de que ele também era muito novo, e tinha uma linha de som que eu curtia muito. Então as coisas para mim foram acontecendo naturalmente depois.

Você já disse em outras entrevistas que ainda está definindo sua identidade sonora, transitando por diversos estilos e experimentando coisas diferentes. Como tem sido essa aventura musical até agora?

Victor Arruda – Com certeza muito emocionante. Eu acredito que um dos motivos de eu estar sempre experimentando coisas novas é pelo fato que nossos sentimentos mudam, então eu sinto que de tempos em tempos algumas coisas começam a fazer mais sentido e outras deixam de fazer. Eu tento me guiar muito pelo que sinto no momento presente.

Nesses seis anos de trajetória você já cruzou com vários nomes de prestígio no mercado, não é? Pode aprender algo com eles? Quais considera os principais aprendizados até então em sua carreira?

Victor Arruda – Com certeza estar perto dos melhores artistas do mercado é algo incrível. É sempre um aprendizado enorme ver eles tocando, ou até mesmo aquela conversa mesmo que seja mínima, sempre rende bons insights. Eu sou um cara bem aberto, tento sempre aprender com tudo que está ao meu redor.

E sonhos? O que mais almeja como artista?

Victor Arruda – Com certeza viver da música. A gente sabe que no Brasil é muito difícil viver apenas disso, então acredito que meu maior sonho seja viver apenas da minha arte. Quando falamos em projeção de carreira, eu tenho diversos sonhos sobre lugares onde quero tocar, países que quero visitar, e pessoas que quero conhecer, aprender com elas. Porém, acredito que no atual momento meu maior desejo é lapidar minha marca para que através disso eu tenha mais segurança em meu trabalho.

Quais são os artistas que mais admira e se inspira?

Victor Arruda – Tenho vários. Porém de uns 3 anos para cá, com certeza os que eu mais ando me inspirando são Hot Since 82 e Guy Gerber. Basicamente eu me inspiro bastante nos dois quando estou criando meu groove, minhas melodias, e até timbrando os elementos. Acho que ter referência é algo muito importante quando falamos de criação de música, pois ela nos guiam a um resultado próximo da nossa ideia.

Alguma dica para quem também é bem jovem e quer arriscar os primeiros passos nessa mesma jornada? Obrigada pela entrevista!

Victor Arruda – Minha dica é: jamais pare de estudar! Sempre tem alguém que sabe mais que você, e esse é o lado bom da música, você pode sempre aprender mais desde que esteja com a mente aberta para receber esse conhecimento. Eu sempre acreditei que com conhecimento e um trabalho de qualidade as pessoas notariam meu trabalho, ou seja, nunca desista, sempre tem alguém disposto a te ajudar desde que a pessoa sinta que você realmente leva a serio e faz com o coração.

Acompanhe o trabalho de Victor Arruda pelo Instagram.

Categorias
Descubra

Descubra: Gabriel Brasil

Conheça os sons emocionantes de Gabriel Brasil, que estreou na D.O.C. Records, selo de Gui Boratto. Descubra-o.

por Mia Lunis

De um admirador de paisagens noturnas para um compositor de produções etéreas, assim começa a caminhada de Gabriel Brasil. Nascido e criado em São Paulo, ele se lança para o mundo na imponente D.O.C Records, braço da gravadora alemã Kompakt comandado por Gui Boratto. Um observador nato, Gabriel extrai o máximo das interações humanas sem expor uma palavra; o artista conversa através de sua música e se conecta com o público através dela. 

Gabriel teve suas primeiras aulas de produção musical com o Entropia e não parou mais. Absorveu o necessário para dar o pontapé em suas primeiras produções e mergulhou de corpo e alma no processo – em determinado momento, chegou a produzir até duas tracks por dia.

Dentre arps explosivos criados no Logic a uma APC40, o artista teve seu pico de criatividade na pandemia, quando se isolou. Gabriel já tinha uma vontade latente de produzir conteúdo musical próprio, mas se sentia impedido pela falta de prática com instrumentos musicais; eis que o jogo virou quando viu a imensa liberdade de criação de música em formato Live.

