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Editorial

2022 parte 1: Uma breve retrospectiva do cenário eletrônico brasileiro

Já passou pela sua cabeça que 2022 chegou na metade? Indicamos importantes tendências e comportamentos do cenário eletrônico nacional em um breve resumo.

TIme Warp Brasil

Time Warp Brasil, 2022

Poderia ser até fim do ano, mas o intuito desse artigo é mostrar muito mais do que todos os eventos de música eletrônica no Brasil. Percorremos seis meses de 2022 freneticamente, procurando encontrar respostas para uma onda do bem, que nos livrou de uma pandemia cheia de memórias, ora relevantes, ora não. Mesmo assim, durante estes seis meses, o cenário eletrônico nacional foi muito melhor do que imaginávamos, mas cabe questões relevantes para avaliarmos todo o comportamento econômico, artístico e experimental, do que vivemos e temos a viver nos próximos seis meses, deste, que está sendo o ano da virada, em toda a américa latina.

Vamos destacar brevemente as tendências de mercado, comportamentos de consumo e novas experiências que chegaram ao Brasil, para que você também tenha em mente, que em um futuro próximo, poderá viver de forma mais intensa cada uma delas, afinal, parece que já percorremos um ano todinho nesta primeira parte de 2022.

1. Corre que ainda dá tempo!

XXXperience Festival, 2022

Permear durante um grande período de tempo, sem organizar eventos de grande porte no Brasil, exigiu não só uma demanda específica de novas contratações, como também estratégias de calendário eficientes. A maioria dos eventos que já estavam atrasados desde 2019, tiveram de que criar (durante ou ou após o isolamento social), uma participativa presença neste primeiro semestre, desta forma, o calendário de 2022 começou mais cedo para festivais nacionais e também para a passagem de marcas internacionais no nosso país. Resultado? Pensando pelo lado negativo, a grade de festas e festivais coincidindo datas e uma leve frustração por parte não só do público como também da venda de ingressos de algumas delas. Já pensando pelo lado positivo, artistas internacionais tiveram custos ainda mais rateados e marcaram uma nova geração de line ups respeitada.

2. O que cabe no meu bolso?

Só Track Boa São Paulo, 2022

Todos nós sabemos que comer no Brasil não está fácil, se um consumo feito por necessidade fisiológica, seja tão difícil economicamente falando, quem dirá os bens de consumo ligados a auto estima e realizações pessoais, como é o caso da maioria de todo o cenário de entretenimento. Se você jogar na ponta do lápis, o que você gastou no início do ano, saindo de sua casa para se divertir e o que você gasta hoje, consideravelmente terá um susto já esperado. A gasolina, item logístico de grande importância para o comparecimento aos eventos, já teve aumento de 31,4% em um ano. A energia elétrica, outro importante item para a produção de grandes eventos, ficou na média de 24% de reajuste, mesmo com a bandeira tarifária verde, em que não há cobrança adicional. Fora a alta de preços, nossa moeda se encontra cada dia menos valorizada no mercado internacional. O Real já perdeu em 5 anos, cerca de 30% de seu poder de compra, ou seja, hoje você compra 30% a menos de itens do que compraria com o mesmo valor há 5 anos atrás. Tá difícil ir pra balada? Relaxa, não é só contigo.

3. Melodia, melodia e mais melodia

Innellea 2022

Innellea no DGTL São Paulo, 2022

Partindo para uma análise artística do que tivemos neste primeiro semestre, com certeza nos deparamos com um estilo que só cresceu e se consolidou no mundo todo nestes últimos tempos. O progressive house, melodic house, melodic techno ou seja lá como você queira chamar as infinidades de sons que permeiam no estilo Tale of Us de ser, aliás, um dos maiores destaques do ano foi a estreia da Afterlife no Brasil, label da dupla italiana de maior sucesso do momento no cenário underground mundial. Chame-o de gênero ou estilo, as melodias são a nova onda de interação com o público, realizando viagens sonoras para novas atmosferas de pista. Quem olharia a cena em 2016, dificilmente conseguiria entender uma legião de pessoas cantando, dançando sob uma introspectiva história retratada por artistas como Innellea, Jan Bloqvist, Colyn, Adriatique, Denis Horvat, Artbat, Bob Moses, Kölsch, Monolink, WhoMadeWho e tantos outros que já passaram por aqui deixando saudades.

4. Made in Brazil

Carola 2022

Carola, uma das artistas brasileiras confirmadas na próxima edição do Tomorrowland

Parece que finalmente os organizadores de grandes eventos, espalhados por todo o país, começaram a compreender melhor o poder do Brasil em sua programação. Artistas brasileiros tem ganhado destaque não só nos eventos nacionais, como também quebrando recordes em festivais internacionais, que neste início de segundo semestre apresenta mais de 10 brasileiros em sua programação: ANNA, Alok, Vintage Culture, Carola, Öwnboss, Pontifexx, KVSH, Nuzb, Chemical Surf, Dubdogz e Cat Dealers. Se você cruzar com um destes artistas por aqui, pode dar mais valor, porque com certeza, voos de brasileiros para eventos internacionais vão acontecer com muito mais frequência até o fim de 2022. Tais participações lá fora, consolidam ainda mais o valor dos DJs e produtores nacionais aqui dentro, gerando rentabilidade para todo um time de artistas, que muitas vezes são desencorajados a seguir uma carreira, por um retorno financeiro não qualificado.

5. O Figital bateu em minha porta e eu abri…

Afterlife

NFT ‘Angel 01’ na Afterlife Brasil, São Paulo, 2022

Que loucura pensar que a pandemia fez a gente refletir mais sobre as possibilidades de produtos e serviços que unem o físico e o digital, nas suas diversas possibilidades de consumo. Uma nova fenda foi aberta no mundo do entretenimento e os espertos já começaram a brincar abusando do potencial criativo dela, seja renderizando faixas exclusivas, trilhas sonoras e obras de arte audiovisuais através do conceito de NFT ou até mesmo criando ambientes digitalizados para se apresentarem, como é o caso de diversos clubs e lounges presentes no metaverso. O mundo da música e dos games nunca tiveram tão próximos, o que também abre nichos de parcerias importantes de marketing e indica novas tendências para que este novo perfil híbrido, esteja sendo iniciado também, em estabelecimentos e carreiras de todo o cenário da música eletrônica.

 

Gostou desse breve relatório do que aconteceu no Brasil neste primeiro semestre? Estes só foram os primeiros seis meses, de um ano cheio de realizações e conquistas, não só da área da música e do entretenimento, como também de todos que tiveram que aguardar ansiosamente estes históricos reencontros. Acompanhe o Beat for Beat em nossas redes sociais e fique por dentro de mais novidades que estão por vir em 2022: Parte 2.

Pós graduado em comunicação e marketing digital pela Universidade Belas Artes de São Paulo. DJ, produtor de eventos, PR, poeta e workaholic. Amante de um bom som, um por do sol e uma boa taça de gin tônica.

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