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Criança não namora!

“Olha só, a Mariazinha tem um namoradinho”

“Isso Gabrielzinho, tem que beijar todas as menininhas. Filho meu é garanhão”

“Olha só o piruzinho do Joãozinho, grandão né? Vai fazer estrago”

“Marianazinha, tem que passar maquiagem pra chamar a atenção dos meninos, viu?”

Essas frases acima, muito comuns no cotidiano de diversas pessoas, possuem um contexto muito forte e que constantemente, passa despercebido por todos nós: a forma como estamos erotizando nossas crianças.

Alguns dizem que “ah, mas fui criado assim” ou “na época do meu pai, isso era normal”, assim como “ai, hoje tudo é mimimi”. Mas será que, finalmente, com o passar do tempo, nós começamos a realmente entender os efeitos nocivos de tais ações com seres tão inocentes e indefesos?

Uma criança não tem namorado, ela tem coleguinhas e demonstrar carinho, beijar, abraçar, são formas que ela encontrou de mostrar esse afeto. Não há nenhuma maldade nisso. Não existe um “relacionamento”.

O tamanho do pênis de uma criança, é indiferente para ela. Não precisamos instigar a ideia do falocetrismo logo cedo, que é também muito nociva aos adultos e seu contato com a pornografia.

Não precisamos impor a ideia de que meninos precisam “pegar todas” ou que meninas precisam se pintar para chamar atenção. Precisamos, no momento certo, ensinar como respeitar as pessoas, seu espaço e que é possível ser uma pessoa bonita, arrumada, bem vestida e maquiada, para si mesmo.

Erotizar ações, até então infantis, faz com que nossas crianças pulem etapas importantes de suas vidas. Faz com que deixem de vivenciar experiências genuinamente de crianças e passem a ver o mundo com os olhos dos adultos. E não devem!

Permitir que crianças acessem contextos que não as pertencem, poda seu crescimento natural e força um amadurecimento imaturo. Queremos adolescentes já pensando em transar, enquanto sua preocupação seria terminar o colégio?

Então, a menina surge grávida aos 15 e a culpa é do menino que não usou camisinha. Mas será que o fato de, desde criança, ser instigada ao sexo, não a fez ter relações antes do tempo, culminando numa gravidez indesejada?

Seria possível listar outras tantas situações, provenientes de uma erotização infantil, mas o mais importante, é olhar para a infância e conseguir entender que nem tudo deve ser acelerado. O tempo pode ser o melhor amigo de uma criança.

Ensinar o que é certo ou errado, na hora mais oportuna, é diferente de mostrar que “um pinto grande faz um estrago”. Educar sexualmente é diferente de erotizar precocemente.

DJ, Produtor, Redator, Libriano e Sonhador. Trance para amar e Techno para dançar, com uma taça de Gin para acompanhar. Onde é o after?

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