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Ratier embarca para Romênia em próxima edição do Sunwaves Festival

Para honrar a tradição local, DJ, produtor e empresário brasileiro Ratier promete um set focado em sons minimalistas.

Ratier (Divulgação)

Vivendo um dos momentos mais especiais de sua carreira, depois de se apresentar na Suíça, no último sábado, 27, Ratier está prestes a estrear por outro grande festival: o romeno Sunwaves. Único DJ brasileiro no line up, o artista toca no palco principal, no dia 02 de maio (quinta-feira), e promete um set mais voltado ao minimal/deep tech, para honrar a tradição local.

“É a minha primeira vez no Sunwaves, e eu estou muito ansioso por esse dia. Vou tocar mais faixas de deep tech e minimalistas. É um gênero com o qual tenho bastante familiaridade. No Brasil, a gente [D-EDGE] foi um dos primeiros, senão o primeiro, a trazer eventos de minimal. Investimos muito no estilo, do qual eu também tenho bastante material

Criado em 2007, o Sunwaves surgiu como uma espécie de resposta à experiência geral de festivais de música eletrônica que existia na época. Baseado na Romênia, país que tem uma das cenas minimal mais fortes do mundo, natural que o evento nascesse também pregando que menos é mais: nada de fogos de artifício, projeções de luz, máquinas de fumaça e música comercial.

Em vez disso, um clima amigável e praieiro, feito sob medida para aqueles que são verdadeiramente apaixonados pela música. Trata-se de um dos maiores festivais do seu país, rolando por seis dias e seis noites consecutivas, sem parar, em duas vezes a cada ano.

Famoso por receber long sets que já se tornaram lendas (como os de Ricardo Villalobos, que durou cerca de 14 horas, e de Marco Carola, que tocou por mais de 24h), a edição #32 do Sunwaves rola entre os dias 01 e 07 de maio, na tradicional Neverland Beach, praia que fica na cidade de Constança.

Além de Renato Ratier, nomes como East End Dubs, Franky Rizardo, Ilario Alicante, Jamie Jones, Joseph Capriati, Loco Dice, Manda Moor, Marco Carola, Margaret Dygas, Melanie Ribbe, Paco Osuna e Seth Troxler fazem parte da programação.

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Entrevista

Entrevistamos: FUGAZ

Eles começaram o projeto durante a pandemia e hoje viajam o país levando sua sonoridade plural. Conversamos com o duo Fugaz.

De frequentadores do Club 88 a parceiros da vida pessoal e profissional. De performes de festas digitais na pandemia, a uma agenda com tour passando por diversas cidades do Brasil. Rafael e Rica são as pessoas por trás do projeto Fugaz. Com sua sonoridade passeando por diversas vertentes e carregando a imagem queer com muito orgulho, conversamos com a dupla de Campinas, que alcança cada vez mais, lugares de destaque na cena underground.

Beat for Beat – Olá, meninos, tudo bem? Obrigado por conversarem com a gente. Para começar, queremos saber: como vocês se conheceram? Sabemos que foi no Club 88, mas como foi o primeiro encontro? Quem deu o primeiro passo? Nos deem detalhes sórdidos.

Rafael – Em 2018, a gente trocou olhares no Club 88, nos apresentamos por meio de amigos e ficou por isso mesmo. Na época, eu namorava. Daí depois, a gente se encontrou no Carnaval em São Paulo e acabou dando um beijo triplo no bloquinho com meu ex. Mais sórdido que isso? Impossível! (risos).

Rica – Um tempo depois, o Rafa terminou o namoro e eu mandei mensagem assim que fiquei sabendo. Daí, a gente começou a sair, mas acabamos ficando amigos por um tempão ainda. Só começamos a namorar mesmo no final de 2020. O engraçado é que o ex dele, o Pedro Camargo, hoje em dia é nosso melhor amigo e já curtiu a maioria das gigs do Fugaz com a gente. Ele até aprendeu a tocar com a gente nesse meio tempo!

B4B – Vocês iniciaram a carreira em meio ao caos de 2020 e a pandemia. Como fizeram para serem vistos, num momento de isolamento total? Como era tentar fazer todos entenderem, apenas de forma virtual, a ideia que queriam transmitir?

