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Tomorrowland brinda 2021 com música e mensagens de esperança

Repetindo a fórmula do Around The World, o Tomorrowland retorna para um festival de réveillon e entrega nada menos do que a excelência.

Melodia

Quando 2020 começou, ninguém jamais imaginaria o caos que o ano seria. Planos foram arruinados. Sonhos destruídos. Milhões de vidas foram perdidas. É difícil mensurar em palavras todo o impacto que o ano passado trouxe em nossas vidas, mas existiram momentos em que nossos corações, mesmo que temporariamente, foram acalentados, principalmente através da música e o Tomorrowland foi um grandes responsáveis por isso.

O festival vinha cheio de expectativas com a realização de mais uma edição em Boom, na Bélgica, mas assim como todo o planeta, viu tudo ruir diante dos seus olhos. Coube então ao evento, buscar alternativas para levar um pouco de diversão para todos seus fãs e foi assim que surgiram seus festivais virtuais. A última edição, o Tomorrowland 31.12.2020, foi a prova de que o esforço coletivo pode superar qualquer obstáculo.

NAOZ

Nos guiando, mais uma vez, por um mundo digital, o Tomorrowland apresentou NAOZ, uma terra revolucionária e futurista, que recebeu grandes nomes da música eletrônica mundial durante a virada de ano ao redor do globo. Seus 4 palcos deram boas vindas a 2021 com muita música, efeitos especiais e acima de tudo, uma mensagem de esperança. O pior está passando e dias melhores estão por vir.

Atmosphere

O Atmosphere trouxe os sons mais densos e melódicos do underground, numa mistura de House, Techno e Tech House da melhor qualidade. MEDUZA fez as honras e abriu os trabalhos com seus grandes hits; ARTBAT deu uma aula e apresentou um dos sets mais impressionantes do evento; Camelphat trouxe força e mostrou que está em sua melhor forma; Maceo Plex entregou um trabalho deslumbrante e a dupla Kölsch e Joris Voorn fizeram um set que beirou a perfeição. Uma noite a ser lembrada para sempre.

Melodia

No Melodia, grandes nomes do mainstream mundial fizeram bonito. Lost Frequencies deu início ao evento com um set também transmitido no Youtube, ditando o ritmo dos sets a seguir; Major Lazer levou todo seu gingado e som bem próprio para o Tomorrowland e foi seguido por David Guetta, que prova a cada dia que passa, que um rei jamais perde a majestade.

Martin Garrix trouxe o frescor da nova geração para o festival e os residentes Dimitri Vegas & Like Mike fizeram aquilo que sabem de melhor: um verdadeiro show! Armin van Buuren nos guiou por uma viagem embalada pelo trance europeu, enquanto Charlotte de Witte trouxe a força do techno e acid techno, reafirmando sua potência sonora. Jack Back encerrou com chave de ouro o festival, deixando aquele gostinho de quero mais.

Planaxis

No Planaxis, sons mais urbanos eram a palavra de ordem. O “padre” Tchami, abençoou a todos com um set digno de Tomorrowland, enquanto Duck Sauce nos brindou com hits do passado e presente; DJ Snoopadelic levou o rap e hip-hop para o evento, mostrando que os gêneros andam lado a lado com a dance music. Diplo, assumindo um lado mais house, surpreendeu a todos enquanto Boyz Noise foi dos BPMs mais lentos ao Hard Techno, nos dando uma surra de discotecagem. Netsky, de forma apoteótica, fez as águas do Planaxis dançarem pela última vez.

Pulse

Por um último, mas não menos importante, a ilha Pulse foi um verdadeiro deleite para os amantes do High BPM. Coone trouxe um showcase especial, de seu álbum ‘Wanna Play House‘, que será lançado em breve; Da Tweekaz fez o Pulse ferver e seus hits reverberam em todos os lugares da ilha. D-Block e S-Te-Fan uniram forças e mostraram que o hardstyle vai muito bem, obrigado. Brennan Heart levou grandes convidados ao palco e foi o responsável pela contagem regressiva; Sub Zero Project fechou uma noite de sons rápidos e energéticos.