Seu primeiro single, Midnight Meeting, ganhou uma versão exclusiva de Gui Boratto, que já estava acompanhando o desenvolvimento de Gabriel em um flerte musical que gerou um “apadrinhamento”. O single é um passeio dentro e fora do corpo ou da zona de conforto, tanto de Gabriel, quanto de quem o escuta. A música te guia por uma introdução melódica e te joga na dança sem que você perceba; a ideia é a surpresa. Para conhecermos mais do artista, conversamos com ele. Confira!

B4B – Oi, Gabriel! É um prazer tê-lo aqui para essa entrevista. Conte um pouco sobre seu primeiro contato com as aulas de produção.

Gabriel: Escuto música eletrônica desde pequeno e sempre gostei de pesquisar mais a fundo sobre os artistas. Um dia estava vendo uma entrevista do L_cio no youtube e ele comentava que havia feito um curso de produção musical. Entrei em contato pelo instagram e ele me indicou as aulas do Matheus, o Entropia-Entalpia. Saí da primeira aula extremamente curioso com o tema e depois desse dia não parei de pesquisar mais.

B4B – Como foi seu o processo de produção com a primeira música que criou?

Gabriel: Depois da minha primeira aula eu já arrisquei de fazer um som. Obviamente não saiu nada de bom, mas já consegui brincar com alguns ritmos e alguns pre-sets de plugins.

B4B – Você iniciou a jornada musical como produtor e agora parte para apresentações do seu live set. Como vêm sendo suas experiências na pista? 

Gabriel: No início, ir para o Live Set me deixou um pouco nervoso porque ainda não tinha testado a maioria das músicas na pista. Mas já a partir da primeira apresentação, a reação da galera me animou muito. Além disso, o live me permite ser mais dinâmico e criativo no palco, podendo ter mais controle da track e mais adaptação à pista.

B4B – O que mais te inspira em cada uma das funções, de produzir e apresentar um set?

Gabriel: Na produção e no estúdio o que sempre me inspirou foram as infinitas possibilidades dentro do software de produção. Sempre tem coisa nova pra aprender e se surpreender. Nos sets o que mais me inspira são essas surpresas; às vezes uma música para a qual não dava muita atenção vai muito bem, e alguns improvisos no momento do live acabam deixando as músicas mais legais que antes.

B4B –  Apesar do pouco tempo de carreira, você já conseguiu figurar um espaço importante com o apadrinhamento do Gui Boratto. Como foi isso?

Gabriel: O Gui sempre foi minha grande inspiração. Eu já estava produzindo há uns dois anos e, por causa da pandemia, ainda nem tinha tocado quando consegui mostrar algumas músicas para ele. Desde então, ele começou a me ajudar dando feedbacks das minhas músicas, me convidando para ir em seu estúdio até que quase depois de um ano de troca, ele ouviu a “Midnight Meeting” e decidimos lançar. 

B4B – Conte-nos um pouco sobre seus planos para o futuro, pode nos antecipar alguma novidade?

Gabriel: Já tenho algumas músicas prontas para lançar na D.O.C e algumas gigs legais a serem anunciadas. Além disso, vale ficar de olho no meu projeto The Vanguard que, além do trabalho de divulgação de artistas, faz eventos focados em músicas finas. O próximo line promete.

GRVE Mix Series 064: Gabriel Brasil by GRVE

Categorias
Descubra

Descubra: CRUXZ

Da Argentina para os palcos do Ame Club e do D-Edge, CRUXZ é o projeto de melodic techno que já passou da hora de você descobrir.

Categorias
Descubra

Descubra: Guterres

Da música clássica ao rock, até chegar no Deep House, Guterres é o novo personagem da nossa coluna Descubra. Confira nosso papo!