Rafael – Na minha opinião, se não fosse a pandemia, o Fugaz não existiria. Foi nesse momento de isolamento que a gente se pegou pensando: meu Deus, o que estou fazendo da minha vida? A gente saiu do automático ali. A pandemia despertou uma necessidade tremenda da gente se comunicar com o mundo e levar nossa mensagem de liberdade, amor, pertencimento e poder de diversidade para a nossa comunidade. A gente começou a fazer fotografias, vídeos artísticos, crônicas e até podcasts nas nossas redes.

Rica – Depois, tivemos a oportunidade de expressar nossa visão artística durante o auge das festas virtuais. Nosso maior parceiro criativo, o Fujimiro, observou nosso movimento nas redes sociais e nos convidou para performar na festa virtual do Club 88. Investimos muita energia neste projeto, criando apresentações que mesclavam figurinos marcantes com projeções criativas sob uma seleção de músicas emocionantes pra gente. Depois disso, o projeto só cresceu: começamos a estudar discotecagem, produção musical, performance e a produzir novos tipos de conteúdos para as redes sociais.

Rafael – E se você parar para pensar: a gente apenas continuou a fazer tudo isso até hoje.

B4B – Vocês citam um estilo que incorpora diversos gêneros, como disco, acid, house e suas nuances. Como funciona o processo criativo de vocês na hora de construir um set? Como vocês definem o mood que dará o tom das suas apresentações?

Rafael – A gente busca visitar uma série de referências nossas, tanto do passado quanto do presente. Fazemos muitas temporadas de pesquisas nos estilos em que queremos trabalhar, principalmente diante de gigs importantes. Depois, apresentamos essas pesquisas um para o outro e decidimos o que faz sentido ou o que ficará para uma próxima. A gente gosta de levar mais de 300 tracks por gig e construímos essa apresentação para o público numa progressão melódica com mixagem harmônica iniciando em Abm e terminando em E.

Rica – O clima das apresentações varia de acordo com as circunstâncias da pista e as propostas espontâneas de cada evento, mas sempre preservamos nossa essência como prioridade.

B4B – Outra coisa que vocês carregam, é a identidade queer. Sendo um casal de homens gays, isso já dificultou que fossem contratados por alguma festa, causou desconforto ou até mesmo preconceito na nossa cena?

Rafael – Diretamente, não. Indiretamente, sim, principalmente quando pensamos em diversidade na música eletrônica e do que realmente é urgente. Muitos produtores são excludentes ao determinar os line ups. Não se importam com a composição final. Infelizmente, é comum nos depararmos com line ups 100% brancos, ou 100% masculino, ou 100% cis, ou 100% hétero, principalmente em eventos mainstream.

Rica – É muito contraditória essa situação de desigualdade nos line ups já que a história da música eletrônica sempre foi pautada na diversidade. Este espaço nasceu na comunidade LGBTQIAP+, na comunidade preta e na resistência dos corpos positivos.

Queremos ver mais artistas como estes explodindo, tendo sucesso, alcançando espaços cada vez maiores na cena que sempre pertenceu a eles/elas/elus.

B4B – Vocês já passaram por diversas cidades do país, o que para uma carreira tão nova, é algo louvável. Vocês esperavam que tudo acontecesse de forma tão rápida? Como vocês fazem para manter a cabeça no lugar e não se deixarem levar por esse momento de ascensão? 

Rafael – Só de ler essa pergunta minha cabeça já saiu do lugar (risos). São quase 3 anos em que nos dedicamos todos os dias para o Fugaz. Nossas conquistas são frutos disso. A gente perdeu um pouco a dimensão do que é rápido ou devagar, principalmente numa cultura imediatista como a que vivemos hoje. Pensamos que estamos no tempo certo. E tomamos muito cuidado para não dar o passo maior que a perna.

Rica – Queremos entrar nas festas que estamos prontos para participar. Não queremos tocar num lugar apenas para contar a história. Queremos tocar nos lugares para voltar para eles e tocar lá muitas vezes. Esse sim é o maior indicador de sucesso pra gente, ser convidado novamente é a maior métrica de que estamos no caminho certo. A consistência do nosso projeto e a satisfação do público é a nossa maior motivação.

Rafael – E ah, para manter a cabeça no lugar: terapia, exercícios físicos e cuidados com a saúde são prioridades na nossa rotina.

B4B – Vocês recentemente começaram a trilhar o caminho da produção musical e em seu EP ‘Me Gusta’, possuem um remix de L_cio e Érica. Contem pra gente um pouco do processo criativo desse material e o motivo da escolha desses dois nomes para fazerem suas versões para ‘Morfina’.