Mesmo que através de uma tela, o Tomorrowland provou, outra vez, o por quê de ser um dos principais festivais de música eletrônica de todo mundo. Num passe de mágica, ele nos envolveu e nos fez esquecer do mundo todo por algumas horas, permitindo que nos despedíssemos de 2020 e saudássemos 2021 da forma que mais gostamos: dançando!

Reviva a magia do Tomorrowland 31.12.2020 até o dia 14.01 no site oficial de NAOZ, clicando aqui (disponível apenas para quem adquiriu o ingresso relieve)

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Mary Mesk nos guia por uma viagem em Ibiza no álbum ‘Living Places’

Apresentando pela primeira vez um álbum autoral completo, Mary Mesk nos guia numa completa viagem por Ibiza durante 15 faixas. Confira nosso review:

Mary Mesk

A força feminina está cada vez maior na cena eletrônica nacional e uma das artistas que mais se destacam, é com toda certeza a paulistana Mary Mesk. Mariana Mesquita, o nome por trás do projeto, transformou o caótico ano de 2020 num verdadeiro divisor de águas em sua carreira e o resultado disso foram as realizações de dois grandes sonhos: o lançamento de sua própria gravadora, a Mesk Records e seu primeiro álbum autoral, o ‘Living Places‘.

Mary é uma artista relativamente nova na cena, com 5 anos de estrada, mas que foram intensos e cheios de aprendizado. Após 1 ano de produção, a artista entrega seu debut álbum, que é uma verdadeira viagem a Ibiza, um dos destinos mais cobiçados pelos amantes de música eletrônica de todo o mundo. Durante as 15 faixas, somos transportados para um mundo de sons e experimentações, que refletem as vivências da artista e sua paixão pela dance music.

“Ibiza sempre foi o destino que mais me atraiu, com a perfeita combinação entre música e natureza que faz meus olhos brilharem e meu coração bater mais forte. Resgatei minha essência sonora, que representa meu íntimo como artista. O álbum é a síntese de tudo que vivi e estudei, minha jornada como pessoa e profissional”, revela Mary Mesk.

Passeando entre o progressive house, o techno melódico e até mesmo o afro house, ‘Living Places’ traz uma gama de timbres bem trabalhados e que nos enchem de vontade de uma festa. “Quis trazer o máximo de referências das timbragens que mais gosto e acredito serem o que as pessoas querem escutar para dançar” diz Mary. A track de abertura, ‘Pacha‘, é uma belíssimo início de trabalhos. Linhas progressivas bem construídas e batuques africanos ditam o “feeling” do álbum que está por vir.

Pacha

Já em ‘DC10‘ podemos já experimentar um lado mais obscuro da artista, que trabalha linhas mais profundas, com notas mais graves e uma textura envolvente. Em ‘És Vedra‘ somos hipnotizados pela energia magnética da ilha que dá o nome a música. Uma vibe esotérica, transformadora, preenche os ouvidos e nos fazem ter uma experiência quase mágica.

Ushuaïa‘ é a primeira das 4 músicas que nos levam direto para o after mais próximo, com aquela sonoridade perfeita para o nascer, elementos melódicos e afro house, caracterizados pelos tambores e percussões. Basta fechar para sentir a energia do astro rei aquecendo, envolvendo e o mesmo acontece nas tracks ‘Privilege‘, ‘Sankeys‘ e ‘Domenicus‘. O misticismo se faz presente em forma de canção.

Em ‘Hï Space‘ somos preenchidos pela mistura do techno melódico com progressive house, que resulta numa sonoridade única, assim como o club, que hoje é considerado um dos melhores do mundo. ‘For The Sun‘ segue pela linha mais densa do techno e nos leva para o pôr do sol mais próximo. É possível sentir a força dos últimos raios do dia percorrem seu corpo, dando boas-vindas a noite que está por vir. Uma experiência sensorial de tirar o fôlego.