Por Louise Lamin

O início da trajetória de Rafael Guterres, ou apenas Guterres no âmbito musical, começou de forma um tanto quanto clássica. A música sempre esteve presente em sua vida, no rock que o irmão mais velho escutava, ou na tentativa tão comum da adolescência de ser integrante de uma banda. Porém, foi através do hype do Deep House, em meados de 2012, que os synths e beats eletrônicos conquistaram o coração do jovem curitibano, o levando a dar os primeiros passos nesse universo infinito de possibilidades sonoras.

No entanto, ao ingressar nesse meio, ele fez o caminho inverso do que a grande maioria dos artistas costuma fazer. Mais encantado com a ideia de criar uma música do zero sozinho, do que com as cabines de discotecagem, Guterres decidiu começar produzindo. Em 2015, instalou o conhecido Ableton, e após algumas horas de vídeos tutoriais, os primeiros beats foram ganhando forma. A prática foi levada por anos como hobby, e nessa “brincadeira” de lançar alguns EPs, foi convidado por Marco Castro a integrar sua label, a Kematiky Records, que atua de forma independente tanto na realização de festas, quanto como gravadora, descobrindo artistas por todo o Brasil.

A partir de então, foi apresentado de forma mais íntima ao Minimal, gênero predominante no selo de Marco. Tempo e pesquisa foram os responsáveis por lapidar seu gosto musical, afinando seus ouvidos para a busca de novas sonoridades e criando mais diversidade para suas produções e DJ sets. O resultado dessa dedicação lhe conferiu o suporte do duo romeno Soundopamine, além da posição #25 no chart do Beatport, pela faixa “0035” para o label 12+1, de Londres, onde ele já havia lançado anteriormente, com a track “0023”.

Agora, seus planos estão 100% voltados para a música, o que promete fazer de seu nome algo muito mencionado na cena eletrônica nacional nos próximos meses. E é para conhecermos mais do passado, presente e futuro do artista, que o convidamos para bater um papo na coluna Descubra. Confira!

Beat for Beat – Olá, Guterres! Obrigada por conversar com a gente. Já que é sua primeira vez por aqui, mas já demos uma boa introdução sobre o início da sua trajetória, conta com um pouco mais pra gente do que te motivou a iniciar nesse meio e o que faz você permanecer.

Guterres – Olá pessoal da B4B, primeiramente gostaria de agradecer o convite e o espaço. Bom, o que me motivou a iniciar nesse meio foi as infinitas possibilidades que a música eletrônica nos permite ter, além da facilidade de poder fazer suas próprias tracks dentro de um simples home estúdio, às vezes com um investimento mínimo, tendo apenas um notebook, conseguir alcançar ouvintes de outros países, o sentimento é surreal e até hoje é um dos maiores motivos pra eu continuar no ramo.

Você fez o caminho inverso da grande maioria dos artistas inseridos no meio da música eletrônica, se tornando primeiro produtor, para depois partir para a discotecagem. Como tem sido suas experiências na pista? O que mais te inspira em cada uma das funções?

Guterres – Então, mesmo já estando a algum tempo tocando em alguns clubs e festas, confesso que ainda sinto bastante aquele nervosismo antes de cada apresentação, legal que de certa forma, quanto mais vezes me apresento, mais aprendo a lidar com a situação e assim conseguindo aproveitar ao máximo esse momento tão único que é estar ali no palco. Acho importante apreciar o caminho também, minha evolução, minhas grandes e pequenas conquistas, na minha visão o trajeto é tão ou mais importante que a chegada, então gosto de curtir tudo que está acontecendo.

Um bom exemplo disso é ver toda minha evolução como artista, como um transmissor de emoções, que ao meu ver o DJ acaba sendo isso, alguém que transmite emoções, alguém que consegue através da música te fazer dançar, te fazer refletir, te causar estranheza, enfim, realmente fazer com que você entre naquela determinada vibe, então, é isso, acho que a experiência na pista acaba sendo mais legal que ja é, justamente por todo esse trajeto que estou trilhando.