Rica – O EP nasceu em uma fase em que eu estava surtado com meu trabalho formal. Eu me sentia preso, tendo que me encaixar num espaço em que eu não cabia, extremamente retrógrado e conservador. A única forma de me tirar daquele estresse era produzir no Ableton, criar as tracks. Foi aí que uma das tracks do EP Calabouço ganhou força e nasceu então a Morfina. Esse nome nasce como válvula de escape para “esquecer” as dores e ansiedades geradas pelo sistema capitalista, em que o lucro está acima da vida.

Rafael – Conhecemos o L_cio num dia incrível: foi no boiler room da Valentina Luz. A gente comentou com ele que ele era uma baita referência para nossas produções e ele ficou mega curioso para escutar nosso projeto. Naturalmente a coisa fluiu: ele animou de fazer um remix pra gente e deu a ideia da Érica compor os vocais. A gente já tocava as músicas dela e adoramos a ideia. E o resultado tá aí nas pistas!

B4B – Vocês estão preparando o lançamento de ‘Suit Vit’, que celebrará a individualidade, diversidade e o poder de se expressar por meio da arte. O que podemos esperar da sonoridade dessa música? Como foi todo o processo de criação?

Rica – A sonoridade dessa faixa é uma fusão de elementos de techno, electro house e tribal house dos anos 90. Ela busca recriar a atmosfera musical daquela época a partir do ponto de vista do pioneiro produtor musical londrino Tony de Vit.

Rafael – Nós escolhemos retratar a visão dele pois ele simboliza muito para nós, com seu estilo de house reto e marcante, Tony foi um representante da comunidade Queer que lutou contra o vírus do HIV e acabou falecendo devido à complicações da Aids. Nossa música tem a missão de tornar o espírito de Tony vivo até hoje, como um necessário símbolo de resistência artística na nossa comunidade, principalmente nas pistas de dança.

B4B – Além de um duo no palco, vocês são um casal na vida real. Como é viver ao lado da pessoa que também é seu companheiro de trabalho? Vocês divergem muito na hora de produzir e pensar no projeto? Como separam a vida profissional da pessoal?

Rica – Buscamos ter nosso momento de casal, mas as vezes é inevitável. O curtir um festival, por exemplo, de repente vira um trabalho: quando você percebe já está encontrando vários colegas de trabalho e até conversando a respeito. Vivenciamos outras atividades e ambientes, como viajar, sair para jantar, beber vinho com os amigos, conhecer novas pessoas, novos boys, por aí vai… Fugaz faz parte do nosso romance e afinal, ele está com a gente sempre, a todo o momento.

Rafael – A noite mudou para sempre pra gente. Sair para relaxar é uma coisa de outra vida, parece. É difícil fazer estas distinções todas porque somos um todo. Hoje em dia temos sempre uma pressão para se relacionar ou para demonstrar uma imagem positiva. Nesse sentido, é ótimo ter alguém ao lado para compartilhar tudo isso pois a gente se ajuda muito com essas responsabilidades (e nos ajudamos quando precisamos ser irresponsáveis também)! Inclusive, esta parceria reverbera muito nas nossas decisões artísticas: a gente costuma concordar em boa parte do direcionamento do nosso projeto.

B4B – Por fim, queremos saber do futuro. Além do single que já está encaminhado, o que vocês possuem na manga do FUGAZ? Que surpresas podem nos adiantar? Obrigado pela entrevista!

Fugaz – A gente pode revelar pouquíssima coisa por enquanto! Mas podemos adiantar: datas em festas incríveis e que amamos no Rio de Janeiro, Brasília e Curitiba. E também nossas curadorias em Campinas estão finalmente pegando fogo. Quem estiver por perto, verá!

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Entrevista

Entrevistamos: Chemical Surf

Lucas e Hugo são irmãos e parceiros de estúdio. Com diversos hits e colaborações de sucesso, o Chemical Surf é hoje uma das maiores duplas de DJs do nosso país.