O álbum, que conta ainda com as tracks ‘Dark Places‘, ‘Amnesia‘, ‘Empty Streets‘, ‘Marat‘ e ‘Take Away‘, encerra sua viagem pela ilha espanhola com ‘Cocoon‘. A track traz um estilo mais percussivo e faz referencias aos morados de Ibiza, que se encontram em praias locais para “batucar”. A música é perfeita para encerrar a viagem, diminuindo um pouco o ritmo e suavizando os timbres, perfeita para aquela despedida, mas que deixa um gostinho de quero mais. Muito mais!

Abaixo, escute o álbum na íntegra e siga Mary Mesk no Instagram.

 

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Festa eletrônica em drive-in é possível? A Go Dream provou que sim!

Uma das opções que produtores encontraram em meio a pandemia, os drive-ins se popularizaram e a Go Dream é especialista no assunto.

As festas acabaram, mesmo que temporariamente e da forma como estamos tão acostumados. O mundo mudou após o inicio da pandemia e nos últimos meses, foram poucas as opções de diversão que possuíamos sem que envolvessem a tela de um computador, até o ressurgimento de um sucesso dos anos 70 e 80: os drive-ins. Famoso pela estética de uma grande tela de cinema e uma platéia de carros, o formato voltou com tudo e a Go Dream é uma das maiores empresas do segmento no Brasil.

Presente em 5 cidades brasileiras, Rio de Janeiro, São Paulo, Nova Lima, Recife e Fortaleza, a Go Dream viu a oportunidade de levar diversão para seu público, mas de uma forma segura: sem que as pessoas saíssem de seus carros. Muito além de um simples cinema ao ar livre, a empresa apostou em uma programação que vai desde a exibição de filmes propriamente ditos, shows ao vivo, com cantores, bandas e até mesmo DJ, que é o foco desse review com o show do brasileiro Bhaskar.

Organização

Desde a entrada até o momento da saída dos carros, a organização é impecável. Estivemos presentes no Go Dream São Paulo, que ocupada o gramado do Estádio do Pacaembu e a partir do momento que chegamos, foi perceptível que estaríamos completamente seguros. Logo ao chegarmos, fomos recebidos por funcionários devidamente paramentados com máscaras de proteção e a validação os ingressos foi feita totalmente sem contato, com a aproximação do celular no validador de QR Code.

Sem qualquer tipo de contato pessoal, os funcionários iam orientando a entrada do carro até a vaga onde ficaríamos durante todo o show. Instruções higienizadas sobre como fazer seus pedidos são dadas a todos os carros, para não haver a necessidade de trocar com outras pessoas.

Pedidos

Nas instruções que recebemos, constava o passo a passo de como realizar o seu pedido de comidas e bebidas. Diretamente no seu smartphone, era necessário baixar um app especifico, fazer um cadastro e com seu cartão de crédito, realizar os pedidos de forma virtual. O cardápio era o próprio app e o pagamento é obrigatoriamente virtual, para evitar a troca de dinheiro entre público e funcionários.

A entrega do pedido é o único contato mais direto que você terá com uma pessoa de fora do seu carro. Um funcionário, mais uma vez usando máscaras de proteção, entrega um saco de papel para o motorista, com todos os itens da compra. Nossos pedidos vieram rapidamente, com menos de 5 minutos de espera e a todo momento o app avisava o status dele, desde a confirmação e saída para entrega.

Banheiros

Assim como o pedido de comidas e bebidas é realizado pelo app, o uso do banheiro também é solicitado por lá. Com duas estação, uma em cada lado do estádio, a sua ida só era autorizada após solicitar no aplicativo e o recebimento da notificação dizendo que o banheiro está livre.

Com apenas 1 funcionário responsável pela liberação no app, não há qualquer tipo de aglomeração. Ao chegar no local, uma cabine está devidamente vazia e te esperando, sem correr o risco de encontrar com outra pessoa esperando. É tudo muito organizado, para que não haja interação entre o público.

Show

Claro que não poderíamos deixar de citar o grande motivo de estarmos ali: o show do DJ e Produtor Bhaskar. Sem caixas de som externas, para evitar que pessoas fiquem fora de seus carros para ouvir, é necessário sintonizar numa rádio FM, onde será transmitido todo o áudio do show. Um telão projeta a imagem do palco, que possuía uma estrutura bem parecida com as festas que tanto amamos.