Em relação a produzir, eu costumo dizer que eu produzo melhor que “toco”, rsrs, como é algo que já faço a algum tempo, pra mim é algo natural, acaba sendo minha válvula de escape, quase que uma terapia, sento na frente do estúdio e esqueço do mundo. Enfim, o que me inspira mais é transmitir emoções, tanto produzindo, quanto tocando, e quando consigo juntar as duas coisas ou seja tocando faixas autorais, aí a sensação de prazer é maior ainda.

Agora conta pra gente, como é seu workflow na produção?

Guterres – Cara, hoje em dia eu trabalho muito com referências, então, quando pesquiso algo novo e aquela música ou estilo chama minha atenção, acaba me inspirando a produzir algo na mesma pegada, nisso, busco entender os timbres, a estética daquele determinado som e fazer algo que tenha minha cara, mas com a estética do som específico, faço isso também quando quero lançar por alguma label, que normalmente tem sua identidade sonora bem definida, então tento me adaptar e fazer a faixa de acordo com a estética desejada. Já na criação, eu normalmente começo pelo Kick e Bass, deixo os dois soando bem e após prossigo com os outros processos, melodia, bateria, ambiências etc.

Como rolou esse contato com o Marco Castro e o que mudou em sua carreira depois que passou a ser residente da Kematiky Records?

Guterres – Então, essa história é muito boa, eu ainda estava começando a fazer minhas primeiras Tracks, ainda muito na intuição, com muita vontade mas quase sem nenhuma técnica, e acabei fechando um EP chamado “Jazz Alike” por uma label Húngara chamada “Aula Records”. O EP acabou repercutindo benzão, e foi aí que o Marco Castro, que na época já tinha um gosto refinado, se interessou e me convidou para uma reunião.

Na reunião, ele elogiou bastante o EP, falou que estava criando um núcleo mais voltado para o house, lembro que na época a maior referência da label era o trio “Apollonia”, e ele queria que eu fosse um dos residentes, eu claro, aceitei na hora. Bom, pra mim foi um divisor de águas pois, eu ainda tinha pouco conhecimento em relação aos estilos mais undergrounds, e a partir dali, comecei a conhecer mais, a entender mais esses estilos minimalistas, a pesquisar mais e, de lá pra cá, a parceria só se fortificou.

Apesar do pouco tempo de carreira, você já conseguiu figurar posições importantes nos charts do Beatport. Como foi isso?

Guterres – Confesso que meu objetivo nunca foi estar entre as maiores posições do Beatport ou de qualquer ranking que venha a ter sobre música, pra mim isso não significa qualidade musical, visto que as melhores faixas (na minha opinião) não se encontram facilmente em sites como esse. Por outro lado, é inegável que acaba sendo um reconhecimento do trabalho feito, então, fiquei muito feliz em ver minha música tendo toda essa visibilidade, até mais pelo reconhecimento do que pelas vendas em si.

E os planos do presente e futuro? Já pode nos antecipar alguma novidade? Muito obrigada pelo papo!

Guterres – Bom, tem muita coisa boa acontecendo esse ano na minha vida artística, recentemente entrei pro casting de artistas da agência Ápice Plus de Floripa, agora em setembro tenho um podcast exclusivo que sairá pela label Alemã “Intaresu”, também estou trabalhando um EP em collab com o artista “Vince Bowen”, aliás o EP já está em seu processo final e contém duas faixas de house iradas, tenho também 3 lançamentos engatilhados, esses mais puxado pro minimal, aliás, como essas tracks acabaram ficando numa pegada mais “introspectiva”, então, decidi assinar com um novo nome, (notícia exclusiva eim, ainda divulguei em lugar nenhum, rsrs) o nome será “Ragüt”, projeto que irei lançar faixas na linha romena do minimal. Enfim, acredito que seja isso, mais uma vez agradeço a oportunidade e o espaço e até logo!

Acompanhe Guterres no Instagram.

Sair da versão mobile