Chemical Surf

De Maringá para o mundo, Lucas e Hugo desde 2003 se esforçam assiduamente para levarem o projeto Chemical Surf para o mundo. Com remixes de grandes faixas brasileiras como “Verdinha” de Ludmilla e com colaborações com grandes nomes da dance music como Kaskade, a dupla recentemente fez uma grande tour pela Europa, tocando até no Tomorrowland. Conversamos com Chemical Surf sobre seu início de carreira, últimos lançamentos e sobre sua apresentação no palco New Dance Order do Rock in Rio, maior festival de música do nosso país. Confira nosso papo:

Beat for Beat: Parabéns, já é o quarto Rock in Rio, e vamos voltar ao passado, quais foram as primeiras memórias de vocês ouvindo música juntos e como vocês trouxeram essas memórias para o projeto?

Chemical Surf: Nós sempre tivemos um gosto musical muito parecido, e quando começamos a produzir e tocar juntos, lá em 2003, não sabíamos se ia dar certo, mas gostávamos muito de música. E em uma festinha pequena, nós íamos nos apresentar de forma separada e no fim acabamos decidindo se apresentar juntos e a galera já elogiou bastante. A partir daí eram duas cabeças pensando como uma.

Beat for Beat: E como funciona o processo produtivo de vocês no estúdio? Vocês conseguem trabalhar juntos, se dividem? Como funciona a rotina de vocês?

Chemical Surf: Nós trabalhamos bastante juntos, como somos irmãos, raramente sai algumas discussões e se acontece alguma briga, é questão de 5 minutos e já estamos juntos novamente.

Chemical Surf

Beat for Beat: Recentemente vocês produziram um remix para “Verdinha” de Ludmilla, como foi tocar essa track lá fora? Como vocês viram a aceitação do público com o funk e com as músicas em português?

Chemical Surf: A galera tá se interessando mais, depois da febre do espanhol, sentimos que o português já é muito mais aceito lá fora. Tem muito gringo tocando nosso remix lá e a galera super curte

Beat for Beat: Por falar em exterior, vocês fizeram o Tomorrowland recentemente, como foi a sensação de tocar no maior festival de música eletrônica do mundo?

Chemical Surf: Foi emocionante, é um sonho realizado para a gente. A gente sempre trabalhou para estarmos nos maiores festivais de música do mundo e o Tomorrowland não é diferente, foi sensacional. Foi quase uma década no Rock in Rio e Lollapalooza Brasil e finalmente começamos a trabalhar bastante no exterior, isso também mostra que temos uma cena cada dia mais sólida lá fora.

Chemical Surf no Lollapalooza Brasil

Beat for Beat: Vocês também produziram uma colaboração com o Kaskade, que também se apresentou no New Dance Order no mesmo dia que vocês, como foi trabalhar com este que é um dos maiores nomes da dance music atualmente?

Chemical Surf: Ele sempre nos dava suporte em algumas faixas e víamos que ele nos seguia nas redes sociais e encaminhamos uma mensagem e começamos a conversar, ele mesmo nos chamou para criarmos uma faixa juntos. Depois fomos para Los Angeles, trabalhar no estúdio com ele e acabamos trazendo o timbre brasileiro para a track, com bastante percussão e acabamos pegando uma cuíca para incorporar a track.

Beat for Beat: E para encerrar, como é voltar pra casa, depois de uma tour enorme lá fora e ainda de cara vir tocar no New Dance Order do Rock in Rio?

Chemical Surf: É nossa quarta vez, mas é como se fosse a primeira. Esses grandes festivais dá sempre um frio na barriga, a relevância do Rock in Rio é enorme, o Brasil todo está vendo o que preparamos para o set. Trabalhamos em bastante edits, pensamos bastante nos nossos hits e a gente tá feliz demais pela entrega!

Parabéns pelo show e obrigado pela entrevista Chemical Surf!

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Mainstage

Hardwell no Brasil: Conheça mais detalhes de seu show no Laroc Club

O DJ e produtor holandês Hardwell desembarca no Laroc Club com data única e exclusiva no país. Conheça os detalhes do show.

Após um hiato de quatro anos em sua carreira, o DJ e produtor holandês Hardwell está de volta aos palcos do mundo todo, para divulgar o lançamento de seu recém-lançado álbum “Rebels Never Die”. Apesar de ter estado longe dos holofotes, Robbert Van de Corput não parou de produzir e lançar faixas inéditas e com todo o tempo livre em que gastava em suas apresentações, focando na gestão de sua renomada gravadora, a Revelead Recordings.