Mesmo sem ter um contato direto com o público, Bhaskar conduziu um set bem energético durante 1h30. Gritos através das janelas e faróis piscando, mostravam a empolgação do público presente. Tocando pela primeira vez desde o início da quarentena, o artista mostrou que continua em ótima forma e até brindou a galera com a colaboração de Alok e Vintage Culture, que ainda não foi lançada.

Palco do Go Dream São Paulo durante o show do Bhaskar

Uma ótima experiência

Mesmo sem ter aquela aglomeração que a gente gosta e com o tempo ruim, afinal chovia e fazia muito frio na capital paulistana, o drive-in mostrou-se uma ótima alternativa para estes momentos de incerteza no mercado de eventos, que além de nos proporcionar momentos de diversão, ainda gerou empregos para diversas famílias que dependem do setor.

Foi bem legal, é uma experiência bem diferente de um show normal. O bom foi o conforto, ainda mais de ter sido na noite mais fria do ano em São Paulo. A única parte ruim foi a duração do show, que foi muito curto, menos de 2h. Eu pretendo repetir a experiência” diz Gabriel Rocha, DJ paulistano e que esteve no show.

Se você ainda não foi a um drive-in, vá! Garantimos que durante algumas horas, mesmo que sem sair do carro, será possível se desligar um pouco do mundo e curtir alguns momentos de alegria ao lado dos seus familiares. Clicando aqui, você confere a programação completa da Go Dream.

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Tomorrowland nos conectou e guiou por uma verdadeira viagem mágica

Em meio ao caos que o mundo vive, o Tomorrowland criou uma ilha, Pāpiliōnem, onde pudemos, por um fim de semana, nos refugir de tudo.

Mainstage do Tomorrowland Around The World

O ano é 2020. O mundo enfrenta uma das piores pandemias dos últimos tempos. Em todos os cantos, o pedido recorrente é de que fiquemos em casa, diminuindo assim o risco de contágio, até que uma vacina surja entre nós. Tudo parou, mas a música jamais irá parar. Levando seu slogan ao pé da letra, um dos maiores festivais de música eletrônica, o Tomorrowland, uniu seus fãs numa celebração virtual, inesquecível: o Tomorrowland Around The World.

Mais de 1 milhão de pessoas se reuniram em Pāpiliōnem, a casa digital do festival. Do Japão ao México, passando até pela Islândia, todos fomos conectados pela música, de uma forma mágica e que somente o Tomorrowland é capaz de proporcionar. Um ambiente virtual, mas completamente realista, foi criado em menos de 3 meses. 4 estúdios em diferentes países receberam grandes artistas da nossa cena, onde gravaram apresentações épicas e que foram transformadas em verdadeiros espetáculos audiovisuais. Um deleito aos olhos e ouvidos de todos que transitavam pela ilha.

Palco Cave

O Mainstage, com toda a sua imponência, nos revelou o tema ‘Reflection of Love‘, que trouxe em sua essência, a diversidade musical, que também era vista em seus outros palcos. Desde o palco The Wall, com a hard music ao Cave, com techno, a pluralidade se fez presente em forma de sons e BPMs, mostrando que a música é uma linguagem universal. Sem distinções, todas as tribos se reuniram num lugar só, onde dançar, mesmo que sem sair de casa, era a regra principal.

Os mínimos detalhes foram pensados. O festival trouxe mais do que um simples evento digital, mas uma verdadeira experiência sensorial. 32 mil árvores foram criadas virtualmente; vozes, gravadas pelos funcionários do festival, além de sons ambientes capturados de forma orgânica, tornaram a transmissão ainda mais realista. Bastava fechar os olhos e éramos transportados para o meio da pista de dança. Nós estávamos no Tomorrowland!