A tour “Rebels Never Die“, que já passou por importantes cidades no mundo desde março, no início de mês no Brasil, dia 1 de outubro, com uma data única e exclusiva no Laroc Club, em Valinhos, interior de São Paulo. Já com sold out anunciado e mais de 5 mil ingressos vendidos, os fãs do nosso país poderão matar as saudades de um dos maiores nomes da dance music mundial, que com seu último álbum, conseguiu criar um ponto importante na mudança de sua carreira, chamando a atenção de toda a toda grande mídia.

O holandês dono de hits como “Spaceman” e “Power” traz para o club o seu novo show da tour Rebels Never Die. Separamos alguns detalhes principais para este que pretende ser um dos momentos mais épicos do Laroc Club e da cena nacional da dance music mainstream.

Estrutura e design de palco

O Laroc Club receberá uma cenografia especial para a turnê de Hardwell. Luzes, cenografia, stage design e efeitos visuais serão todos exclusivos e desta data.

A ansiedade está batendo em sua porta? Disponibilizamos fotos do projeto que será instalado no Laroc. O palco será constituído com painéis de led, luzes e uma estrutura em forma de losango, assim como em todos os outros shows do tour “Rebels Never Die”. Confira as imagens disponibilizadas pela equipe do DJ:

 

Horário de abertura e encerramento

Assim como a estrutura, os horários e o line up do evento também foram definidos pela equipe do artista. Os portões abrem às 17h do dia 1 de outubro e o encerramento do evento está previsto para às 3h da manhã do dia 2.

Line up

O line up conta com o brasileiro Vinne, que chamou a atenção do Hardwell após ser o primeiro produtor da América Latina a fazer parte do time exclusivo de artistas de sua label, a Revelead Recordings, com os lançamentos “On My Body”, “Back For You”, “I Think I Like It”, “Once Again”, “We House You” e “Techno Party” e pelo holandês Tim Hox, que ficou conhecido no mundo todo por sua sonoridade única, apelidada de Hox House e com suporte de nomes como Don Diablo, Oliver Heldens e o próprio Hardwell.

Suporte

A cobertura completa do evento será disponibilizada em tempo real nas redes sociais do club e mais informações sobre esta data podem ser adquiridas através do Instagram, Facebook, Twitter e TikTok do Laroc Club.

Serviço
Hardwell apresenta “Rebels Never Die”
Local: Laroc Club
Endereço: Rod. Dom Pedro I, km 118 – Bairro dos Lopes, Valinhos – SP, 13273-300.
Abertura dos portões: 17h
Evento sold out, todos os ingressos vendidos.
Mais informações: https://www.laroc.club/

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Entrevista

Entrevistamos: Cat Dealers no Rock in Rio

Retornando de uma bem sucedida tour europeia, a dupla Cat Dealers se apresentou no Rock in Rio e conversou com a gente. Confira!

Foto: Matheus Coutinho

Irmãos, parceiros de produção, representantes brasileiros que viajam o mundo levando seu som. Pedrão e Lugui, também conhecidos como Cat Dealers, são hoje um dos maiores nomes da cena eletrônica mainstream nacional. Após tour pela Europa, a dupla esteve presente no Rock in Rio, onde conversou com nossa redação. Confira!

Beat for Beat – Vocês estão voando, literalmente e acabaram de voltar de uma super gig no Tomorrowland. O que se passa na cabeça de vocês, ao verem onde chegaram e o que estão conquistando?

Cat Dealers – É um filme. Desde sempre nós sonhamos com isso. Mesmo parecendo clichê, um dos nossos maiores sonhos era tocar no Tomorrowland e realizar isso, relativamente cedo, afinal o Cat Dealers existe há apenas 6 anos, nos deixa muito felizes, em vermos todas essas coisas acontecendo e que estamos chegando onde sempre sonhamos. Ver que o futuro está tomando cada vez mais forma, tornando-se mais promissor, só nos dá mais vontade de continuar.

E como foi no Tomorrowland?

Cat Dealers – Foi incrível! Difícil até de descrever. É viver um sonho. Nós ainda não tínhamos ido para a edição da Bélgica, nem para visitar. Fomos na edição do Tomorrowland Brasil e eu, Pedrão, até passei muito mal no dia, então não tive uma experiência muito boa. Podemos dizer que foi meu primeiro Tomorrowland de todos os tempos e já tocando. Lá é algo surreal, inacreditável, que você muitas vezes acha que nunca mais vai ver de novo.