Palco The Wall

Um verdadeiro espetáculo, capturado por 38 câmeras virtuais, nos proporcionaram imagens em 4K, tornando o festival ainda mais belo. A sala de estar transformou-se num lugar mágico, repleto de música e diversão, com povos de todos os lugares. No chat da plataforma, era possível conhecer pessoas de outros países. Aproximar-se, mesmo que distante. Era possível trocar experiências, mesmo que sem poder nos tocar fisicamente. Todos estivemos unidos pela música.

Sabemos que nada no mundo vai superar a experiência de viver um festival presencialmente, mas poder sentir a emoção de ver seus artistas favoritos, a uma tela de distância, trouxe mais do que diversão neste momento delicado em que vivemos. Trouxe uma mensagem de esperança. Juntos, estamos lutando para que tudo se resolva e que em breve, nossos encontros virtuais, transformem-se em abraços reais. Em breve, estaremos juntos, mais uma vez.

VER:WEST no Freedom Stage

O Tomorrowland fez mais do que uma transmissão pela internet. Ele renovou nossas forças e nos deu fôlego para querer vencer e reviver tudo aquilo que já tivemos um dia. Ele mostrou que somos sim, capazes de usar a internet a nosso favor e acima de tudo isso, de que juntos, somos mais fortes. Live Today, Love Tomorrow, Unite FOREVER!

EDIT: Saiba mais sobre o Tomorrowland 31.12.2020, como o lineup, trailer dos palcos e adquira seu ingresso para o festival de reveillon do Tomorrowland, clicando aqui.

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Sensation resgata a magia do passado e nos apresenta o seu futuro

Em uma live que brindou sua história e nos apresentou para o futuro, a Sensation fez aquilo que sabe de melhor: um espetáculo.

Num passado não tão distante, era comum que milhares de pessoas se reunissem em arenas ao redor do mundo, vestidas de branco, prontas para celebrarem a música. Celebrarem a vida. A Sensation, uma das festas indoor mais famosas do mundo, ficou conhecida por produções gigantescas, lineups estelares e por sua eterna homenagem a um de seus criadores, Miles Stutterheim, que faleceu em 2000 e desde então, o público veste-se de branco em sua memória.

A festa que rodou o mundo, havia anunciado seu fim em 2017 e uma nova versão da festa surgiria em 2020, a Beyond Sensation, mas os planos foram adiados por conta da pandemia que assola o mundo. O que fazer então, com uma marca tão forte e que deixou ótimas lembranças em todos que tiveram a oportunidade de passar por ela? Adaptar-se. Foi assim que surgiu a ‘Monument of Light‘.

Mais do que uma simples live, a ID&T transmitiu uma mensagem de esperança para todos nós, que estamos enfrentando, juntos, o inimigo invisível. A Johan Cruijff ArenA foi, mais uma vez, palco do evento, que recebeu um público um tanto quanto peculiar. Centenas de manequins representaram o público que assistia de longe, pela internet, toda a beleza em forma de cores, luzes, fogos de artificio e música, que somente a Sensation é capaz de fazer. Fomos transportados para cada uma das edições da festa que pudemos presenciar, revivendo memórias incríveis, mesmo sem sair de casa.

O duo Sunnery James & Ryan Marciano deixou o momento ainda mais especial. Com um set recheado de hits, a dupla transitou entre diversos gêneros da música eletrônica, mostrando a diversidade musical que faz parte do DNA da Sensation. Durante 2 horas, pudemos viajar entre o passado e o presente da música, embalados por clássicos e lançamentos, mixados em perfeita harmonia. A música mostrou sua força.

Sunnery James & Ryan Marciano

Nossa sala de casa transformou-se numa pista de dança. Bastava fechar os olhos e nos deixar envolver por aquela magia. Mesmo distante, o mundo todo esteve conectado, mais uma vez, através das batidas da boa e velha música eletrônica. Mesmo que estejamos em momentos obscuros, nunca se esqueça: depois da escuridão, vem a luz!

Reviva o Sensation ‘Monument of Light’ na íntegra e prepara-se para a Beyond Sensation. O pré-registro para a venda de ingressos pode ser feito clicando aqui.

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Awakenings impressiona e entrega uma verdadeira experiência imersiva

De forma virtual, o Awakenings realizou um grande festival, com apresentações de DJs de todo mundo e reunindo milhares de pessoas nas redes sociais.

Awakenings

Num mundo em que eventos presenciais não podem acontecer, por conta do isolamento social, o mundo digital virou palco para artistas e eventos de todo mundo celebrarem junto a seus fãs, durante um período tão complicado. Lives tomaram conta da internet. Ambientes virtuais foram criados. O mundo se conectou através da música, mesmo que a distância e o Awakenings fez parte desse movimento.

Durante 3 dias, o Gashouder foi levado para dentro de nossas casas. Mesmo que a edição presencial do evento não pode acontecer, o Awakenings foi transformado num grande evento digital. Sets de grandes artistas foram transmitidos durante diversas horas e o público pode viver um pouco da experiência que só o techno é capaz de proporcionar. Foram dias de muita música e nem mesmo a quarentena foi capaz de atrapalhar. Juntos, pudemos ressignificar a palavra união.

O fim de semana começou com um painel online de abertura, onde artistas que se apresentariam no evento deram pequenas entrevistas. Eles falaram sobre música, suas carreiras e principalmente, sobre o momento de isolamento. Neste momento, é importante lembrar que além do artista, existe um ser humano e vê-los em vídeo, conversando sobre diversos assuntos, os aproxima ainda mais da gente, do seu público.

O primeiro dia de apresentações já ditava o ritmo do fim de semana. Loco Dice abriu os trabalhos do Awakenings Online Weekender e foi o único artista que no primeiro dia, tocou diretamente do Gashouder. Seguindo todas as recomendações sanitárias da OMS, o DJ se apresentou, presencialmente, apenas para a equipe responsável pela transmissão, porém, do outro lado das telinhas, milhares de pessoas assistiam aquela gigantesca produção. Kölsch, Joseph Caprati e Adam Beyer – que fechou a sexta-feira -. entregaram nada menos que a excelência. Um primorosa abertura, daquele que seria um grande fim de semana.

O sábado começou cedo, pelo menos para nós brasileiros. Às 10h, nossa querida ANNA adentrou nossas casas de forma virtual. Seu set, gravado em frente a uma tela verde (o famoso chroma key), foi poderoso e mostrou o motivo do reconhecimento que a londrinense vem conquistando ao redor do mundo. Joris Voorn e Maceo Plex trouxeram a melodia para o Awakenings, que recebeu as batidas rápidas e intensas de Nina Kraviz, muitas vezes flertando com sons mais psicodélicos. O sábado não seria o mesmo sem que uma verdadeira máquina encerrasse o dia  e Amelie Lens cumpriu a missão como ninguém.

Tudo que é bom dura pouco e o último dia do Awakenings começava com um grande mestre: Bart Skills. Suas batidas envolventes e intimistas traduziram a diversidade do techno em forma de sons, enquanto Rebekah trazia na sua apresentação, toda a potência que o gênero de Detroit é capaz de proporcionar. Speedy J, também de forma presencial, deu um show particular para os membros da staff do festival, enquanto o mundo admirava a distância. Nos levando para sons mais densos e com uma construção musical impecável, o duo Pan-Pot encerrou os trabalhos da transmissão que entra como uma das melhores dos últimos meses.

Adaptação é a palavra do momento e o Awakenings provou ser um verdadeiro camaleão. Usando da tecnologia a seu favor, ele criou um festival novo, digital e nos proporcionou um fim de semana de muita música e diversão. Durante 3 dias, pudemos deixar os problemas de lado e nos dedicamos as batidas que nos fazem sentir mais vivos. Em breve, tudo vai voltar ao normal e poderemos, mais uma vez, nos reunir para celebrar a música, mas enquanto, que nossos encontros sejam tão inesquecíveis como foi o Awakenings.

Reviva os sets do Awakenings Online Weekender no canal oficial do Youtube. Todas as apresentações serão postadas no decorrer dos próximos dias.

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Time Warp Brasil 2019 trouxe intensidade em forma musical

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