Cat Dealers no Tomorrowland

Duas cabeças pensam melhor que uma, mas sabemos quão conflitante a relação entre irmãos pode ser. Rola alguma treta na hora de produzir ou vocês conseguem separar bem as relações irmãos/profissionais?

Cat Dealers – É complicado às vezes, mas a maneira como a gente faz, nem parece que temos uma relação tão profissional assim. Nós crescemos juntos e pensamos muito parecidos, além de termos começado a tocar desde muito cedo também. Nós crescemos com a ideia de sermos DJs. Antigamente usávamos o nome de Moshe, depois viramos Cat Dealers e literalmente faz parte da nossa vida, do nosso dia a dia. Não precisamos separar o trabalho, é só mais um dia sendo irmãos.

Acho que só separamos a vida pessoal do profissional, quando o Pedrão se mudou de casa e isso foi até bom, pois a gente passava tanto tempo junto, trabalhando, que quando chegava a noite um queria cobrar o outro durante o descanso. Agora, criamos uma rotina de trabalho. A gente ainda se fala o dia inteiro, só não moramos dentro da mesma casa mais.

As brigas acontecem, claro, mas a gente acaba de resolvendo muito rapidamente. A gente bate de frente, mas daqui 5 minutos a gente já resolve o problema e vida que segue.

Dos palcos do mundo, para o nosso gigante Rock in Rio. Como é tocar em casa?

Cat Dealers – Tocar no Rock in Rio é sempre muito especial. Eu (Pedrão), vim no Rock in Rio em 2001 e é muito bom poder fazer parte da história dele. O festival tem uma dimensão tão grande, que sempre que chegamos por aqui, todo mundo vem falar com a gente. Ele atinge um público que vai muito além da música eletrônica, que acabam chegando aqui para ouvir algo diferente e ouvir coisas novas.

Por sermos do Rio, nossa família estava toda com a gente. Nossos amigos e isso torna a ocasião ainda mais especial. Fora que nós participamos da transição dos palcos. Tocamos a primeira vez na aranha, que ela menor e em 2019 já viemos direto para esse palco surreal. Subiu ainda mais o patamar do festival, ainda mais pela estrutura do palco.

Cat Dealers em visita técnica no Rock in Rio

A última música de vocês, ‘Hey Hey’, já é um sucesso e usa vocais icônicos. Como foi o processo de construção dela e como surgiu a ideia de usar esse vocal?

Cat Dealers – Existem vários fatores e um deles é que ‘Hey Hey‘ é uma música que sempre gostamos muito. Nós sempre encaixávamos ela em nossos sets, em diferentes versões, e tínhamos vontade de criar uma versão nossa, já que as que tocávamos, nem sempre eram tão fáceis de colocar num set, principalmente em apresentações menores. A música sempre combinou com nosso set e então, decidimos pegar e fazer algo com nossa cara.

Um fato curioso, é que estávamos produzindo uma outra música, com uma outra ideia, com outro vocal, mas o resultado não estava agradando tanto. Fomos procurar outro vocal e ‘Hey Hey’ brotou do nada. O vocal encaixou perfeitamente, na mesma tonalidade do projeto e então, redesenhamos ele inteiro, usando o vocal como base dessa vez. Após algumas versões, chegamos no resultado esperado.

O legal é que nessa era de retorno dos eventos, as pessoas estão fazendo muito remakes. O público tá curtindo ouvir músicas já conhecidas, que todos ouviam tempos atrás, mas repaginadas em novas versões. Reflexo disso, são as plataformas de streaming mostrando esses remakes nos topos das paradas e queríamos um remake nosso também.

E pra finalizar, o que podemos esperar o Cat Dealers para ainda esse ano?

Cat Dealers – Nós temos algumas música engatilhadas. Durante a pandemia, nós encontramos a linha sonora que realmente faz sentido para nós e os últimos lançamentos já refletem essa nova sonoridade e estamos muito felizes com o resultado.

Claro que ainda estamos testando coisas novas. Temos muitas demos que estamos tocando em alguns shows, mudando algumas coisas, mas tudo indica que nosso próximo lançamento seja ‘Hear You’ ou uma collab com o Moguai, que vai se chamar ‘How We Do It‘, mas não sabemos ao certo as datas, certeza que em Outubro tem novidade por ai, acompanhem!

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